Destaques

sexta-feira, abril 04, 2008

DEM cobra a conta de José Serra

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Mais um episódio do imbróglio que está rachando o PSDB paulista e comprometendo a aliança, já tradicional, entre democratas e tucanos. O líder do DEM na câmara municipal, Carlos Apolinário, divulgou uma carta aberta em que cobra do governador paulista José Serra um posicionamento mais firme em relação à disposição de Geraldo Alckmin em sair candidato a prefeito de São Paulo.

Kassab e Alckmin, provavelmente adversários nas eleições de 2008

A mesma carta, ou um "genérico" da mesma, teria sido entregue também ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na semana passada, no sentido de "sensibilizar" as figuras mais importantes do partido a formarem chapa com os demos. Claro, com Kassab na cabeça de chapa.

Apolinário diz que "o prefeito tem sido extremamente leal a Vossa Excelência [José Serra] e demonstrado humildade. Quando lhe perguntam se é candidato a prefeito, ele sempre diz que gostaria de ser candidato, mas coloca como prioridade a aliança entre os dois partidos", mas ressalta "nós democratas acompanharemos qualquer decisão que for tomada pelo ilustre prefeito Gilberto Kassab. Porém, se ele não for tratado com a dignidade e a consideração que merece, será muito difícil estarmos juntos no primeiro ou no segundo turno das próximas eleições."

A carta é uma reação às especulações sobre o futuro de Gilberto Kassab. Tucanos teriam soprado para jornalistas que o atual prefeito não se candidataria à reeleição e seria secretário de José Serra para, em 2010, ser candidato a senador. Os demos acham que isso é um tratamento "desrespeitoso" e o evangélico Apolinário adverte: "Quero lembrar-lhe que, na Bíblia, no livro de Provérbios, está escrito: um amigo ofendido é pior do que segurar um cão pelo rabo."

Cobra criada

O episódio é mais um da tumultuada relação entre Serra e Alckmin, uma disputa interna onde o ex-governador vem levando vantagem. Em 2004, quando candidato a prefeito, o ex-ministro da Saúde patinava nas pesquisas, empatado tecnicamente com Marta Suplicy (PT) e Paulo Maluf (PP). O então governador, dono de alta popularidade, entrou no circuito e a campanha focou praticamente o tempo inteiro na relação quase simbiótica que seria estabelecida entre prefeitura e governo do estado. Serra venceu, mas ficou devedor de Alckmin.

Em 2006, Alckmin aparecia nas pesquisas sempre atrás de Serra. Em algumas, tinha quase metade das intenções de voto de seu adversário interno. Manobrou, cobrou a conta, impôs seu nome aos caciques do partido utilizando a máquina estadual, tanto do governo quanto do partido. Afinal, o que é o PSDB (e, em certa medida, o PT também), senão uma agremiação essencialmente paulista? Tornou-se candidato, mas não contou com o apoio do já eleito José Serra no segundo turno.

Agora, repete a mesma trajetória de Serra em 2004. Derrotado na eleição presidencial, quer tentar a prefeitura. Mas Kassab e os demos, acostumados a serem coadjuvantes dos tucanos, não querem largar o osso. E ao governador também não itneressa o fortalecimento de Alckmin que é, em boa medida, também o fortalecimento de Aécio Neves na futura disputa pela vaga do partido para a corrida presidencial de 2010.

Na prática, Kassab embaralha as cartas da histórica aliança. Cresceu, saiu da sombra a que parecia condenado e conquistou parte da classe média, com projetos com o Cidade Limpa e uma disposição de estar sempre na mídia quando a situação aperta. Foi o primeiro a comparecer na tragédia do buraco do metrô, que sequer era responsabilidade sua, enquanto Serra se escondia e Alckmin sequer deu as caras. Segue uma cartilha à la César Maia, mesmo sem o carisma do prefeito carioca.

Não vai ser fácil acomodar tantos interesses. De perto, Marta pavimenta a sua volta. De longe, Aécio ri à toa.

Acidente, que acidente? Gol e Tam entre melhor empresa em governança corporativa.

