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terça-feira, março 13, 2007

Temer quer PMDB dono da coalizão

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O presidente reeleito do maior partido brasileiro (o do movimento democrático), Michel Temer, saiu dizendo que quer que o candidato da coalizão governista em 2010 venha de sua sigla. É cedo para pensar na próxima eleição, mas o Temer quer é ganhar mais espaço agora, é claro, nos ministérios.

O que é curioso é que o presidente da Câmara dos Deputados de 1997 a 2000 (reeleito devido à troca de legislaturas), entre o fim do primeiro e o início do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, agora é governista e não abre. Ok, se a brecha aparecer, ele pula fora.

Mas o ponto curioso é ver o cacique da ala tucana do partido, que apoiou à candidatura de Geraldo Alckmin no ano passado já no primeiro turno, contrariando 80% dos diretórios, migrar para dentro da base de governo e até se pretender o centro dela. São os 20 senadores e os 91 deputados, dirão alguns. Bancadas grandes têm peso. Por que, então, em 1998, com 19 senadores e 77 deputados o Jader Barbalho (pra falar em mais um governista) e sua trupe deram um jeito de acabar com a convenção e enterrar a candidatura própria na ocasião? Temer tampouco admitia que sequer pleiteassem o nome para a sucessão...

A indefinição ideológica que abriga aliados e opositores ao governo sem grandes constrangimentos também fica representada em Michel Temer. A gangorra não seria tão diferente se Nelson Jobim tivesse mantido a candidatura e fosse eleito, afinal, foi ex-ministro da Justiça de Fernando Henrique, e por ele indicado ao Supremo Tribunal Federal.

O que não entendo bem é por que até celeumas entre tucanos (só para assinantes) chegam às capas dos jornais (nem estou falando do PT, que são sempre destaque), enquanto as disputas e incoerências pemedebistas soam a todos com a maior naturalidade. Como não dá para dizer que a mídia, além de tucana é pemedebista, fico sem hipótese à mão.
Dida Sampaio/Agência Estado

Michel Temer, tentando imitar o E.T. do filme de 1982 de Steven Spielberg


2 comentários:

Marcão disse...

Ter o Temer na base de apoio é como "dormir com o inimigo"...

Anônimo disse...

Acho que o fato das briguinhas do PMDB não repercutirem tanto é algo que se explica com o título do seu post sobre o Romário: é uma "não-notícia"...