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sexta-feira, novembro 14, 2008

Sem Denílson, o Palmeiras vai melhor. Sem Diego Souza, pior

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É mais um esforço de levantamento estatístico do Futepoca, o menor centro de pesquisas e levantamento de dados da blogosfera.

Foto: Phjunkies /Flickr
Quando Denílson está em campo no Brasileirão, o desempenho do Palmeiras conquista menos pontos. Nas seis partidas em que Denílson entrou como titular, o Palmeiras somou 10 pontos. Vale notar que em apenas duas delas ele ficou 90 minutos em campo. Entrar no segundo tempo é a profissão do atleta no clube da Barra Funda, já que foi opção em 19 partidas, nas quais foram somados 32 pontos (56%). Sem o jogador pisar dentro das quatro linhas – fato que ocorreu em sete jogos – nota-se o melhor aproveitamento, 19 pontos somados (90% do possível).


O meia Diego Souza é o inverso, mas não tão bom. Nas quatro partidas em que o meia estava suspenso, o aproveitamento alviverde caiu para um terço. Quando o atleta entra em campo, o desempenho melhora, 63%, resultado de 29 partidas em que entrou como titular e mais uma em que começou no banco, mas logo foi para o jogo.

O índice é quase o mesmo do chileno Valdívia. Nas 15 partidas em que atuou, foram conquistados 29 pontos, ou 64% dos possíveis. Sem ele, o time fatourou 56% dos pontos. Cabe uma ressalva. Até ele ser negociado para o mundo árabe, sua ausência representava poucas chances de bons resultados, foram cinco pontos em quatro partidas em que o chileno esteve suspenso ou servindo a seleção vizinha, quer dizer, 41%.

O que isso tudo quer dizer?
Leitor do Futepoca que Vanderlei Luxemburgo já foi, ele deve ter esses dados em mãos. O que quer dizer que vai pensar duas vezes antes de tentar Denílson no lugar de lateral ou de volante no segundo tempo, opção usada em cinco ocasiões e que representou seis pontos ganhos. Colocá-lo no lugar dos meias tampouco ajuda, o expediente não reverteu derrotas em três das quatro vezes em que entrou nas vagas de Diego Souza e Valdívia. Sobra como opção para o ataque. Nas quatro ocasiões em que entrou nos lugares de Alex Mineiro, Kléber ou Lenny (!), o Verdão somou oito pontos, 66% do total.

Isso pelas estatísticas. Porque sua entrada no jogo contra o Atlético (MG) e no empate com o São Paulo, fez muita diferença.

Ressalva
É preciso fazer uma ressalva aos dados. Denílson é reserva do time, em geral, entra quando a equipe precisa reagir ou reter a bola no campo de ataque. Em qualquer uma das hipóteses, o Palmeiras está fragilizado na partida, seja por precisar reverter um placar, seja por estar sofrendo pressão do adversário. Quando entra como titular, o atleta tem aproveitamente semelhante, o que mostra que ele não substitui a altura os titulares, ainda que já tenha atuado como meia e como atacante. Ainda assim, estatística também serve para espinafrar.

Também é preciso considerar a média de aproveitamento do Verdão em geral: 60% do que foi disputado em 34 rodadas. Ou seja, a variação nem é tão drástica assim.

Pierre
O levantamento vai além. Pierre, por motivo de contusão, ficou de fora por 15 partidas, entrou como titular em igual número e foi opção do técnico durante a disputa em 4. Quando está em campo, o aproveitamento do time é de 56% dos pontos disputados, o que representa 32 pontos ganhos. Quando esteve fora, foram adquiritos 29 pontos, com aproveitamento de 64%. Da 11ª até a 25ª rodada, quando o volante se recuperava, o Verdão teve o melhor aproveitamento da competição. Não dá para dizer que foi pela ausência do atleta, porque foi a fase em que Diego esteve melhor, assim como Alex Mineiro. Talvez por ter ficado de fora de tantos jogos é que esteja entre as maiores médias de desarme por partida do campeonato.

Martinez
Trazido por Caio Junior em 2007, Martinez em campo representa um aproveitamento de 65% dos pontos, incluindo os 20 jogos em que entrou como titular e as duas em que foi a campo no segundo tempo. Quando está fora, a média cai para 50%. Detalhe: contando as partidas em que atuou como terceiro zagueiro, a partir da 25ª rodada, o aproveitamento do time curiosamente caiu, apesar de a defesa ter se acertado – principalmente quando Roque Junior não está no gramado e à exceção de panes como a do jogo contra o Grêmio.

6 comentários:

Marcão disse...

Se quiserem dispensar o Diego Souza para o São Paulo, fiquem à vontade...

Anônimo disse...

Quer ver algo de dar medo...

É só fazer em 2008 a percentagem de vitórias do Flu com Ygor e sem Ygor...

Nicolau disse...

Os números mentem! Denílson é o melhor jogador do Palmeiras. Denilson neles!!!

Glauco disse...

Fica, Denílson! Mas se quiser ir pro São Paulo, apóio também.

Anselmo disse...

Marcão, o post fala justamente que o Diego Souza é fundamental para o Palmeiras. Como assim mandar o cara embora?

O fato de que "O meia Diego Souza é o inverso [do Denílson], mas não tão bom" é só porque é impossível o time ter 90% de aproveitamento com um jogador titular em campo.

Mas é fato que Diego Souza veio com fama e fez a torcida esperar mais. Mais seria a liderança. O principal jogador de um time é sempre o mais cobrado.

Os 90% quando denilson não entra são curiosos. Mostram que Luxemburgo só joga o atleta na fogueira. Quando tudo vai bem, ele nem entra.

Achei curioso a ausência de olho gordo em relação ao pierre, que pra mim, é um volante muito bom.

Thalita disse...

eu tb acho o Pierre mto bom. Mas é que o SP tá bem no quesito.