Destaques

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Fifa reconhece Santos como octacampeão

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Para aqueles que gostam de ficar vendo o site da Fifa e acompanhando o que a entidade aprova ou não, finalmente vi vantagem. Em sua página sobre os campeões dos Mundiais Interclubes, a federação reconhece o Santos como octacampeão nacional. Ou seja, além dos campeonatos brasileiros de 2002 e 2004, a Fifa também considera as cinco Taças Brasil vencidas pelo time - entre 1961 e 1965 - e mais a Taça Roberto Gomes Pedrosa em 1968.

A Taça Brasil reunia os campeões estaduais e foi criada em 1959, servindo também para indicar os representantes brasileiros na Libertadores. Paulistas e cariocas já entravam nas semifinais. O torneio foi extinto em 1968 e, além do Santos, Palmeiras (duas vezes), Botafogo, Bahia e Cruzeiro foram campeões.

Já o Roberto Gomes Pedrosa, conhecido como "Robertão", começou a ser disputado em 1967 e durou até 1970. A idéia era ampliar o Rio-São Paulo, agregando em seu primeiro ano o Internacional e o Grêmio, Cruzeiro e Atlético, além do Ferroviário do Paraná. Nos anos seguintes, outros clubes forma incluídos como Bahia, Náutico, Santa Cruz e Coritiba. Em 1969, passou a ser a única competição nacional com o fim da Taça Brasil e era responsável pela indicação dos brasileiros da Libertadores.

A Fifa também não considerou a Copa União de 1987 para o Flamengo, "tirando" o título do clube da Gávea.

Queimador de línguas

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E não é que o Paraná tá mandando bem na Libertadores? O tricolor estreou na fase de grupos mandando um belo 4x2 sobre o Unión Maracaibo, da Venezuela, lá na casa do adversário.

Claro que estamos falando de um time da Venezuela, o que não é parâmetro pra ninguém, mas mesmo assim fazer quatro gols jogando fora de casa é algo digno de aplausos.

Para mim, especificamente, o Paraná surpreende. Eu achei que esse time nem chegaria à fase de grupos da Libertadores - achava que cairiam logo contra o Cobreloa - e agora eles fazem um resultado positivo desses. Minha desconfiança sobre o Paraná se baseava em três pontos:

1- Desmanche da base do ano anterior: o Paraná fez um belo Brasileirão e chegou em quinto lugar. Digno de aplauso, claro. Mas o bom grupo foi desmontado em semanas. Saíram quase todos os titulares do clube e o principal arquiteto da conquista, o técnico Caio Júnior. Se para um time grande se recompor é algo difícil, imagine para um médio, como o Paraná.

2- Zetti: ele não é um bom técnico. Ao menos não vinha sendo. Depois de um bom ano de 2004, quando foi vice-campeão estadual com o Paulista e levou o Fortaleza à Série A do Brasileirão, a carreira dele entrou num belo declínio. Passou vexame no São Caetano e Guarani. Tenta se reerguer no Paraná. Vamos ver se vai conseguir.

3- Dinélson: Chegou a Curitiba para ser o "craque" do time paranista na Libertadores. Mas dá pra confiar nele, que é quase o estereótipo da "eterna promessa"? Foi pro Corinthians em 2004, com badalação; não se firmou e perambulou por Bragantino e São Caetano, sem emplacar - era reserva no ABC. Mas foi o melhor jogador do time na vitória em Maracaibo.

Eu, humildemente, acho que o Paraná passará de fase na Libertadores, mas porque o grupo é muito fraco - ser eliminado numa chave com Maracaibo e Potosí é maldade. Vai brigar pela liderança do grupo com o Flamengo. Mas depois disso deve ser eliminado de cara. Não tem time para maiores vôos.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

O Parlamento verde

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Essa notícia surreal foi publicada ontem na Agência Câmara. Preocupados que estão com o aquecimento global, nova coqueluche dos noticiários e assunto pungente que vai monopolizar até mesmo enredos de escolas de samba (será que receberam dinheiro de ONGs para isso?), os deputados da Câmara transformaram nossa dileta Casa no primeiro Parlamento Carbono Neutro do mundo.

Mas o que isso quer dizer? significa que serão realizados estudos sobre as emissões de gases causadores do efeito estufa produzidas pelas atividades parlamentares e a Câmara junto com a Fundação SOS Mata Atlântica trabalhará para reduzir o impacto ambientaEssl de ações como transporte dos parlamentares, uso de papel e de energia elétrica. A partir do levantamento, vai ser possível dimensionar quantas árvores o órgão precisa plantar para neutralizar emissões maléficas. "Vamos ter talvez o primeiro Parlamento Carbono Neutro do planeta", afirmou o diretor de Mobilização da fundação, Mario Mantovani. O cálculo dessas emissões ficará a cargo da companhia Max Ambiental.

