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segunda-feira, maio 07, 2007

Meu nome é Senhor Enéas!

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Faleceu ontem, como todos já devem saber, Enéas Carneiro, fundador e guru do recém-falecido PRONA, engolido pelo PL. Tornou-se folclórico em sua três candidaturas presidenciais, quando popularizou o jeito rápido de falar e o bordão “Meu nome é Enéas!”, dito com raiva. Entre suas propostas, estava o desenvolvimento da bomba atômica e a defesa do nióbio, metal importante que estaria “sendo vendido a preço de banana” por nossos governantes entreguistas.

Eu e outros membros deste blog tivemos a oportunidade de entrevistá-lo durante um trabalho da faculdade, durante as eleições de 2002. Ali surgiram coisas interessantes. Perguntado sobre suas referências políticas, citou De Gaulle e não gostou da comparação com o extrema-direita Jean-Marie Le Pen. Disse que não se considerava de direita e, em tom de desabafo, declarou: “Todo mundo que quer pôr ordem nas coisas é chamado de fascista. Pronto, falei”.

Em determinado momento, na condição de entrevistador, dirigi-me ao então candidato:

Eu – Você acredita que... (interrupção)

Enéas – Olha, eu gostaria que o senhor me respeitasse como eu o respeito. O senhor tem idade para ser meu neto e eu o estou tratando por “senhor”. Gostaria de receber o mesmo tratamento.

Depois de uns segundos de silêncio constrangido e desculpas, continuamos. Esse era o doutor Enéas, como se referem a ele seus admiradores e correligionários. Queria ordem nas coisas.

4 comentários:

Anônimo disse...

"pronto, falei" e todas as suas variantes, são bordões por causa do dr. Enéas.

informei

Glauco disse...

É uma grande contribuição para o vernáculo e a conversa de boteco o "Pronto, falei", além de ter sido hilariante do momento em que ele deu um sabão no Nivaldo (Nicolau?) na entrevista. Na hora tive que fazer um dos maiores esforços da vida pra não gargalhar. Pronto, confessei.

Nicolau disse...

Caho justo. Foi hilário. Pelo menos depois. Na hora foi constrangedor...

Marcão disse...

Quando trabalhei no Pizza Hut, em Campinas, tinha uma colega de trabalho que vivia berrando, fazendo discursos e não falava coisa com coisa. Uma vez ela me agarrou pela gola na saída do estoque e me deu um beijo na boca na frente de um dos gerentes. Noutra ocasião, saiu dançando do vestiário e entrou no refeitório só de sutiã. Pois foi essa doida que reencontrei, dois ou três anos depois, como assessora pessoal do Enéas durante uma palestra do mitológico político na PUC. Bem mais tarde, lembrando dessa figura e observando os discursos da Dra.Havanir, me convenci de vez que, para entrar no Prona, era preciso de atestado de INsanidade mental! MEU NOME É MARCÃO!!!