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sexta-feira, agosto 22, 2008

África, a capital do futebol em 2009/10

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A notícia não é nova (é de março). Mas eu não sabia, então acho que cabe o post. Em 2009, o Mundial Sub-20 acontecerá no Egito, e o Sub-17 será realizado na Nigéria.

"E daí?", perguntará um leitor mais sagaz. E daí que é o seguinte: ao abrigar esses eventos, a África polarizará as disputas do futebol mundial no próximo biênio. Além desses torneios já citados, também em 2009 acontecerá a Copa das Confederações, na África do Sul e, em 2010, a Copa do Mundo, na terra de Nelson Mandela.

É um momento único para o futebol africano. Que precisa se consolidar. Apareceu para o mundo com a seleção de Camarões e suas boas campanhas em 1982 e 1990; Nigéria, em 1994 e 1998, e Senegal, em 2002, também tiveram um ótimo desempenho, e há atletas africanos em praticamente todas as equipes de ponta para o futebol mundial, como Essien, Drogba, Kanouté, Diarra e por aí vai.

Se por um lado a África é respeitada, por outro não dá para negar que paira um clima de "eterna promessa" sobre o continente. Depois da euforia provocada por Camarões, esperava-se ver africanos lutando pelo título das Copas do Mundo seguintes, mas as seleções do continente não chegaram sequer às semifinais - trunfo que até a Ásia conseguiu, com a Coréia do Sul em 2002 (com ajudinhas da arbitragem, não se pode esquecer).

Talvez sediar os quatro principais eventos do futebol de seleções em dois anos impulsione o extra-campo do futebol da África, e seja o empurrãozinho que o continente precisa para deixar de ser a "eterna promessa" do futebol mundial.

5 comentários:

Marcão disse...

Mais uma vez, o problema é grana. Que os "tigres" asiáticos esbanjam, e os africanos, nem sonham...

Nicolau disse...

Fato, Marcão. E Olavo, de repente um juiz camarada da uma ajudazinha na Copa, hehe

Glauco disse...

Do jeito que a África do Sul está vindo, vai ser difícil até com ajuda do juiz em 2010...

Anselmo disse...

Gostei do enquadramento da Turquia como européia, que é o que ela é, apesar de muitos europeus se recusarem a aceitar isso.

Sobre a África, os times mais bem-sucedidos nas últimas copas foram de muita marcação e poucos homens de frente, no máximo dois atletas de mais habilidade. O resto é toque e cruzamento, com muita força na marcação.

Os países parecem ter dificuldades para manter alto nível de produção por mais de uma copa.

Camarões foi o pais que mais perdurou, de 90 a 2002, seguido da Nigéria, de 94 a 2002. A África do Sul foi a França e à Coréia/Japão e as demais oscilaram. E nenhuma das "tradicionais" citadas foram a Alemanha.

(Em 90, foram Camarões e Egito. Em 94, Marrocos, Nigéria e Camarões. Em 98, Tunísia, Nigéria, África do Sul, Camarões e Marrocos. Em 2002, Senegal, África do Sul, Camarões e Nigéria. Em 2006, Angola, Costa do Marfim, Gana, Tunísia e Togo.)

A última copa realmente confundiu as coisas, porque só Gana passou para as oitavas, batida por 3 a 0 pelo Brasil-salto-alto. Não teve a "sensação africana".

Não sei se é só grana. A gente tem que fazer um simpósio no fórum adequado para debater se os africanos fracassam pelo mesmo motivo que as meninas do futebol na Olimpíada ou se a relação entre pressão e responsabilidade que se confunde com a ilusão do futebol arte mesmo com mta marcação tem algum papel.

Ou o contrário disso.

Olavo Soares disse...

Eu vejo a coisa de maneira mais simples. Acho que os africanos ainda não ganharam porque não são tão bons assim, uai. Não ganharam pelo mesmo motivo que suecos, espanhóis, russos, paraguaios, mexicanos e afins não ganharam. Ganhar uma Copa não é pra qualquer um.

E a Turquia é européia porque é filiada à UEFA - assim como Israel.