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domingo, julho 30, 2006

4 a 0 na prepotência

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Essse negócio de escalar time reserva pra jogar clássico dá nisso. Dá em 4 a 0. Em 2004, o Santos de Vanderlei Luxemburgo – preocupado com a Libertadores – tomou de 4 a 0 do Palmeiras de Vágner Love na Vila Belmiro. Naquele jogo, Luxemburgo deixou no banco os principais craques do Santos, e o Verdão foi lá e matou. A mesma coisa hoje. O Santos foi lá e matou.

O Peixe estava numa situação complexa. Ganhando dos reservas do São Paulo, seria uma vitória desqualificada. Perdendo, pior ainda. Mas a vitória categórica por 4 a 0 no Morumbi mostrou ao São Paulo que ele não é tão grande quanto pensa. Foi um castigo merecido para um time (incluindo comissão técnica, elenco e torcida) que posa de melhor do mundo mas não ganha um título nacional desde 1992 (foi campeão brasileiro em 1991). Achou que ia mandar no Santos no seu Morumbi jogando com o segundo time, mas ao fim e ao cabo caiu de quatro.

Durante a semana, no boteco da esquina, os são-paulinos estavam eufóricos e prepotentes. Hoje, depois do jogo, fui ao mesmo boteco tomar um conhaque (está frio) e não tinha nenhum são-paulino lá. Foram dormir cedo. Um 4 a 0 na cabeça dá uma organizada nas coisas.

Palmeiras
O Verdão mostra que um elenco unido, um trabalho de preparação física bem executado e um comando (Tite) agregador fazem a diferença. A vitória de 4 a 2 do Palmeiras sobre o Paraná (um time bem armado, forte, objetivo) aponta definitivamente para a permanência do Palestra na primeira divisão do Brasileirão em 2007. A reação do Palmeiras de Tite – comandado dentro de campo por Edmundo – depois da Copa do mundo é memorável.

8 comentários:

Marcão disse...

O Santos jogou com os titulares e fez o que tinha que fazer, do mesmo jeito que o Palmeiras na partida citada. Problema do São Paulo se o clássico foi marcado entre duas partidas de semifinal de Libertadores. Qualquer time do mundo pouparia seus titulares. O Santos, que não tem nada com isso, enchulapou o expressinho com moral e propriedade.

Aliás, acho até que os santistas tiveram dó do São Paulo, pois o Alex foi expulso aos 38 e ainda dava tempo de enfiar mais uns 2 gols. O Reinaldo perdeu um gol feito, acho que o Tiuí perdeu outro. Era pra ser um resultado histórico, tipo os 7 a 1 do Corinthians no ano passado. Nós, são-paulinos, agradecemos a compaixão (rsrs).

Mas deixo registrado aqui: não faço coro com os "prepotentes e eufóricos" e não deixei de também ir tomar meu conhaque ontem à noite. O São Paulo que se dane, manguaça é coisa séria!

Glauco disse...

O expediente de utilizar um time totalmente reserva para poupar titulares não é unanimidade. Em 2003, Leão só colocou o time totalmente reserva pra jogar antes da segunda partida decisão com o Boca e o Santos goleou o Bahia por 4 a 0. Esse mesmo time reserva do São Paulo ganhou da Ponte Preta por 3 a 1 e a equipe reserva santista, em 2004, eliminou o São Paulo titular na Copa Sulamericana. Ou seja, usar ou não time reserva não é regra e nem sempre dá errado.
Mas que é verdade que boa parte da imprensa esportiva (sempre ela) e a maioria dos torcedores sãopaulinos estavam cantando de galo, isso era. Gente opinando que "os reservas eram tão bons quanto os titulares", talvez baseando-se na partida contra a Ponte.
Só pra finalizar, qualquer coisa é justificativa pra tomar conhaque, hein? Frio,chuva, calor, vitória, derrota... bando de manguaças...

Edu Maretti disse...

