Destaques

sexta-feira, agosto 17, 2007

Drummond e o futebol

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Como eu cansei do Cansei e a gente anda negligenciando um pouco o futebol e a cachaça, segue um pouco de inteligência para falar do esporte.

Carlos, Drummond, poeta, mineiro de Itabira, tinha um defeito: torcia para o Vasco, como Paulinho da Viola e outros de quem tanto gosto e que não merecem o tal de Eurico, o eterno.

Voltando a Drummond, esta postagem é só para lembrar do poeta falando de futebol. A compilação saiu no jornal O Povo, http://www.opovo.com.br/opovo/esportes/721092.html e vale a pena.

Futebol se joga no estádio?
Futebol se joga na praia, futebol se joga na rua, futebol se joga na alma"
(Futebol, de Carlos Drummond de Andrade)


DRUMMOND E A BOLA

"O difícil, o extraordinário não é fazer mil gols, como Pelé. É fazer um gol como Pelé".
Pelé: 1.000 (1969)


"Confesso que o futebol me aturde, porque não sei chegar até o seu mistério. Entretanto, a criança menos informada o possui". Mistério da Bola (1954)


"Não há nada mais triste do que papel picado, no asfalto, depois de um jogo perdido. São esperanças picadas". Jogo à Distância (1966)


"Perder é uma forma de aprender. E ganhar, uma forma de se esquecer o que se aprendeu". (1974)


"Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho". Mané e o Sonho (1983)

Apartidarismo OU cadê o noivo

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O recém criado blogue do Gustavo Petta traz uma nota que dispensa comentários a respeito do apartidarismo do movimento "Cansei", cujo primeiro ato oficial, segundo a assessoria de imprensa, ocorreu no início da tarde desta sexta-feira, 17.

Apartidarismo?


O panfleto


A revista.

O que o ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), comunista convicto e assumido não pergunta é: cadê o genro do ex-governador?

Cansei do Cansei

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Cansou do quê?
Cansou de um país que se livrou do FMI?
Cansou dos juros mais baixos da história?
Cansou de pobre não se deixar encabrestar pela elite (de)formadora de opinião?
Cansou de entrar na fila do aeroporto porque tem pobre viajando?
Cansou de crédito barato?
Cansou de tratamento de dente gratuito do Brasil Sorridente e remédio a preço simbólico?
Cansou de ver a Polícia Federal prendendo os teus?
Cansou da inflação lá em baixo?
Cansou de economia crescendo 18 trimestres seguidos?
Cansou de política externa independente?
Cansou de auto-suficiência de petróleo?
Cansou do melhor PAN da história?
Cansou de ter aumento salarial acima da inflação?
Cansou de ver a desigualdade cair?
Cansou de ver o Nordeste crescer em ritmo chinês?
Cansou da idéia de seu país se impor como vanguarda energética mundial?
Cansou de tentar explorar bóia-fria que agora se recusa ao trabalho degradante porque tem bolsa-família?
Cansou de tanta terra indígena demarcada?
Cansou da drástica redução do desmatamento na Amazônia?
Cansou dos recordes de produção, safra e exportação agrícola?
Cansou de ser o maior exportador de carne do mundo?
Cansou de conviver com o otimismo e a prosperidade do povão deste país?

Já sei: cansou de ver o operário resolvendo o que nenhum doutor ou sociólogo tiveram competência para resolver. Não é cansaço. É inveja.

Os cansados(as) querem de volta a velha Pasárgada chamada Brasil, onde os reis eram seus amigos.

(Reprodução de mensagem que circula na internet)

Viva a democracia!

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Enquanto os menos de mil, ou cinco mil, ou três mil, enfim, sabe-se lá quantos adeptos do "Cansei" fizeram seu minuto de silêncio na Praça da Sé, futepoquenses fizeram sua parte e promoveram barulho às 13h01 do dia de hoje. Abaixo, as fotos de parte de um dos maiores eventos cívicos da história da república:


Os futepoquenses Glauco (de vermelho) e Mauricio (de azul) prepararam uma das mais sofisticadas bases de lançamento de fogos de artifíco já vistas pelo ser humano: um vaso de Ficus. Importante, amigo leitor, para esse tipo de rojão Caramuru, que não se tenha contato físico com a base - só com o pavio.

