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sexta-feira, agosto 08, 2008

Tipos de cerveja 13 - As Irish Red Ale

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As ales vermelhas da Irlanda são cervejas suaves, equilibradas e leves. A um início adocicado, segue-se o sabor típico do malte e um fim com cereais torrados, o que lhe dá um gosto meio seco. Estas características podem ser acentuadas e, em consequência, adulteradas, caso a cerveja seja servida muito fria. "A sua cor avermelhada é obtida através da junção de malte de cevada, sendo que por vezes se utiliza milho, arroz ou mesmo açucar para suavizar o produto final", diz Bruno Aquino, do site Cervejas do Mundo. Nas Irish Red Ale, a presença de gás não é elevada, bem como a do álcool: entre 4% e 6% ABV. Eventualmente, poderá surgir um exemplar mais forte, mas esse será mesmo a excepção à regra. Para experimentar: Boulevard Irish Ale, Kilkenny e Beamish Red Irish Ale (foto).

22 comentários:

Esteban Crustille disse...

Hola señor Milton Nevez.
Nosotros vamos superar a brasil en olimpiadas porque somos mucho mejor que usted brazucas.
Perdón por nuestra sinceridad, más para nosotros, selección brasileña es un gran fracazo y va más una vez una gran decepción en olimpiada y usted brazucas van continuar sien triunfo en olimpaidas para nuestra felicidad.

Un saludo
esteban crustille
cordoba

Anônimo disse...

cerveja com arroz. essa é nova.

Fernando Bueno disse...

Nós brasileiros somos amantes de cerveja. Então deveria se imaginar que nossas cervejas fossem excelentes. Mas todas as vezes que vejo comentários sobre cervejas estrangeiras comparam a nossa como mijo. O que será que acontece? Será que nossas cervejas são tão ruins assim?

Não tem nada a ver com o post, mas...

Marcão disse...

Não sei se ruins, mas as cervejas brasileiras mais populares (ou mais baratas) não têm aquele gosto bom de malte e cevada, parecem mais fracas ou "aguadas", por assim dizer. E na América do Sul as cervejas geralmente são mais amargas e com teor alcoólico um pouco maior, além de serem vendidas em garrafas de 1 litro - o que, teoricamente, obriga o cidadão a beber mais rápido (senão ela esquenta). Conheci uns paraguaios que diziam que nossa cerveja era "mijo" por ser fraca e com gosto ruim, e eles diziam também que nosso hábito de beber por goles era nojento, pois enchia o copo de baba. Eles enchiam o copo, viravam tudo na goela e depois enchiam o copo novamente. Bom, cada um, cada um. Mas que os caras bebiam assustadoramente mais do que a maioria dos brasileiros que conheço, não tenho a menor dúvida.

Glauco disse...

Comaparada com outras cervejas, pelo menos as que eu conheço, as brasileiras populares parecem urina mesmo...

Fernando Bueno disse...

Tudo bem...Mas vejamos, a "Rainha das Cervejas" é bém parecida com as brasileiras. Ou estou muito errado? Claro que estou falando do tipo da cerveja e não da qualidade que aí é do gosto de cada um. Eu gosto das cervejas nacionais, mas também gosto das cerveja sulamericanas. Vocês conhecem a Paceña da Bolívia? Aqui em Porto Velho é muito comum já que a Bolívia é aqui pertinho...

Marcão disse...

Caraca, "jogando por música", agora cê falou a minha língua: a Paceña é a cerveja mais gostosa que já tomei na vida! Eu seria freguês fiel se ela fosse vendida nos butecos brasileiros.

Nicolau disse...

Honestamente, não vejo nada de tão ruim nas cervejas brasileiras, fora, claro, o que vem de Kaiser pra baixo. O estilo é mais leve, só isso. E nem todas, vide a Serra Malte. Mas uma Original é melhor que uma Budweiser ou uma Heineken. Tomei uma uruguaia Patrícia e acho que já bebi Paceña e não achei nada de tão maravilhoso assim. E tem outras coisas, como a Guinnes, por exemplo, e muitas dessas que o Marcão posta aqui, que simplemente naõ dá pra comparar. São praticamente bebidas diferentes. Enfim, cada um com seu gosto. Pode ser que meu paladar seja péssimo, provavelmente é. Mas acho que rola um complexo de vira lata cervejeiro por aí.

Glauco disse...

Bom, comentei das "brasileiras populares", o que, grosso modo, classificaria como Skol, Brahma e quetais pra baixo. Comparadas à Patricia, Norteña ou Pilsen, pra citar só as uruguaias que seriam as equivalentes em preço lá, na minha opinião todas são muito piores. Aliás, a Patricia lembra um pouco o que a Antarctica era e não é mais.