Passarela leva R$ 2 mi do Timão

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Reprodução, Arquivo FolhaImagem


Depois de uma passagem polêmica pelo Corinthians com resultados pífios, o treinador argentino Daniel Passarela conseguiu, em ação junto à Fifa, o direito de receber R$ 2 milhões do clube brasileiro. Antes, o time de Parque São Jorge havia sido condenado a pagar outros R$ 8 milhões ao Lyon, pela transferência do atacante Nilmar.

Mais detalhes, no UOL esportes.

Na fase pós-MSI, poderíamos dizer que cabeça de pobre continua sendo pára-raio ou é só incompetência do Dualib? Ainda há tempo para o Timão importar o Mustafá Contoursi do limbo em que o ex-presidente palmeirense se encontra no Parque Antártica. Seria a volta por cima de um dirigente que, para muitos alvi-verdes paulistanos, sempre foi corintiano, mas nunca teve coragem de confessar.

"Vamos à luta, ó campeões..."

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Tá certo que os adversários não são grande coisa - oito times da série A2 Paulista e o Chapadão, de Mato Grosso - mas não se pode desmerecer o bom momento da Portuguesa nesse início de temporada.

Como registra o UOL Esporte, essa seqüência de partidas, somada a dois confrontos pela Série B do Brasileirão do ano passado, dá à Portuguesa sua maior invencibilidade desde 1998 - tempo em que a Lusa era respeitada e brigava pau a pau por títulos.

Até onde vai essa Portuguesa? Não dá pra saber. Como dito, a A2 pode não ser parâmetro para nada - afinal, o mais certo para a Lusa era nunca ter estado lá. Mas dá um certo ânimo pra sua torcida. Caso a Lusa conquiste o campeonato, terá um título em seu currículo e mais fôlego para tentar voltar à elite do Brasileirão no resto do ano.

Curiosidade: os gols da Portuguesa ontem foram marcados por Rivaldo. Tem também um Leto no time, lateral-esquerdo. Se pintasse um Válber, teríamos a reedição - nos nomes, claro - do lendário Carrossel Caipira do Mogi Mirim em 1993.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Morre inventor do pebolim (ou totó)

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Morreu na última quinta-feira Alejandro Finisterre, espanhol que ficou conhecido como o inventor do pebolim (ou totó, como é chamado popularmente). A invenção ocorreu quando ele tinha 17 anos, ao se acidentar durante a Guerra Civil Espanhola e ser internado em um hospital de Barcelona. Apaixonado por futebol, pensou em uma maneira para que as crianças hospitalizadas pudessem "praticar" o esporte usando apenas as mãos. Finisterre patenteou seu invento em 1937 e, 15 anos depois, exilado na Guatemala, aperfeiçoou o jogo, incorporando barras de aço e melhorando a qualidade do material. (do site Terra)

Já sei: vamos beber o falecido. E, de preferência, num boteco que tenha pebolim.

Jogador paraibano é o mais velho do mundo

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Essa eu ainda não sabia: o Perilima, que estreou este ano na primeira divisão do Campeonato Paraibano, possui o jogador mais velho do mundo em atividade no futebol profissional: Pedro Ribeiro Lima (foto), o “Seu Pedro”, de 58 anos (!). Como dono e presidente do clube, ele começou a carreira aos 51 anos e ainda hoje persegue o primeiro gol como profissional. Mas tá difícil: até o momento, o time de Pedro Ribeiro perdeu todos os sete jogos do Paraibano, marcando 3 gols e sofrendo 33 - saldo negativo de 30 gols. No último domingo, foi goleado por 4 a 0 pelo Esporte. Antes, já tinha apanhado de 6 a 0 do Campinense e de 11 a 0 do Treze.
“Seu Pedro”, que já virou notícia na La Gazzetta dello Sport, o diário esportivo mais importante da Itália, tem uma fábrica de sorda em Campina Grande – uma espécie de bolacha de rapadura com trigo. Todos os jogadores do Perilima são funcionários da empresa homônima. Alguns atendem pelas alcunhas de Foguinho, Rumennigue, Márcio Queimadas, Nego Pai e Fumaça.
"Se não fosse a rapadura, não teria força para continuar jogando. A rapadura revigora, é uma ótima reposição para os ossos. Quando os meus jogadores chegam meio cansados da noitada, distribuímos rapadura para acordá-los", conta Pedro. “Seria bom se o Romário comesse rapadura porque ele é da noitada. Assim ele continuaria na carreira e marcaria muitos gols”, aconselha.
Detalhe curioso sobre o Perilima é que, em 2006, a segunda divisão previa duas vagas de acesso à elite do Campeonato Paraibano. Só que apenas dois clubes "disputaram" as vagas! O time de “Seu Pedro” conseguiu a proeza de ficar em segundo lugar. Mas subiu...
(com informações dos sites Terra e VGBR)