É uma operação complexa. Anoss de estudo com guerrilheiros cubanos foram necessários para que se realizasse esse tipo de operação que tanto ajudou no assalto ao quartel Moncada em 1953.

Aqui, o momento em que os perigosos fogos foram acesos, com os manguaças devidamente preparados para ficar à distância de 20 metros "rapidamente", conforme as instruções da caixa.


Após o extenuante trabalho de trazer o vaso de volta ao seu lugar, Mauricio descansa junto com a eminência parda Carminha. E a sensação de dever cumprido.
* Nenhum animal, vegetal ou mineral foi maltratado durante as filmagens. A planta foi devidamente amarrada para permitir a passagem dos fogos, sem que houvesse qualquer tipo de dano. Um rotweiller da casa em frente latiu, mas não manifestou qualquer tipo de insatisfação maior.

É hoje! Faça um minuto de barulho às 13h01

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A campanha "Um minuto de barulho pelo Brasil" não pára de ganhar adesões. A campanha já foi veiculada no site da UNE, conseguiu o apoio do ex-presidente da entidade Gustavo Petta e ganhou destaque até em blogue gringo. Além deles, inúmeros outros lugares estão ajudando a divulgar a barulhada agendada para as 13h01 de hoje.

Mas agora é hora de agir. Pegue aquele vinil empoeirado com o hino da Portuguesa, comprado pelo seu avô lisboeta para comemorar o título de 1973, e coloque a todo volume. Pegue aqueles rojões guardados para comemorar aquele título do seu time que nunca veio e aproveite para usá-los. Mostre a todos que, apesar da labuta e do mal estar na civilização, você não está nem um pouco "cansado" e nem se calará com a boca de feijão. Faça barulho à vontade!

quinta-feira, agosto 16, 2007

O Vicente Mateus do Cansei

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Desculpas ao velho presidente corintiano, conhecido pelas frases folclóricas, mas ele vem sendo superado pelo cansado da Philips, seu presidente, Paulo Zottolo.

Depois de dizer, entre outras bobagens, numa entrevista ao Valor Econômico que "se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado", numa tentativa de fazer graça e afirmar que o Brasil não é nenhum Piauí, piorou tudo quando tentou se redimir, segundo transcrição do texto da Monica Bergamo no UOL.

"O empresário declarou à Folha que fez a afirmação "dentro de um contexto. Eu quis dizer o seguinte: o Piauí hoje é um Estado pouco conhecido no Brasil. As pessoas não sabem o que tem no Piauí. Quando eu disse que o Piauí não faz falta eu quis dizer que, como poucas pessoas conhecem o Estado, para eles tanto faz como tanto fez. Não é o meu caso. Eu, particularmente conheço bem o Piauí. Já fui quatro vezes ao Estado. A Philips tem um trabalho social grande no Piauí".

Ah, tá bão. Não é praga, mas gostaria que o senhor encontrasse um piauiense amanhã quando estiver cansado na Praça da Sé. Será que ele vai entender a explicação?

Relembrando Matheus, não pretendo comprar nenhuma Phillips da Samsung nos próximos anos. Cansei-me...

O Paradoxo da Espera do Ônibus

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Vídeo recomendado pela companheira Brunna que mostra - de uma forma lúdica, claro - porque as pessoas devem boicotar os ônibus no próximo sábado, dia 18.

Faça barulho às 13h01, na sexta. Ande a pé no sábado.

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Sexta-feira, dia 17, às 13h01, faça barulho. Panelas, apitos e pandeiros.

O país passou a maior parte de sua história sob o jugo não-democrático, calado, acabrunhado, tímido e agora, em plena democracia, você quer ficar quietinho? Um minuto de barulho pelo Brasil.

