Destaques

sábado, março 03, 2007

Pelé treinando Robinho

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O companheiro Marcão me deu de aniversário uma edição da Placar de março de 1999, um especial sobre Pelé. Nela, há uma entrevista com o Rei em que ele fala sobre seu trabalho nas divisões de base do Santos, que durou até aquele ano, último da administração de Samir Abdul Hack.

Cuidando das divisões infantil e juvenil, Pelé julgava aquele um trabalho que lhe dava prazer. "Só me causa dissabor dispensar os garotos. Na última vez, fui ao banheiro, chorei um pouco, escondido, voltei e fiz a lista de dispensas", disse.

Imagino que a questão da escolha dos jogadores foi justamente uma das principais tratadas por Pelé já que, na década de 1980 e parte de 1990, conheci diversos caso in loco de filhos e parentes de diretores do clube que jogavam nas divisões de base por conta de sua condição. "O filho do Lalá, por exemplo, tive que dispensar. O Lalá jogou comigo, é meu amigo, é de Santos. Mas o garoto tem uma deficiência respiratória e, além de tudo, não está no nível dos outros. Não há privilégios para filhos de ex-jogadores, de diretores e conselheiros. Se tiver condição, fica. Os filhos de dois porteiros do Santos foram aprovados porque jogam bem."

Esse dado é curioso e sempre importante de ser lembrado, já que muitos, apressademente, julgam ser "obra" de Marcelo Teixeira o time dos "meninos da Vila" de 2002 quando, na verdade, a dupla Diego e Robinho já treinava no Santos antes da dinastia do atual presidente, em centro de treinamento também construído antes da atual gestão.

Nesse aspecto, o mais curioso é quando Pelé é perguntado se existe algum Pelé, Ronaldinho ou Zico ali. A resposta do Rei: "Tem alguns garotos que, se bem trabalhados, vão chegar lá. Tem o Robinho, um crioulinho, o volante Jonathan, que é do Maranhão, e o Mota, centroavante do juniores. O Robinho é oito-dois (risos) [aqui Pelé erra o ano de nascimento de Robinho, que, na verdade, nasceu em 1984]. Ele é desnutrido, coitado. Até chamei o pai para saber se ele já teve algum problema de saúde, amarelão, anemia. O garoto sabe driblar, é inteligente, mas não tem força na hora de bater na bola".

Não é sempre que Pelé erra previsões...

sexta-feira, março 02, 2007

"É sempre necessário vencer o Corinthians"

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Sopalmeiras
Atribui-se ao centroavante Jardel (ex-Grêmio, ex-Benfica, ex-Palmeiras) a frase: "Clássico é clássico e vice-versa", numa derivação nonsense do jargão futebolístico. Diante do Palmeiras e Corinthians do próximo domingo e da manchete da página do Uol "Corinthians e Palmeiras duelam pela soberania", me questionei: ainda clássico seria clássico?

No caso da matéria do UOL, a soberania é a de títulos paulistas, já que o Verdão não fatura um estadual desde 1996 e o alvi-negro está a ver navios no Paulista desde 2003. Além disso, o São Paulo já tem o mesmo número de conquistas (21) do que o Palmeiras. A matéria questiona ainda se o clássico ainda é o mais importante do estado.

Depois de depoimentos chapa-branca de parte a parte, a matéria termina apelando para a história e para a tradição. "Desde as categorias de base nós começamos a entender o clássico. É sempre necessário vencer o Corinthians", disse o zagueiro David, de 19 anos, revelado no próprio Palmeiras.

Virei fã do figura que, até agora, era só uma promessa com participações nas seleções sub-18 e sub-20 (o que quer dizer muito pouco ou quase nada, é fato).

IstoÉ é do Daniel Dantas

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O banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, adquiriu 51% das ações da Editora Três, que publica, entre outros títulos, a IstoÉ. A casa que publica a semanal há 31 anos, vinha sendo motivo de boatos há algum tempo. Em 2006, uma debandada de parte da redação anunciava que mudanças estavam em curso. Eram medidas de preparação para a venda, mas também realinhamento de linha editorial. Nas últimas semanas, os boatos e atrasos no salário motivaram reação dos funcionários, em paralisações por definições e garantia de emprego (ou de qualquer coisa). Claro que tudo era sinal de crise.