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A IR Global Rating divulgou (em PDF), na segunda-feira, 31, o 10º ranking das melhores práticas de governança empresarial da América Latina, a saber, melhor relação com o investidor (RI em português, IR em inglês). No Brasil a Gol é a quarta e a TAM a quinta. O período avaliado na edição 2008 do prêmio é o ano anterior.

Em 29 de setembro de 2006, o Boeing 737-800 com destino a Manaus (AM) no vôo 1907 da Gol caiu em Mato Grosso. Fora do período do estudo. Em 18 de julho de 2007, o Airbus 320 do vôo 3054 da TAM não conseguiu fazer o pouso em Congonhas, bateu num depósito da própria empresa. Dentro do escopo da IRGR. No triste compto de vítimas fatais, 154 e 199.

O prêmio avalia a transparência de divulgação de balanços na internet, divulgação financeira e práticas administrativas. Investidores votam nesses quesitos e ainda nas políticas de relação com o investidor.

Ainda bem que eu não entendo nada de práticas de governança corporativa.

Dois dias antes da divulgação do relatório, sem haver relação direta com o relatório gringo, parentes e amigos das vítimas dos dois vôos fizeram protestos em três aeroportos. A cobertura é do site www.associacaovoo1907.com. Clique aqui. O último boletim sobre a assistência da Tam a "suas" vítimas está aqui. Na página da Gol, não encontrei.

Reprodução


Na seção de RI da Gol, a busca para as palavras "1907" e "acidente" resultam em zero resultados. No da TAM, a palavra "acidente" traz dois retornos. "Fatores de Risco", de 19 de junho de 2007, com informações gerais que não teriam quase nada de mórbido não fosse um mês antes do acidente. O segundo, "Diretrizes éticas", saiu em 1º de setembro de 2007, e traz o termo relacionado a segurança do trabalho e riscos ambientais.

quinta-feira, abril 03, 2008

As múmias tocam seus próprios discos

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Sempre simpatizei com os manguaças pró-ativos, ou seja, aqueles que decidem tirar a bunda da mesa do bar (às vezes) para fazer ou criar alguma coisa - de preferência, uma coisa bizarra ou impagável. Admiro, principalmente, os que têm pendores artísticos, como o Mussum, o Paulo César Peréio, o Raul Seixas, a Maysa, Vinicius de Moraes, enfim, dezenas deles. Ano passado, fiz um post sobre a Amy Winehouse, cantora inglesa que gosta de entortar o caneco. Pois então, outros desses manguaças "criativos" fundaram há 20 anos, em San Francisco (EUA), a banda The Mummies (As Múmias).

Era uma banda punk de garagem formanda por Trent Ruane (órgão e vocais), Maz Kattuah (baixo), Larry Winther (guitarra) e Russell Quan (bateria). Mas o inusitado é que, apropriadamente, eles sempre ensaiaram e se apresentaram vestidos de múmia, como comprovam as fotos desse post. Por gravadoras de fundo de quintal, como a Hangman, a Telstar e a Pinup, lançaram vários compactos no início dos anos 1990, até que decidiram compilar tudo em um LP.

O bizarro é que, para isso, ligaram um microfone em frente a uma vitrola velha e fizeram a gravação pondo para tocar todos os compactos que tinham lançado, batizando a tosca coletânea como "The Mummies play their own records" ("As Múmias tocam seus próprios discos"). Cumprindo o pacto - ou "maldição da múmia", como convencionaram chamar - de que a banda acabaria assim que recebesse o convite de uma grande gravadora, puseram fim à diversão no Ano Novo de 1992.

Vitórias fácil, média e difícil

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Primeiro a fácil. Palmeiras venceu por 5 a 1 o Central de Pernambuco pela Copa do Brasil e assegurou vaga na próxima fase da competição sem necessidade de partida de volta. Martinez entrou bem, Kléber, suspenso no Paulista, voltou com gol e se repetem as conclusões fáceis: o Verdão tem um bom elenco e está rendendo bem. Está acertado dentro de campo, eu arriscaria. O risco está em enfrentar outro time montado para parar o esquema de Luxemburgo. No papel, é para essas emergências que serve o elenco, para dar opções.

