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quarta-feira, dezembro 12, 2007

Presidente do Ipea defende jornada de trabalho de 12h por semana

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O economista e presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Marcio Pochmann, se tornou meu mais novo ídolo. Ele defendeu a adoção de uma jornada semanal de trabalho de três dias com expediente de quatro horas.

Pochmann argumenta que o acumulo de capital pelo sistema financeiro, que ele define como “produtividade imaterial”, é a “razão pela qual não há, do ponto de vista técnico, [motivo para] alguém trabalhar mais do que quatro horas por dia durante três dias por semana.", segundo publicou a Folha Online. “Pode ser estranho ouvir isso neste momento, ou talvez devessem ter sido mal compreendidos aqueles que, em 1850, justificavam o trabalho de oito horas por dia, começando a partir dos 15 anos, embora [naquela época] a indústria no mundo todo empregasse crianças de cinco, seis anos fazendo jornada de 16 horas diárias."

Pochmann disse ainda que o Brasil deveria começar a preparar seus cidadãos para começar a trabalhar depois dos 25 anos de idade. Ele justifica a tese com o aumento da expectativa de vida no Brasil. "Não há razão técnica para alguém começar a trabalhar no país antes dos 25 anos de idade. Especialmente porque estamos para entrar na fase em que a expectativa de vida ultrapassará os cem anos.", declarou o economista. Ele sugeriu ainda a criação de um fundo "que permita aos pobres optar entre o trabalho e a escola", o que colocaria o país em posição de vanguarda na preparação de pessoas capazes de pensar um projeto de desenvolvimento de longo prazo.

8 comentários:

Anselmo disse...

Bravo! Como hoje é quarta-feira, amanhã já não trabalho. É o caso de compensar as horas adicionais feitas nos últimos dias?

tô só imaginando a grita da imprensinha. vão chamá-lo de doido varrido para baixo.

Zêro Blue disse...

Ele será internado num "hospício" daqui mesmo de Barbacena.
Nicolau, fala sério.
Só vejo uma vantagem nisso, assim o empresário teria de contratar o dobro de funcionários e acabaria com o desemprego, o problema é que isso geraria uma onda de falências nas pequenas e médias empresas que não teria precedentes....
INTERNEM O POCHMANN, O MAIS URGENTE POSSÍVEL....

fredi disse...

Eu que já trabalho há mais de 30 anos e sei lá quantas horas por dia vou entrar com pedido de aposentadoria hoje.

Como já disseram aqui na redação, Pochmann 2010. Taí

Anselmo disse...

ô Carlão Azul, perai.

Infelizmente para quem trabalha, o Pochmann falou em "começar a preparar" para o trabalho pós 25 anos.

Sobre a jornada, ele aponta para a tendência de aumento de produtividade e de concentração de renda nas mãos dos grandes investidores mundiais.

Enquanto as centrais sindicais pedem jornada de 40 horas semanais, o Pochmann fala que o volume de renda acumulado nas mãos de pouca gente e pela produtividade atual do trabalho aponta que "não há, do ponto de vista técnico, [motivo para] alguém trabalhar mais do que quatro horas por dia durante três dias por semana.".

Quando ele fala "do ponto de vista técnico", não há insanidade alguma, o que não quer dizer que ele considere a medida politicamente sustentável.

Agora, se você quer levar ao pé da letra apenas a manchete, desconsiderando o que ele disse além disso, realmente soa como maluquice.

Glauco disse...

Carlão Azul, a Folha só deu destaque pra essa idéia do Pochmann para que houvesse reações como a sua. Ou seja, uma tentativa de ridicularizá-lo até porque essa posição dele não é nenhuma novidade, basta fazer uma pesquisa rápida no Google. Ele defende essa jornada há mais de ano.

O cara tem posturas muito críticas em relação ao governo (vide Google também) mas a midizainha se doeu por conta do afastamenteo/rebaixamento de uma meia dúzia de privatistas que tinham espaço assegurado nos jornalões. Aposto que a suíte da matéria vai ser um bando de economistas contrapondo o presidente do Ipea.

Marcão disse...

12 horas semanais? AGORA OUVI CONVERSA!

Marco Antonio disse...

Pochmann vai ser chamado de defensor de vagabundo para baixo assim como foi chamado Rui Falcão quando publicou meses atrás o artigo "Pela redução da jornada de trabalho" no blog do Noblat.
Para ver a integra do artigo clique no link abaixo.
http://www.ruifalcao.com.br/Artigos/ArtigosExibir.asp?ID=35

Anônimo disse...

Vamos derrubar o Lula e instaurar uma monarquia com o "homi" no poder, e sem parlamento, seja câmara alta ou baixa, pra incomodar.
Falando sério, o volume de recursos existente no mercado financeiro, a concentração desse capital e o alto grau de exclusão vão obrigar o capitalismo a pensar formas de democratização dessa grana. Com a divisão do trabalho atual uma grande massa fica excluída do processo produtivo. Aí, para o troço não estourar, ou o Estado concentra recursos e tenta distribuir um dinheirinho(na base do bolsa isso, aquilo, etc) ou implementa uma política de pleno emprego. No entanto, os limites ambientais, entre outros, impedem políticas totalmente agressivas de crescimento econômico. Logo, como não dá pra botar toda a gurizada pra trabalhar, pois o mundo pode explodir, o negócio pode ser reduzir a carga horária e distribuir as riquezas decorrentes do trabalho de todos. Mas se há condições sociais e políticas pra isso, acho brabo.
Ah, e no momento q escrevo o Mão Santa fala na tribuna do Senado. Que coisa instrutiva. Vou até tomar um aperitivo pra entender melhor, o homem é muito profundo...opa, sacanagem o Garibaldi(que não é o da Anita) cortou o Mão Santa(que não é o Oscar), absurdo, o cara tá parecendo um mudo, não tô ouvindo nada. Bah, vou ver a Gimenez.