O jornalista Leonardo Attuch, da IstoÉ Dinheiro, foi acusado por membros do governo federal (leia-se Luis Gushken) e por jornalistas da Veja (Lauro Jardim, da coluna "Radar") e até pela Carta Capital, de Mino Carta, de se ter vendido a Daniel Dantas. O apelido concedido pelas más-línguas de "QuantoÉ" à ex-publicação de Domingos Alzuguarray era usado para dizer que havia histórico e que o jornalista era mais um a se vender. Attuch processou a todos. Registre-se que a publicação de Mino, na edição seguinte, fez mea culpa e reconheceu que o suposto e-mail do suposto "DD" para o suposto "ATT" poderia ser realmente tudo falso...

Entre aqueles que saíram da redação da IstoÉ em 2006, há quem identificasse o ex-editor da Dinheiro não com a venda de matérias, mas com o atrelamento ideológico aos princípios de mercado, ao neoliberalismo (aquele que, como o diabo, tem muitos nomes). A "venda", para eles, seria ideológica...

Se as coisas fossem simples assim, não teria sido publicada a entrevista dos Vedoin na véspera do surgimento da história de compra do dossiê sobre a máfia dos Sanguessuga envolvendo petistas da campanha de Lula. O material divulgado na entrevista à IstoÉ não foi totalmente desmentido e envolvia Barjas Negri, ex-assessor do então ministro da Saúde José Serra. Fosse simples, tampouco circularia por aí que Daniel Dantas foi fonte de Diogo Mainardi, colunista de Veja.

Dantas surgiu para o mundo da política como apadrinhado de Antonio Carlos Magalhães no episódio do Banco Econômico. Considerado um prodígio do sistema financeiro, comandou o Opportunity em uma rápida ascensão, mas é amplamente criticado por seus métodos. Métodos que incluíram uma participação excusa nas privatizações que terminaram na que é considerada a maior disputa societária do Brasil, pela Brasil Telecom, contra os fundos de pensão de estatais (Previ, Funcef etc.). As irregularidades praticadas pela direção das empresas não foram poucas, mas a rentabilidade, diga-se, foi assegurada.

O fato é que o Mino Carta, que só chama DD de "orelhudo" só faz lamentar em seu blog.

Sinceridade não faz mal a ninguém

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Justificativa do técnico Jair Picerni (foto) ao pedir o boné no Sertãozinho: “O elenco não é dos melhores e um pouco limitado. Eu não faço milagres”. Em apenas três partidas no comando do clube, ele conseguiu somente uma vitória e amargou duas derrotas. O Sertãozinho é o antepenúltimo no Campeonato Paulista, com 8 pontos em 10 partidas.


Virando a garrafa

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Taí a prova do crime: o atacante Adriano enchendo a cara de champanhe na noite de seu aniversário, 18 de fevereiro, em foto publicada pela revista italiana Novella 2000. Por causa da noitada, o brasileiro foi barrado pelo técnico Roberto Mancini contra o Valencia, pela Copa dos Campeões, e depois multado por ter aparecido no treino "de ressaca". No ano passado, o manguaça já havia sido flagrado por uma publicação sueca em uma boate, bebendo e fumando. Comentário de um cachaça no portal IG, sobre Adriano: "Perna de pau d'água!".

Se não é verdade, que desmintam rápido

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Matéria da Agência Estado de hoje (clique aqui pra ler) traz em letras garrafais: "Maluf e Marta podem ser aliados nas eleições de 2008".

O texto tira essa conclusão com base em um jantar flagrado nessa quarta entre o deputado federal Cândido Vacarezza (PT-SP) e seu ilustre colega Paulo Maluf. Quando ouvidos pela reportagem, ambos afirmaram que o encontro não tinha relação com as eleições municipais do ano seguinte, e sim tratavam de assuntos da Câmara; mas aí a matéria se baseia em conversas ouvidas por pessoas próximas à mesa (?) e por "fontes próximas" aos deputados.

De acordo com quem batia o rango ao lado dos parlamentares e com essas tais fontes, Maluf e Vacarezza traçaram os pontos da aliança PT-PP (que inclui outros partidos) para o pleito municipal. A aliança teria Marta Suplicy como cabeça de chapa e um vice que teria a chancela do próprio Paulo Maluf.

