Destaques

sábado, maio 31, 2008

No plantão

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Acompanhando os jogos das 18h10, no plantão da firma, leio a melhor frase do dia, na narração de Figueirense x Goiás feita pelo Terra.

40 min - "Rodrigo Fabri cobra falta da meia direita e a bola quase sai do estádio"

E pensar que um dia foi chamado de craque.

O ano de 1968 no futebol

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Artur Poerner escreveu no Jornal do Brasil "Normal só a vitória da Mangueira [no carnaval].

Neste 31 de maio, vale a pena esticar a onda para o mundo do futebol. Pro parceiro PapodeHomem, pesquisei sobre futebol em 1968 pra descobrir se o futebol também teria mudado.

Não necessariamente em maio, mas em junho. É a versão de um artigo de Admildo Chirol, preparador físico da seleção à época. Ele narrava os bastidores da escalação de Gérson, Tostão e Rivellino juntos, com a camisa canarinho – com direito a participação, como coadjuvante, de Carlos Alberto Parreira. Mais do que uma escalação, a inovação era tática, ao usar mais homens capazes de voltar para marcar. Gérson, Rivellino e Tostão ajudando a defesa? Bom, essa foi a mudança, porque infernizar o time adversário eles iriam de qualquer forma.

Mas na busca, encontrei um monte de dados curiosos sobre o ano.

O levantamento começa na Taça Brasil de futebol, uma lambança. O torneio que lembra a Copa do Brasil atual, servia para indicar os brasileiros na Libertadores do ano seguinte. Ficou parada por quatro meses, e foi acabar em outubro de 1969, com o Botafogo, pivô da crise junto do Metropol de Criciúma, em Santa Catarina, sagrando-se campeão. A competição não voltaria a acontecer depois desse enrosco todo. Note-se que o Metropol fechou seu departamento de futebol em 1969, ano em que se sagrou campeão de seu estado.

As mudanças nada positivas vão além. O ano de glórias da Estrela Solitária também rendeu monopólio no Rio de Janeiro. Ficou com o caneco em cima do Vasco no Carioca. Também conquistou a Taça Guanabara que, até 1976, não representava o primeiro turno do estadual como acontece hoje. O bicampeonato em ambas as competições marcou o início da fila do clube, que ficaria 21 anos sem conquistas. Vale dizer que o técnico do clube era Mário Jorge Lobo Zagallo, em sua primeira experiência como treinador que duraria até 1970.

Como todo nascido muito tempo depois dos anos 60, pensar no Botafogo daquela época remete, de algum jeito, a Garrincha. Mas ele havia deixado o clube em 1965, passado pelo Corinthians em 1966 e pulado no Atlético Junior, de Barranquilla, na Colômbia por um ano e meio para jogar uma partida apenas, contra o Santa Fé, sem nenhum gol. Em 3 de novembro de 1968, Mané estrearia pelo Flamengo, sem conseguir grandes feitos.

O Santos de Pelé sagrou-se bicampeão paulista, vencendo o Corinthians na final. O artilheiro foi Téia, da Ferroviária de Araraquara. O alvinegro da Baixada Santista levou o o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o equivalente ao Brasileiro atual, e venceria o terceiro estadual consecutivo no ano seguinte.

O Náutico alcançou o hexa pernambucano em cima do Sport, em três jogos. O feito é único na história do estadual. O paranaense ficou para o Coritiba, no gaúcho o Grêmio foi hepta, o Galo ficou com o mineiro, o Galícia venceu o Fluminense de Feira de Santana na Bahia, e por aí vai.

Ainda falta descobrir sobre o futebol do resto do mundo em 1968.

sexta-feira, maio 30, 2008

Goleiro bêbado?

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Indicação do companheiro Marcão. De fato, parece que o arqueiro está levemente embriagado...

Deu no New York Times

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Foto de Rina Castelnuovo, publicada pelo jornal estadunidense, mostra uma provocativa pichação em muro construído por Israel na fronteira com o território palestino, em Ramala, na Cisjordânia.



Grupo faz picha muro por encomenda

E a insurreição continua!

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Materinha do Lance! de hoje, intitulada "Resistência em todo o Brasil", comenta que a proibição da venda de bebida alcoólica nos estádios pela CBF é combatida por bares e ambulantes. Uma foto mostra engradados de lata de cerveja empilhados na arquibancada do estádio Frasqueirão, em Natal (RN), durante a partida entre ABC e Corinthians pela série B do Brasileirão (o pior é que a probição está levando à precarização da manguaça, pois a imagem mostra quatro caixas de Nova Schin e três de Primus!). A polícia não fez nada - nem em relação à proibição do consumo de álcool e nem sobre a possível utilização das latas para a violência.
O texto cita ainda que ocorreu venda clandestina de bebidas no jogo entre Flamengo e Internacional-RS, pela série A, no Maracanã. Diz a materinha: "Os únicos problemas judiciais em relação à medida da CBF aconteceram no Paraná e no Rio Grande do Norte. No Couto Pereira, uma liminar foi conseguida pelo proprietário de um bar, mas foi cassada antes da estréia do Coritiba contra o Palmeiras. Na Arena da Baixada, os bares também buscaram medidas judiciais e conseguiram garantir a venda. O Atlético-PR repassou a questão para a CBF, pois é obrigado a cumprir a decisão. E a tendência ao descumprimento da medida vai se tornando nacional". É isso aí, manguaceiros: resistir, beber, cair e levantar!

quinta-feira, maio 29, 2008

Senhora Cristiano Ronaldo surpreende em fotos com amigas

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Reprodução The Sun

"O truque da cartola quente da namorada do Ronaldo". Pra
traduzir melhor o título, carece um doutorado em inglês.
"Hat-trick" é uma expressão usada para um jogador que marca
três gols numa mesma partida. As tarjas são uma homenagem
à TV Pirata.