The Strongest demite 5 por beberem em público

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Absurdo: o The Strongest, da Bolívia, anunciou ontem a rescisão dos contratos de cinco jogadores que beberam cerveja em local público. Pô, qual o problema? Ainda mais num lugar que tem uma das melhores cervejas do continente, a Paceña (que inclusive patrocina o time; veja a foto ao lado). Entre os manguaças demitidos está um brasileiro, Sandro Coelho (foto), além dos argentinos Britos e Campos e os bolivianos García e Jauregui. O goleiro Sahonero, que também estava com o grupo, foi multado e recebeu advertência. Segundo o dirigente Ronald Crespo, o fato aconteceu na última sexta-feira, foi denunciado por um canal de TV e comprovado pelo clube. No domingo, o The Strongest perdeu por 3 a 0 para o Blooming (tá explicado: botaram a culpa na cerveja!). E, falando no Blooming, que foi recém-goleado pelo Santos, o clube protagonizou mais uma demissão bizarra: o brasileiro Alex da Rosa levou um pé na bunda depois de aparecer totalmente nu para uma entrevista. Alex, que se naturalizou boliviano há quatro anos para jogar as Eliminatórias da Copa, disse na cara larga que "só queria fazer uma brincadeira". A imprensa havia sido chamada para tratar sobre a aparição de outros quatro jogadores do time em um clube noturno, acompanhados de mulheres (isso prova que o patrulhamento de jogadores na Bolívia é realmente irritante). Os acusados, visivelmente incomodados, exigiam que os jornalistas do dito canal fossem retirados da entrevista. Neste momento, Alex apareceu na sala sem roupa. O presidente do Blooming, Carlos Bendeck, prometeu abrir processo judicial contra o jogador. Neste caso, com razão. (com informações do site Terra)

O último clube de Mestre Ziza

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O (para nós) desconhecido Audax Italiano, clube chileno que recebe o São Paulo hoje à noite em Santiago, na estréia do Tricolor na Libertadores, faz parte da biografia de pelo menos um grande craque do futebol mundial. Depois de jogar pelo próprio São Paulo entre 1957 e 1958 e passar rapidamente pelo Uberaba (MG), Tomás Soares da Silva, o Zizinho (foto), partiu para o Chile e jogou no Audax até 1962, encerrando sua carreira aos 40 anos - justamente no ano em que aquele país sediou a Copa do Mundo (e o Brasil foi bicampeão). O clube chileno permitiu ao Mestre Ziza, também, sua primeira experiência como treinador. Longe dos holofotes atualmente, o Audax Italiano conquistou quatro campeonatos chilenos - em 1936, 1946, 1948 e 1957. Em 1958, um amistoso no Pacaembu reuniu o campeão chileno e o campeão paulista de 57. O São Paulo venceu o Audax por 4 a 1. Curiosamente, Zizinho não jogou.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

A mística do terrão corintiano

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Quando o Corinthians está em crise (o que é quase uma constante), há uma solução que é sempre citada. Segundo muitos corintianos, a solução para o time é deixar de lado medalhões, jogadores consagrados, atletas sem identificação com a camisa e apostar tudo na molecada do terrão!

Por terrão, como se sabe, refere-se ao campo das categorias de base do Corinthians. Os defensores dessa tese acreditam que os jogadores que dali saem conhecem o "jeito Corinthians de ser" e, por isso, teriam mais sucesso no time de cima. Argumentam esses que mais vale um jogador identificado com o clube, mas tecnicamente limitado, do que um atleta que entenda de futebol mas não conheça direito o Corinthians.

Também se diz - e o ótimo comentarista Benjamim Back, do Estádio 97, é um dos que mais endossa essa idéia - que o Corinthians, toda vez que fugiu de suas características, quebrou a cara.

Hum. Eu, humildemente, discordo. Claro que é legal que um jogador tenha identificação com o clube, mas será que isso é preponderante para que ele tenha sucesso? Mais - será que o Corinthians é tão diferenciado assim a ponto de "estragar" a carreira de jogadores que vinham bem até ali chegar.

É inevitável lembrar do Corinthians de 1998-2000, o melhor que vi jogar e, possivelmente, o melhor da história do clube. O meio-campo daquele time era mágico: Vampeta, Rincón, Marcelinho e Ricardinho, todos no auge de suas formas. O ataque tinha Edilson e, a partir de 1999, Luizão. Na defesa, Dida e Gamarra. Pois bem, cadê o "terrão"?

