Destaques

sexta-feira, outubro 19, 2007

Prêmio Nobel discrimina negros

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

James Watson foi um dos responsáveis pela descoberta da estrutura do DNA. Esse feito rendeu a ele um Prêmio Nobel de Medicina, em 1962 e provavelmente um espaço no panteão dos maiores da ciência mundial - o DNA é tão importante que até substituiu a radiação como motivo de mutação de pessoas em obras de ficção.

Ele podia, aos 79 anos, aposentar-se tranqüilo, certo?

Que nada.

Resolveu acender uma teoria que - graças aos céus - há muito tempo estava esquecida nos porões da ciência: a de que os negros são intelectualmente inferiores às outras raças.

Em entrevista ao jornal britânico The Sunday Times, Watson afirmou que estava "pessimista sobre as possibilidades da África" porque "todas as nossas políticas são baseadas no fato de que a inteligência deles é a mesma que a nossa, quando todos os testes dizem que na verdade não é".

Como? Que testes?

Um dos indícios que ele usa para justificar o pensamento é repulsivo: disse que esperava que as pessoas fossem iguais, mas "aqueles que têm empregados negros não acham que isso seja verdade".

Afirmou também que não há indícios que provem que o desenvolvimento da capacidade intelectual de pessoas separadas geograficamente durante a evolução tenham sido idênticas.

No passado, ele também afirmou que a mãe que pudesse saber que seu filho, ainda no útero, fosse homossexual, deveria ter o direito de abortar.

Claro que os impropérios provocaram reações. O Museu de Ciências de Londres cancelou uma palestra do cientista, porque seus pontos de vista "vão além do aceitável". Um discurso do presidente da comissão para assuntos internos da Câmara dos Comuns da Inglaterra também desancou o cara.

Mas é espantoso constatar que as teorias de supremacia racial do século XIX estejam ainda na cabeça de alguns cientistas, mesmo dos melhores deles.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Vontade assustadora de beber (mais ainda)

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Estive relendo "Cartas na rua", primeiro romance do Charles Bukowski (foto). Ele escreveu em menos de um mês, totalmente bêbado, logo após abandonar uma carreira de mais de dez anos nos Correios. O personagem principal, Henry Chinaski, tem a mesma profissão e convive com chefes sádicos, pessoas piradas, mau humor, empregos nauseantes, relacionamentos sem futuro, falta de dinheiro, bebedeira, ressaca, tédio, desamparo, tontura e constatação de que nada nesse mundo faz muito sentido. Enfim, mais ou menos isso aí mesmo que a vida nos apresenta cotidianamente. Finda a leitura, dá uma vontade assustadora de beber (mais ainda). Para quem não conhece, segue um trecho:

Eu estava de ressaca de novo, e era uma outra onda de calor, uma semana com dias de 32 graus. A bebedeira continuava cada noite; nas madrugadas e durante os dias havia o chefe Stone e a impossibilidade de tudo. Alguns caras usavam capacete e protetores como se estivessem sob o sol africano, mas eu, eu ficava na mesma, chovesse ou fizesse sol - roupas esmolambadas e sapatos tão velhos que os pregos espetavam os pés.
Pus pedaços de papelão nos sapatos. Mas só resolveu temporariamente - logo os pregos estavam me espetando os calcanhares de novo. O uísque e a cerveja evaporavam de mim, escorriam das axilas, e eu ia andando com minha carga nas costas como se carregasse uma cruz, entregando revistas, entregando milhares de cartas, cambaleando, derretendo debaixo do sol.
Alguma mulher gritou:
- CARTEIRO! CARTEIRO! ESSA CARTA NAO É DAQUI!
Olhei e ela estava um quarteirão morro abaixo e eu já estava atrasado.
- Olhe, dona, ponha a carta do lado de fora. Nós pegamos amanhã!
- NÃO! NÃO! QUERO QUE A LEVE AGORA!
Ela sacudia o troço no ar.
- Dona!
- VENHA BUSCAR! NÃO É DAQUI!
Oh, meu Deus. Deixei cair o malote. Aí peguei meu quepe e atirei-o na grama. Rolou ate a rua. Não liguei; desci em direção à mulher. Desci meio quarteirão e arranquei a droga da carta das suas mãos, aí virei e voltei. Daria um anúncio! Correio de quarta categoria. Algo como a venda de roupas pela metade do preço. Catei meu quepe e pus na cabeça.
Pus o malote de volta no ombro esquerdo e recomecei. 32 graus.