Segundo, a média. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, Thiago Neves cobrou duas faltas para os dois gols do Fluminense na vitória sobre o Libertad do Paraguai. Está na segunda fase. Além do meia que chegou a se envolver em um rolo de pré-contrato com o Palmeiras, o tricolor das Laranjeiras tem ainda o meia argentino Conca que, segundo o Tostão, joga mais do que é notado.

Por fim, a difícil. Gol aos 49 do segundo tempo em um chuverinho de Jorge Wagner para um gol de Adriano. Vitória simples sobre o Sportivo Luqueño. Se colocar dois para marcar essas bolas alçadas à área, metade das jogadas de gol acabam?

Outras vitórias
Grêmio e Botafogo perderam na Copa do Brasil nos jogos fora de casa. Vão ter que tentar reverter em casa. Venceram River do Piauí e Atlético de Goiás. Roger, ex-Adriane Galisteu, ex-chinelinho, fez o de honra dos gaúcho. O Náutico (PE) bateu o Juventus por 3 a 0 e se classificou na partida de volta. O Moleque Travesso havia vencido na rua Javari por 2 a 0. A Lusa bateu o Volta Redonda por 2 a 0.

Muito mais legal do que a Copa dos Campeões.

quarta-feira, abril 02, 2008

Lula: mais popular que futebol e cerveja no Brasil

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Fantástico o exercício de comparação do blogue Opiniões-Sérgio Telles sobre a dimensão da popularidade de 73% do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada em março. Vamos às conclusões:

1 - Lula é mais popular que o futebol
Considerando dados de pesquisa CNT/Sensus de outubro do ano passado, 67,3% gostam ao menos um pouco de futebol, ou seja, menos do que os que aprovam o presidente. Mas Telles vai além: "Uma pesquisa do atual DEMo (ex-PFL), no meio do ano passado, aponta que o PT é preferido por 28,2% da população, mais do que a soma das 2 maiores torcidas brasileiras. Ou seja, melhor que dizer 'vai contar só pra torcida do Flamengo', é falar 'vou contar para os que preferem o PT'. Enfim, Lula é mais popular que o futebol e o PT mais popular que Flamengo e Corinthians somados".

2 - Lula é mais popular que a cerveja
Segundo o 1º Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira, 48% se declararam abstêmios, ou seja, não consomem qualquer bebida alcoólica. Dos demais 52%, cerveja ou chopp são consumidos por 61% desses. Ou seja, apenas 31,7% da população bebem cerveja. "Conclui-se que o governo Lula é muito mais preferido que cerveja pelos brasileiros", sentencia Sérgio Telles.

3 - Lula é mais popular que o catolicismo
Em pesquisa do DataFolha de maio do ano passado, 64% dos brasileiros se declararam católicos (praticantes ou não). "Logo, conclui-se que Lula é mais popular que a Igreja Católica no Brasil", diz Telles.

4 - Lula é mais popular que o Carnaval
Pesquisa CNT/Sensus feita recentemente apontava que apenas 41,2% dos brasileiros gostam da festa. Telles novamente: "Lula e seu governo são amplamente mais populares que o Carnaval".

5 - Lula é quase tão popular quanto sexo
Pesquisa de Bem-Estar Mundial da Durex, de 2006, diz que 76% dos brasileiros são sexualmente ativos. Segundo a mesma pesquisa, por coincidência ("e apenas isso", frisa Telles), o mesmo índice dos que não aprovam Lula (27%) é o dos que têm falta de libido e também de homens com dificuldades de ereção. "Outra coincidência", observa Telles, "é que os especialistas em sexologia sempre apontam que 30% das mulheres costumam não conseguir orgasmo de nenhuma maneira, também o mesmo percentual das que não aprovam Lula neste segmento da população".

Alguém imagina essa série de comparações como capa da Veja?

Central de Caruaru, injustamente desconhecido

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Hoje o Palmeiras entra em campo pela Copa do Brasil contra o Central de Caruaru. A expectativa de torcida e atletas alvi-verdes é vencer por dois gols de diferença para despachar logo o adversário e prosseguir na competição.


