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segunda-feira, junho 05, 2006

Nível etílico: Amburana

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O garçon trouxe a de Januária: Amburana, que leva o nome da madeira que constitui as dornas em que é envelhecida (conhecida em algumas regiões ainda como umburana ou imburana, típica do semi-árido e usada para artesanato em madeira).

Levemente amarelada, tem 47ºG.L de álcool, bem mais do que a média do sul de Minas, mas uma das mais fracas de Januária, ao norte do estado. Segundo os dicionários Aurélio e Houais, o nome da cidade é sinônimo de limpa-goela. Isso porque a tradição de produção começou na década de 10 do século XX. A diferença em relação a outras regiões produtoras é que a de Januária era levada para todo o Nordeste, conferindo a reputação aos cachaceiros – produtores, não bêbados – da cidade.

Em garrafas de 600 ou 700 ml, a Amburana desce macia, cheiro de mel. No rótulo, um recorte de uma canavial, sem grandes extravagâncias. Tem código de barra e até site impressos no rótulo, mas a página nem registrada está. Devem ter pedido pralgum manguaça produzir, e é óbvio que ele esqueceu depois de entrar no segundo boteco da tarde. A beira do rio São Francisco, aquela cidade pode ser um problema.

Da próxima o garçon vai descer aquela de Borda da Mata...



1 comentários:

Marcão disse...

Anselmo, nobre "cachaçólogo", você que já esteve em Januária (e na companhia do nobre cachaceiro Jesus), qual é a pinga com maior nível alcoólico daquela cidade? E qual a melhor, na tua opinião?