Expressões úteis

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Umudrovat se é literalmente filosofar no hospício, em tcheco. Algo como vagabundear, em bom português.

Olfrygt, em dinamarquês viking, expressa um sentimento nobilíssimo: o medo de faltar cerveja.

(do blog
Mente Aberta)

Um idioma ter palavra para 'medo de faltar cerveja' é sensacional. É bom aprender umas palavrinhas novas, não?

Ética capitalista

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Mark Smith, diretor-gerente para assuntos de hemisfério ocidental da Câmara de Comério dos Estados Unidos, explicou hoje, em reportagem do Estadão, por que empresas americanas sonegam impostos no Brasil. “Subfaturamento de importações é muito comum no Brasil, há uma série de questões estruturais que criam um ambiente propício para as pessoas fazerem isso no País – carga tributária pesada, tarifas de importação alta”, declarou o nobre estadunidense, em seminário sobre as relações Brasil-EUA, realizado ontem na Câmara de Comércio, referindo-se às acusações que envolvem a Cisco System no País. Em outras palavras, sonegam porque o governo cobra impostos. Se não houvesse impostos, cumpririam a lei e pagariam direitinho. Interessante, não?

Profissionalização das torcidas organizadas

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A seleção brasileira está em campo. A partida transcorre de maneira simples. O adversário não joga melhor. Mas mesmo assim o time canarinho não consegue dar show. Vence por "apenas" 1, 2x0. E a torcida começa a vaiar.

Foi o que aconteceu ontem? Sim, mas não só ontem. Esse é praticamente o cenário de todo jogo da seleção brasileira em cenário nacional. Não quero aqui discutir as apresentações da seleção; esse é um texto sobre a torcida. Essa que, invariavelmente, alterna-se em dois momentos: ou vaia ou repete sem parar o bom, mas batido, "eu, sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor".

Tempos atrás, lancei no Orkut debate sobre uma idéia que pode parecer meio louca, mas, na minha opinião, faz todo o sentido: as torcidas organizadas deveriam ser profissionalizadas, e pagas pelos próprios clubes. Nós sabemos o quanto as organizadas, especialmente em São Paulo, são violentas e abrigo para bandidos das piores espécies. Mas não podemos negar, também, que são as organizadas que agitam os estádios de futebol. O tal do "torcedor família", tão propalado por aí, só consegue proporcionar espetáculos como o de ontem, alternando vaias e gritos batidos. A situação piora ainda nas Copas do Mundo, quando a "torcida CVC" brasileira nos faz passar vergonha, especialmente quando cofrontada com a festa que argentinos e europeus costumam fazer.

Essa profissionalização dos torcedores que defendo poderia funcionar da seguinte forma: o clube (ou a CBF, no caso) escolheria umas 50, 60 pessoas com mais disposição para agitar nas arquibancadas. Por agitar, defino a capacidade da pessoa ter criatividade para inventar gritos, pular o jogo inteiro, ser cativante para motivar os outros e etc.. Nada de muito difícil. Financiados, esses torcedores teriam como obrigação primeira entoar canções que valorizassem o time. Não é complicado. Ao invés de "Torcida Jovem não tem medo de ninguém", "Santos, eu te amo, clube dos 11 mil gols" (ou coisa parecida). E por aí vai.

Se garantiria aí a animação do espetáculo e também se tiraria o glamour das organizadas e seus bandidos. E, se um torcedor desses andasse fora da linha, simples: é só cortar o seu "salário".

Viajo muito ou faz sentido?

quarta-feira, outubro 17, 2007

O falso debate sobre CPMF

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Depois de todos os jornais anunciarem quase como uma convocação o “show-protesto” contra a CPMF para ontem (terça) no Anhangabaú, o famoso vale paulistano recebeu apenas seis mil pessoas, segundo a maioria das matérias de hoje (estimativa da Polícia Federal) ou 15 mil, de acordo com a Folha de S. Paulo, baseada na Polícia Militar.