A questão não é de complexo de vira-latas, mas a constatação de que as cervejas brasileiras pioraram com a fusão da Ambev e a escolha estratégica de tornar algumas marcas mais baratas que outras, o que implicou em absurda perda na qualidade. Se uma bebida média do Uruguai tem que ser comparada com Original ou Serramalte pra ter jogo, é porque as de cá de fato não são grande coisa. E olha que mesmo essas pioraram bastante.

Além disso, algo deplorável é a variação de gosto que a cerveja tem conforme o lugar e às vezes conforme o lote do mesmo lugar. A gente bebe porque não tem jeito, se tivesse opção, com certeza beberia ou as artesanais brasileiras (várias muito boas) ou umas gringas cuja relação custo/benefício é bem mais interessante.

Fernando Bueno disse...

Glauco...é verdade. Como é posível ter tanta diferença de uma fábrica para outra. Tinha um tio que só tomava Antarctica de Agudos, de outro lugar ele falava que não prestava. Nunca entendia porque era moleque e não tinha essa idéia. Essa história que é por causa da água acho balela. Já tomei essa Patrícia também. Comprei num Pão de Açúcar quando fui para o Rio de Janeiro no começo do ano. Por falar em Rio, eles estão doidos pela Itaipava. Eu até gostei dela, mas não é uma cerveja que dá para tomar uma caixa...Chega uma hora que estufa!!!

Fernando Bueno disse...

Ahhhh..e meu nome é Fernando...rs

Anônimo disse...

Amigos, as cervejas brasileiras já se encontram entre as melhores do mundo. E digo isto sem nenhum exagero. Se é verdade que as cervejas mais comerciais não são grande coisa (Kaiser, Schin, Brahma, Skol, etc), o mesmo se passa com as cervejas comerciais de todos os outros países do mundo. Vejam a Bélgica, o paraíso da cerveja. Esse país produz dezenas de maravilhosas cervejas. No entanto, as cervejas mais consumidas, as ditas comerciais, não valem grande coisa. Estou a lembrar-me da Jupiler, Stella Artois ou Maes.
No Brasil, há pequenos produtores que elaboram cervejas maravilhosas, casos da Baden-Baden e da Eisenbahn, duas pequenas cervejarias que foram compradas recentemente pela Schincariol. Talvez em breve as possam encontrar nos supermercados, aproveitando a boa distribuição da Schin. Há outras cervejas, produzidas por microcervejarias, que podeiam competir pelo primeiro lugar em qualquer evento cervejeiro mundial. É o caso das cervejas da Bamberg, da Falke Tripel Monasterium, da Colorado...
Conclusão: a cerveja brasileira não envergonha ninguém, antes pelo contrário. É cada vez mais um bom exemplo de como bem produzir cerveja. Abraços.

Fernando Bueno disse...

Pô...Vc colocou a Stella Artois como uma cerveja meia boca. Acho ela boa para caramba.
Você tem razão...a Baden Badesn faz cervejas muito boas. Não gosto muito da Bock e da Stout, mas o reetante são ótimas...

Marcão disse...

Você já provou a boliviana Paceña, Bruno? Se sim, qual sua opinião sobre ela? Em que estilo de cerveja ela se enquadra?

Fernando Bueno disse...

Sabe o que os Bolivianos falam sobre a Paceña? Que quem toma ela fica mais bêbado se comparado com quem toma as outras...O engraçado que a graduação alcoólica dela é parecida com as outras...
O sabor dela é diferente de todas as cervejas brasileiras. O sabor de fermentção (sei lá se é isso) é mais acentuado. talvez seja por isso que eles achem que ela é mais forete em álcool.

Anônimo disse...

Caro Fernando, lamento se desiludi você ao fazer aquela referência à Stella Artois. Aliás, para ser mais correto e preciso, devo dizer que a Stella Artois é de um nível superior à Maes ou Jupiler, também belgas. Mas, para dizer realmente aquilo que penso, não a considero uma grande cerveja. Não tem grandes defeitos mas também não entusiasma. Mas é perfeitamente natural que uma cerveja que seja muito boa para mim não o seja para outra pessoa e vice-versa. Gostos não se discutem e em termos de cerveja o que importa é o nosso gosto pessoal. Se alguém me disser que a marca preferida dele é a Cerpa ou a Itaipava, tudo bem, é o gosto dele, não o meu.

Quanto à Paceña, é uma cerveja comercial boliviana, que também não aprecio muito. Se enquadra no estilo Pale Lager, o que não anda muito longe da Skol ou Cristal. Como o Fernando disse, tem um pouco mais de álcool que a maioria das cervejas claras brasileiras (5,2%). Ela tem algo no aroma que nunca consegui decifrar. O grande problema é mesmo utilizar arroz ou milho, o que a torna excessivamente doce e pouco fresca. Mas, como referi acima, tudo se trata de uma questão de gosto.

Uma dica para quem for de São Paulo: dia 18 de Agosto, à 20h, vai haver a apresentação da Colorado Demoiselle, uma cerveja que promete muito, no bar anhanguera, na R. Aspicuelta 595, na Vila Madalena. Infelizmente, a entrada é só por convite mas é capaz de sobrar algo para o pessoal degustar.
Abraço.