A elaboração da reportagem - o que se nota no próprio texto - não é das mais dignas de confiança. Tanto que os personagens principais foram ouvidos, desmentiram a hipótese do texto e mesmo assim a linha da matéria foi mantida. Nada surpreendente, já que conhecemos a má vontade que o Partido dos Trabalhadores motiva em muitos setores da imprensa.

Por outro lado, como se diz por aí, "a merda tá feita". Essa matéria será lida e comentada por muita gente e repassada por email a tantos outros. Paulo Maluf se consolidou (justamente, diga-se de passagem) como a "encarnação do mal" na política de São Paulo. Se o PT quer dar um tiro no pé, basta oficializar uma aliança com ele. Por isso o dito no título da mensagem: se isso não for verdade, que o PT seja enérgico em desmentir. Para evitar que a imagem do partido seja ainda mais atacada.

quinta-feira, março 01, 2007

"How are you, Fidel?"

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No dia 27, terça-feira, no programa Alô, presidente!, o entrevistado foi Fidel Castro. Trocaram duas ou três palavras, o que, em se tratando de Hugo Chávez e Fidel, quer dizer meia hora no mínimo.

Quem traz a transcrição é a BBC Brasil.

Além de criticarem o etanol e o biocombustível ("a idéia de usar alimentos para produzir combustíveis é trágica, é dramática"), ataque direto ao presidente norte-americano George W. Bush e, de quebra, a Lula, jogaram confete de um a outro e vice-versa, incluindo perguntas íntimas como "Que horas você dorme?"

Chávez que inicia a conversa perguntando, em inglês: "How are you, Fidel?" (como está você), se referiu aos Estados Unidos como "our friends", diante da provocação do cubano. Fidel respondeu:

— Você disse que eu sei falar inglês. Eu soube, mas já faz um tempo. (...) O trauma que me deixaram depois me fez esquecer. E por isso não tenho a memória privilegiada que você tem. Sua capacidade de síntese, seu ouvido musical, sua capacidade de lembrar qualquer canção. Porque não acredito que você possa ter feito tantas festas para que se lembre de todas as músicas que canta em Alô, Presidente. Aqui, invejo isso.

Imperdível é o momento em que Chávez, ao evocar o "eixo Caracas-Buenos Aires" na instalação do Banco Sul, parece o dono da bola a escolher seu time no continente:

– Bom, Daniel Ortega veio aqui há três dias e conversamos por horas. Temos uma reunião na semana que vem em Manágua da Comissão Mista. Kirchner, como você sabe, veio à faixa do Orinoco e Kirchner me convidou. Aproveito para tornar isso público, dado a sua chamada. Não havíamos tornado isso público. Vamos fazer uma reunião em Buenos Aires na próxima semana, vamos continuar avançando na relação bilateral Argentina-Caracas e logo outra reunião na Bolívia – vamos visitar Evo nesta próxima semana – da aliança estratégica, esse eixo Caracas-Buenos Aires, passando por Brasília, o eixo com La Paz, agora com Correa.

"Eu sempre serei uma alcoólatra"

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Tem muito marmanjo que bebe o dia inteiro e jura de pé junto que não é um cachaça. Mas a Miss Estados Unidos, Tara Conner (foto), 21 anos, não esconde de ninguém: "Eu sempre serei uma alcoólatra", sentenciou ao jornal Lexington Herald-Leader. "É algo que eu tenho que me acostumar. Eu terei que agir todos os dias para me manter bem e ter uma saudável recuperação", afirmou Tara, depois de passar dois meses internada internada numa clínica de reabilitação. A moça chegou a ser ameaçada de perder o trono ao ser flagrada ingerindo bebida alcoólica em bares e casas noturnas antes de completar a idade mínima para beber, que lá é de 21 anos. Porém, depois de 23 de março, quando outra Miss Estados Unidos será escolhida, a bela manguaça poderá chapar o globo em paz.

Agora ouvi conversa!