O Central de Caruaru é um time pouco conhecido dos brasileiros em geral. Muitos que vêem o adversário de hoje do Palmeiras logo o tratam como mais um dos times pequenos que povoam as primeiras fases da Copa do Brasil. Mas a história registra que a "patativa", como o time é chamado, quase disputou a elite do futebol nacional - e nos anos 1990, quando a primeira divisão já era mais séria e sem critérios de acesso ligados aos campeonatos estaduais.

Foi em 1995. Naquele ano, o Central foi o quarto colocado na Série B do Brasileiro. Ficou apenas atrás dos paranaenses Atlético e Coritiba, campeão e vice, respectivamente, que conseguiram o acesso, e do também eliminado Mogi Mirim.

A Série B daqueles tempos nada tinha a ver com os pontos corridos atuais. Os 24 times dividiam-se em quatro grupos com seis equipes cada. Na primeira fase, todos jogavam contra todos nos seus grupos, avançando os quatro melhores de cada chave. Segunda e terceira tinham formatos semelhantes: times divididos em grupos de quatro equipes cada com os dois melhores sendo classificados. Até a quarta e derradeira etapa, o quadrangular final, quando os quatro times jogavam entre si e os dois melhores garantiam acesso para a Série A do ano seguinte.

Nesse bolo todo, o que surpreende na campanha do Central é que o time foi passando de fase sem nunca empolgar. Na primeira, foi o pior entre os quatro classificados (Santa Cruz, Desportiva e Sergipe); na segunda, só avançou porque superou o Santa Cruz em gols marcados, e na terceira precisou de uma vitória épica fora de casa contra o Sergipe para superar o Bangu e chegar na fase decisiva.

E no quadrangular o coitado do Central tomou ferro. Só somou três pontos nos seis jogos - obtidos ao vencer o Coritiba em casa, num resultado que acabou custando o título aos alviverdes.

Em 1996, o Central ficou entre os últimos da Série B e teria sido rebaixado - teria, porque a virada de mesa que beneficiou Flu e Bragantino na primeira se estendeu à segunda divisão e o time jogou a Série B em 1997. E, tal qual o Fluminense, foi rebaixado de novo. Dessa vez, para nunca mais voltar à Segundona.

2007 foi um ano bom para o clube, quando obteve o vice-campeonato pernambucano e a consequente vaga na Copa do Brasil. Hoje enfrenta o Palmeiras na busca de surpreender de novo. Quem sabe o jogo contra o alviverde não vira o estímulo para que o Central volte aos seus tempos de glória?

O passeio do Santos, Molina, Quiñones e a altitude

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Quando o Santos foi derrotado pelo Bolívar na altitude de La Paz, em 2003, fui até uma sinuca no bairro de Pinheiros, em São Paulo, onde o gerente era... boliviano. Figura sempre simpática, não tirou sarro da vitória por 4 a 3, e vaticinou: "Aqui, a gente perde". Não perderam somente, tomaram uma "ensacada" de 6 a 0.

Lembrei do boliviano quando o Peixe perdeu para o San Jose, nos mais de 3.700 metros de altitude em Oruro. Prejudicado por um pênalti não marcado no fim da partida, nem assim me incomodei com o placar e pensei: "Aqui, a gente goleia". Foi um 7 a 0, maior goleada do torneio, mas contra uma equipe que é pra lá de fraca tecnicamente. Mesmo assim, foram estes bolivianos que empataram com o quarto da Libertadores de 2007, o Cúcuta, fora de casa. O que mostra um pouco do sofrível nível do torneio continental.

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Sem a altitude, o San Jose seria... pior que o Rio Claro, primeiro rebaixado no campeonato paulista. Pelo menos é o que pensa o treinador do Santos, Emérson Leão. E não deve ser só ele que avalia desta forma, a equipe da Bolívia é de fato muito inferior a times medianos de cá. Daí fica clara a influência da altitude no resultado da partida de ida. E isso se deu não só pelos efeitos "reais", como também pelos psicológicos, já que imprensa e até mesmo comissões técnicas fazem da altitude uma fantasma talvez muito maior do que já seja.