Por outro lado, podemos citar inúmeros exemplos de atletas revelados pelo Corinthians, que declararam amor e identificação ao clube, e futebol que é bom mostraram pouco. Abuda (foto) é um exemplo, juntamente com Bobô, Yamada, Marcos Alemão, Fernando Baiano e outros. Marquinhos, que atualmente passa por apuros, é o caso mais recente.
Entendo que cada clube tem a sua característica e a do Corinthians é essa. O que não se pode é tratar essa questão de modo mítico ou até supersticioso.

Nem só de violência vive a torcida

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Em meio a brigas de torcida nos estádios e arredores em São Paulo e com a nova modalidade de "pressão" contra jogadores, no caso, ameaças como as sofridas por Marquinhos, dois exemplos interessantes vindos das arquibancadas. Retratados, aliás, do blog Arquibancada - Esporte com Paixão e História. Abaixo, a íntegra do post do jornalista pernambucano José Neves Cabral:

A emoção maior veio das arquibancadas

O torcedor costuma ir a campo em busca de emoção. Quer ver os dribles desconcertantes de seus ídolos, os gols de placa, a vitória de seu time. Mas eis que nesse fim de semana foi o próprio torcedor que levou a emoção maior aos estádios, com gestos de solidariedade, carinho e gratidão. Vamos a eles:

Em âmbito local, vimos o técnico Givanildo Oliveira, do Santa Cruz, ser aplaudido como um verdadeiro herói voltando de uma grande conquista ao pisar no gramado da Ilha do Retiro, domingo à tarde. Os aplausos vieram da torcida do Sport, time que se classificou à elite do futebol nacional no ano passado sob o comando do agora técnico tricolor.

A homenagem não estava programada, ninguém pediu à torcida do Sport que tomasse aquela bela atitude. Os aplausos atingiram em cheio Givanildo, que não conseguiu conter as lágrimas. Ele havia deixado o clube rubro-negro no final do ano porque a diretoria não quis renovar seu contrato, devido a um desentendimento que teve com o vice de futebol Homero Lacerda.

O outro gesto que marcou bastante o fim de semana esportivo foi a homenagem das torcidas de Flamengo e Botafogo antes do empate por 3x3 no clássico carioca, domingo, no Maracanã. Mais de 30 mil pessoas gritaram o nome do menino João Hélio, de 6 anos, morto barbaramente após ser arrastado em um carro por 7 quilômetros durante um assalto, em Bento Ribeiro, no Estado do Rio de Janeiro, na semana passada.

Quem nos dera que a arquibancada fosse sempre palco desses gestos. Belíssimos gestos. Mas ainda raros. E já que eles aconteceram nesse fim de semana, cabe a nós registrá-los e aplaudi-los.

Garantindo o leitinho das crianças...

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Agora, vai: um manguaça da maior região leiteira do Japão inventou a "leiteja", mistura de leite com cerveja. "Nós tivemos a idéia após ouvir sobre os excedentes de leite", disse Chitoshi Nakahara, chefe d e uma loja de bebidas na ilha Hokkaidodo, no extremo norte do país. A nova bebida fermentada tem cerca de 30% de leite. Ela também contém lúpulo e o processo de produção não é muito diferente da cerveja normal. Sua loja começou a vender a "leiteja" - que apesar de um leve aroma de leite, parece e tem gosto de cerveja normal- em 1o de fevereiro, depois de gastar seis meses desenvolvendo o produto com um cervejeiro local. A bebida está disponível apenas em seis lojas locais ou para encomendas pelo correio, mas Nakahara está atualmente sem estoque, por causa da grande atenção atraída pela mídia. O cachaça também vende cerveja feita com outro produto típico de Hokkaido: batatas. (com informações da Reuters)

Ameaçado, Marquinhos deixa o Corinthians

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Tá certo que o zagueiro Marquinhos falhou bisonhamente no segundo gol do São Paulo contra o Corinthians, no domingo. Deu a bola no pé do Aloísio, escorregou e acertou um pontapé no joelho do centroavante, cometendo o pênalti que Rogério Ceni cobrou e guardou (e o juiz nem expulsou o zagueiro, que era o último homem e interceptou um gol claro). Principalmente por esse lance (e também por outros), a torcida do Corinthians, com razão, ficou enfurecida com o Marquinhos.
Mas daí ao cara ser ameaçado de morte, não dá pra aceitar. A perseguição foi tão violenta que ele não agüentou, pediu demissão e pensa em mudar de estado."O Marquinhos viveu uma situação desagradável após o clássico, com pessoas ligando para sua mãe e mulher, fazendo ameaças", confirmou o treinador Emerson Leão. "Ele falou comigo. Eu lamento muito que um atleta precise tomar uma atitude destas, mas infelizmente ele não quer mais ficar em São Paulo", acrescentou.
O diretor de futebol, Edvar Simões, ainda tentou minimizar as ameaças. "A única coisa que eu disse é que isso é uma coisa mais de paixão de torcedor mesmo, mais fanatismo do que ameaça", declarou o dirigente à Rede Record. Segundo Simões, essa não é a primeira vez que Marquinhos é ameaçado por torcedores. "No ano passado, em um outro clássico que ele não foi bem, aconteceu a mesma coisa. Naquela ocasião, ele conseguiu superar", afirmou.
Em abril de 2005, Marquinhos ganhou notoriedade ao trocar socos com Carlos Tevez (foto) durante um treino do Corinthians. Definitivamente, sua passagem pelo clube não foi das mais felizes.