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Finalmente, depois de muito blablabla, alguém resolveu dar uma resposta objetiva ao problema da democratização da mídia no Brasil, um assunto que mete medo até em companheiros ditos de esquerda, que beijam a mão da família Marinho e quetais. Em entrevista ao site Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) botou o dedo na ferida e deu sua sugestão.

Ao responder pergunta sobre a questão da concentração midiática, vejam a resposta de Ciro:

"Acho que não é simples, não é trivial, em qualquer circunstância, o melhor caminho para a democratização dos meios de informação é não restringir. O caminho bom é ampliar. Na verdade, aceitar com respeito democrático essa posição e, quem sabe, penso eu, na minha visão, não estou falando pelo governo Lula evidentemente, mas eu advogava e advogo por escrito, como posição, que o governo deveria financiar cooperativas de produtores de informação, cooperativas de jornalistas, ampliar o acesso da sociedade civil a meio de comunicação, financiá-los, assim como também na questão da cultura, porque a informação também é processada por um cidadão que tem identidade cultural sólida."

Caso ele assine em cartório esse compromisso, e o Futepoca puder ser financiado pelo governo, tem meu voto até pra papa.

"O jogo da vida"

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Agora pouco, assistindo a um programa esportivo, vi declarações dos atletas do Pirambu que chegaram a São Paulo para enfrentar o Corinthians. As opiniões de quase todos eram unânimes: "esse é o jogo das nossas vidas", "se eliminarmos o Corinthians, entraremos pra história", "dessa partida depende um emprego pra gente no segundo semestre"...

Sim, claro, se o Pirambu fizer a façanha de despachar o Corinthians da Copa do Brasil (o que não vai acontecer) vai entrar pra história. Mas será que isso se reflete na carreira dos jogadores?

Traço um paralelo com um dos episódios mais marcantes da história da Copa do Brasil, a eliminação do Palmeiras pelo Asa de Arapiraca em 2002. A conquista alagoana é sempre lembrada - principamente em momentos como esse do Pirambu, no confronto entre equipes absolutamente díspares - mas pelo que percebo, isso não vale tanto assim para os atletas.

Vejam a escalação do Asa de Arapiraca que perdeu para o Palmeiras no Parque Antarctica em fevereiro de 2002, mas despachou o Verdão pelo critério de gols marcados:

Márcio, Cléber, Rogério e Kiko; Sandro Marques (Da Silva, aos 84´), Fernando, Jânio, Juninho (Júnior, aos 69´) e Ivan; Fuscão (Sandro Miguel, aos 76´) e Sandro Goiano. Técnico: Ubirajara Veiga

E aí? Alguém se arrisca a dizer o paradeiro de algum desses sujeitos?

Suplicy vai ao Iraque. Senado só oferece passagem de ida

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A manchete é sensacionalista e só tem o objetivo de antecipar a(s) piada(s) óbvia(s). Mas é tudo verdade, pelo menos é o que diz O Estado de S.Paulo (só para assinantes) desta quinta-feira (1º de março). O objetivo da viagem ao Iraque não poderia ser outro que a divulgação do programa Renda Mínima, a que o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) se dedica todo o tempo que pode.
Nem os riscos de atentados terroristas muda a busca do senador quase-monocórdio. Ele já conversou com o deputado iraquiano Ibrahim Jaafari, ex-primeiro-ministro do país pós-Saddam Hussein e presidente do partido que está no poder. O convite será para uma palestra de Suplicy em maio.
A matéria afirma que o senador teve a idéia de levar o Renda Mínima ao Iraque em 2005, durante um churrasco, quer dizer, uma palestra na Granja do Torto proferida pelo presidente norte-americano George W. Bush, o republicano, em sua visita ao Brasil.
Bem-informado, o petista elogiou a política do estado do Alasca, que aposta na distribuição de renda.
— Well, in Alasca, they got oil (Bem, no Alasca, eles têm petróleo) — respondeu o ainda mais bem-informado presidente.