Ainda a noiva do Cristiano Ronaldo. A modelo espanhola Nereida Gallardo está novamente nas capas dos tablóides britânicos. A revista The Sun publicou fotos supostamente tiradas no banheiro (feminino) de uma boate em Mallorca, na Espanha, em que a moça "se diverte" com quatro amigas.

Consta que a diversão consistiu em posar para fotos em poses que insinuariam um clima sexual entre as amigas. As moças mostram os seios para a câmera, ameaçam se beijar e por aí vai.

Roni, como chamam os fãs lusitanos, não precisa se preocupar. Pelo menos é o que diz a fonte do jornal birtânico. Ele diz que ela adora "recriar" as cenas para o noivo nos momentos íntimos do casal. Isso serve para evitar as piadas sobre o pênalti perdido pelo craque português na final da Liga dos Campeões, contra o Chealsea.

Nereida já havia posado para fotos sensuais para a revista Interview e para o próprio jornal The Sun.

Ex-namorado avisa
A informação sobre a desinibição da modelo é corroborada por outra fonte do tablóide, o procurador de jogadores espanhol Pedro Campane. Segundo o agente, ele precisou romper com a modelo porque "ela era como um animal selvagem na cama". "Nereida não sabe quase nada sobre futebol, mas sabe tudo sobre homens – e como lhes dar prazer. Cristiano deve estar tendo momentos alucinantes".

Obrigado a editar esse tipo de conteúdo no Futepoca, me vi forçado a parar de descrever e deixar que as imagens falem mais do que esse blablablá. Estão aqui.

O Flu torce para Caranta não voltar

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Para o Futepoca não ficar só na euforia de corinthianos, os torcedores do Fluminense estão também comemorando o resultado de ontem, empate em 2 a 2 com o Boca no estádio El Cilindro, em Buenos Aires.

E têm de fazer festa mesmo, pois foi extremamente difícil suportar a pressão dos argentinos, que saíram na frente duas vezes e acabaram tomando o segundo gol num chute fora da área e frango do arqueiro reserva Migliore, já que Caranta está com problemas musculares.

Para ver como ainda será difícil passar pelos argentinos mesmo no Maracanã, vale o comentário da patroa, Simone, durante a partida: "esses jogadores do Boca não erram passe, são melhores que a seleção brasileira". Referia-se aos primeiros minutos do segundo tempo em que o Boca prensou o Flu em seu campo e deve, por cerca de 10 minutos, ter ficado com uns 90% de posse de bola.

Mas o Flu soube resistir à pressão e contou com a ajuda do já citado goleiro.

Não tem nada decidido porque, por incrível que pareça, o Boca está jogando melhor fora que em casa, basta ver as partidas contra o Cruzeiro no Mineirão e o Atlas no México...

A chave para a decisão são os camisas 10 e os goleiros. Ontem tanto Riquelme quanto Thiago Neves desequilibraram. A diferença foi que Fernando Henrique não falhou, para variar, até surpreendendo, fazendo pelo menos duas defesas muito difíceis.

Os torcedores do Flu, com certeza, torcem para Caranta não se recuperar.

A única certeza é que a próxima partida será outro jogaço.

Tipos de cerveja 10 - As Golden/ Blonde Ale

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Esse é um tipo de cerveja muito genérico e com bastantes variantes. Uma das formas habituais é a Canadian Ale, muito parecida com a American Pale Ale - não só nas qualidades, mas nos defeitos: pouco malte e lúpulo, utilização de cereais menos nobres (como arroz ou milho) e um sabor meio apagado. A versão britânica possui mais lúpulo e menos álcool que as estadunidenses, o que as tornam mais referscantes e amargas. Em geral, as Golden/ Blonde Ale são cervejas suaves, com bastante gás, espuma branca e corpo claro e límpido, segundo Bruno Aquino, do site português Cervejas do Mundo. Exemplos: Crouch Vale Brewers Gold Extra (foto), Redhook Blonde Ale e Oakham Bishops Farewell.

É pênalti? Ih...

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Edmundo é certamente um dos maiores jogadores que a minha geração viu. Arrebentou no Palmeiras em sua primeira passagem e no Vasco, em 1997, teve o melhor campeonato que eu já vi alguém fazer em terras nacionais. Foi indiscutivelmente um craque, e até merecia ter feito mais do que fez com a camisa da seleção brasileira.

Mas apesar de todas essas qualidades, Edmundo tem uma característica ímpar: a "capacidade" de perder pênaltis decisivos. Ontem ele foi o responsável pela única cobrança errada na disputa do seu Vasco contra o Sport, que levou os pernambucanos para a final da Copa do Brasil.

Em 2000, na decisão do Mundial da Fifa, Edmundo cobrou e errou o pênalti decisivo, o que fez com que o Corinthians se sagrasse campeão do torneio. E mesmo em 2008 ele errou outra cobrança importante, na semifinal da Taça Guanabara, quando enfrentou o Flamengo. O rubro-negro fez 2x1 e acabou levantando a taça.