Som na caixa, manguaça! (Volume 8)

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A dama de vermelho

Miltinho Rodrigues
(Composição: Ado Benatti/ Jeca Mineiro)

Garçom, olhe pelo espelho
A dama de vermelho
Que vai se levantar
Note que até a orquestra
Fica toda em festa
Quando ela sai para dançar

Essa dama já me pertenceu
E o culpado fui eu da separação
Hoje choro de ciúme
Ciúme até do perfume
Que ela deixa no salão

Garçom, amigo!
Apague a luz da minha mesa
Eu não quero que ela note
Em mim tanta tristeza
Traga mais uma garrafa
Hoje vou me embriagar
Quero dormir para não ver
Outro homem lhe abraçar

(do CD "2x1, O Melhor de Miltinho Rodrigues", Brasidisc, 1999)

Nobre destino

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Satisfeito com o desempenho do colega Aloísio (foto) no clássico de domingo contra o Corinthians (o atacante participou dos três gols do São Paulo), Rogério Ceni lhe presenteou com a camisa que usou durante a partida. Ontem, em coletiva com a imprensa, o centroavante revelou o que vai fazer com ela: "Essa camisa é muito especial pra mim. Vou colocá-la no bar que fiz em Alagoas".

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Pensatas de fim de semana

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Maracanã - O clássico Flamengo 3 x 3 Botafogo, ontem, foi espetacular, digno de encantar os olhos de quem tem saudade do futebol alegre, para a frente, lá e cá, sem medo e sem esquemas sobrepujando o futebol e o talento. Inesquecível.

Timão - Apesar da crise de identidade gerencial (financeira) e técnica do Corinthians, muitos acham (eu entre eles) que a base do Timão é, como sempre foi, fértil em revelar bons jogadores. Mas a lambança do zagueiro Marquinhos, que surgiu no chamado Terrão, no segundo gol são-paulino, foi uma das maiores lambanças que já vi. Deu até dó. E o Corinthians, a julgar pelo jogo de ontem, tem um futuro muito sombrio na temporada.

Palmeiras - Já as perspectivas do Palmeiras são igualmente pouco animadoras, ao contrário do que eu mesmo disse semanas atrás, enganado pelo bom início do Paulistão. Ao invés de ganhar conjunto e ir engrenando, é um time sem padrão de jogo, confuso, com muitos jogadores de medianos para baixo e sem liderança dentro de campo, quando Edmundo não joga. O treinador se revela inseguro, taticamente covarde e não tem pulso. A propósito, bem oportuno o título da matéria do JT sobre a derrota para o Ituano (1 a 0) na semana passada: “Palmeiras vai voltando ao normal”.

Santos – O time de Luxemburgo, como no ano passado, é visto pela imprensa paulista como um personagem periférico. Como disse o goleiro Fábio Costa: “Está na hora de a imprensa valorizar o time do Santos”. Mas o Peixe, mesmo jogando “para o gasto”, como ontem (2 a 1 no Santo André), é líder, com uma campanha além das expectativas. A base do ano passado foi mantida e este ano o futebol da equipe tem sido mais bonito de se ver. Rodrigo Souto entrou tão bem como volante ao lado de Maldonado que Luxemburgo até esqueceu momentaneamente o feio sistema 3-5-2. O problema continua sendo o ataque. Mas, se no Flamengo Obina “é melhor” que Eto’o, já há santistas que criaram um novo personagem: Tiuí Henry!

São Paulo - Se há quem entenda que o São Paulo é menos forte este ano do que em 2006 (aparentemente é mesmo), ele não mudou nada em relação ao ano passado num aspecto: entra candidato a qualquer título que disputa. Mas não sei até que ponto o vareio que deu ontem no Corinthians foi mérito do Tricolor ou conseqüência da ruindade do time corintiano.

MG - E não é que o Galo detonou o Cruzeiro? Quem diria!