No sábado, dia 18, "Pés fora do coletivo": boicote ao transporte público sucateado. Todos a pé ou de bicicleta nas ruas da cidade.

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Alterado às 13h31. Sugestão acatada.

Um minuto de barulho

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Eles estão cansados. Tão cansados que mal conseguem falar. Por conta disso, farão um minuto de silêncio "pelo Brasil", segundo o blogue deles.

Não se engane, leitor do Futepoca. Dirão a você que é um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do acidente da TAM. Uma forma de se proteger de qualquer tipo de movimento que se oponha a tal ato, taxando os contrários de "desrespeitosos".

Pra tirar a dúvida, dêem uma olhada no blogue deles. Está lá: "Dia 17 de agosto à 1 da tarde mostre sua indignação e faça um minuto de silêncio pelo Brasil". um protesto "cívico". Tão "cívico" que a adesão ocorre pelo Orkut, conforme anuncia o dito movimento, essa nova praça pública dos tempos pós-modernos.

Por isso, mais uma vez atendendo à voz rouca das ruas e ao clamor popular, lançamos a campanha Um minuto de barulho pelo Brasil. Afinal, o nosso país passou a maior parte de sua história sob o jugo não-democrático, calado, acabrunhado, tímido e agora, que vivemos em plena democracia, vamos ficar quietinhos? Não, vamos fazer barulho.

Mas vamos respeitar os "cansados". Nosso protesto começa à 1 hora e 1 minuto, depois da manifestação muda. Vale tudo para protestar a favor do Brasil. Buzinaço, panelaço, escutar funk e forró em alto volume ou simplesmente tilintar copos de cerveja dando vivas à democracia.

Participe você também deste movimento. Afinal, como diz Luiz Flávio D'Urso, "Cada um de nós pode e deve se manifestar por meio dos canais previstos em um regime democrático. Somente com tal participação é que nossa jovem democracia se consolidará e atingirá um patamar mais maduro". Vamos fazer uma democracia madura! Divulgue nossa campanha e faça barulho você também!

Aquele que ninguém nunca ouviu falar

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Além de marcar o aniversário da cidadela paulista de Taquaritinga, terra do mundialmente famoso time de futebol CAT, 16 de agosto também é a data de falecimento de Elvis Presley, aquele que ninguém nunca ouviu falar. Pois então, hoje faz três décadas que o dito cujo foi comer capim (de Graceland) pela raiz. E é dia de júbilo para um bando de manguaças autodenominados “presleyterianos”, que fundaram a Primeira Igreja de Jesus Cristo Elvis, o Divino.
Os bebuns garantem que professam “a única religião que será importante nesse milênio” e estão reivindicando nos Estados Unidos um feriado nacional em homenagem ao rei obeso do rock. “A falta de um feriado para Elvis é uma desgraça nacional”, lamenta o cachaça Karl Edwards, co-fundador da igreja. “Quantos discos de ouro teve George Washington?”, questiona.
Para quem também segue essa religião e está em São Paulo, capital, uma dica é comparecer ao templo pagão Gardenburger, na Fradique Coutinho nº 390, Pinheiros, onde o elvismaníaco João deverá reprisar pela bilionésima vez os surrados VHS do falecido cantando em Las Vegas ou no Havaí. Se bobear, o X-Elvis até ressucita. Mas o lance é beber o morto!

Ps.: Outro pinguço que finou-se em 16 de agosto, há 33 anos, foi Canhoteiro, ídolo são-paulino dos anos 50. Curiosamente, morreu com a mesma idade que Elvis: 42 anos.

Hora de acreditar no título

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Bem fora do clima atual do Futepoca, em o assunto que mais interessa na vida, como ensina Eduardo Galeano:

O diretor do palmeiras Gilberto Cipullo declarou que acredita no título. Na quinta colocação, a uma da zona classificatória da libertadores, ele faz as contas: "Estamos dez pontos atrás do primeiro colocado. Ainda vamos disputar 57. É uma diferença que dá para tirar." Fácil, fácil.