A própria Folha, que teria se regozijado com um público digno da causa da Fiesp, teve que admitir o fracasso do “protesto” em matéria jocosa (dá pra acessar a foto da capa, que mostra o ridículo público, mas a matéria é só para assinantes). No texto, o jornal ridiculariza o evento: “Ao ser questionado sobre o que achava do tributo, Dani, baterista da banda NX Zero, disse: ‘A gente está fazendo um negócio de uma coisa que não sei informar’”. Excelente! Já um tal de Ronaldo Koloszuk,“líder da Frente Nacional da Nova Geração”, admitiu: "Se não deu certo o público, paciência. O importante é defender as causas".

A CPMF
O problema é que o debate sobre a CPMF, segundo fontes não alinhadas à oposição, está desfocado. De acordo com opiniões pouco divulgadas, o tributo não é o demônio que pintam. Por exemplo, quem o defende enaltece uma característica da qual ninguém fala: “A CPMF é importante porque tira muita gente da informalidade e é um excelente meio de coibir a sonegação que muitos dizem ser o mal do país apenas da boca para fora”, escreveu o tributarista Eduardo Munhoz no jornal Visão Oeste, em artigo curto mas interessante, em que afirma ainda: “pergunte ao Paulo Skaf, presidente da Fiesp, que tanto reclama da carga tributária, se ele trocaria os impostos atuais sobre consumo por novos impostos sobre herança, patrimônio e fortuna (...). Ele não trocaria”.

A maioria dos países ditos civilizados, diga-se, tributa pesadamente herança, patrimônio e fortuna. Aqui, nada.

Brahma divulga bares para vender mais chope

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A Brahma, da AmBev, lançou na noite de terça-feira, 16, o portal Cidade do Chopp em evento realizado no bar Posto 6, na Vila Madalena. Além de apresentar a página e a campanha de TV que divulga a página, o evento contou com a participação de Paulo Miklos, cantor e ator, Thalma de Freitas, atriz. Eles vestiram o avental de garçom e serviram os convidados antes do show.

Ao que consta, o Futepoca era a única presença da blogosfera cobrindo o evento. Além de chope de graça, havia petistos caprichados, como o inusitado pastel de abóbora ou tradicionais bolinhos de mandioca recheados com carne seca.


Cópia da tela da Cidadedochopp.com.br

Na página da internet, são 600 bares de 63 cidades cadastrados. Em destaque, os de nove capitais (Belo Horizonte, Brasília, Cuaibá, Florianópolis, Goiânia, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo). A página traz uma seleção de bares que oferecem chope Brahma.

Uma ausência em termos de chope é a cidade de Ribeirão Preto, mais precisamente, o Pinguim, que serve Antártica. Registre-se que nenhum bar do município produtor de cana foi listado. O Bar do Vavá, tão frequentado, não está contemplado porque não serve chope da Brahma.

Cálculos
Uma seção curiosa é a de papel de parede que traz desenhos da fachada de bares das nove capitais. Outra, mais prática, é a calculadora, dentro da seção "Chopp Express", que faz as contas de quantos litros de chope são necessários para uma festa, incluindo fatores como número de homens, de mulheres, duração do convescoque e se haverá outras fontes de embriaguez. Não há distinção entre pessoas normais e manguaças profissionais.