Outras cobranças desperdiçadas célebres de Edmundo foram em suas não-saudosas passagens por Santos e Cruzeiro. Em ambos os clubes, em 2000 e 2001, respectivamente, Edmundo enfrentou o Vasco, seu time do coração, e não conseguiu converter as penalidades. O erro fez com que seu contrato com o clube azul de Minas fosse imediatamente rescindido.

Também contra o Vasco, Edmundo errou um pênalti no Brasileirão do ano passado, quando defendia o Palmeiras. Curiosamente, enfrentando o Verdão o Animal não teve a mesma "piedade": quando estava no Figueirense, em 2005, cobrou e converteu duas penalidades em pleno Parque Antarctica.

Pode ser que em 2008 o Vasco ainda passe por uma disputa de pênaltis. O clube da Colina é um dos oito brasileiros que disputarão a Copa Sul-Americana, composta de mata-matas de início ao fim. Se tiver, será que Edmundo bate? Se sou eu o técnico, saco o cara quinze minutos antes de qualquer possibilidade de decisão nas penalidades...

Corinthians na final da Copa do Brasil

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Corinthians e Botafogo, jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil. O Timão precisa ganhar de 1 a 0 ou por dois gols de diferença. 2 a 1 e virão os temidos pênaltis (detesto pênalti).

Antes do jogo eu não sabia o que fazer. Na segunda partida contra o Goiás, descrente (que erro gravíssimo), assisti minha aula de quarta-feira e ia embora pra casa sem sobressaltos, quando o celular de um amigo corintiano toca. Era um outro alvinegro, ligando direto do Morumbi, onde o Corinthians sapecava 4 a 0 no time esmeralda. Corremos pro boteco e vimos o segundo tempo entre cervejas e gargalhadas. Cheguei em casa umas 4h da manhã.

Contra o São Caetano, confiante, não me preocupei muito e, dessa vez, estava com a razão. O churrasco e a cerveja caíram como uma luva, melhorados pela vitória e a companhia de minha namorada, que é meio santista, meio atéia futebolística. Desceu tudo macio e dormi o sono dos classificados.

O primeiro jogo da semifinal vi no boteco onde tinha visto o primeiro das quartas, com o santista Glauco Faria. A mesa mudou de lugar e apareceu o tricolor Marcão, mas o cenário era praticamente o mesmo. O resultado, contudo, foi bem outro.

E nesse jogo, não sabia o que fazer. Não tinha mística, não tinha repetição, cada jogo foi uma história. Como para esse time do Corinthians, briguento, brabo pra caramba, com a cara, Deus meu, com a cara da torcida.

Decidi fazer o mesmo dos outros jogos e nada fazer. Fui para a aula e sai pra beber com um cara e duas moças da sala. Uma palmeirense e dois desligados dessa coisa maravilhosa, única, intensa, inexplicável que é o futebol. A moça verde é sincera e logo anuncia: vai torcer contra. Acho justo, mas me preparo para ter o inimigo a minha frente. O bar, descubro, é reduto alvinegro, e são várias as camisas amigas.

O papo era cabeça, psicanálises, antropologias, etnografias, éticas e o diabo a quatro. E eu com um olho e meio no jogo. Mano Menezes me escala o time com os benditos três zagueiros e eu temo. Mas algo funciona e o Timão pressiona. O primeiro tempo é pegado, brigado, suado, e nada de gol. A conversa flui entre Levi Strauss e terapia ocupacional. Eu tenso, tenso, tenso. A palmeirense não cumpre o prometido e ignora a partida.

Volta o jogo e o Corinthians vai pra cima. Seis minutos: lançamento na direita, Herrera ganha de um, corta o outro e entrega para o recém entrado Acosta manter sua sina contra o Botafogo. 1 a 0 Timão e eu vibro, grito, xingo com gosto. Na mesa, recebo o o olhar meio perplexo de meus companheiros agnósticos. Minha comemoração encontra eco, ainda que estranho, exatamente na inimiga, palmeirense infiltrada.

O desastre ocorre logo dois minutos depois: bola cruzada na área, confusão, Felipe pega mas rebate, e é gol do Botafogo. A agnóstica ao meu lado ensaia uma zombaria (o namorado e sãopaulino, percebam), mas não vai longe. Seu companheiro de credo não liga muito, e os dois voltam a problemática da luta antimanicomial. E a palmeirense, pasmem, se compadece.

Começo a achar que não vai. Mas aos 19, Chicão mete uma falta na direita de Castillo. Li que foi falha, mas eu e a palmeirense concordamos que foi “um golaço”. Timão no jogo, e eu entornando e fumando que nem um desesperado.

A cosia aperta. Vejo Marcel entrar em campo e filosoficamente me questiono sobre o cheiro do conteúdo da cabeça de Mano Menezes. Carlão entra também, e a neurose só aumenta. Calor do Botafogo, e vamo que vamo. Mas não tem jeito (ou foi esse o jeito? Ah, a filosofia...): pênaltis.

Eu odeio pênaltis. Não sei se olho ou saio da sala, tenho a impressão de que alguma coisa que eu fizer, qualquer coisa, vai alterar todo o curso do universo e dar ou não a vitória a meu time. “Pênalti é injusto, mor sofrimento”, concorda a palmeirense. Mas é assim, pondero eu.