Suplicy percebeu que tinha espaço para sugerir a Bush a instituição (advinhe do que) do renda mínima em todo o continente americano. De quebra, valeria também à pena, para ajudar na democratização e na pacificação do Iraque, levar a medida ao país árabe.
— That's our path, that's our path (Esse é o nosso caminho, esse é o nosso caminho) — respondeu Bush, ao que parece, meio sem entender do que se tratava.
A partir dali, o senador vinha batalhando a passagem junto à Comissão de Relações Exteriores do Senado. Em fevereiro, Heráclito Fortes (PFL-PI) passou a presidir a comissão. O piauiense gostou da idéia, mas arrematou com o bom-humor óbvio que justifica o título do post: "Vou dar só a passagem de ida para o Suplicy".
Jaafari disse que vai enviar ao Senado o convite oficial e tudo será feito pela via diplomática. E lá irá o senador no que o jornalão paulista chama de "cruzada" pelo Renda Mínima.

As informações são todas da matéria assinada por João Domingos.

Em casa de ferreiro... ou Uma outra verdade inconveniente

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Dentro do grande, intenso, importante, mas estupidamente super-explorado tema do aquecimento global, um dos principais, e talvez o principal, porta-bandeira ecológico da atualidade atende pelo nome de Al Gore. O ex-vice-presidente norte-americano – que teria sido presidente em 2000 se não houvesse fraude na Flórida de Jebb Bush – tem viajado todo o mundo para divulgar os perigos das atitudes contra o meio ambiente. O documentário do qual ele participa como “ator” principal, Uma Verdade Inconveniente, foi um dos vencedores do Oscar 2007, levando a estatueta em sua categoria. A propósito, Gore também foi um dos apresentadores do Oscar, confirmando sua fase de popstar.

No entanto, uma notícia divulgada ontem dá conta de que a energia elétrica consumida pela mansão de Al Gore – que, embora negue, pode sim ser candidato à presidência novamente – em apenas um mês é maior do que a energia elétrica gasta por um americano médio durante todo ano.

De acordo com dados da companhia fornecedora de energia Nashville Electric Service, o singelo lar de Al Gore gastou em 2006 cerca de 221.000 Kwh, 20 vezes a média norte-americana, que é de 10.656 Kwh/ano por residência. Segundo a Fox News, porta-voz informal de Bush e dos republicanos, a porta-voz (oficial) de Al Gore, Kalee Kreider, não negou os valores divulgados da conta de luz, mas disse que "os números precisam de um pouco de contexto". "Não se pode apenas olhar para as contas, ou para as contas de um ano e compreender a vida toda de um homem".

Segundo Kreider, o estilo de vida de Al Gore e de sua família usam diversas quantidades de energia, e que a prioridade deles é determinar a quantidade disso a partir da emissão de compostos de carbono, e fazer o máximo para reduzi-la.

Sinceramente, acho que a notícia vale mais pela chacota mesmo. Não dá pra fazer o cálculo que eles fizeram sem saber quantas pessoas circulam lá por dia, mas o fato da Fox News ter destacado isso mostra que Bush e cia. já se sentem incomodados com o tema em que eles foram mais que negligentes, beirando (ou não só) a conduta criminosa.

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Big Brother Timão: quem será o próximo a sair?

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Atolado em dívidas e vivendo crise dentro de campo, o Corinthians perde o sétimo jogador em menos de três meses: o meio-campista Élton (foto) vai para o Steaua Bucareste, da Romênia. Parece que a equipe alvinegra chegou a um acordo com o clube europeu, faltando apenas acertar alguns detalhes com o próprio jogador. Pior é que o Timão está se desfazendo de seus atletas por qualquer preço: o prata da casa vai render ao clube US$ 800 mil, cerca de R$ 1,6 milhão. Para efeito de comparação, outra cria do Parque São Jorge, o atacante Jô, foi vendido por 5 milhões de euros (cerca de R$ 14 milhões) para o russo CSKA. Do começo do ano para cá, já deixaram o Corinthians Gustavo Nery (para o Zaragoza), César (Internazionale), Jaílson (Rubin Kazan), Fágner (PSV), Christian (Internacional) e Marquinhos (sem clube). Quem será o próximo no paredão?

Se a moda pega...