Bar Brahma, na esquina da Ipiranga com a São João, no centro de São Paulo

Se "vivo", NP estaria completando 44 anos

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Na época em que o Brasil acompanhava o calvário de Tancredo Neves, em 1985, o jornal Notícias Populares torcia para que o presidente escapasse da morte. Para azar da redação, Tancredo morreu após o fechamento da edição. Pior que não poder noticiar a morte do presidente eleito foi o jornal chegar às bancas com uma manchete que mais parecia uma piada de mau gosto. Com Tancredo já no IML, o NP anunciava na primeira página: "Médico americano quer Tancredo mais gelado". Era a tentativa de controlar a hipotermia do paciente – quando este ainda estava vivo, obviamente.
A historinha acima, retirada do site Observatório da Imprensa, é apenas um exemplo de como o extinto jornal Notícias Populares tratava a política - e os políticos. Se estivesse "vivo", o NP teria completado 44 anos na segunda-feira, 15 de outubro. Mas foi fechado pelo Grupo Folha em 20 de janeiro de 2001, junto com a Folha da Tarde (os dois se fundiram no insosso Agora). Recentemente, a Carrenho Editorial lançou a história do NP em livro, "Nada mais que a verdade", escrito por Celso de Campos Jr., Denis Moreira, Giancarlo Lepiani e Maik Rene Lima.
Entre milhares de bizarrices dos 28 anos de NP, a obra resgata manchetes históricas como "Bicha põe rosquinha no seguro", "Aumento de merda na poupança", "Broxa torra o pênis na tomada" e "A morte não usa calcinha", além da antológica série "bebê diabo", invenção que vendeu milhares de jornais em 1975. O jornal também caprichava na cobertura esportiva: em 1977, os torcedores do Corinthians disputavam a autoria da promessa mais absurda para o time vencer o Paulistão e quebrar o jejum de títulos. A pior foi publicada pelo NP em manchete: "Vou comer 23 sapos se o Corinthians ganhar".
Porém, o grande mérito do livro foi resgatar a origem (bizarra) do (bizarro) periódico. Seu mentor foi o jornalista romeno Jean Mellé, que passou 10 anos preso na Sibéria por ordem de Joseph Stalin, fazendo trabalhos forçados nas minas de carvão. Tudo porque, em 1947, soltou em seu jornal Momentul, de Bucareste, a seguinte manchete: "Russos estão roubando o pão do povo". Após ser liberado, Mellé desembarcou no Brasil em 1959 sem falar praticamente nenhuma palavra de português. Mesmo assim, por intermédio de um amigo romeno que estava no Brasil, conseguiu um emprego no Última Hora, de Samuel Wainer.
Menos de quatro anos depois, em associação com Herbert Levy (presidente da UDN e dono da Gazeta Mercantil), lançaria o Notícias Populares, com uma finalidade marcadamente política: o NP seria um vespertino anticomunista. Isso durou até 1965, quando Levy vendeu o jornal para Octávio Frias de Oliveira e Carlos Caldeira Filho, da empresa Folha da Manhã, que edita a Folha de S.Paulo. Mas Mellé permaneceu como editor. Para se ter uma idéia da maluquice do romeno (que delineou o "jeito NP de ser"), ele simplesmente fez "desaparecer" o cantor Roberto Carlos, em 1968.
O rolo foi o seguinte: um diretor da TV Record informou a um repórter que não estava conseguindo contatar o Rei nos Estados Unidos. Por banal que fosse, a história chegou aos ouvidos de Mellé, que soltou a manchete: "Desapareceu Roberto Carlos". No dia seguinte, centenas de tietes cercaram a redação, em busca de notícias sobre o ídolo. Revoltado, um diretor da Record exigiu um desmentido. Impávido, Mellé manchetou, no dia seguinte: "Acharam Roberto Carlos". Nos dois dias, o jornal vendeu 20 mil exemplares a mais.

Che Guevara: um goleiro que pegava pênalti

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Há uma faceta pouco conhecida de Ernesto Guevara de La Serna, o Che, político/guerrilheiro morto na Bolívia há 40 anos. Como todo argentino, ele também gostava de futebol. Torcia para o Rosario Central, time da cidade onde nasceu, e idolatrava Alfredo Di Stéfano - o maior jogador argentino até o aparecimento de Maradona. Também disputava umas peladas. Uma delas foi relatada por Che em seu livro "Notas de viaje", que conta suas aventuras ao lado do amigo Alberto Granado, em 1952, quando foram de Buenos Aires a Caracas de moto, caronas e embarcações. O brasileiro Walter Salles Junior transformou a história em filme, "Diários de motocicleta".

Sabendo da fama que os argentinos tinham na América do Sul de grandes jogadores, naquela época (pré-Pelé), os dois amigos se apresentaram aos moradores da cidade de Leticia, na região amazônica da Colômbia, como técnicos de futebol. O golpe deu certo e, como precisavam de dinheiro, aceitaram comandar o time local, o Independiente Sporting Club, num torneio. Para completar, Che (24 anos na época) assumiu o gol e Granado (30 anos) tornou-se centroavante, ganhando o apelido de "Pedernerita" - referência a Adolfo Pedernera, grande astro do River Plate que, naquele ano de 1952, estava justamente na Colômbia, junto com Di Stéfano, defendendo o Millonarios (esse mesmo que venceu o São Paulo).