Anônimo disse...

Respondendo apenas a um dos primeiros comentários, neste caso do amigo Anselmo: cerveja de arroz é uma coisa perfeitamente comum. Muitas marcas substituem na sua totalidade o malte de cevada por arroz. As cervejas chinesas são um excelente exemplo disso, caso da tsingtao. A americana Bud também aposta nesse cereal. Aliás, a cevada é muito mais cara do que arroz ou milho, pelo que muitos produtores optam por substituir parte da ceveda por um desses cereais, mais baratos, neutrais e de produção em larga escala. Mas pode também ter cervejas de sorgo, aveia, centeio, trigo, etc, etc. O que é preciso é que fermente! Se ainda ficar com algumas dúvidas sobre o assunto diga que eu tentarei esclarecer. Abraço.

Marcão disse...

Qual é a marca de cerveja que você mais aprecia, Bruno? De que estilo ela é?

Anônimo disse...

Caro Marcão, existem muitas marcas e estilos interessantes pelo que, dependendo da ocasião, clima e próprio estado de espírito, posso preferir esta ou aquela. Mas há um estilo de cervejas que sempre gosto, de origem belga: as chamadas trapistas. Aliás, trapista não é propriamente um estilo mas um selo de garantia. As trapistas podem ser englobadas no estilo das cervejas de abadia belgas.

As cervejas trapistas são elaboradas exclusivamente por monges da ordem trapista e existem apenas 7 marcas em todo o mundo: Orval, Chimay, Westmalle, Achel Rochefort, Westvleteren e La Trappe. Só estas marcas podem utilizar o logo que diz "Authentic Trappist Product". A La Trappe, que é a única não belga (é holandesa) deixou de poder utilizar o logo entre 1999 e 2005 pois os monges deixaram de ter um papel importante na elaboração da cerveja, tendo alugado o espaço à gigante Bavaria. A guilda trapista retirou-lhes então o logo e só após duras discussões e o retornar à cabeça da operação pelos monges fez com que ela pudesse reutilizar o logo.

É claro que as cervejas trapistas são muito específicas: alto teor de álcool (entre 8 e 12º), muito encorpadas, cheias de aroma e sabor... logo, é uma cerveja pouco aconselhada para climas quentes, como acontece no Brasil. Daí que a questão geográfica seja muito importante no estilo de cerveja que é consumido em cada país. Se no Brasil tem lógica que se consumam cervejas leves, frescas e com baixo teor de álcool, já em Inglaterra, sempre debaixo da chuva e nevoeiro típicos, as cervejas são mais escuras, encorpadas e com maior volume alcoólico.

Abraço.

Marcão disse...

Valeu, Bruno. Fiquei curioso em relação às trapistas. Inspirado nos teus comentários, comprei ontem uma Baden-Baden Red Ale. Bem forte, com 9,2º de teor alcoólico, densa e avermelhada. Acho que nunca tinha sentido o gosto do lúpulo de forma tão acentuada. Gostei, mas acho que é mais apropriada para acompanhar uma bela refeição (o rótulo aconselha carne de porco ou de caça) do que pra papear em mesa de bar. Vou experimentar os outros estilos da marca.

Ps.: Ah, e curiosamente, quando abri a Baden-Banden e liguei a TV, o History Channel tava passando a saga da cerveja no mundo, os diversos tipos do produto e as formas de produção atuais em todos os continentes, além de abordar os produtores caseiros. Programa perfeito.

Fernando Bueno disse...

Esse post rendeu hein!!!
Já experimentei todas as Baden Baden e como já disse só não gostei muito da Stout e da Bock. As outras são muito boas. Em especial a Golden Ale que tem um sabor frutado e baixo teor alcoólico (cerca de 3,5%). A Red Ale realmente não é uma cerveja para tomar de caixa, mas ela é excelente. Tem até uma classificação daquele site belga Ohh My Head que coloca ela como a melhor brasileira. Mas não podemos levar esse site como parâmetro já que o estilo de cerveja que os caras gostam é o da região, portanto a classificação não é de todo justa.
Da última vez que fui para São Paulo conheci uma loja só de cervejas belgas que fica na Rua Normandia (Bairro Moema). Muito legal a loja, pena que não pude trazer muita coisa no avião...

Anônimo disse...

Oi Marcão, ainda bem que o meu post já serviu para qualquer coisa. Como você muito bem referiu, há cervejas que não são aconselhadas para serem bebidas sozinhas. Dado o seu corpo, teor alcóolico, aroma ou sabor, devem antes acompanhar uma refeição, seja ela de carne, peixe, marisco, queijos, etc.
Há muitas pequenas cervejarias brasileiras, especialmente em SP, RJ, MG e SC que produzem excelentes cervejas, como acontece com a Baden-Baden. Poderemos falar disso em posts futuros. Abraço.