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quarta-feira, novembro 19, 2008

A cena mais horripilante do mundo operístico

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O acaso me deu a sorte de ter como aluno um cara como o Mauro Wrona. Seria bem improvável eu dar aulas numa faculdade para alguém que já tem uma carreira consolidada, de uma geração anterior. Mauro fez carreira internacional como cantor operístico e hoje trabalha sobretudo como diretor cênico de óperas em várias instâncias, como a Ópera Estúdio (que acontece numa parceria da Universidade Livre de Música, Faculdade Santa Marcelina (Fasm) e Centro Tomie Ohtake), o Centro de Cultura Judaica e projetos próprios. Pois bem, ele agora está se formando em Regência na Fasm, onde aconteceu de eu ser o professor responsável pelas monografias de conclusão de curso.

A razão desse post é que hoje, justamente, estávamos trabalhando no texto deste meu aluno, cujo tema é a ópera O Franco Atirador, do compositor alemão Carl Maria von Weber. Mais especificamente, ele estuda a cena da "fundição das balas", em que se realiza um pacto com o diabo. Aprendi que essa cena é considerada por muitos como o maior exemplo do horripilante, do terror, na ópera.

Aí estávamos revisando a biografia do Weber, quando deparo com a seguinte passagem, que cito em primeira mão do trabalho (ainda inacabado) do Mauro:

"Em 1806, sofreu um acidente grave: procurando no escuro uma garrafa de vinho que deixara em cima de mesa, bebeu por engano o ácido nítrico que se utilizava para as impressões das partituras. Ficou dois meses hospitalizado. Nunca mais pôde cantar, e até para falar seu timbre se alterou."

Cara, isso sim é que é cena horripilante! Depois dessa, qualquer um cria coisas que nem Zé do Caixão seria capaz!

Pra terminar fica aqui o registro de que hoje, 19 de novembro, é aniversário tanto do Carl Maria von Weber como do Mauro Wrona. Parabéns!

PS¹: como bem lembra o Anselmo, é também dia da Bandeira. Salve a Bandeira.

PS²: como muito bem lembra o Glauco, é aniversário do milésimo gol de Pelé, marcado nesta data em 1969.

6 comentários:

Anônimo disse...

o.O
parabéns pelo trabalho que estão realizando na FASM! Estive na faculdade faz umas semanas, e conversei com a Irmã Zenaide, e ela me contou que estão todos mandando muito bem!
Muita força para todos os infinitos projetos que estão abraçando!

Anselmo disse...

Foi também dia da bandeira.

Mas a lição do dia foi aprender que não se deve beber vinho no escuro, especialmente quando há garrafas com ácido nítrico perto.

Parabéns, Mauro Wrona! Mais sorte na próxima, von Weber!

Maurício Ayer disse...

Valeu Swan.
Eu na verdade estou ainda pisando devagar por ali, pois cheguei faz pouco tempo. Mas é verdade que estão todos cheios de atividades.
Abraço.

Glauco disse...

Rapaz, que punição a um manguaça que teve, como único erro, não usar a luz...

Parabéns aos aniversariantes, mas acho que até o Rovai concorda que o grande feito do dia 19 de novembro não é a homenagem à bandeira, mas sim a data que marca o milésimo gol de Pelé, em 1969. Entende?

Nicolau disse...

Uma vez, durante alguma reforma lá na casa do meu avô, ele colocou por engano uma garrafa pet de água sanitária (dessas que a gente compra de kombis que passam na porta, coisa de bairro) na geladeira. Um dos pedreiros, naquele calor, pegou e tomou de golada. Foi para o hospital, mas teve pena menos severa que o pobre compositor manguaça. Parece importante deixar claros os lugares destinados às coisas que bebemos e às que usamos para outros fins...

Marcão disse...

Num dos finais de semana da minha adolescência, no clube local, eu manguaçava tranqüilo quando um desses folgados, metidos a valentes, pegou meu copo e virou goela abaixo. Virou-se e foi embora. Eu sabia que ele ia voltar - e que ia ter confusão. Mas tive uma idéia: peguei o resto de todos os copos do bar, misturei tudo e dei umas cuspidas. O cabra voltou, pegou meu copo novamente e virou tudo num gole só. Ficou rindo da minha cara e foi saindo. Nisso, o bar inteiro explodiu em gargalhadas. E o valentão acompanhou, pensando que as risadas eram para a minha covardia.