Ainda assim, continuo contra a proibição ou limitação de partidas internacionais na altitude. Nada justifica que um time não possa jogar em seu lugar de origem. Que os calendários sejam modificados para que as equipes possam se adaptar à altitude, até porque outros fatores como gramados esburacados (quantos já não se contundiram por conta disso?), lugares com altas temperaturas e estádios sem segurança também são deveras insalubres e não merecem a atenção especial da Fifa.

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Os bolivianos já sabiam que a chance de derrota era enorme, e nos sites do país apostavam nas duas partidas que irão fazer em casa, contra Chivas e Cúcuta, para se classificar. Mas não esperavam um 7 a 0. O blog do San Jose é taxativo: Santos maltrata San Jose em goleada inusual.

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Molina fez quatro gols e participou de outros lances importantes. Não é craque, mas lembra os antigos camisas dez que não existem mais, aquele armador que consegue chegar à frente e finalizar. Esses estão em extinção e no Brasil, com exceção de Thiago Neves, do Fluminense, não me lembro de nenhum outro meia com essas características.

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Eram 31 minutos do segundo tempo quando anotei aquela que eu achava ser a jogada da noite. Passe forte da esquerda para Quiñones, que havia entrado há pouco. E ele... matou a bola! Sim, ele matou a bola! Emocionei-me com tal destreza de um atleta que mal conseguia andar sem tropeçar na mesma em outras ocasiões.

Pra calar de vez minha boca, fez o sexto gol. Não estava difícil, de fato.

Tipos de cerveja 3 - As American Pale Ale

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Dando seqüencia à classificação do site Cervejas do Mundo (www.cervejasdomundo.com), falamos hoje das American Pale Ale. São cervejas que vão desde o amarelo dourado até à cor de cobre, com estilo definido pelo lúpulo de origem estadunidense. Esse produto transmite, na maioria das vezes, forte aroma à cerveja, além de uma relativa acidez. As American Pale Ale se encaixam perfeitamente no american way of life: são consideradas um ótimo acompanhamento para pizzas e hambúrgueres (fosse no Bar do Vavá, acompanhariam o X-Elvis e o Churrasco com Queijo e Dentes Inteiros de Alho). Mas também vão bem com sushi e saladas. As dicas para degustação: Three Floyds Alpha King, Flying Dog Doggie Style Classic Pale Ale (foto) e DuClaw Venom Pale Ale. Vale lembrar que as cervejas Ale têm processo de alta fermentação (ou "fermentação a quente"), que realça os sabores mais complexos, frutados e "lupulados" da bebida. Por isso, são cervejas mais encorpadas e vigorosas. Mesmo assim, podem variar muito de uma marca para outra, com características que vão desde o doce ao amargo, entre as mais claras ou escuras.

Carona

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Armando Nogueira, em coluna no Lance! de hoje, comete uma inconfidência de 50 anos. Segundo ele, na noite de 29 de junho de 1958, quando o Brasil foi campeão mundial pela primeira vez, na Suécia, houve uma grande festa no hotel em que a seleção estava hospedada. Nogueira diz que cada jogador estava devidamente acompanhado por uma "loura do porte de seu merecimento". Quando ele se aproximou de Moacir (foto), meia do Flamengo e reserva no mundial, o jogador agarrou sua loura e sussurrou no ouvido do jornalista: "-Armando, me chama de Pelé! Me chama de Pelé!".

terça-feira, abril 01, 2008

Manchester e Barça saem na frente na Liga dos Campeões

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Hoje foram disputadas as duas primeiras partidas das quartas-de-final da Liga dos Campeões da Europa, a Champions League, e Manchester United e Barcelona conseguiram duas importantes vitórias fora de seus domínios.

A qualidade técnica falou mais alto no confronto entre o time inglês e a Roma, no estádio Olímpico. Nos dois momentos em que o clube italiano parecia ser superior à esquadra britância, Cristiano Ronaldo, no primeiro tempo, e Wayne Rooney, no segundo, mataram qualquer pretensão da equipe da casa. O gol deixa o atacante português na artilharia da competição, com sete gols. E ele também ocupa o primeiro posto entre os goleadores do campeonato inglês, a Premier League, com 26 tentos. Fez a diferença no domingo, na sensacional vitória sobre o Aston Villa (confira aqui o gol de letra, o passe de calcanhar e as outras duas assistências) e hoje marcou de novo. Tem tudo para chegar ao final do ano como o melhor do planeta.

