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quinta-feira, junho 26, 2008

Alemanha e Turquia e a lei de imigração

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– Olha só – avisaria o capitão do escrete de Istambul, Nihat, em seu idioma natal – essa peleja aqui vale a lei de imigração que o Parlamento da União Européia aprovou semana passada. Se vencer a lua crescente da nossa bandeira, essa história é morta.

Ballack, o dono da bracadeira germânica, meio desconcertado, surpreendentemente compreenderia a comunicação em outro idioma. Tomaria um instante de fôlego para devolver:

– Tá feito, malandro! Se vocês ganharem, caiu a lei. Agora, é o seguinte: se der Alemanha...

Foto: Patrick Wilken

Torcedores turcos assistem a Euro 2008. Autor da imagem pergunta:
"Se eles seguem o futebol, quão diferentes eles realmente podem ser?"


Parei a minha elucubração surreal na véspera da partida que definiu o primeiro finalista da Euro 2008. Fiquei pensando no que colocar como contrapartida na aposta que remonta as partidas de futebol valendo a conta do bar, disputadas com sangue nos olhos.

Imaginei o alemão se dirigindo ao técnico Joachim Löw, que se conecta com a premiê Angela Merkel, que discute com o ministro do Trabalho, Olaf Scholz, e sairiam com alguma proposta. Mas não consegui pensar em nada que não soasse xenófobo, o que significaria acusar os alemães de incorrerem todos nesse tipo de prática.

Tinha desistido do post, quando o Glauco me passou esta notícia: Vitória sobre a Turquia é festejada na Alemanha com atos de xenofobia.

Continuei sem saber o que o Ballack pediria na aposta. Acho que não seria o direito de depedrar três restaurantes fast-food de comida turca na cidade de Dresden .

***

Mas independentemente disso, o fato é que os caras correram muito para repetir o placar da vitória alemã sobre Portugal. Com dois 3 a 2, os germânicos mostram um futebol fora do esteriótipo deles. Nada de retranca.

A emblemática partida teve frango de Lehmann no primeiro gol de Ugur Boral para os turcos. Schweinsteiger empatou no primeiro tempo. Klose virou, Semih Senturk reempatou e Phillip Lahm deu números finais aos 45 do segundo tempo. Quem assistiu no Brasil, ficou sem ver a maior parte do segundo tempo.

7 comentários:

Nicolau disse...

Vi o primeiro tempo. Puta jogo interessante, corrido pacas. A Turquia começou meio tímida, mas foi pracima da Alemanha, nada de medo. E os turcos tocam a bola com mais calma que os outros times da Euro, Alemanha incluida. Eu acho estranho esse jogo tão corrido, sem muita reflexão dos europeus. Acho que acaba ficando meio quadradão.

Glauco disse...

A não-transmissão do segundo tempo, se ocorresse no Brasil ou em qualquer país subdesenvolvido ou em desenvolvimento seria motivo de galhofa por parte do primeiro mundo, além de diversas manifestações dos complexados cachorros vira-latas de cá...

eueminhashistorias disse...

A transmissão falhou aqui deste lado também, mas felizmente foi possível ver os últimos 5 minutos e de um jeito perfeito: o áudio do narrador não existia, só ouviamos o som do ambiente...

Anônimo disse...

A final da Copa do Brasil também trouxe à tona discussões envolvendo discriminação de uma região em relação a outra.
Creio ter "carteira" para dizer que de fato existe discriminação contra nordestinos aqui no Sul/Sudeste, embora o enfoque dado pela mídia nordestina tenha transbordado essa questão regionalista e, sobretudo, social.
Sei que o que vou afirmar aqui não é nada original, mas uma das muitas coisas fascinantes do futebol é o fato dele ser mais que um jogo. É uma espécie de hiperligação para outros aspectos da vida.

Anônimo disse...

A final da Copa do Brasil também trouxe à tona discussões envolvendo discriminação de uma região em relação a outra.
Creio ter "carteira" para dizer que de fato existe discriminação contra nordestinos aqui no Sul/Sudeste, embora o enfoque dado pela mídia nordestina tenha transbordado essa questão regionalista e, sobretudo, social.
Sei que o que vou afirmar aqui não é nada original, mas uma das muitas coisas fascinantes do futebol é o fato dele ser mais que um jogo. É uma espécie de hiperligação para outros aspectos da vida.

Anônimo disse...

Continua: E não por outro motivo às vezes você pode se surpreender fazendo conjecturas até certo pontos surreais que tem fonte em situações do jogo.
Eu acho que isso, por si só, já serve para perdoar a viajada que o autor alega ter dado.

Anselmo disse...

grato pela licença-turista.