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quarta-feira, março 28, 2007

Michael Moore e eu

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Não é a mim que se refere o título, mas à película de 77 minutos que coloca o documentarista norte-americano Michael Moore como alvo de investigação. Em Fabricando Polêmica, cuja estréia mundial ocorreu no dia 10, mas chegou por São Paulo na mostra É tudo verdade, a acusação é de manipulação de imagens, entrevistas e informações. O Farenheint 9/11 (2004) é dos mais atacados, segundo as resenhas espalhadas por aí.

Moore ficou famoso inicialmente por Roger e eu (1989), em que passava uma hora e meia mostrando suas tentativas de entrevistar o então presidente da General Motors, Roger Smith, intercaladas com a vida dos operários demitidos de uma fábrica fechada pela empresa em Flint, cidade natal do gordinho de boné. A grande sacada do filme é que a entrevista não ocorreu, mas uma interessante história sobre o processo de produção globalizado – com todas as facilidades dos novos meios de comunicação e estratégias de logística – têm na prática. Depois de Farenheint 9/11 ele foi projetado à condição de ícone político.

Uma das grandes revelações de Fabricando... é que a tal entrevista foi concedida e gravada, mas não aproveitada no filme.

Depois, o mesmo modelo foi parodiado por ele mesmo em The Big One (1997), em que o foco é o presidente da Nike e a denúncia do uso de mão de obra infantil na Indonésia, ou em Tiros em Columbine (2002), com Charles Heston.

Os diretores, o casal canadense Rick Caine e Debbie Melnyk, eram fãs do cineasta. Tanto assim que a descrição do documentário Citizen Black, escrito, produzido e dirigido por eles em 2004, é "Inquérito no estilo Michael Moore sobre a personalidade de Conrad Black (um dono de jornais canadenses extremamente conservador e metido em falcatruas)".

Ao que consta, eles começam querendo entrevistar Moore, mas passam a desconfiar de tanto esforço para fugir das câmeras. Um cinegrafista terminou atingido por um soco da irmã de Moore. O filme investiga as manipulações produzidas nas falas e depoimentos editados.

O nome original, Manufecturing Dissent, é um trocadalho com o título do livro do linguista Noam Chomsky com Edward S. Herman, Manufecturing Consent, traduzido por aqui como Consenso fabricado. Tudo bem, já que Citizen Black usava o mesmo recurso em relação ao original do Cidadão Kane...

E assim, o cara que praticava o esteriótipo do estilo norte-americano de produzir documentários, é posto em xeque... Na página do cabra, não encontrei nenhuma declaração a respeito.

Tem na quinta e na sexta, no É tudo verdade de São Paulo.

4 comentários:

Edu Maretti disse...

Esse cara é o Michael Moore ou o Chico Lang?

Marcão disse...

Putz, é mesmo clone do Chico Lang. E ele bem que poderia fazer um documentário-denúncia sobre o MSI...

Leandro disse...

Este casal de republicanos picaretas é que foi devidamente desmascarado, ainda que de forma bastante polida e sutil, se é que assim é possível.
Mais informações? Vejam em http://www.criticos.com.br/new/artigos/critica_interna.asp?secoes=2&artigo=1202

cara menggugurkan hamil disse...

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