A queda anunciada do cavalo paraguaio Botafogo anima torcedores de outros times. Um dos cariocas do parceiros do Blablagol, o Sérgio Valente aposta. "Depois não digam que não avisei: O Vasco vai ser Campeão Brasileiro". Ele garante que o time de São Januário tem mais time do que o tricolor paulista para levar o caneco. Aliás, o estádio foi penhorado pela sexta vez, agora a pedido do Banco Central.

Depois da vitória do time de Carpegiani sobre o Botafogo por 3 a 1, há corintiano gritando: "pintou o campeão".

Vai faltar taça.



quarta-feira, agosto 15, 2007

A verdadeira lição ensinada pelo vôlei

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Ano passado, quando a seleção do futebol fracassou e a de vôlei triunfou nos respectivos Mundiais, chavões e mais chavões se repetiram.

Os mais irritantes apontavam o sucesso do time de Bernardinho como fruto de um espírito de "família", sem "estrelismos", com "jogadores com amor à camisa", enquanto no futebol o que se via era um monte de "mercenário", "que só pensavam em dinheiro", "todos moram no exterior e não sabem mais nada do Brasil", "só pensam nos recordes individuais" e por aí vai.

Sempre achei esse tipo de discurso idiota. Principalmente nessa questão de "identificação com o país" e "amor à camisa". Pra quem não sabe, quase todo o grupo campeão mundial de vôlei também não joga em terras brasileiras. A situação desse esporte é a mesma do futebol: no exterior, os times têm mais dinheiro e levam os talentos dos países "subdesenvolvidos". Não seria essa a lógica, portanto.

E agora o escândalo Ricardinho, ecoando desde as vésperas do Pan, derrubou mais um chavão. O corte do levantador revelou que no grupo multicampeão de Bernardinho também existem egos, brigas, conflitos, desunião, um querendo ser melhor que o outro... ou seja, o que acontece em qualquer relação humana!

O interessante dessa história é que ela revela que o segredo de Bernardinho e seu elenco vitorioso é mais simples do que parece. Isso se traduz de maneira bem simples: o técnico é obcecado pelo esporte e pensa em vôlei 24 horas por dia (durante as competições, quando não está vendendo suas palestras motivacionais por aí). O fanatismo de Bernardinho por treinos, suas grandes variações táticas, seu empenho em extrair sempre o melhor do time são os elementos que explicam a questão. Deixem essa papagaiada de "união", "família" e "identificação" de lado.

terça-feira, agosto 14, 2007

Milton Neves, o filósofo

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O Comuniquese publicou como manchete de seu boletim na segunda-feira a informação de que os programas de Milton Neves na Record sairiam do ar. No dia seguinte, para indignação do Glauco, a manchete era exatamente a oposta: não saem do ar.

Para alguns, foi alegria que durou pouco. O exemplo fica para as aulas de jornalismo.

Mas o que eu gosto deste fórum é que a gente aprende. Até com Milton Neves:
"É o que sempre digo: apresentadores, programas e apresentadoras de redes de televisão, realmente competitivas, exceção a 80% da grade da Rede Globo e dos programas de Silvio Santos, dono e gênio, são tão firmes no ar quanto prego na gelatina. A qualquer momento você pode sair, mas a recíproca é verdadeira: a qualquer momento você pode voltar! Ou continuar."
Do blogue dele
.
A qualquer momento você pode continuar. Entendeu?

Guarani, ontem e hoje

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Divulgação/ Polícia Militar-SP
Ontem, dia 13, fez 29 anos que o Guarani de Campinas sagrou-se o primeiro – e até hoje único – time do interior paulista campeão brasileiro de futebol. Uma curiosa coincidência: esta semana um boato tomou conta do clube, o de que o estádio Brinco de Ouro seria vendido a um banco para o Guarani (hoje na Série C, terceira divisão do Brasileiro) pagar dívidas.
Primeiro falou-se do Bradesco, depois já era um banco internacional. Li que a venda seria por cerca de R$ 30 milhões, e li também que seria por R$ 130 mi. Uma precisão digna de boato mesmo.
De qualquer maneira, a diretoria bugrina desmentiu a operação em nota divulgada à imprensa, assinada pelo vice-presidente administrativo, José Carlos Meloní Sícoli. “O Estatuto Social do Clube não outorga poderes à Diretoria Executiva para tratar com exclusividade de assunto desta natureza, prevendo a obrigatoriedade de convocação do Conselho Deliberativo e da Assembléia Geral de Associados segundo a qual”, esclareceu o comunicado.
Para os saudosistas, abaixo vai a ficha técnica da finalíssima de 1978, realizada no Brinco, contra o Palmeiras.