Ficamos os dois presos ao jogo, enquanto Winnicott e a pesquisa acadêmica seguem seu caminho ao lado. Eu estou em frangalhos de tensão. Ela se preocupa. Ela se agita. E, pasmem de novo, torce para o Corinthians.

Chicão, Lúcio Flávio, Herrera, Alexandro, Nilton (que medo), Andŕe Luiz, Alessandro, Jorge Henrique, Acosta. E desisto de algum goleiro pegar pênalti. Vai ter que ser erro grosseiro do batedor. Na última batida, de Zé Carlos, não incentivo Felipe a pegar, mas o batedor a chutar pra cima. Ele segue meio que minha orientação e manda a meia altura, no lado esquerdo do goleiro. E Felipe, talvez ofendido, pega. Pega! PEGA!!! É Corinthians!!!! É CORINTHIANS NA FINAL!!!!

A palmeirense diz que é assim mesmo, que não é competitiva, que não consegue ver um amigo sofrendo e torcer contra. Mas eu entendo o que aconteceu. Entendo quando ela explica para a agnóstica por que o futebol é mágico. “Tem que ir no estádio para entender”, ela diz. “O fenômeno social”, emenda, meio encabulada. A Fiel ganhou até a inimiga. O Botafogo lutou bravamente, mas quando um time desses se afina com uma torcida dessas, meu amigo, fica difícil. Nessa quarta, Deus, se houver, estava com o Corinthians.

PS.: Amanhã penso no Sport, que passou também apertado contra o Vasco (com direito a pênalti na lua de Edmundo) e faz a final contra o Corinthians. Os dois times chegam na pilha, de batalhas homéricas, e o bicho vai pegar na final.

PPS.: Depois de tudo acabado, cada um para seu lado, liguei para meu pai em Mauá. “Até que enfim esse time dá uma alegria pra gente”, disse ele. E tem razão. Não tinha percebido há quanto tempo o Corinthians está na merda. Essa é a hora de sair na foto de novo, e esse time merece.

Jogaço! Corinthians na final da Copa do Brasil!

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Um momento, uma ressalva. O jogo começou e seguiu morno durante todo o primeiro tempo. Algumas jogadas que poderiam ser perigosas, principalmente do Corinthians, mas nada que valha memória. Esqueçamos o primeiro tempo. Este, se valeu por algo, foi pela garra do Herrera. Só.

O segundo tempo começou com o gol de Acosta aos seis minutos. Que bela jogada de Herrera! Meio estabanadão, parecia que ia trombar com o zagueiro como sempre, mas limpou lindamente pela direita e centrou pro Acosta bater com consciência no canto esquerdo do goleiro Castillo. Senti que o Corinthians estava classificado. E não fui só eu. Acho que os jogadores também devem ter sentido. E pagaram por isso.

O gol do Botafogo, um minuto depois, foi daqueles que time toma no abafa da empolgação. Escanteio batido, falha feia do goleiro Filipe, que saiu mas não saiu, aí tomou uma bola no peito, espirrou pra trás e tomou. Bizonho.

O gol do Chicão de falta foi realmente muito bonito. De verdade, o Corinthians fez dois lindos gols. Aliás, o Timão tem feito gols realmente empolgantes.

Parênteses: esse Chicão, zagueiro que demonstrou fino trato com a bola ao bater a falta, na marcação é um tosco. Ele atropela os atacantes, e não fosse o árbitro um bunda-mole o teria expulsado no lance em que quem tomou amarelo foi o capitão corintiano William. Na realidade, Chicão é quem deu uma bordoada na nuca do botafoguense.

Que me perdoem se não estou analisando tática. Nem me lembro dos nomes dos jogadores da Solitária que participaram das jogadas. É um torcedor falando, que viu o jogo de um lado só. E viu um Corinthians guerreiro e digno de ser campeão.

O Luciano do Vale (que aliás pra lembrar nome de jogador é pior que eu...) falou, mas eu já tinha reparado: o Herrera parece o Casagrande, com aquele jeito de olhar a jogada de boca aberta, sem nenhuma elegância, meio desengonçado até, mas brigador, e extremamente perigoso dentro da área. Falta um gênio como Sócrates pra jogar junto, que aí ele renderia muito mais...

Mas não há por que ficar sonhando. O Corinthians cobrou os pênaltis e está, de fato e de direito, na final da Copa do Brasil. Vai pegar uma casca, que é o Sport de Recife. Mas, pasmem todos os secadores (que não são poucos), pode chegar à Libertadores do ano que vem!

Como diria Lawrence da Arábia, "Nothing is written". Vamos, vamos, meu Timão, não pára de lutar!

quarta-feira, maio 28, 2008

"Barriga" do Juca Kfouri

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Ontem, apareceu uma pesquisa sobre torcidas dos times brasileiros atribuída ao Gallup e à Editora Ática. Entre as "informações" que trazia, botava o Santos em 18 lugar, atrás do Goiás, por exemplo.

Aproveitei para encher um pouco os Santistas aqui da redação, mas na hora de checar os dados, nada de achar o tal estudo na página do Gallup nem nenhuma referência na Ática.

Daí não ter publicado o troço no Futepoca.

Mas o Juca Kfouri não checou e cometeu barriga (gíria jornalística para informação errada publicada).


