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segunda-feira, outubro 27, 2008

Cheiro de sabão

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Domingão de calor incessante na capital paulista, sem futebol e com o Kassab dando uma sova na Marta Suplicy. Depois de votar junto com minha filha Liz, de 6 anos, passei na casa do compadre Luciano e, automaticamente, fomos para o bar molhar a goela e observar a profusão de moçoilas em trajes mínimos nessa temperatura infernal (tinha até gente de biquini!). O problema é que o companheiro está tomando antibiótico e, por isso, atravessa o deserto desses dias apenas com cerveja sem álcool. Pior: ele está acostumado a beber a marca Kronembier e o buteco só tinha Liber (foto). Sem opção, resolveu encarar. Como eu nunca tinha tomado cerveja sem álcool na vida, e também por solidariedade, resolvi experimentar um copo. Apesar de estar bem gelada, não passei do segundo gole: acho que foi uma das coisas mais ruins que já bebi. Pedi uma cerveja "normal" no mesmo instante, pra tirar o gosto horrível da boca. E o copo cheio de Liber ficou ali, abandonado e pegando sol. Chegou uma hora que o treco esquentou e começou a exalar um odor nauseabundo, nos obrigando a virar o copo na sarjeta. Quando voltei pra casa, minha filha Liz falou pra mãe dela: "-O papai tomou uma cerveja que tinha cheiro de sabão". Definição perfeita - e não era só o cheiro, mas o gosto também! Viáfara nos defenda!

7 comentários:

Glauco disse...

Rapaz, além da ressaca eleitoral encarar uma cerveja sem álcool é tarefa para poucos. Que coragem!

Anselmo disse...

Cuidado, Marcão! Podem entender que você vai propor um teste cego de detergente...

Anônimo disse...

E essa Líber ainda dá ressaca! Tomei UMA long neck uma vez e fiquei meio mal no dia seguinte. Trata-se da cerveja mais inútil que existe.

Marcão disse...

Putz, Cassol, acho que você tem toda razão. Ontem eu só tomei esses dois goles de Liber e uma garrafa de Brahma Extra. Mais nada. E hoje o mal estar não é nem um pouco proporcional à baixa quantidade consumida. Mas, afinal, ninguém mandou beber sabão...

Anônimo disse...

Marcão, vou te contar uma história relacionada a esse drama que você viveu ontem. Santos x Guarani, no histório campeonato brasileiro de 1995. Aquele da ressureição alvinegra sufocada pelo Márcio Maldito de Freitas. Eu e meus dois fiéis companheiros santistas, Rocco e Dinho, entramos no Pacaembu e fomos direto para o bar. Para a nossa surpresa havia acabado de proibir a venda de bebidas alcóolicas nos estádios de São Paulo. A proibição foi motivada pela selvageria que são-paulinos e palmeirenses protagonizaram na final de um campeonato de juniores naquele ano. Pois bem, nos ofereceram essa tal Kronenbier. Como não tínhamos outra alternativa, aceitamos a sugestão. Marcão, não me lembro de algo que havia posto na boca me provocar uma sensação tão ruim. Meus dois parceiros tiveram a mesma reação. Imediatamente jogamos aquilo fora, em cima das flores que margeiam o alambrado. Resultado: as pobres morreram, certamente intoxícadas pelo líquido maléfico. Fomos tomados de um remorso irremediável. Ao menos o Santos ganhou. Com um gol no finalzinho marcado pelo Marcelo Passos. E foi justamente esse gol sofrido que nos deu a classificação para as antológicas semifinais com o Fluminense. Onde Deus G-10 se fez onipresente! É isso. Abraço

Glauco disse...

Gol de Marcelo Passos e outro, logo depois, do Giovanni.

Mala preta declarada dos mineiros pro Guarani. fiquei com raiva de tal time desde aquela época...

Marcão disse...

Olha, Chico, se a Kronembier fez isso com as plantas, então a Liber não só as mataria como tornaria a terra definitivamente improdutiva e exalando um odor putrefato! Tenho certeza!