GUARANI 1 x 0 PALMEIRAS
Data: 13/Agosto/1978 - Local: Brinco de Ouro da Princesa (Campinas) Gol: Careca aos 36 do 1° tempo - Árbitro: José Roberto Wright (RJ) Renda: Cr$ 1.706.280,00 - Público: 27.086
GUARANI: Neneca; Mauro, Gomes, Édson e Miranda; Zé Carlos, Manguinha e Renato; Capitão, Careca e Bozó. Técnico: Carlos Alberto Silva
PALMEIRAS: Gilmar; Rosemiro, Beto Fuscão (Jair Gonçalves), Alfredo e Pedrinho; Ivo, Toninho Vanusa e Jorge Mendonça; Silvio, Escurinho e Nei. Técnico: Jorge Vieira

Sobre a eleição municipal

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Kassab não confirma, mas deve mesmo ser candidato à reeleição municipal em São Paulo. Quem aposta é a colunista Monica Bergamo, em sua coluna de hoje (aqui, para assinantes)

LANÇAMENTO
Os líderes do DEM, partido do prefeito Gilberto Kassab, de SP, fazem "pajelança" sexta, no Rio, para avaliar pesquisas de várias capitais do país. Os resultados das sondagens, e mais a pesquisa Datafolha que mostra Kassab no páreo da própria sucessão, reforçam o argumento do partido, de que ele deve ser candidato -com ou sem Geraldo Alckmin na disputa.

Monica detalhou o caso em sua participação diária na rádio Band News. Disse que recebeu uma ligação de um instituto de pesquisa, contratado para fazer sondagens sobre a atuação de Kassab na Prefeitura. As perguntas iam desde Lei Cidade Limpa (óbvio), passavam por reurbanização de favelas e chegavam à greve do Metrô (einh?). Tudo para direcionar a exploração dos pontos fortes numa futura campanha. Bergamo crava ainda que Kassab tem o apoio de José Serra.

O primeiro passo para a dissolução da aliança PSDB-PFL em São Paulo já foi dado. Resta especular qual será a reação de Geraldo Alckmin à tentativa de alijá-lo da disputa municipal.

segunda-feira, agosto 13, 2007

São Paulo vende Josué por mixaria

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Foto: Rubens Chiri
Apesar das declarações da diretoria do são Paulo de que o clube não venderia mais jogadores na janela do meio de ano, Josué acaba de ser negociado com o Wolfsburg, da Alemanha. A equipe alemã ocupa a modesta 16ª colocação na Bundesliga.

O que impressiona, mesmo, é o valor. Foram US$ 2 milhões pelo jogador, sendo que uma parte vai para o bolso do Josué. Muito pouco para quem valoriza tanto o atleta.

De acordo com informações do Terra, a avaliação era de que, com as convocações para a Seleção, Josué faria poucos jogos pelo Tricolor até o final do ano, quando terminaria o contrato com o clube. Depois disso, o time não receberia nada por uma provável transferência para o exterior.

Eu preferia manter o Josué e as chances de título.

Marta está fora: efeito do "relaxa e goza"?

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Marta Suplicy, ministra do Turismo, anunciou hoje que não vai disputar as eleições para a prefeitura de São Paulo no ano que vem. Segundo a ex-prefeita, ela se dedicará à sua atuação no governo federal e deve voltar ao mundo das eleições em 2010, disputando provavelmente o posto de governadora.

