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sexta-feira, julho 18, 2008

Didi e Garrincha no futebol paulista, em 1966

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Que Garrincha havia passado pelo Corinthians em 1966 eu já sabia, mas tinha dúvidas se, naquele mesmo ano, Didi havia jogado pelo São Paulo (na foto, os dois nos áureos tempos de Botafogo-RJ). Pois o mestre da folha-seca encerrou sua carreira, de fato, pelo Tricolor paulista. Didi havia pendurado as chuteiras pelo Botafogo em 1965, mas aceitou o convite para voltar, no ano seguinte, aos 38 anos. Estreou pelo São Paulo num amistoso em Araçatuba (SP), contra o Ferroviário local (vitória por 2 a 0), em 4 de outubro. Ele compunha o meio-campo com o histórico Roberto Dias. O técnico do Tricolor, na época, era Aimoré Moreira, que comandou Didi pela seleção brasileira no bicampeonato mundial, em 1962. E a zaga tinha Bellini, outro remanescente das Copas de 1958 e 1962, que havia disputado ainda a de 1966, junto com o também são-paulino Paraná.

O primeiro jogo oficial de Didi com a camisa do Tricolor, pelo Campeonato Paulista, foi uma derrota de 2 a 0 para a Portuguesa, no Pacaembu, em 12 de outubro. Na rodada seguinte, mais um tropeço: vitória do América de Rio Preto por 4 a 3, em pleno Morumbi. Didi foi sacado e só voltou contra a Portuguesa, em 24 de novembro: novamente no Pacaembu e outro resultado negativo, 1 a 0. Terminava ali, de forma melancólica (venceu só uma partida em quatro e não marcou um gol sequer), a carreira do "Príncipe Etíope", um dos meias mais clássicos e cerebrais que o Brasil já teve.

Curiosamente, naquele mesmo início de outubro de 1966 em que Didi estreava pelo São Paulo, Garrincha, então com 33 anos, se despedia do rival Corinthians. Foi no dia 9, numa derrota de 3 a 0 para o Santos, pelo Paulistão. Mané havia estreado em 2 de março, no Pacaembu, em outra derrota por 3 a 0, para o Vasco da Gama, pelo Torneio Rio-São Paulo. Os dois times, mais Santos e Botafogo, seriam os quatro campeões do torneio naquele ano, por falta de datas para as partidas de desempate. Garrincha marcou seu primeiro gol pelo alvinegro paulistano contra o Cruzeiro, em 13 de março, na vitória corintiana por 2 a 1.

No total, fez 10 jogos e 2 gols - o segundo, aliás, na vitória por 2 a 0 do Corinthians sobre o São Paulo, em 19 de março de 1966. Ao contrário de Didi, que era cinco anos mais velho, Garrincha ainda jogaria pelo Flamengo e o Olaria, até 1972. Despediu-se numa partida amistosa no ano seguinte, no Maracanã. Morreria em janeiro de 1983, e Didi, em maio de 2001.

3 comentários:

Brasil Empreende disse...

Ola,
Adorei seu blog e pensei que talvez se interesse por nossa matéria dessa semana...
Empreender uma carreira de sucesso no mudo dos técnicos de futebol não é uma tarefa simples, porém, existem grandes técnicos que são capazes de tirar um time do lamaçal e outros de afundarem mais um time.
Neste momento tão conturbado da seleção brasileira e do técnico Dunga, a galera pede um novo técnico e é por isso que Brasil Empreende resolveu publicar uma matéria e uma enquete para conhecer o gosto do povo para substituir Dunga.
Participe!! Sua participação para nós é muito especial. Se gostou, por gentileza, espalhe, gostariamos do máximo de opiniões para essa causa tão delicada.

Acesse: http://www.brasilempreende.blogspot.com/

Atenciosamente,
Sebastião Santos.

DuDu Magalhães disse...

Vou ser bem sincero, qualquer coisa ligada a futebol não me interessa... não curto mesmo (nada contra quem gosta). O que posso comentar é que o texto está meio 'falho' nas concordancias verbais

Anselmo disse...

excelente a retrospectiva. Zizinho também jogou no São Paulo, mas com mais destaque.

o Didi ainda foi o técnico da seleção do Peru na copa de 1970. A descrição que ele fez da partida contra o Brasil numa entrevista ao Grandes momentos do esporte era genial... Ouvir o hino brasileiro, ver o time adversário, acreditar que daria para vencer e, claro, perder. Um depoimento e tanto.