Veja a errata do uol, publicada nesta quarta.

28/05/2008 - 15h40
Primeira Página - Gallup não fez pesquisa de torcida
O UOL divulgou na tarde desta quarta-feira (28) suposta pesquisa do instituto Gallup sobre o ranking das maiores torcidas de futebol do país. A informação foi publicada pelo jornalista Juca Kfouri em seu blog e foi destacada na primeira página do portal por 40 minutos.

Juca Kfouri apurou que a pesquisa em questão não existe. Tão logo a redação foi notificada do erro, a informação foi excluída da home page do UOL e do Blog do Juca.

Sem comentários...

Campanha para 2010 inclui o eterno camisa 10

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O eterno presidenciável tucano José Serra assina daqui a pouco, às 16h, em Santos (SP), a escritura de doação do prédio que guardará relíquias do Rei Pelé. O release da assessoria de comunicação estadual adianta objetivamente que "o prédio, que terá três blocos, será histórico por dentro e contemporâneo por fora". Também será criado um monumento na parte externa, desenhado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (na foto, com Serra e Pelé). O prédio fica na Rua Visconde de Mauá, s/nº, Centro de Santos.

Você tem medo de quê?

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Da última vez que reboquei meu corpo ao Bar do Vavá, levei um papo (de bar, óbvio) deveras interessante com o camarada Don Luciano, basicamente, sobre como o medo é a base e/ou força motriz de quase tudo na sociedade ocidental dita civilizada: política, religião (futebol dentro disso), relações sociais, escolhas, preferências, paranóias, desvios, vícios etc etc. O assunto vai longe e, por isso, durou até a última garrafa possível, com a porta do bar já descerrada.

Curiosamente, dois dias depois, recebi um emeio que dizia o seguinte: "O dicionário 'Aurélio' define medo como 'um sentimento de grande inquietação ante a noção de um perigo real, imaginário ou de uma ameaça'. Fala ainda em 'susto, pavor, temor, terror'. Nos anos 30, o médico inglês Edward Bach, com base na constatação de que a falta de harmonia interior era a principal causa de doenças – se dedicou a criar um sistema de cura natural que fosse acessível a todas as pessoas".

Tratava-se de uma propaganda dos tais Florais de Bach, ressaltando que "fazem parte do Grupo do Medo cinco florais: Mimulus, Aspen, Rock Rose, Red Chestnut e Cherry Plum". Não resisti e encaminhei o emeio para o Don Luciano, com a ressalva de que, "agora sim, todos os nossos problemas estão resolvidos!". Ele me respondeu o seguinte: "Fantástico, depois desse grande texto, deveríamos nos dedicar mais a essa parte filantrópica que faz parte da nossa busca cotidiana para nos tornar pessoas menos indecentes e formular os preceitos de uma nova(?) religião(?): os FLORAIS DE BAR".

E ainda sugeriu quatro deles, todos com alto teor alcoólico: Caipirense (para não ter vergonha de falar com a língua mole), Casa Grande (para quem nunca consegue chegar na porta de casa), DaKana (para quem tem medo de acordar no xadrez) e Pitu (para quem tem medo de acordar com dor no local onde as costas mudam de nome). É ou não é uma idéia revolucionária?

Copa do Brasil: 70 mil corintianos contra o Botafogo

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O Corinthians joga hoje contra o Botafogo no Morumbi, que receberá quase 70 mil fiéis. Depois da derrota por 2 a 1 na partida em solo fluminense, o Timão precisa vencer por 1 a 0 para passar à final da Copa do Brasil. Se levar um gol a vitória precisa ser por dois gols de diferença (2 a 1 leva a decisão para os pênaltis).

O time joga com quatro desfalques: André Santos, Lulinha, Carlos Alberto e Fabinho. Mano Menezes tenta montar o quebra-cabeça do que sobrou e faz mistério sobre a escalação.

A solução que parece mais provável é algo próximo o time que começou a partida de sábado, contra o ABC (vitória por 1 a 0 com golaço de Douglas. Foi mal não ter escrito nada a respeito). Nilton entra no lugar de Fabinho para proteger a zaga e Alessandro substitui Carlos Alberto na lateral-direita. Até aí, tudo bem. O que me preocupa é o resto. No lugar de André Santos, entra Carlão, para jogar como mezzo lateral, mezzo terceiro zagueiro. Wellington Saci entra no meio pela esquerda para fazer mais ou menos a função de Lulinha, com Dentinho caindo mais pela direita.

Em tese, pode funcionar. Mas na prática, mesmo contra o ABC, eu não gostei. Carlão ficou muito plantado atrás, não participou das jogadas pela esquerda nem nos passes iniciais e não compôs a marcação no meio-campo. O time dá campo ao adversário e as jogadas acabam estourando na defesa.

Além disso, com essa formação, o Corinthians cria menos e o adversário fica mais saidinho. O que pode ser péssimo contra um Botafogo que só precisa de um golzinho pra complicar de vez a vida do Timão.

Tem outra solução? Seria escalar Acosta no Lugar de Lulinha. Mas pelas características, o time mudaria muito o jeito de jogar. Herrera talvez caísse pela direita para o Lula Molusco ficar de centroavante. Correr-se-ia o risco de perder a boa fase de Herrera para ver um Acosta inoperante. Resumindo, com quatro desfalques desses, qualquer time teria problemas.