Fluminense, PC, Gallo e Joel Santana

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O Fluminense demitiu mais um técnico. Deve ser o sexto ou sétimo que o Tricolor do Rio troca num prazo curto de tempo. Bagunça, má administração, precipitação? Sim, um pouco disso tudo. Mas acho que dá pra extrair algo positivo disso. Convenhamos: o estadual não é grande coisa. O Flu foi campeão do Rio em 2005 e no mesmo ano entrou em crise após pipocar na reta final do Brasileirão, dando a vaga na Libertadores para o Palmeiras. Se escolher um técnico bom - nada de Ivo Wortmann ou Paulo Campos - e der a ele condições para trabalhar, o Flu pode fazer uma boa temporada em 2007 e até mesmo brigar por algo digno no Brasileirão. Tempo e elenco para isso o time tem.

PC Gusmão, o demitido da hora, troca de emprego mais uma vez. A carreira dele é interessante. Tirando uma passagem pela Cabofriense, no começo da trajetória, ele só ostenta times grandes em seu currículo: Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro - e o São Caetano, que teve sua grandeza por ser um time que estava há muitas temporadas na primeira divisãso. Agora vai procurar emprego mais uma vez. Tem algum time precisando de técnico aí? Daqui a pouco o PC aparece de novo, engana, e pouco tempo depois cai fora mais uma vez. Ele caminha a largos passos para se tornar uma "eterna promessa" dos treinadores.

O atual técnico do Sport, Gallo, foi sondado para assumir o cargo anterior de PC Gusmão. Dizem que seria algo que traria um bom retorno financeiro. Mas esportivamente falando, será que vale a pena? O Sport acabou de ser o campeão do primeiro turno do Pernambucano, e Gallo vem sendo elogiado. O rubro-negro vai disputar agora a primeira divisão do Brasileirão. Gallo pode ficar por lá, fazer uma boa campanha e adquirir bagagem para sonhar com vôos mais altos nos anos seguintes. Será que é o caso de ir pra instabilidade que cerca o Fluminense hoje?

Outro nome cotado para o cargo de técnico do Flu é o de Joel Santana. Ele mesmo, Joel, grande "mestre" do futebol. O jeitão dele - com uma baita aparência de cachaceiro - faz com que ele seja visto como mau técnico. Essa fama é amplificada aqui em São Paulo pelo inevitável bairrismo e encontrou ressonância após a trágica passagem pelo Corinthians em 1997. Mas o currículo dele não pode ser desprezado. Acho que seria uma alternativa interessante para o "Tricolor das Laranjeiras".

Nova técnica pode diminuir ressaca de vinho

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Boas novas: cientistas espanhóis desenvolveram uma técnica de preservação de uvas usadas em vinhos que pode reduzir os efeitos da ressaca. Atualmente, a maioria dos vinhos produzidos em larga escala usa dióxido de enxofre como conservante, um veneno que pode causar reações alérgicas, dores de cabeça e asma. Cansados de passar mal, os pesquisadores da Universidade Técnica de Cartagena descobriram que o ozônio tem 90% da eficácia do dióxido de enxofre na preservação de uvas frescas para a produção de vinhos, sem apresentar os terríveis efeitos colaterais. Além disso, as uvas conservadas em ozônio têm até quatro vezes mais antioxidantes, de acordo com o estudo, publicado na revista especializada Chemistry and Industry. Então, buenas: finalmente poderemos beber aqueles "tintos suaves" do calibre de Chapinha, San Tomé, Catafesta, Góes, Canção, Sinuelo e Sanguê de Boá sem passar os três dias seguintes amaldiçoando a hora em que abriu o garrafão e suplicando que um raio caia na cabeça e acabe com o sofrimento! (com informações da BBC Brasil)

Alemanha tem "baby boom" 9 meses após Copa

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O futebol, definitivamente, não é o único interesse dos que acompanham uma Copa do Mundo. Nove meses após o encerramento do mundial da Alemanha, o país vive um aumento temporário da natalidade. Vários médicos e parteiras dizem que o número de nascimentos previstos para março deste ano está acima do normal. Rolf Kliche, diretor de uma maternidade em Kassel, confirma o fenômeno. "Nós estimamos que o número de nascimentos em março deste ano deverá ficar de 10 a 15 por cento acima da média", assegurou. A maternidade do hospital universitário de Hamburgo, no norte da Alemanha, também espera um verdadeiro "baby boom" nas próximas semanas. "Os nossos cursos de preparação ao parto estão lotados", disse um porta-voz. Inge Gerbig, parteira na cidade de Worms, no sudoeste da Alemanha, revelou que o número de partos agendados para março é o dobro dos nascimentos esperados em fevereiro. O jornal Sueddeutsche Zeitung sugeriu um método curioso para avaliar se a Copa do Mundo realmente teve efeito na natalidade: "Se muitos nenês forem batizados de Lukas, Bastian e Michael, não haverá dúvidas", brincou, referindo-se aos jogadores Lukas Podolski, Bastian Schweinsteiger e Michael Ballack. (com informações da BBC Brasil)