Na decisão do tal torneio, Granado fez o gol da vitória e Che defendeu um pênalti, garantindo o título. Foram carregados em triunfo e conseguiram, com isso, o dinheiro e os suprimentos necessários para seguir viagem. Quando chegaram a Bogotá, tiveram um encontro com o ídolo Di Stéfano, no restaurante La Saeta Rubia. O famoso jogador descolou dois ingressos para os viajantes assistirem o Millonarios num amistoso internacional contra o Real Madrid. Che não sabia, mas o Real estava contratando Di Stéfano. Que, por sua vez, também não sabia que ali em sua frente estava o futuro "maior político argentino do século 20", segundo recente pesquisa no país de Juan Perón.

Depois que Che triunfou com Fidel Castro na revolução de 1959, Granado foi viver com a esposa em Cuba. Ele conta que, em 1963, mais de dez anos após a aventura futebolística na Colômbia, Che, a essa altura ministro da Economia, aceitou participar de uma pelada. Diz Granado: "Quando Ernesto estava no gol, era um legítimo goleiro. Enfrentamos uma equipe de futebol da universidade de Santiago de Cuba, que era treinada por Arias, um espanhol. Arias recebeu a bola e avançou, mas Che saiu do gol e se jogou em cima dele. Ninguém imaginava que o ministro ia se atirar aos pés de alguém por uma bola. Mas ele era assim...". A foto que ilustra o post é desse dia e mostra Che, Granado (de bigode) e outros que disputaram a pelada.

terça-feira, outubro 16, 2007

Ana Paula Oliveira estuda candidatura a vereadora pelo PCdoB

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A assistente de arbitragem Ana Paula Oliveira se filiou ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Ela é uma das três personalidades do esporte a aderir à sigla de olho nas eleições de 2008, mais especificamente na disputa por vagas nas Câmaras de Vereadores. A informação foi publicada pela coluna da jornalista Mônica Bergamo desta terça-feira, 16. A jornalista não informa o domicílio eleitoral da moça.

Ana Paula mora em Hortolândia, na região de Campinas, interior de São Paulo, onde coordena o projeto Apito da Cidadania, programa da Secretaria de Cidadania, Trabalho e Promoção Social. Em julho, ela foi capa da revista Playboy e é a bandeirinha mais famosa do Brasil – também a mais falada por blogues e páginas esportivas, embora o interesse do Futepoca seja exclusivamente jornalístico. Sua pré-candidatura é na cidade de São Paulo.

O mesa-tenista Hugo Hoyama, o maior medalhista brasileiro em Jogos Pan-Americanos e a meio-campista Maycon Jackson, da seleção brasileira de futebol feminino, são apontadas como os dois novos filiados do partido.

O PCdoB é o partido do ministro dos Esportes, Orlando Silva, sucessor de Agnelo Queiroz, do mesmo partido, que deixou o cargo em 2006, para disputar as eleições daquele ano. Até 2004, a secretária de Esportes de São Paulo era Nádia Campeão. O ex-jogador do Palmeiras, Ademir da Guia, hoje no PR, foi eleito em 2004 pela legenda comunista.

Ana Paula
Afastada dos gramados desde maio deste ano, Ana Paula estava contundida no dia da realização dos testes físicos para permanecer nos quadros de arbitragem da Fifa, e só poderia voltar aos gramados em 2008. Em sua página na internet, não há manifestação oficial a respeito. Antes, ela havia manifestado a intenção de ser comentarista esportiva e apresentadora de TV. Participou de desfiles de moda e de comerciais de TV.

Nenhum FC: o time de maior torcida no Brasil

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O CNT/Sensus divulgou ontem uma pesquisa sobre as maiores torcidas do Brasil, depois de ouvir duas mil pessoas, entre os dias 8 e 11 de outubro, em 136 cidades das cinco regiões do País. Sem surpresa, deu Flamengo na primeira posição, com 14,4%, seguido de Corinthians (10,5%), São Paulo (8%), Palmeiras (7,2%), Vasco (5%), Grêmio (3,9%), Santos (3,7%), Cruzeiro (3,3%), Inter-RS (2,1%), Botafogo-RJ (1,8%), Atlético-MG (1,5%), Fluminense (1,5%) e Sport (1,5%), além de menos de 1% para Goiás, Atlético-PR, América-RN, Juventude, Figueirense, Náutico e Paraná, e 4,5% para "outros" (0,5% nem soube responder).
Porém, o dado mais relevante dessa pesquisa é que 28,4% dos entrevistados (praticamente o dobro dos que disseram ser flamenguistas, portanto) afirmaram que não torcem por clube algum. Isso mesmo: o "nenhum" ganhou disparado como a maior torcida (ou melhor, não-torcida) do País. Mesmo com o CNT/Sensus observando que a margem de erro é de três pontos percentuais para cima ou para baixo, a desproporção ainda é brutal. Teria o brasileiro desistido do futebol? Colegas futepoquenses são testemunhas de que no meu caso, ultimamente, mesmo com o meu time liderando o campeonato e com jogo ao vivo na TV, várias vezes preferi ficar na mesa do bar. O futebol minguará? A cachaça prevalecerá? Façam suas apostas.