É, mas só completando: sexta-feira tinha são-paulino dizendo que "nós temos 22 titulares..." Hoje, um desses "esqueceu" que tinha dito isso e justificou a goleada falando que "jogamos com o expressinho"...
Claro, é uma questão de memória! Ou talvez excesso ou falta de conhaque!

Marcão disse...

Bom, acho que eu não fui, mesmo porque, pelo que me lembre, não se falou nada do clássico lá no Bar do Vavá (até sábado, pra falar a verdade, eu nem tinha me tocado que iria ser disputado nesse final de semana, e não no próximo).

Entre os reservas do São Paulo, apenas um ou outro pode vir a ser titular. Richarlyson talvez (mas como meia), Lenílson, quem sabe. Aliás, depois do Paulista, ficaram incensando esse rapaz, mas me parece exagero. Fez dois gols, e daí? A Ponte Preta está na zona de rebaixamento.

O tal de Alex, que foi expulso, não tem condições de uso. Ramalho de volante é uma temeridade. Lúcio é aquilo que sempre foi e Ilsinho e Alex Silva estão começando agora.

O pior foi o ataque, formado por Alex Dias e Thiago, depois Lima. Simplesmente inoperante. Os dois primeiros não jogam nada já há alguns meses. O terceiro, a bem dizer, ainda nem estreou. Pode dar a mão ao Rodrigo Fabri e sair correndo.

Concordo que a mídia está fazendo muita farofa em cima desses reservas. Deve ser falta de assunto. Na quinta ou sexta, não lembro, deram fotos da viagem do São Paulo voltando do México, como capa do Lance. Ridículo.

O que interessa, no final, é que o 4 a 0 está aí e isso não se muda. Daqui a 10 ou 12 anos, ninguém se lembrará que o São Paulo jogou com o time B. Portanto, parabéns a todos os santistas - e vou aproveitar pra tomar mais um conhaque!

Edu Maretti disse...

Não, Marcão, não foi você mesmo que eu acusei de falta de memória, embora pudesse acusá-lo de excesso de conhaque...
"O que interessa, no final, é que o 4 a 0 está aí e isso não se muda. Daqui a 10 ou 12 anos, ninguém se lembrará que o São Paulo jogou com o time B".
Exatamente!

Anônimo disse...

Bando de bebuns... fazem jus ao nome do blog.

Thalita disse...

Atrasada, mas presente
Essa coisa de prepotência depende de cada torcedor. É verdade que tem uns chatos que acham mesmo que o SPFC é tão bom qto o Barcelona. Assim como é verdade que um amigo santista que não falava comigo há meses me chamou no MSN pra encher o saco por causa do clássico. Torcedor chato tem em todo lugar.
Mas chamar de prepotência escalar o time reserva na situação atual do SPFC (e Internacional) é ridículo. Tá declarado que isso ia acontecer desde o começo da competição. Dane-se o resultado no Brasileiro, ué. Tá errado? Eu acho q não.
E dizer que o expressinho é péssimo porque perdeu pro Santos é o mesmo que dizer que é ótimo porque ganhou da Ponte: não significa nada. Pelo que vi é um time que poderia chegar a uma posição intermediária em Campeonato Brasileiro. Isso é ruim agora?

Edu Maretti disse...

Calma,Thalita, não precisa ficar nervosa!... Mas veja bem: em 2002, dois dias antes das quartas-de-final do Brasileirão, eu estava com umas pessoas, entre as quais um cara que era da diretoria do São Paulo, que disse: "Santos? Que Santos?, nós queremos jogar é com o Real Madrid". O resultado é que o SPFC perdeu as duas para o Santos, que foi campeão.
Eu não chamei de prepotência simplesmente o fato de "escalar o time reserva na situação atual do SPFC", e sim essa postura de desqualificar o adversário sempre. Ouvi a semana inteira os são-paulinos tripudiarem com esse papo de que os titulares do Santos não iam dar nem pro cheiro etc e tal. O que vou fazer? Ouvi. Jogar com os reservas, nesse caso, está dentro desse contexto.
Prepotência à parte, "o que interessa, no final, é que o 4 a 0 está aí e isso não se muda", como disse o são-paulino Marcão.