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terça-feira, agosto 19, 2008

Futebol: um esporte muito perigoso, de fato

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Saiu o diagnóstico da lesão que o atacante Maikon Leite, do Santos, sofreu no jogo contra o Flamengo, no último domingo: rompimento dos ligamentos cruzados anterior e posterior e do colateral medial, além de lesão no ligamento patelar e deslocamento da rótula. A impressionante torção de joelho (veja as fotos da Agência Lance e da Futura Press) vai deixar o jovem jogador, no mínimo, um ano fora dos gramados. Os médicos dizem que o estrago é simplesmente três vezes pior do que os rompimentos do ligamento patelar nos joelhos de Ronaldo Nazário - daí, não dá nem pra gente imaginar o tamanho da dor que o santista sentiu no momento fatídico. Horrível, horrível mesmo.

Um fato lamentável, principalmente porque Maikon, de 20 anos, vinha sendo um dos principais destaques (senão o único) do alvinegro praiano, que sofre para tentar sair da zona de rebaixamento no Brasileirão. Um campeonato, aliás, que vem sendo pródigo em cenas chocantes, como a luxação no braço do atacante são-paulino Borges e a fratura em três lugares no braço do atacante flamenguista Diego Tardelli, ambas em partidas no primeiro turno. Como todo esporte coletivo, futebol é jogo de contato. Um passo errado, um toque de desequilíbrio e o atleta se expõe a uma lesão, uma dor, que nos parece absurdamente inimaginável.

Quando vi as fotos de Maikon, fiquei com aflição de assistir jogos de futebol. É só ver dois jogadores partindo para uma dividida que eu já fecho os olhos. Os caras ganham muito bem, é verdade. Mas passar por uma situação como a do Maikon Leite não tem preço. Nada paga uma coisa dessas. Tomara que, pelo menos, o cara esteja totalmente anestesiado com analgésicos. A cirurgia será nesta quarta-feira, 20, quando o joelho direito do atacante será, literalmente, reconstruído. Só nos resta desejar toda sorte do mundo ao santista.

6 comentários:

Nicolau disse...

O que eu acho mais complicado é que esse tipo de lesão nem é da disputa violenta de bola. Me lembra a segunda lesão do Nilmar, ainda no Corinthians. O cara esta com a bola, tentou um giro pra proteger e torceu o joelho. Não existe maneira de inibir esse tipo de coisa com cartão, expulsão, ou seja lá o que for, é simplesmente uma conseqüência da prática do jogo. Boa sorte pro Maikon, que consiga levantar e dar a volta por cima. E para o Santos, sem o futebol do rapaz...

Fernando Bueno disse...

Sempre quando me perguntam se gosto de futebol, respondo com vontade: SIM!!! MAs quando me convidam para jogar sempre falo: eu só assisto e tomo cerveja...Vendo essa foto eu concluo que escolhi o melhor para mim e a cada vez que vejo essa foto fico mais encomodado...

Glauco disse...

O futebol, perto de outros esportes coletivos que têm mais contato, como o handebol, é até light. Em termos de lesão, nada supera o vôlei, que estraga os joelhos de onze em cada dez atacantes, além de outras lesões em tendões em praticamente todo o corpo.

Maurício Ayer disse...

Desconcordo, não conheço esporte mais lesivo que o futebol.
O handebol é mais as pancadas, como o pólo aquático ou o rugby e o hoquei, mas futebol combina diversos tipos de movimento, longas distâncias (em que se pega mais velocidade), saltos e um terreno nem sempre confiável. Mesmo sem pancada é lesivo, não tem jeito.

Nicolau disse...

Maurício e Glauco, seus argumentos acho que concordam, no fim. A variedade de movimentos prpoporciona maior risco de lesões acidentais, como a do Maikon e a do Nilmar, que zoam o cabra de uma vez. Mas a repetição intensa de um número reduzido de movimentos (ex. saltar e levantar o braço, no vôlei) detonam o cabra no longo prazo. Enfim, esse negócio de esporte de alto rendimento acaba com o pião. Fico com aquela tenista que parou de jogar no primeiro lugar do ranking e com uns vinte anos pra curtir a vida enquanto dá tempo.

Marcão disse...

Tem gente que diz que nada machuca mais gente, e em menos tempo, do que a ginástica. É que a gente nem fica sabendo. O boxe também deixa grande parte dos esportistas com seqüelas. Sei lá, não saberia dizer o que é pior. Mas que o futebol produz muitas dessas cenas horripilantes, como a do Maikon, isso produz - fora os que morrem de ataque cardíaco, no mundo todo, com freqüência cada vez mais espantosa.