Tabus igualados, mas diferenciados

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Com a partida de ontem, o São Paulo somou 12 confrontos seguidos sem derrota para o Corinthians, de março de 2003 para cá, e igualou o mesmo tabu que o rival lhe impôs entre agosto de 1976 e novembro de 1979: 8 vitórias e 4 empates. Curioso é observar que, na seqüência de 12 jogos sem derrota do Corinthians, nos anos setenta, 10 foram pelo Campeonato Paulista e 2 pelo Brasileirão (com 17 gols a favor e 7 contra). Já no tabu atual, favorável ao São Paulo, a situação é inversa, sendo 4 jogos pelo Paulista e 8 pelo Brasileirão (22 gols a favor, 7 contra). No Brasileiro de 78, os dois times não se cruzaram - o confronto de janeiro daquele ano foi válido pelo campeonato do ano anterior. Já em 1979, ambos boicotaram a vergonhosa competição nacional disputada por 93 times.

Vale lembrar que, no tabu atual, o jogo São Paulo 3 x 2 Corinthians (foto), de 07/09/2005, foi anulado por ter sido apitado pelo árbitro Edílson Pereira de Carvalho, réu confesso no escândalo de manipulação de resultados. A partida, válida pelo segundo turno do Brasileirão, foi remarcada para 24 de outubro e terminou empatada. Seguem as séries invictas dos dois clubes:

08/08/1976 – Corinthians 1 x 0 São Paulo (C.Paulista)
17/04/1977 – Corinthians 1 x 0 São Paulo (C.Paulista)
21/08/1977 – Corinthians 1 x 0 São Paulo (C.Paulista)
28/08/1977 – Corinthians 2 x 1 São Paulo (C.Paulista)
02/10/1977 - Corinthians 2 x 1 São Paulo (C.Paulista)
04/12/1977 – Corinthians 2 x 0 São Paulo (C.Brasileiro)
05/01/1978 – Corinthians 1 x 1 São Paulo (C.Brasileiro)
10/12/1978 – Corinthians 0 x 0 São Paulo (C.Paulista)
05/05/1979 – Corinthians 2 x 2 São Paulo (C.Paulista)
26/08/1979 – Corinthians 2 x 0 São Paulo (C.Paulista)
15/09/1979 – Corinthians 1 x 1 São Paulo (C.Paulista)
21/11/1979 – Corinthians 2 x 1 SãoPaulo (C.Paulista)

15/06/2003 – São Paulo 2 x 1 Corinthians (C.Brasileiro)
12/10/2003 – São Paulo 3 x 0 Corinthians (C.Brasileiro)
15/02/2004 – São Paulo 1 x 0 Corinthians (C.Paulista)
30/05/2004 – São Paulo 1 x 1 Corinthians (C.Brasileiro)
19/09/2004 – São Paulo 0 x 0 Corinthians (C.Brasileiro)
27/02/2005 – São Paulo 1 x 0 Corinthians (C.Paulista)
08/05/2005 – São Paulo 5 x 1 Corinthians (C.Brasileiro)
24/10/2005 – São Paulo 1 x 1 Corinthians (C.Brasileiro)
12/02/2006 – São Paulo 2 x 1 Corinthians (C.Paulista)
07/05/2006 – São Paulo 3 x 1 Corinthians (C.Brasileiro)
10/09/2006 – São Paulo 0 x 0 Corinthians (C.Brasileiro)
11/02/2007 – São Paulo 3 x 1 Corinthians (C.Paulista)

Até o Gustavo Franco

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Gustavo Franco é economista da PUC-Rio, o ninho dos neoliberais brasileiros. É das maiores concentrações da corrente. Foi presidente do Banco Central do primeiro governo Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 1998, período no qual sustentou a sobrevalorização do real ante o dólar numa bolha que causaria a crise de 1998 – cujo impacto foi ampliado pela decisão pra lá de eleitoreira de segurar a liberação do câmbio para depois do pleito de reeleição do então presidente.

Como no Brasil até ministro com histórico de hiperinflação pode abrir empresa de consultoria quando não consegue um posto no Conselho Administrativo de algum grande banco, Gustavo Franco tem também uma coluna quinzenal na Época. O exemplar desta semana caiu nas mãos deste manguaça. Vale nota.

"O problema do câmbio é o superávit" (só para assinantes) fala sobre a valorização do real e a ação do Banco Central de ampla compra de dólares desde janeiro. Ele registra: "Que ninguém venha com essa conversa 'neoliberal' de que a intervenção é ineficaz. Na ausência desses US$ 121 bilhões comprados pelo governo, o câmbio não estaria em R$ 2,09, mas muitíssimo abaixo". A solução apontada pelo artigo é baixar o superávit primário.