O Botafogo não conta com Túlio, desfalque importante, mas tem a volta de Triguinho. Como Alessandro deve ser liberado para descer mais para o ataque, o lateral-esquerdo boafoguense deve cair nas costas dele, jogando com o perigoso Jorge Henrique. Mano precisa prestar atenção nesse setor.

Falando racionalmente, não dá para prever o resultado. Na verdade, o Botafogo leva vantagem, por ter um time mais rodado e com jogadores melhores que os do Corinthians, especialmente com os desfalques. Por isso, minha cabeça me diz que ser desclassificado será um resultado normal, que o time já foi mais longe do que todo mundo esperava e que, por mais que seja legal ganhar a Copa do Brasil, o objetivo do Timão esse ano é voltar à Serie A e só.

Mas esses são apenas os dados mais objetivos do jogo. O que deve decidir mesmo são os quase 70 mil corintianos, maloqueiros e sofredores que estarão hoje no Morumbi. O que deve decidir é a camisa do Timão, que já fez um monte de jogador medíocre virar craque na hora h. Sem menosprezar o Botafogo, que também tem camisa e tradição.

É por isso tudo que meu coração não me deixa pensar em outra coisa senão nesse jogo há dias e que, por mais que tenha tentado ficar tranqüilo, estou pirado para fazer a dinal da Copa do Brasil. A cabeça não quer dizer o que o coração grita forte: hoje, eu sou mais Timão.

PS.: Para quem gosta de um bairrismo, o Cointhians hoje é o único representantes de São Paulo numa Copa do Brasil que poder ser decidida por dois cariocas. Quem vai torcer?

PPS.: Os santistas têm outro motivo para vibrar com os gols do Corinthians. Se o Botafogo for eliminado, aumentam as chances de Cuca desembarcar na Vila Belmiro.

PPPS.: Na outra semifinal, aliás, estão mais uma vez menosprezando o Sport. O pessoal está falando muito que o São Januário vai fazer a diferença e que o Vasco vai crescer. Pode ser, mas minha aposta é que os pernambucanos seguram o jogo e fazem a final. Contra o Timão, se tudo der certo.

terça-feira, maio 27, 2008

Leão cai e aumenta a dramaticidade do "clássico da crise"

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Sanches Filho/Estado de S. Paulo
O treinador Émerson Leão não comanda mais o Santos. Pressionado pela eliminação do time na Libertadores, cobrado como se a equipe fosse recheada de craques, achincalhado por uma organizada e combatido desde sua contratação por parte da diretoria, o técnico pediu arrego.

Agora foi aberta a temporada de especulações. Dois nomes surgem como favoritos da diretoria (?) santista. O que não quer dizer nada, porque o clube não tem dinheiro e o Santos não parece o lugar em que os comandantes de alto nível sonhem em atuar hoje. Cuca, do Botafogo, caso o time caia fora da Copa do Brasil, desponta como um dos preferidos. O outro é Paulo Autuori, atualmente no Catar, mas que envolveria uma bela soma para retornar ao Brasil.

Diante da provável recusa dos citados acima, outros dois desempregados poderiam sentar no banco de reservas do Alvinegro. Geninho, técnico defensivista que passou pelo clube em 1986/1987/1992/2001 é um deles. Pergunte a algum santista se tem saudades de alguma passagem do referido no Peixe. Outro que pode aparecer é Ney Franco, recém-demitido do Atlético (PR).

Tirando Luxemburgo e Leão, ninguém mais conseguiu títulos com o time da Vila no século XXI. Dada a falta de recursos decorrente de uma administração temerária que teve em mãos a maior mina de ouro do futebol brasileiro nos últimos 25 anos, com Robinho, Diego, Elano, Alex, Renato, entre outros; mas que anteriormente havia gasto fortunas com Rincón, Edmundo, Marcelinho Carioca, Valdir Bigodinho, Carlos Germano, as perspectivas são péssimas.

Torcedor santista, o ano acabou após a eliminação da Libertadores. Como todo longo reinado administrativo que preza pela incompetência, vide casos Dualib e Mustafá, a luta agora é contra o destino que os clubes dirigidos por eles tiveram: a Série B. Oremos pelo melhor técnico e esperemos 2009. Diante do cenário, só a queda de Muricy Ramalho e uma improvável contratação do mesmo por parte do Santos salvam o semestre. Márcio Fernandes (vulgo o interino), faça sua parte domingo, no "clássico da crise" contra o São Paulo, e ajude seu clube a ter um futuro menos sombrio...

Rumo a Dubai!

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O slogan "Rumo a Tóquio" imperou nos clubes brasileiros por muito tempo. Flamengo, Grêmio e São Paulo foram campeões lá, e Cruzeiro, Vasco e Palmeiras foram derrotados na decisão do Mundial Interclubes, antes de sua oficialização pela Fifa. Veio a formalização do torneio, em 2005, e o campeonato passou para Yokohama; e aí o São Paulo conquistou o mundo novamente, e no ano seguinte foi a vez do Internacional.


Mesmo com a mudança de cidade, a sede continuava sendo o Japão. E assim os brasileiros se acostumaram a ver na "terra do sol nascente" um sinônimo de Mundial de Clubes.