Já o Barcelona, que enfrentou o Schalke-04 na Alemanha, contou com a precisão do jovem Bojan, novidade no time na partida de hoje. Com 17 anos, o espanhol de ascendência sérvia tornou-se o segundo jogador mais jovem a marcar na Liga dos Campeões, superado somente pelo atacante ganês Peter Ofori-Quaye, que em 1997 marcou pelo Olympiakos com 17 anos também, mas era menos de um mês mais novo que Bojan.

No próximo dia 9, o Manchester pega a Roma em Old Trafford, e o Barcelona recebe o Schalke no Camp Nou.

Bonito, muito bonito

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O fato não é recente, mas merece registro. Durante solenidade oficial em São Bernardo do Campo (SP), crianças de um bairro carente faziam batuque com latas e outros materiais recicláveis. Nisso, um assessor especial da Prefeitura vira para um jornalista e comenta:

"Olha só que bonito! Eles moram no meio do lixo e arrumaram um jeito de fazer música com isso!"

De fato, a consciência do assessor sobre as condições de moradia daquela população é muito comovente. Como se fosse um fato imutável, natural. E a Prefeitura não tivesse nada com isso...

segunda-feira, março 31, 2008

Richards: proibição da bebedeira arruinou América

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Depois de confessar que cheirou as cinzas do próprio pai, de negar isso e reafirmar a bizarrice, o eterno guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards (foto) , volta a criar polêmica. Em entrevista ao jornal inglês The Sun, o stone assumiu fumar maconha em tempo integral. "Mandei muita fumaça para minha cabeça. Eu fumo maconha o tempo todo", assumiu. “Mas essa é minha erva benigna. É só isso que eu consumo. Mas, sim, eu fumo, e consigo um haxixe do bom". O guitarrista está trabalhando em sua autobiografia e, de acordo com o jornal, vem enfrentando "problemas". "Não consigo nem me lembrar do que aconteceu ontem. E já que eu não tive um diário, tem sido um pouco difícil", lamentou o siderado Richards. Em agosto de 2007, o músico comeu seus próprios cigarros em um show em Londres, em protesto contra a lei que proíbe fumar em locais fechados. "É um atraso, porque você tem que congelar suas bolas para acender um cigarro, precisa ir lá fora. É cruel. É uma besteira social e politicamente correta. Mas eles vão superar isso. É como aquela vez em que tentaram proibir a bebedeira. Veja o que aconteceu. Isso arruinou a América", sentenciou.

Dois garotos e um certo fim de semana de 1957

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Música lembra Beatles, que lembra John Lennon. Futebol lembra seleção brasileira, que lembra Pelé. O que poucos sabem, porém, é que esses dois ícones do século passado, principalmente nos anos 1960, têm muitos pontos em comum. Para começar, ambos são librianos e quase da mesma idade: John Winston Lennon nasceu em 9 de outubro de 1940, em Liverpool, Inglaterra, e, exatamente duas semanas depois, no dia 23, veio ao mundo Edson Arantes do Nascimento, em Três Corações (MG), Brasil. Mas a maior coincidência aconteceria 16 anos e nove meses mais tarde.

No sábado, 6 de julho de 1957, a igreja de Woolton, em Liverpool, foi palco de um encontro crucial para história da música. Naquela tarde, Lennon se apresentou no local com sua banda The Quarrymen, formada por ele com amigos de escola. Tocavam rock and roll no ritmo do skiflle, um jazz-caipira-acelerado. Na platéia, um outro adolescente observava com interesse: James Paul McCartney, 15 anos recém-completos. Ele achava que tocava melhor que qualquer um no palco, mas estava impressionado por John já ter uma banda - e liderá-la. Após o show, Pete Shotton, um amigo comum, os apresentou. Os Beatles nasceram ali.