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Não bastasse o clube colombiano ter o sugestivo nome de Pasto, o ambiente no elenco também está mais para várzea do que profissionalismo: ontem, incomodado pelo fato de ter sido posto na reserva, o goleiro Diego Gómez deu um soco na cara do treinador Alvaro De Jesús Gómez. "Dirigi-me ao centro médico para que me examinem. Jamais pensei que o Diego fosse reagir desse jeito. Ele estava furioso por não estar no plantel titular", disse o técnico, ainda meio grogue pela agressão que sofreu durante treino no Estádio Libertad de Pasto. O Deportivo Pasto faz parte do Grupo 8 da Libertadores, junto com Santos, Defensor Sporting e Gimnasia La Plata. (com informações do site Terra)

Dá-lhe, gramática

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Não resisti a fazer essa observação. Comprei o Lance! de hoje para ler durante o almoço. Abro o jornal e logo no alto da página três está lá o título da coluna "Papo com Marília": "Sobre o infeliz episódio entre Leão e eu". Logo no primeiro parágrafo, de novo: "... sinto que devo um esclarecimento sobre o infeliz episódio entre Leão e eu". Errar (distrair-se, digitar mal, equivocar-se numa concordância pela pressa etc) é humano, mas um erro desse calibre duas vezes (com título e tudo) em tão poucos centímetros? Alguém ainda sabe escrever nos jornais deste país?
No texto, a insigne jornalista explica o episódio com o técnico do Corinthians, que a teria ofendido dias atrás, e manda esta em suas conclusões: "Não vou tratar aqui quais serão minhas atitudes como pessoa física".
É espantoso.

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Paranóia ou mistificação?

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O jornalista José Trajano, no programa Pontapé Inicial, da ESPN Brasil, lembrou duas coincidências interessantes. O atacante Obina, do Flamengo, se contundiu no domingo, exatamente no mesmo dia em que o camaronês Eto'o voltava aos gramados. O rubro-negro vai ficar seis meses no estaleiro, curiosamente o mesmo tempo que o atleta do Barcelona. Seria a contusão do flamenguista obra bem realizada espiritualmente pelo seu rival, motivada pela inveja em ser pior do que Obina? Ou, indo mais além, seriam na verdade a mesma pessoa?

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Sobre Obina, a torcida do Flamengo inventou novo coro no domingo, na partida contra o Vasco. "Só faltam novecentos pro milésimo do Obina", gritavam os fãs.

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O sempre modesto Eto'o, além de se incomodar com Obina, anda preocupado também outro astro, o inglês David Beckham. "Eu não tenho inveja da vida de Beckham. Ele é mais bonito, mas eu sou melhor". Tuuudo bem.

Falso Eto'o dizia que trabalhava num bar

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Um flagrante na cidade espanhola de Arganda del Rey, hoje, deixa dúvidas se o farsante tava bêbado ou era muito burro, mesmo. Tudo começou quando três africanos da Guiné, com documentos e cartões falsos, tentavam dar golpes no comércio local. Entre eles, um se identificava como Richard Samuel Eto'o, quase homônimo do atacante Samuel Eto'o Fils, do Barcelona. A desconfiança partiu de um comerciante que preparava uma venda de quase 3 mil euros para os farsantes. Após suspeitar da documentação do falso Eto'o, ele ligou para o suposto local de trabalho do cara, um bar de Madri, e descobriu a mentira. Daí, com esse vacilo imperdoável, a casa tinha mesmo que cair. (com informações do site Terra)

A lucidez de Gore Vidal - entrevista

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O escritor norte-americano Gore Vidal (foto) continua a ser uma uma das mentes mais lúcidas do seu país. Prova disso é a excelente entrevista que concedeu ao jornal Juventude Rebelde, em Cuba. Na entrevista, reproduzida pelo site vermelho.org (clique aqui para ler), o autor de Washington, D.C. (1967), 1876 (1976) e Hollywood (1989) fala da atual política de George W. Bush contextualizando-a na história dos Estados Unidos como raras vezes se vê, ou se lê.

Vidal aborda a hipocrisia não apenas inerente à gestão Bush, mas da própria cultura dos EUA. “Temos um país louco pela tortura, pelo assassinato, pelas execuções, pelas sentenças à prisão perpétua. É uma mentalidade perversa, que está no âmago do puritanismo protestante”, diz ele, por exemplo.
Sobre a eterna campanha de seu país contra a Cuba de Fidel Castro: “Não há mentira que nosso governo não nos conte quando fala de Cuba”.
E assim vai. Leiam. Vale a pena.