Pois bem, agora isso terá que mudar. A Fifa anunciou que o Mundial de Clubes sairá um pouco do Japão nos próximos anos. A "rotatividade meia-boca" determinada pelos dirigentes máximos do futebol prevê que o Mundial de Clubes sairá do Japão em 2009 e 2010, voltando ao país natal de Kazu em 2011. Enquanto isso, a sede do torneio será os Emirados Árabes.

O país, localizado na Península Arábica, tem vivido um verdadeiro boom no turismo nos últimos anos. A nação já é naturalmente rica por conta das inúmeras reservas de petróleo; os xeiques locais aproveitaram esse dinheiro para transformar a geografia local, fazendo das belas praias naturais empreendimentos turísticos de altíssimo padrão.

O Mundial de Clubes vem para coroar esse momento.

Será, certamente, o ponto mais alto dos Emirados Árabes no futebol mundial. Com a bola rolando o país não fez praticamente nada. Jogou apenas uma Copa do Mundo, em 1990, e perdeu os três jogos (contra Iugoslávia, Colômbia e Alemanha Ocidental, que levantaria a taça do torneio). Na Copa da Ásia, a seleção dos Emirados Árabes nunca foi campeã.

Como país-sede, os Emirados Árabes terão um clube entre os competidores do Mundial. A tradição futebolística local é nula; por outro lado, o dinheiro pode motivar a contratação de pesos-pesado da bola para encorpar a equipe local. E aí?

segunda-feira, maio 26, 2008

"Não tem nenhum Richarlyson aqui não"

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O meia botafoguense Carlos Alberto, ex-Corinthians, ex-Fluminense, ex-Porto, ex-Werder Bremen, ex-São Paulo, ex-galático, ex-craque e quase ex-atleta aos 23 anos, mostra que a dispensa do Tricolor paulista foi uma decisão acertada da diretoria do Morumbi.

No vídeo acima, ele é assediado no elevador em Belo Horizonte, no último dia 19, por fãs que pedem para ele mandar beijos aos cruzeirenses Fábio e Marcelo Moreno, em claro tom de pilhéria. Mesmo sabendo que estava sendo filmado, o dublê de jogador dispara: "Por que vocês estão mandando a gente mandar beijo para homens? Não tem nenhum Richarlyson aqui não."

O meia tentou "esclarecer" a galhofa com o ex-companheiro de time ontem (domingo, 25). "Queria explicar que foi apenas uma brincadeira de momento. O Richarlyson foi um amigo que fiz no tempo de São Paulo e jamais quis ofendê-lo. Peço desculpas se ele ficou ofendido. Foi uma brincadeira infeliz que não vai mais ser repetir. Em nenhum momento quis debochar dele. Só falei que não era o Richarlyson porque ele é que tinha essa mania de mandar beijos para as pessoas. Sempre brincávamos com ele por isso." Quem tem um amigo como Carlos Alberto precisa de inimigos?

Além da famosa confusão com Fábio Santos, o meia também arrumou algumas rusgas com atletas do São Paulo por fazer brincadeiras de gosto duvidoso.

Euller (ele mesmo) bate pênalti inusitado em Minas

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Os jogadores do América-MG inventaram um novo jeito de cobrar pênaltis. A proeza foi realizada no último domingo, no jogo contra o Ideal pelo Módulo II do Campeonato Mineiro, do qual o América foi campeão antecipado. Seu autor foi Euller, o Filho do Vento, que ainda está jogando, sim senhor. Na hora da cobrança, Euller rola a bola para Douglas, que marca o gol, numa jogada ensaiada no pênalti. Veja abaixo:



Em entrevista ao Lancenet, o veterano disse que a jogada era prevista e foi uma idéia dele mesmo. “Na verdade treinamos, mas escondido. Então decidimos fazer no jogo, conversamos e ensaiamos muito, porque era preciso ficar bem claro que não faríamos a jogada. Eu não poderia olhar para o Douglas antes da jogada para que os outros jogadores não pudessem perceber, disse Euller. “Sempre tive vontade de fazer um gol assim. Por isso eu procurei saber na regra se seria legal”, declarou.

E é, como confirma José Roberto Wright no site do diário. “Desde que a bola seja tocada para frente e não haja invasão, o gol é válido. Foi o que aconteceu”, sustenta. Você gostaria de ver seu time batendo pênaltis assim?

NeoFebeapá OU preconceito pouco é bobagem

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Se o cronista, escritor e compositor Sérgio Porto estivesse vivo, teria farto material para seu impagável alter-ego Stanislaw Ponte Preta, autor de três volumes do Febeapá (Festival de Besteiras que Assola o País). A série inacreditável de patacoadas - para não dizer agressões, crimes ou preconceitos deslavados - começou em 29 de abril, quando, em entrevista à Folha de S.Paulo, o professor da Faculdade de Medicina da UFBA (Universidade Federal da Bahia), Antonio Natalino Manta Dantas (acima), atribuiu ao "baixo QI dos baianos" a nota 2 obtida pelo curso no Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) e no IDD (Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado). Confiram as besteiras ipsis literis proferidas por Dantas:

"O baiano é uma pessoa igual a qualquer outra, mas talvez tenha déficit em relação a outras populações. Não temos aquele desenvolvimento que poderíamos ter. Se comparados com os estados do Sul, vemos que a imigração japonesa, italiana e alemã foram excelentes para o país. Aqui ficamos estagnados."