A informação pode ser interpretada de diversos pontos. Fui sacana no título do post e não acho que a infeliz declaração da ministra tenha determinado sua saída da corrida eleitoral. Quem não votaria nela não mudou a opinião, e quem votaria não deixaria de votar por conta dessa frase. Por outro lado, acredito que disputar o posto municipal submeteria Marta a um desgaste necessário. E, pensando também em termos não-eleitorais, acho que Marta deveria ficar no Ministério. Quanto tempo ela tem lá? Um ano ou nem isso? Não deu nem pra "esquentar a cadeira", ela precisa ficar por lá, fazer um bom trabalho e fazer com que o "relaxa e goza" fique em segundo plano quando falarem de sua atuação na Esplanada.

Para o PT, o anúncio prévio da saída de Marta pode ter seu lado positivo. O partido precisa, desde já, se articular e apresentar quem indicará para o pleito. A coisa tá complicada pra legenda de Lula - em sondagem da Folha, Alckmin lidera a disputa. Kassab, numa humilde avaliação deste escriba, tende a crescer.

Resta saber se a aliança PSDB-PFL (não consigo chamar aquela porra de democratas, me desculpem) se manterá. Talvez aí esteja a brecha para que o PT volte à prefeitura. Mas para isso, precisa apostar em fortes alianças, algo que não soube fazer em 2004.

Rancor: um sentimento feio, mas duradouro

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Palmeiras de 1989 - em pé: Dario Pereyra, Toninho, Dorival Junior, Edson Boaro, Velloso e Abelardo (quem?); agachados: Mauricinho, Gerson Caçapa, Gaúcho, Edu Manga e Neto (por obra de Leão, na ponta-esquerda)

O rancor bem que poderia ser um oitavo pecado capital. Eu o considero até pior do que a ira, que, pelo menos, costuma ser explícita. Ontem, assistindo Atlético-MG x Palmeiras pela TV Bandeirantes, pouco antes do início do segundo tempo, o ex-jogador e hoje comentarista Neto soltou o seguinte comentário: "-O Leão mandou seus jogadores pressionarem o árbitro e agora, mesmo se o lance for claro, o cara não vai apitar. Por causa do técnico, o time pode perder o jogo". A praga deu resultado e o alviverde venceu o galo por 2 x 1.

Mas aquela observação de Neto, apesar de procedente, me transpareceu uma ponta de rancor. Para quem não sabe, Emerson Leão é seu desafeto. Em 1989, Neto passou pelo Palmeiras e foi dispensado pelo treinador junto com o zagueiro Denys. Ambos foram trocados com o Corinthians pelo lateral-esquerdo Dida e o meia Ribamar (quem?). A torcida palmeirense não perdoa isso até hoje, pois, afinal, Neto se tornou um dos ídolos eternos dos corintianos.

A treta entre o atleta e Leão começou quando o técnico insistiu em escalá-lo sucessivamente na ponta-esquerda. Neto sempre jogou como meia e, nessa posição, tinha sido o grande destaque do vice-campeão Guarani no Paulistão de 88, com direito até a gol de bicicleta na primeira partida da decisão contra o Corinthians. Mesmo na posição que não era a sua, Neto fez sete gols em 25 partidas pelo Palmeiras e ajudou o time a conquistar a Taça dos Invictos, com 23 jogos sem derrota.

Porém, o time perdeu a única partida que não podia no Paulistão de 89, na semifinal contra o Bragantino, e desperdiçou a chance de acabar com 13 anos de fila. Alguém tinha que pagar o pato - e Leão serviu a cabeça de Neto na bandeja de prata. Tudo bem que nem um nem outro possam ser considerados "flor que se cheire". Mas, como diz meu amigo (palmeirense) João Paulo, "uma bronca tão grande deve ter algo que a justifique".

Um turno inteiro pela frente

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Os santistas estão esfriando a cabeça. Os corintianos andam de ressaca da comemoração por saírem da zona de rebaixamento. Os são-paulinos, com medo de comemorar e serem achincalhados. E eu, o palmeirense do Futepoca, não vi nada, mantive-me alheio a tudo e juro que não foi cachaça.