Som na caixa, manguaça! (Volume 10)

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Se você jurar

Mário Reis (foto) & Francisco Alves
(Composição: Ismael Silva/ Nílton Bastos/ Francisco Alves)


Se você jurar que me tem amor
Eu posso me regenerar
Mas se é para fingir, mulher
A orgia assim não vou deixar

Muito tenho sofrido por minha lealdade
Agora estou sabido, não vou atrás de amizade
A minha vida é boa, não tenho em que pensar
Por uma coisa à toa não vou me regenerar

A mulher é um jogo difícil de acertar
E o homem como um bobo não se cansa de jogar
O que eu posso fazer é se você jurar
Arriscar a perder ou desta vez então ganhar

(Do CD “Duplas de bambas”, Revivendo, 1993)

Mais um showzinho do Gaúcho

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Cada vez que o Ronaldinho Gaúcho dá um showzinho contra times de segunda, como contra o Athletic Bilbao (3 a 0 para o Barça) no domingo, lá vem a babação de sempre, jogadas repetidas à exaustão, o melhor do mundo daqui, o melhor do mundo dali.

Agora, então, que o atacante resolveu fazer um quase strip-tease para mostrar que não está gordo, a babação ganha tons freudianos. Curioso é que ninguém, nessas ocasiões, se lembra de comparar a atuação “de gala” do último domingo com a pífia performance do jogador contra um Liverpool, por exemplo – time que bateu o Barcelona em pleno Camp Nou por 2 a 1 na semana passada, pela Liga dos Campeões. O “show” do último domingo foi contra o Athletic Bilbao, que está na antepenúltima (18ª) colocação na Liga de seu país e tem a terceira pior defesa do campeonato. Contra um time nessa situação, de repente até o Rodrigo Tabata brilha.

A última boa atuação de Ronaldinho pela seleção brasileira, que eu me lembre, foi contra a Inglaterra, na Copa do Mundo de 2002. Contra o Liverpool, bem marcado, assim como na final do Mundial Interclubes contra o Inter, o craque desapareceu, sumiu, acabou. Não vou falar que o cara não joga bem ou que eu não o quisesse no meu time. Mas, para mim, ele ainda está longe da galeria dos maiores craques.

Os grandes craques entram nessa galeria justamente por fazer a diferença em grandes e decisivos jogos com freqüência. No caso de Ronaldinho, têm sido casos raros. É um jogador inconstante, que sempre brilha contra os Athletic, contra os Osasuña e os Mallorca da vida, e eventualmente contra um Arsenal, como na final da Champions League 2005/2006. Mas lá se vai quase um ano.

Posso até queimar a língua no futuro, mas esse papo de Ronaldinho Gaúcho já encheu o saco.

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Porta-papel higiênico "fala" com usuário

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Sei que isso não tem muito a ver com os assuntos do blog, mas imagine-se completamente bêbado num banheiro com um porta-papel higiênico falante (foto). Essa é a novidade no mercado estadunidense: no aparelho é possível gravar diversas mensagens, que são ouvidas pelo usuário na hora de puxar o papel. Pior é que o próprio fabricante aconselha o comprador a gravar mensagens bizarras como "Parabéns! Você ganhou cinco pontos!" ou ainda "Essa foi a melhor pontuação do dia". Eu gravaria alguma coisa do tipo "Cê tá podre, hein, manguaça!", "Volte sempre! Agradecemos a preferência!" ou mesmo o hino do Pirambu. Queria ver o que ia dar um negócio desses no banheiro do Bar do Vavá...

Novidade: Marques pode voltar ao Atlético-MG

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O atacante Marques, 34 anos, planeja seu retorno ao Atlético-MG, para encerrar a carreira. Depois disso, quer virar político. Jogando pelo Yokohama Marinos, ele tem contrato até 28 de dezembro, mas cogita a possibilidade de retornar em julho, já que uma cláusula contratual permite que ele deixe o clube japonês caso abra mão dos salários restantes, sem pagamento de multa. "A gente sabe que o Atlético deixou as portas abertas para mim. Então, logo que essa situação no Japão termine, eu quero voltar", disse Marques à Rádio Itatiaia.