Ganhar pouco é bom II

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Escrevo complementando o post do Glauco abaixo. Foi aprovado recentemente na Comissão de Educação da Câmara um projeto de lei acalentado pelo Executivo federal que garante um piso nacional de R$ 950 para os professores. Agora, a proposta deve seguir direto para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara e depois para votação no Senado.

Eu já tinha ouvido falar do projeto e achava muito positivo. Principalmente para os municípios e estados menores, onde sempre ouvimos falar de professores que ganham salário mínimo para trabalhar.

Pois fiquei sabendo agora, em entrevista do presidente da Apeoesp Carlos Ramiro ao Conversa Afiada, que o piso do professores paulista é de R$ 668 sem as gratificações. Com as gratificações chega a R$ 900.

Ou seja, o governo tucano (que é tucano desde 1994, aliás, já vão 13 anos) do glorioso estado de São Paulo, locomotiva dessa nação, vai ser forçado a aumentar o salário de seus professores caso o piso nacional seja aprovado.

Ramiro ainda destaca ainda que os docentes estão a dois anos sem aumento salarial, caminhando a passos largos para o terceiro, já que a database da categoria foi em março e até agora nada de manifestação do patrão, o governo Serra. Ele diz ainda que, “de 1980 para cá, o professor perdeu poder aquisitivo em mais de 70%”. Depois, vão me dizer que educação é prioridade.

Ganhar pouco é bom para o trabalhador

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A manchete acima pode até ter seu grau de exagero, mas traduz a idéia da secretária estadual de Educação de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro. Ela afirmou ontem (16) que não existe relação direta da qualidade do ensino com o salário dos professores.
A estultice foi pronunciada em resposta à reportagem da Folha de São Paulo, que mostrou que o governo tucano do estado mais rico da federação paga R$ 8,05 por hora ao docente em início de carreira, 39% menos que o Acre, que paga R$ 13,16. A posição de São Paulo é vergonhosa nesse ranking de salários: um reles oitavo lugar. Mas a situação do professor paulista é ainda pior se considerarmos o custo de vida. O educador paulista que trabalha 120 horas por mês tem uma remuneração mensal de R$ 966 e pode comprar 4,9 cestas básicas, e o do Acre recebe R$ 1.580 e compra 12,6. Uma diferença de 60%.
No entanto, para a secretária, "o quadro mostra, com clareza, que não há uma relação direta entre salário e qualidade do ensino, embora a questão salarial seja fundamental para valorização dos professores", justificando que Minas Gerais e Distrito Federal não estão entre os estados que pagam mais e, mesmo assim, estão entre os três melhores desempenhos da quarta série no exame do governo federal, o Saeb.
O sofisma da secretária é uma graça. Desconsidera que outros estados que pagam melhor têm desempenho igualmente bom na avaliação, ou seja, o argumento que vale lá, também vale cá. Mas omite, na prática, o dado que é o grande diferencial. Enquanto quase todos os estados tiveram um desempenho pior em comparação à avaliação anterior, Tocantins e Acre foram no sentido inverso e melhoraram na avaliação.
qual o segredo? Nos dois estados, foram tomadas inúmeras medidas, dentre elas, aumento de salário dos professores. No Tocantins, em quatro anos o salário subiu 40%. Já no estado do Acre, o salário-base dos professores com ensino superior foi elevado de de R$ 420 em 2001 para R$ 1.562 em 2007. Ambos também passaram por um processo de descentralização que envolveu professores, pais e alunos para participarem junto à gestão da escola. enquanto isso, São Paulo teve algumas das maiores quedas do país nas notas do Saeb no período 1995- 2005. Com uma política salarial para os professores bastante diferente daquela adotada por Tocantins e Acre. Será que essa receita dá certo, secretária?

segunda-feira, outubro 15, 2007

CBF erra placar do jogo do Brasil

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A CBF publicou ontem, no site oficial da entidade, nota em que afirma que a seleção brasileira venceu a Colômbia por 2 a 1 com gols de Kaká e Ronaldinho. Se era isso que estava combinado com os russos, quer dizer, com os colombianos, algo deu errado e provavelmente o editor do site não viu o jogo.

