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quarta-feira, junho 13, 2007

Procura-se atacante

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Quando Finazzi, agora assediado por empresários, chegou ao Corinthians, foi motivo de jocosidade pelos adversários. Ele parece fazer melhor o trabalho de pivô do que o de definir jogos, mas na conjuntura, ele parece ser a melhor solução de frente entre os paulistas. A falta de um atacante matador, que resolve, nos times paulistas se arrasta e soa a disco riscado.

A falta de gols do centroavante Aloísio, do São Paulo, dispensa comentários. No Santos, desde Deivid, segundo me lembra o Glauco, no primeiro semestre de 2005, não há um desbravador da grande área.

No caso do Palmeiras, como cita o Lance, há quatro partidas nenhum atacante marca gols. Um trecho de uma frase do técnico Caio Jr. virou destaque da capa da edição de hoje. Parafraseando Carlos Alberto Parreira, às vésperas da Copa de 1994, o palmeirense, ex-Paraná, disse que "a questão de fazer o gol é um detalhe onde entra a competência na hora de finalizar". Antes de dizer isso, ele disse que sua preocupação maior como treinador é a de fazer com que a equipe crie jogadas, o que vem acontecendo, vide quatro bolas na trave contra o Cruzeiro.

Parreira, o atual comandante dos Bafana-Bafana, a seleção sul-africana, disse que "o gol é apenas um detalhe". Não me lembro o contexto exato, mas era parte da explicação de como ele preferia ver seu time jogando: com a posse de bola, tocando de lado para, de repente, fazer um gol. O que entrou para o folclore do futebol, com ou sem razão, é que a própria criação de chances de gol seriam um detalhe para o comandante do escrete canarinho em 1994 e em 2006...

Mesmo diante da campanha do Lance para derrubar Caio Jr. que (ainda?) não tem meu apoio, me sinto impelido a condenar qualquer um que diga que o objetivo do esporte é um detalhe. Ninguém vai no campo para ver chutes na trave ou cruzamentos na área.

Seria como dizer que a cerveja na mesa de boteco é um detalhe.

Uma heresia, afinal, parafraseando o poeta – o mitológico mundrungo Flavião –, ninguém iria para o boteco tomar iogurte. Nada contra o iogurte.


5 comentários:

Glauco disse...

Olha, tem times que não têm atacante amtador e mesmo assim são ofensivos. E se tem time que chega até em final de torneio sem jogador de futebol, por que uma equipe não pode ser bem sucedida sem um home de ataque nato?

Marcão disse...

Conheci um cabra lá no Ceará que gostava de misturar iogurte com Ypióca ouro.

Nicolau disse...

O Finazzi disse que, em boa fase, marca 1 gol a cada dois jogos. Até agora, cumpriu.

Anônimo disse...

Nada tema bom palestrino.

Chegou do America-RN a solução para a angústia alviverde na cara do gol: Mad Max.

Segundo o grande Estevam Soares, contratamos o "melhor homem de área em atividade no Brasil". Sério.

Agora é esperar a rede estufar.

E abaixo a imprensa esportiva conservadora e golpista!

Abraço

www.observatorioverde.net

Anselmo disse...

ninguém restrição na ofensividade por falta de centroavante. O time pode ser ofensivo, pode criar jogadas. Pode até marcar, algo que não ocorre com o Parmera. Mas criar jogadas, criou...

quanto ao Mad Max, eu ainda não sei ou não quis responder.