No dia seguinte, domingo, 7 de julho, o Brasil enfrentou a Argentina no Rio de Janeiro, então capital federal, pela Copa Roca de Futebol (extinto torneio disputado entre os dois países). No segundo tempo, perdendo por 1 a 0, o técnico brasileiro Sylvio Pirillo decidiu substituir o atacante Del Vecchio por um menino de 16 anos, Pelé. Poucos minutos depois, ele empatou a partida. Apesar de a Argentina ter marcado novamente e vencido por 2 a 1, aquele jogo marcou a estréia do futuro Rei do Futebol pela seleção brasileira. Ali, naquele domingo de julho, Pelé começou a pavimentar seu caminho rumo ao título mundial na Copa da Suécia, menos de um ano depois, quando teve início seu reinado.

No alto, John Lennon com os Quarrymen no sábado, em Liverpool. Acima, Pelé marcando seu primeiro gol pelo Brasil no domingo, no Rio de Janeiro.

Secar os secadores. De camarote

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O Parmerista fala de mentalidade de campeão. O Mondo Palmeiras reproduz nota da assessoria de imprensa verde sobre o aproveitamento de Luxemburgo no comando da equipe em toda história´do clube, 69% das 277 partidas. Fabian Chacur fala ainda do golaço de Valdívia e da boa atuação de Denilson, mas pede para segurar o já ganhou. O Terceira Via Verdão mostra em dados que o meia chileno é o melhor do time. E o Observatório Verde diz que o Lance! inverteu a notícia na definição da capa de sábado sobre a possível venda do atleta no meio do ano.

Um almoço de sábado em casa me impediu de sequer escutar no rádio a maior parte do jogo. Acompanhei pelos gritos da vizinhança. No final, ouvi até uma ponta de "olé", vindo do Palestra Itália. Para não recorrer à prática de comentar sem ter assistido, fiz o clipping da mídia palestrina.

É confortável assistir à última rodada de camarote. Ao lado do Guaratinguetá.

É desagradável ver os secadores trabalhando tanto. Até negando que estejam secando. Claro que é inevitável, mas quem sabe eu inauguro uma nova modalidade de secagem, uma voltada aos adversários secadores.

Como já reconheci que Luxemburgo montou um time bom com peças boas – além de reabilitar Léo Lima – me sinto tranquilo para cobrar dele que as ressalvas ao treinador sejam definitivamente caladas com o título. Sem já ganhou. É um problema não gostar do estilo pessoal de um técnico bom e cheio de sorte (segundo uma das máximas do próprio, a sorte ajuda quem trabalha...).

Vamos fazer chicha de maíz (pinga de milho)

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Marcos Xinef

Aproveitando que ninguém ainda se animou a produzir a polêmica pinga de abacaxi com receita de Mouzar Benedito, fui atrás de uma bebida com produção mais simples, que repercutiu favoravelmente na última coluna "Pé redondo na cozinha", do chef Marcos Xinef: a chicha de maíz (pinga de milho). Chicha é a designação espanhola para qualquer variedade de beberagem fermentada, que pode ser feita de raiz de mandioca, milho ou frutas, entre outras coisas. Às vezes, no processo rudimentar, o produto é mastigado antes de ser posto para fermentar. Porém, como tal prática não colabora muito para a questão higiênica (e é mesmo nojenta, para falar português claro), a receita que trago aqui, a partir de pesquisas na internet e orientações do chef Xinef, dispensa tal procedimento.

PARA PRODUZIR 1 LITRO DE CHICHA

Ingredientes
500 gramas de grão de milho verde
1 litro de água mineral ou filtrada
300 gramas de açúcar

Modo de preparo
Compre uma dúzia de espigas de milho verde ou o suficiente para que, depois de raspadas, rendam 500 gramas do grão. Pegue uma panela grande e bote pra ferver, por umas duas horas, um litro de água, 300 gramas de açúcar e o milho. Arrume um balde que possa ser fechado hermeticamente, como o da foto abaixo, e feche a mistura ali por um período de 3 a 4 dias, quando estará pronta para consumo.


Para produzir mais que um litro, é só multiplicar as medidas dos ingredientes na proporção. Que tal produzirmos uma "Chicha Futepoca"?






Marcos Xinef é chef de cozinha e socialista convicto. Semanalmente, publica receitas que tenham bebidas alcóolicas entre seus ingredientes no Futepoca.