Por isso, recorro aos blogues parceiros para fazer a análise da rodada do Brasileiro.

Atlético-MG e Palmeiras
"Sim, foi um sufoco, sofremos perigo e levamos bola na trave. Mas são 3 pontos importantíssimos conquistados no Mineirão", defende o Observatório Verde. Para eles, o 2 a 1 fora de casa se soma aos resultados positivos dora de casa, por isso, "está na hora de insulflar a mística do visitante ladrão de pontos. Esse é o time que não teme ninguém".

Não consultei os atleticanos para saber a respeito de acusações de pênalti não marcado.

Corinthians e Grêmio
A vitória por 2 a 1 de virada garantiu a saída do time paulista "da zona de rebaixamento a tempo do encerramento do primeiro turno do Campeonato Brasileiro", defende o Retrospecto Corintiano. Como dizem os portugueses: "Ah viva!" O detalhe é que Gustavo Nery fez gol.

São Paulo e Atlético-PR
Como o parceiro tricolor não anda muito atualizado, restou recorrer à imprensa, já que ela é são-paulina mesmo, embora não seja parceira. A voz uníssona foi de que o time fechou como "vencedor" do primeiro turno, uma conquista que valeria menos do que torneio início, não fosse a absoluta falta de times minimamente organizados que assola o campeonato. Os jogadores, bons-moços, não comemoraram o título. Outros autores já manifestaram preocupação com a quase certeza do título do time de Muricy Ramalho.

Minha teoria é de que o objetivo das torcidas adversárias é insuflar a soberba e o salto alto são-paulinos, missão inútil e desnecessária, já que esses atributos aparecem sempre, menos no Futepoca, onde os torcedores do tricolor paulista cansaram de provocações baratas (mas eu não, como se vê).

Fluminense e Santos
O desolado comentário sobre a Portuguesa antecipa os apontamentos. O que se fala por aí é que o tal de Thiago Neves, foi bem e que o tricolor carioca reagiu em termos de campeonato para garantir os 3 a 0, barrando a ascensão santista. Vanderlei Luxemburgo, o técnico que oscila entre os papéis de vilão e coadjuvante nas partidas, espera Petkovic pronto em duas semanas. É o que falta? Dureza.

Mas há um turno inteiro pela frente

O impagável Eduardo Suplicy

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E não é que o senador mais midiático da história da República não pára de surpreender o país? Ontem, no progrma Pânico na TV, teve um desempenho digno de nota... Em sete minutos, Suplicy participa de um quadro especial do Dia dos Pais em que contracena com Xupla, um "cover" do seu filho Supla. Joga basquete, futsal, anda de bicicleta, se veste de rapper... Enfim, só vendo pra crer.

Viva a Segundona!

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Esse negócio de Primeira Divisão anda meio por baixo. Os santistas que o digam. Tomar de 3 a 0 do Fluminense não é fácil.

A Segundona está mais interessante.

A Portuguesa, por exemplo, não muda. É pura emoção. Quando a gente pensa que vai, não vai. Se tivesse vencido o Brasiliense no Canindé, estaria em quarto lugar, com 30 pontos, já no G4 e na frente do próprio Brasiliense, que com o empate manteve a 4ª posição, com 29. A Lusa, mesmo assim, mantém um promissor 5° lugar, com 28 pontos. Mas, em se tratando de Portuguesa, o que é promissor pode ser apenas uma ilusão.

Quem se deu bem na 18ª rodada do Brasileiro Série B foi o Coritiba, que bateu o forte e ainda vice-líder Marília no interior paulista e está em 3° lugar. Ambos os times têm agora o mesmo número de pontos (32), mas o MAC tem mais vitórias (12 a 10).

Pra não esquecer, o líder ainda é o Criciúma, com 34 pontos, mas depois de duas derrotas seguidas (1 x 3 pro Paulista e 1 x 2 pro Santa Cruz), a liderança dos “catarina” já não é mais incontestável.

E viva a Segundona!