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quinta-feira, outubro 16, 2008

Brasil e Colômbia: terceiro zero a zero em casa

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Argentina, Bolívia e Colômbia. Três jogos em casa, três empates em zero a zero. Foram pouquíssimas chances de gol criadas pela seleção brasileira e pode-se dizer que a representação do país de Alvaro Uribe e das Farc só não levou mais perigo para violar a meta de Julio Cesar, o invicto em eliminatórias, por falta de um finalizador competente.

Foto: Divulgação CBF
Kaka na partida Brasil e Colômbia
De pé é mais fácil jogar


Kaká se dedicou, mas pelo jeito não é tão difícil marcá-lo. Um defensor entra para dividir e outro espera a sobra (ou para dividir com o que sobra) do melhor do mundo de 2007. Faltou ter para quem tocar e usar trocas de bola em velocidade. E cair menos, portanto.

Robinho pareceu ter ido para o sacrifício, entrado em campo sem condições de jogo. Então, para que entra em campo?

Elano procurou jogo, como em outras partidas. Ajudou Kaká, deu qualidade para o passe e para as viradas de jogo no meio de campo, pedidas pelo treinador. Sua saída na segunda etapa foi explicara por Dunga pela leitura de que o Brasil perdia no meio por falta de força, para dividir e ganhar no padrão trator.

Se não dá para discordar que o time perdia o meio de campo, Mancini mostrou que não era a resposta. Deixar a bola ser trabalhada por Gilberto Silva e Josué é uma temeridade. Lúcio e Juan fazem esse papel melhor.

E aí está o ponto: em vez de força, o time carecia velocidade, como pediram o capitão Lúcio e Kaká no fim do primeiro tempo. Não teve velocidade em contrataque, nem na retomada de jogo, nem em jogadas de ultrapassagem pelas laterais, nem em tabelas pelo meio.

Pela falta de descidas de Kléber e Maicon, deu a impressão de que a instrução foi diferente da última partida contra a Venezuela. Senão, o treinador teria que ficar se esgoelando para exigir de seus laterais idas à linha de fundo.

Aliás, entendi por que o lateral-esquerdo santista continua a ser titular de Dunga. O time precisa de alguém, nos flancos do gramado, que receba os passes-bisteca-mal-passada distribuídos pela dupla de volantes. E olha que Kleber nem foi tão mal na partida, comparativamente falando, é claro.

A contusão de Juan impediu que houvesse esperanças de o treinador tirar um volante para pôr outro meia, ou atacante.

Poderia ser pior. O Brasil continua em segundo lugar, graças à limitação prática do futebol argentino e das outras seleções. A derrota dos hermanos para os enlouquecidos e ofensivos chilenos mostrou que a goleada brazuca não foi tão tosca assim.

Mas é bem tosca a síndrome que se abala sobre os atletas de camisa amarela quando jogam no Brasil. A postura do time até foi menos ridícula do que contra a Bolívia, por exemplo. Mas ficou longe de uma boa apresentação em casa.

5 comentários:

Glauco disse...

Bom, bora combinar que o Jô não tem condição de vestir a amarelinha? Se o Dunga tivesse convocado o Kléber Pereira ou um Alex Mineiro após a suspensão do Adriano, tenho certeza que seria menos papelão.

O problema é que o Brasil não furou a retranca, teve duas ou três jogadas de penetração e quase não foi à linha de fundo. Quando trocou, Dunga tirou seis e colocou meia-dúzia, o time jogou do mesmo jeito.

Assim fica difícil mesmo assistir jogo da seleção em casa.

Marcão disse...

De novo, não fiquei sabendo do jogo e não assisti. Na hora, tava revendo o filme "O Homem Que Virou Suco" (vou entrevistar o Zé Dumont hoje, uma colaboração gratuita para a revista cearense Singular). O consolo é que, lendo o post, acho que não perdi nada de muito interessante. Por que será que, sempre que a selecinha ganha bem um jogo, o seguinte é zero a zero? Os caras tão tirando o pé, descaradamente?

Nicolau disse...

Não vi o jogo, mas, como disse o Marcão, parece qu enão perdi muita coisa. Por atuações anteriores, me parece que a seleção não sabe jogar contra times retrancados. Claro que é difícil abrir uma defesa com 11 jogadores. Para conseguir, se torna mais importante ter tabelas rápidas e repertório mais amplo de jogadas.

Thalita disse...

Os nossos volantes não podem mesmo trabalhar a bola. De fato, Lúcio faz isso melhor - até deu chapéu e tomou borboada por isso ontem.
Mas o que o Josué roubou de bola foi um absurdo. Ele tá marcando muito. E, se não acerta passes geniais, tb não os erra, como os laterais. O Maicon não fez um cruzamento no primeiro tempo, quem foi lá cruzar foram Elano e Kaká.
Pra que serviu a Olimpíada, mesmo? Pra achar lateral? Ah, sei...

Anselmo disse...

eu defendo que Elano seja mantido e que mancini seja escalado no lugar do maicon.

é fogo improvisar na seleção, mas a idéia seria fazer os dois se revezarem no fundo da ponta direita e se cubram tbem na marcação.

Topo josué de 1o volante. mas o segundo precisaria saber tocar a bola. não descarto nem o hernanes nessa.