O destino do Corinthians nas mãos (e nos pés) do Santos

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E o time da Vila Belmiro não conseguiu a sua sexta vitória consecutiva, ficando de fora do G-4 de forma definitiva. O empate em 1 a 1 com o Rio Claro só serviu pra sacramentear o rebaixamento do clube do interior. A reação espetacular do Santos no campeonato foi digna de nota, mas também tardia, já que mesmo que tivesse vencido no sábado e superasse a Ponte na Vila, o Peixe provavelmente ficaria de fora do G-4, pois ainda dependeria de insucessos de Barueri e Corinthians.

Agora, o destino do time do Parque São Jorge está com o Santos. Não basta ao Corinthians derrotar o Noroeste, fora de casa. Ele precisa contar com a ajuda do Alvinegro Praiano, que tem que arrancar um empate na Vila pra ajudar o Timão. A questão que vai ser discutida até cansar os ouvidos é: qual o esforço que o Santos vai fazer pra vencer o clube campineiro?

Sem papas na língua, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, foi claro e sugeriu até uma "mala preta" para o Santos, observando, entretanto, que o clube não possui dinheiro para isso. "Seria até a favor [do incentivo ao rival]. Mas na situação em que estamos não dá para falar nisso" afirmou o cartola, que disse que está difícil fechar as contas do mês no clube. "Todo mundo sabe que essas coisas existem no futebol. Se sobrar [dinheiro], não sou hipócrita", disse à Folha de São Paulo.

Já o treinador Mano Menezes, que nesta temporada lidera o ranking de choro à frente de Luxemburgo, Muricy e Leão, apelou ao "profissionalismo" do comandante santista, a quem o Corinthians deveria dinheiro por sua passagem anterior no clube. "Não costumo julgar outros profissionais pela sua trajetória. Mas sempre se vale disso. E a trajetória do Leão é séria. Ele classificou o Cruzeiro quando dirigia o Atlético-MG", declarou Mano ao mesmo periódico, recordando a vitória do Atlético-MG sobre o Palmeiras, em 2007, que deu a vaga na Libertadores ao rival azul-celeste.

A imprensa vai bater, vai exigir o tal "profissionalismo" do Santos, mas o óbvio é o time entrar com os reservas. Não se trata de descaso, mas sim de cuidar dos próprios interesses que, a esta altura, se resumem a Libertadores. Depois da partida contra a Ponte Preta, na quarta, o time tem um duro compromisso contra o Chivas Guadalajara, no México. Alguém colocaria os titulares em uma partida sem importância três dias antes, contando com o desgaste de uma viagem longa?

Agora, aguardem, leitores. Com pouco assunto, a mídia esportiva vai bater o tempo todo nessa tecla, e façam as contas de quantos jornalistas/comentaristas repetirão a cantilena de que o Santos tem que encarar uma partida, sem motivação, e com outra importante a seguir, como se fosse uma decisão. Triste vai ser se, cedendo a pressões talvez originadas de um prédio próximo à estação Barra Funda, em São Paulo, a diretoria e o treinador possam ceder e escalar a equipe titular.

Tipos de cerveja 2 - As Amber Ale

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Dando seqüência à série sobre tipos de cerveja do mundo inteiro, destacamos as Amber Ale, que podem variar entre produtos caramelizados e outros com bom equilíbrio entre malte e lúpulo. São habitualmente cervejas não muito complexas e que, devido a isso, podem acompanhar bem quase todo o tipo de receitas gastronômicas. Contudo, algumas versões apresentam forte teor de malte e baixa presença de lúpulo, o que as torna pouco equilibradas - deste modo, não aconselhadas para receitas tendencialmente doces. De resto, vão bem como acompanhamento de sanduíches, pizas, churrascos e comida mexicana. Na avaliação do site Cervejas do Mundo, a diferença entre uma Amber Ale de qualidade e uma American Pale reside no fato da primeira poder ter um carácter mais escuro, devido ao malte utilizado, e menos lúpulo. Para quem conseguir encontrar, experimente a Mac and Jacks African Amber Ale, a New Belgium Fat Tire ou a Tröegs HopBack Amber Ale (foto).