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quinta-feira, março 27, 2008

Prea dá sorte aos 48

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Quando saíram os dois gols santistas no clássico, a vizinhança gritou impropérios aos corintianos. A recíproca foi verdadeira, embora no singular. Nada fora do normal. Ao fundo, o também tradicional som das arquibancadas do Palestra Itália era ouvido por mim. Quando acabou o jogo na Baixada, três santistas comemoraram na hora. Um, com atraso de segundos.

Foto: Divulgação/Palmeiras
Em casa, me levantei do sofá para desligar a TV. Claro que tem controle remoto, mas era só uma estratégia não-pensada de retardar a ação. A Bandeirantes vai para o comercial, a Globo para o Parque Antártica. Corte da arquibancada, do goleiro luso, falta a dez metros da grande área rubroverde. A cobrança de Leandro, a bola na trave, Diego Souza joga para a confusão e um pulo de Jorge Preá resolve.

Sem Kléber, suspenso por três jogos pela cotovelada em André Dias do São Paulo, a entrada de Preá no lugar de Alex Mineiro foi uma sorte danada contra a implacável marcação da Lusa que segurou bem o time da casa.

Gol Mãe Dinah aos 47 minutos e 54 segundos. "Eu falei com o Denílson e com o Makelele que se eu entrasse no jogo eu faria um gol", revelou o aprendiz de vidente.

Parênteses: Lembro-me de que, às vésperas da final da Copa de 1994, o atacante Viola declarou à imprensa que tinha sonhado que entrava em campo e marcava o gol do título. Houve quem atribuísse à superstição sua estréia em Mundiais ter ocorrido na prorrogação da final, opção diferente das adotadas por Carlos Alberto Parreira e Jorge Lobo Zagallo. A decisão foi para os pênaltis e a premonição, à cucuia.

Digressões à parte, o importante é que a estrela de Preá funcionou na 17ª rodada no Paulistão. Tá ótimo.

Líder
A liderança isolada alcançada pelo Palmeiras na noite de quarta-feira, com um com o gol, pode durar só um dia. O Guaratinguetá vai a Mirassol enfrentar o time da casa. Não é o caso de secar nem nada, importante é a classificação.

O Palmeiras é o time que apresenta maior evolução dentro da competição. Claro que eu espero que a trajetória continue, mas lamento a ação dos secadores.

Na sequência de ascensão, vem o Santos, com a quinta vitória seguida, agora por 2 a 1 contra o Corinthians – o que não vence clássicos. Agora, o Timão precisa torcer para que o Tricolor não vença para permanecer entre os quatro primeiros nesta rodada (o alvinegro tem saldo de gols maior). Só nesta rodada. As polêmicas da partida da Vila ficam para outro texto.

6 comentários:

Thalita disse...

A minha ação enquanto secadora, infelizmente, não funcionou, mesmo estando pertinho do palestra (será q o efeito tem a ver com a distância?). Eu já estava comemorando o empate da Lusa quando ouvi a torcida gritando gol e o Kleber Machado tentando narrar o lance q ele não tinha visto. Tristeza, viu?

Marcão disse...

O vizinho curintiano voltou a azucrinar ontem. Quando o empate saiu na Vila, no início da segunda etapa, ele tacou o rádio e a TV nos volumes máximos, berrando e derrubando coisas dentro da casa. Depois, pra variar, silêncio.

Ps.: Não torci contra o Palmeiras, não (acho que já levou esse título), mas deu dó da Lusa. Gol aos 48 do segundo tempo é uma coisa muito cruel.

Anônimo disse...

Tem razão, Anselmo, as polêmicas sobre a arbitragem na Baixada ficam pra outro texto. De preferência para os textos das páginas policiais. Do jeito que anda a arbitragem no Paulistão, o campeonato vai ser decidido no apito. Lamentável!

Anônimo disse...

Para quem acredita em teoria da conspiração, aqui vai uma. A FPF quer os quatro grandes nas semifinais. Pra isso, o Santos precisava da vitória ontem. Agora, Ponte e o Guará precisam perder pontos para saírem do G4. Santos, São Paulo, Corinthians e Palmeiras precisam ganhar. Atenção, então, à arbitragem nos jogos envolvendo esses quatro mais Ponte Preta e Guará. Quanto valem $$$$$ os grandes nas semifinais???

Glauco disse...

Bom, quanto à conspiração, em termos de grana não vale muito. Os clubes já têm seus direitos de transmissão garantidos e ir às semifinais não altera nada... A Globo já vendeu as cotas de patrocínio, também não ganha nada com isso. Portanto, tirando a boa vontade que em geral árbitros têm com times grandes, não dá pra acreditar em conspiração que favoreça os quatro.

Anselmo disse...

mas a boa vontade dos árbitros com os grandes credita-se a que? fraqueza de caráter? falta de firmeza de posições? Peso da camisa?

Não sei, embora concorde que haja esse histórico de favorecimento aos grandes em partidas contra times pequenos. Pelo menos como tendência.