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sexta-feira, setembro 01, 2006

A saída

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Não foi a saída que eles esperavam. Enquanto a mídia cansou de espalhar propostas mirabolantes - e, como se veriam, irreais - para contratar principalmente Carlitos Tevez, ele, juntamente com seu compatriota Javier Mascherano, foram para no West Han. Chamar a equipe de time grande, é muita bondade. É, na prática, o quarto clube em importância... de Londres. Fica atrás de Arsenal, Tottenham e Chelsea. Sua torcida jamais teve o gosto de comemorar um título da primeira divisão nos 111 anos de história do campeonato nacional.

As cifras do negócio não foram reveladas, aliás, mais um daqueles obscuros feitos pela MSI. comenta-se até que Kia Joorabchian teria colocado os dois de graça no clube para se "adaptarem" ao futebol europeu e serem negociados daqui a um ano. Outra versão dá conta de que a própria MSI seria encarregada de arcar com a remuneração dos dois atletas.

Por aqui, quem se deu bem foi o chofer de Tevez, que ganhou do ex-patrão seu carro blindado, e o amigo Betão, que ficou com todos os eletrodomésticos como presente de casamento, já que o corintiano irá juntar trapos em breve.

Sebá

Se Tevez e Mascherano não foram profissionais, fugiram, repeliram o Corinthians e bla-bla-bla, é fato. Por outro lado, como bem lembra o jornalista Antero Greco no Estado de hoje, o tratamento dado ao zagueiro Sebá pelo clube foi simplesmente escroto. Embora seja limitado tecnicamente - a bem da verdade, um perna-de-pau que, quando chegou ao Brasil, só faltaram dizer que era um novo Ramos Delgado - o argentino foi humilhado, tendo que ir para o banco no jogo contra o São Caetano porque faltavam suplentes, mesmo sabendo já estar dispensado. Ao contrário dos compatriotas famosos, ele nada fez em termos profissionais para receber tal tratamento: não abandonou treino, não simulou contusão, esteve sempre à disposição do treinador. Coisas que outros atletas, do próprio Corinthians (e brasileiros), já fizeram.

Feito todo o papelão, agora existe a possibilidade dele permanecer no Parque São Jorge. "Se tivessem onde colocar ele sairia. Mas se não fizeram proposta, é jogador do Corinthians", disse o meigo Flávio Adauto, vice-presidente de Comunicações do clube. Seria somente falta de profissionalismo da comissão técnica e diretoria ou uma demonstração clara de xenofobismo e preconceito?

2 comentários:

Nicolau disse...

O lance do Sebá de fato foi escroto, anti-profissional e filho da puta. E acho que teve um lance de xenofobia mesmo, no seguinte sentido. Me ficou a impressão de que o Dualib, aquele velho maldito, ficou se achando depois de conseguir se sair bem da debandada das estrelas argentinas. E, como o Kia ficou do lado do Tevez, ele passou a encarar os argentinos como um símbolo do poder do Kia. Assim, resolveu se livrar de todos de uma vez. Posso estar inventando uma história muito elaborada para o caso, mas to com o saco na lua desse bando de vagabundo fodendo meu time.

Marcão disse...

Se eu fosse o Vavá, diria que, mesmo sendo mandado embora, o argentino fica lá enSebándo...