De acordo com reprotagem da Folha de S. Paulo, um dos objetivos era destruir barricadas feitas pelo tráfico, que estariam impedindo moradores de levar familiares a hospitais para tratar de doenças como a dengue. Daí veio a infeliz comparação do coronel, que ainda disse ao jornal: "Amanhã [hoje] o pau na vagabundagem continua". E "alertou" na seqüência: "Quem quiser se render - e deve se render - é preso. Aqueles que resistiram de maneira injusta à atuação da PM, aconteceu o que aconteceu [foram mortos]".
Mas se Jardim quer facilitar o acesso dos moradores a hospitais, no mês passado afirmou que iria dificultar que as pessoas chegassem aos bailes funk, que ele define como "reunião de vagabundos". À época, confessou: "não tenho poder para proibir esses bailes, mas posso dificultar sua realização", falando da intenção de promover batidas no entorno dos locais antes do início dos bailes, para abordar e revistar os freqüentadores

Na entrevista, Jardim utiliza argumento parecido com o do Capitão Nascimento, personagem do filme Tropa de Elite, de que se vive na cidade um estado de guerra. "O que nós vivemos é uma guerra urbana. O guerreiro tem que se defender. Os que são contra a utilização do blindado, com todo o respeito, dão a conotação de que não estão familiarizados com a situação ou envolvidos com coisas escusas. É inconcebível ver um policial morrer. O blindado permite se chegar ao objetivo. Quem não gosta do Caveirão gosta de maconha. Quem não gosta do Caveirão, gosta de cocaína."
Democracia é isso aí.
Depois minha filha adolescente não entende quando digo que tenho mais medo da polícia do que dos bandidos.
ResponderExcluirComo diria Chico "Julinho da Adelaide" Buarque, CHAMEM O LADRÃO!
Como todos sabem Romário deu adeus ao futebol. Hoje, o Aureo Ameno, em colaboração ao Blog do Garça, postou um texto sobre o baixinho.
ResponderExcluirGostaria de convidar a todos para participar de uma troca de opiniões sobre a participação do Romário no futebol.
O endereço vocês já sabem é: www.blogdogarca.blogspot.com
Abraços!
O que me entristece nessa discussão de segurança pública é que os argumentos a favor da política do "pau-na-vadiagem", além de serem reacionários, preconceituosos e contra os direitos humanos, vão contra os fatos: a polícia mata gente pobre em favelas e periferias há décadas e não melhorou em nada a situação da violência nesses locais. Pelo contrário, só fez aumentar. Por que insistir tanto numa política que já se mostrou ineficaz?
ResponderExcluirConcordo com cada palavra do coronel.
ResponderExcluirPara mim, bandito bom é bandido morto!
O cara é uma máquina de pérolas preconceituosas. Impressionante
ResponderExcluirque visão sofisticada do mundo: "Quem não gosta do Caveirão gosta de maconha. Quem não gosta do Caveirão, gosta de cocaína." e chamar gente de inseto que precisa ser exterminado como praga é de péssimo gosto (pra não chamar de nazista).
ResponderExcluirO marcos rodrigues, por exemplo, concorda com as execuções sumárias por parte da PM, a "Inseticida social"... apoia a ação fora da lei por parte da PM. o comentarista tá longe de estar isolado no país. Isso piora o cenário.
Um amigo nordestino que morou em Campinas levava geral da polícia toda vez que saía para tomar um goró - só porque tinha cara de nordestino. Ninguém mais, no bar, levava geral.
ResponderExcluirNo sábado, um grupo do movimento negro fez um evento na viela ao lado da minha casa. De orelhada, ouvi de um cara que discursava que eles iam lançar uma pequena cartilha para que os jovens negros soubessem como manter a calma e não aceitarem as provocações da polícia ao serem abordados. Porque, segundo ele, o negro sofre todo tipo de humilhação e agressão nas abordagens policiais.
Coisas como essa me deixam triste e totalmente descrente na polícia ou numa possível "ordem social".