Dá para entender o por quê...

Nota: a CBF já trocou o texto e fez pedido de desculpas, mas para quem não viu, a imagem está publicada abaixo.
Nota II: mesmo inacessível pela lista de notícias, o texto ficou no (neste endereço, atualmente inativo) por pelo menos três dias.



No destaque:



Atualizado no dia 22/10, às 16h20

São Jorge que faça milagre

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O tema é recorrente para aqueles que secam o Curinthia, mas passou mais uma rodada e o ex-timão não saiu da zona de rebaixamento.

Tá certo que está empatado em número de pontos com o Goiás, meu principal candidato à quarta vaga do classificatório para o título da segundona 2008, mas é bom São Jorge começar a fazer milagres.

Na seqüência, em outubro, o Curinthia joga com Náutico (em Recife), Figueirense (SP), Flamengo (RJ) e precisa fazer no mínimo 11 pontos nos 7 jogos que faltam. Sendo quatro deles fora.

Já o Goiás tem pela frente Fluminense (em casa), Santos (SP), Vasco (em casa). A conta é a mesma, mas com a vantagem de que o Goiás tem 2 vitórias a mais, primeiro critério de desempate.

Não acredito nesses matemáticos de campeonato, mas para ser imparcial, aí vai a tabelinha que foi publicada no UOL com as chances de cada time de ser rebaixado. Notaram que não escrevi nada do Galo, né?

América-RN 100%
Juventude 97%
Paraná 84%
Corinthians 45%
Goiás 33%
Atlético-MG 10%
Náutico 8%
Internacional 6%
Botafogo 6%
Atlético-PR 3%
Figueirense 3%
Sport 3%
Flamengo 1%
Vasco 1%

domingo, outubro 14, 2007

Sobre as séries A, B e X

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Série A
Acho que com o empate de 1 a 1 na Vila, Santos e Palmeiras se credenciam com certo favoritismo a duas das três vagas à Libertadores. Isso porque, com o empate com o Náutico em casa (2 a 2), o Cruzeiro deu mais um passo na decadência e o Grêmio, vencendo a duras penas o Goiás no Olímpico, se mantém na briga, mas muito menos “favorito” a uma vaga do que se dizia umas três rodadas atrás. No próximo fim de semana, o São Paulo recebe o Cruzeiro, o Palmeiras joga com o Paraná (quase rebaixado) no Palestra e o Santos vai a Floripa pegar o bom Figueirense (que está em nono lugar). O Grêmio, tchê, tem uma parada dura: o Flamengo no Maracanã.

Lá pra baixo, o Goiás (16°, com 38) recebe o Fluminense; o Corinthians (17°, com 38) vai a Recife jogar contra o Náutico (desfalcado do artilheiro Acosta), expulso no último jogo (hummm). O Galo de Minas continua ali na zona crítica (14°, 40 pontos), tendo que dar umas belas braçadas pra não ser engolido pela onda. Fez a obrigação de ganhar do rebaixado América/RN. O Vasco no Mineirão é sua próxima obrigação urgente de vencer.

Série B
Lá embaixo, mas rumo à ascensão (será?), a Portuguesa se reabilitou com a bela vitória contra a Ponte Preta em Campinas (4 a 2) e foi a terceiro, com 49. Se vencer o Remo no Canindé na sexta próxima, dá um passo importante rumo à primeira divisão. O Coritiba está virtualmente na série A. Depois dele, sobram três vagas pra ser disputadas entre Vitória (2°), Portuguesa (3°), Criciúma (4°) e Ipatinga-MG (5°).

Série X
Sobre a seleção brasileira, nada a declarar, a não ser: bem fizestes vós, que dormistes!