Até o Gustavo Franco com essas idéias!

Visita pouco inspiradora

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Não sei como funciona o controle que cada clube faz do acesso aos vestiários. Mas o pessoal do Corinthians poderia ter um pouco de bom senso: antes do clássico contra o São Paulo, o deputado federal Paulo Maluf apareceu no vestiário para incentivar o time. Será que isso influenciou o resultado?

Sem visto, Parreira pode ser preso

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Depois da melancólica desclassificação do Brasil na Copa da Alemanha, o técnico Carlos Alberto Parreira (foto) está passando por mais um constrangimento em sua carreira. Depois de entrar na África do Sul com um visto de visitante para treinar a seleção de futebol do país, o técnico foi informado hoje que poderá ser preso caso seja flagrado exercendo suas funções.

O boato de que o treinador estaria trabalhando ilegalmente surgiu na sexta-feira. Porém, a Federação Sul-africana de Futebol, Safa (uma entidade com uma sigla dessa já é uma piada pronta!) minimizou a situação, garantido que tudo seria resolvido em breve.
“A lei é muito clara”, comentou Mantshele Tau, assessor de imprensa de um ministro sul-africano, numa paródia do bordão de Arnaldo César Coelho. “O Parreira e seu assistente (Jairo Leal) não têm permissão para trabalhar até que suas documentações estejam prontas. Ou seja, eles não podem ir ao estádio para ver jogos e nem tomar nota da seleção enquanto assistem aos jogos pela televisão porque isso significa trabalhar. Estamos monitorando todos os lugares e ambos poderão ser presos se quebrarem a lei”, emendou.
A Safa, por sua vez, admitiu que está atrasada no processo de obtenção da permissão de trabalho para o treinador. Para consegui-la, a entidade ainda aguarda a documentação médica dos brasileiros além de relatórios policias dos locais onde ambos trabalharam. (com informações do site Gazeta Esportiva)

A culpa de Leandro

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O meia-atacante Leandro, do São Paulo, é o típico atleta que faz o torcedor adversário se irritar. Fala demais, em geral com a arrogância de uma língua afiada que não correspode à técnica e habilidade que ele acha ter. Foi assim em suas passagens pelo Corinthians, Fluminense e agora no Tricolor. Em campo, já foi capaz de algumas jogadas desleais, simulações e quetais que o tornam alvo de rivais mais exaltados.

Ontem, no Morumbi, na partida contra o Corinthians, jogada pela esquerda. Leandro dá um calcanhar na bola para Aloísio. O avante sãopaulino gesticula, diz pra ele não fazer a jogada desnecessária, percebendo no que isso poderia resultar em um clássico em que os nervos já estavam à flor da pele. Provocação? Sim. Passível de punição pela arbitragem? Não.

Em um lance posterior, ele dá um drible em Magrão. Espera o jogador para tentar nova jogada e quase consegue passar, mas é barrado pela violência do volante. Diferentemente da jogada anterior do passe de calcanhar, ele fazia um lance objetivo, mas, talvez pelo histórico, tomou a pancada.

Nesse caso, a culpa é de quem provoca? Para o ex-jogador Casagrande sim. "É fácil falar daqui, mas quando você está em campo, é difícil segurar", dizia ele tomando as dores de Magrão na Globo. "Você vê que ele dá o drible e espera o Magrão voltar", atesta, seguindo uma lógica pela qual Garrincha teria provocado quase todos seus marcadores durante sua carreira e mereceria, portanto, apanhar sempre de forma justa.

Esse tipo de pensamento justifica a agressão no futebol. Se irritar deliberadamente o adversário é uma atitude anti-desportiva, Leandro fez isso em um lance, mas não naquele em que foi caçado por Magrão. Ainda assim, acreditar nisso é uma inversão de valores. Afinal, o que é pior, a embaixadinha de Edilson contra o Palmeiras ou a voadora que Paulo Nunes tenta acertar nele? E quem pode distinguir de fato se uma jogada é ou não provocação? Robinho foi ameaçado por Danrlei, então goleiro do Grêmio, na semifinal do Brasileiro de 2002. O arqueiro decretou: driblar é o mesmo que humilhar. Portanto, deveria ser proibido. Muitos concordaram com ele.

O pior é que comentários como o de Casagrande omitem outro fato. Porque são sempre os mesmo jogadores que caem na suposta provocação? No caso, os mais violentos como Magrão, que até agora em sua passagem pelo Corinthians tem acumulado um triste currículo de deslealdade e violência. No ano passado, em um clássico contra o Santos no Brasileiro, já havia sido expulso por jogada semelhante. Será que seu futebol minguou e nos clássicos isso fica mais evidente? Por que não se cobra Magrão ao invés de Leandro?