"A prova foi feita com alunos do primeiro semestre e do último semestre. Pode estar havendo uma contaminação das cotas e influência da transformação curricular nesse resultado."

"O berimbau é o tipo de instrumento para o indivíduo que têm poucos neurônios. Ele tem uma corda só e não precisa de muitas combinações musicais."


Incomodado com a polêmica em torno desse caso e com o fato de Dantas ter renunciado ao cargo na UFBA, Gilberto Dimenstein (à esquerda) subiu ao palanque da mesma Folha de S.Paulo, em 5 de maio, para piorar a emenda e o soneto. Eis a síntese de seus "argumentos":

"O déficit de inteligência da Bahia é, na verdade, a avassalodora perda de cérebros que, por falta de alternativa, se mudam para outras cidades do Brasil e do exterior."

"Vejo como muitos deles prosperam rapidamente, beneficiados pela criatividade baiana combinada com a disciplina paulistana."

"O que me deixa perplexo é que, na Bahia, quase ninguém parece perplexo com esse déficit de inteligência, o que acaba estimulando um círculo vicioso do baixo capital humano."


Logo em seguida, em 8 de maio, para completar o côro sincronizado do preconceito explícito e da mentalidade nua e crua da elite brasileira, o secretário de Emprego e Relações de Trabalho do Estado de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (à direita), insinuou em uma solenidade em Mauá (SP), com registro do jornal ABCD Maior, que só os paulistas têm vontade de trabalhar. Vamos às pérolas de seu primoroso discurso:

"O Banco do Povo tem a cara do paulista, porque é feito para o trabalhador e nós gostamos de trabalhar. Isso desde os tempos do Brasil Império, porque aquele pessoal da côrte não gostava muito de trabalhar, não."

"Só chegamos onde chegamos por essa distância da côrte. Até hoje, onde ainda há tentáculos dessa cultura, existe essa falta de cultura do trabalho."

"Por isso há no Brasil essa situação em que alguns trabalham e pagam pelos benefícios dos que não trabalham."


Será que o Cláudio Lembo não vai comentar nada a respeito?!??

Isto sim é que é cidadania e civilidade!

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O camarada Luciano Tasso me envia uma amostra de que, no Brasil, ainda há pessoas que pensam nas dificuldades dos setores mais marginalizados de nossa sociedade. A foto ao lado foi publicada pelo blogue Learn with the Papa!. A placa está em uma rua da Praia de Lages, próxima a Maragogi, em Alagoas. Esse é o tipo de civilidade que o Brasil precisa!

Morre o ídolo corintiano Carbone

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A Nação Alvinegra perdeu um de seus ídolos históricos. Faleceu nesse domingo, dia 25, Rodolpho Carbone, o Carbone, meia-esquerda do Corinthians nos anos 50. Segundo o site do Milton Neves, a causa da morte foi um infarto do miocárdio e ele foi sepultado cemitério da Quarta Parada, na zona Leste de São Paulo.

Carbone jogou no Timão de 1951 a 1957. Fez 231 jogos (153 vitórias, 37 empates, 41 derrotas), marcou 135 gols e conquistou os seguintes títulos: Rio-São Paulo (1953/54) e Campeonato Paulista (1951/52/54). Em 1951, foi artilheiro do Paulistão. Fez parte, com Cláudio, Luizinho, Baltazar e Mário, da imortal linha de ataque do alvinegro que chegou a marcar 103 gols em 28 jogos, obtendo a incrível média de 3,67 gols por jogo.

O Futepoca entrevistou o meia em 17 de março, durante a 1ª Feijoada Solidária do Corinthians. Os membros do blog e toda a Fiel Torcida prestam sua homenagem ao jogador.

Com pênalti perdido, empate com a Lusa

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"Se nóis tirá em úrtimo lugar
A culpa é do ténico que não sabe orientar
"
"Time perna-de-pau", Vicente Amar


Foi um empate. E Vanderlei Luxemburgo saiu atirando contra seus comandados. Disse, na entrevista coletiva que não gostou de ver tentativas de jogadas de efeito. Alex Mineiro perdeu pênalti ainda no primeiro tempo, aos 32, quando já estava 1 a 0. Sete minutos antes do gol de David, o Verdão teve um tento anulado por impedimento.

Anulado mesmo foi o segundo tempo da representação palestrina. A Lusa de Benazzi acordou e se mostrou diferente do time. O Palmeiras não conseguiu pressionar a valer mesmo com a saída de um volante para entrar um atacante (Martinez por Kléber). Ficou 1 a 1 no Pacaembu. Para Marcos, o Goleiro, pelo que a Portuguesa fez na segunda etapa, o empate não foi tão trágico.

Pelo prisma da tabela, do campeonato e do time que deveria estar jogando mais, é bem ruim.

Élder Granja, substituído pelo lateral ex-Mirassol Fabinho Capixaba, talvez precise ficar esperto. Kléber, que voltou ao banco de reservas e até entrou em campo, também. É que o centroavante dos cotovelos e carrinhos de vontade (maldade?) excessiva pode facilmente virar pára-raios da ira do treinador que privatiza os méritos e socializa a estupidez.

No tribunal
Com um olho no Atlético-PR no domingo, sem ter rivais na Libertadores para secar, o resto das atenções vão ao julgamento do caso do gás de pimenta na semi-final do Paulista, na partida contra o São Paulo. O Palmeiras pode receber uma multa de até R$ 200 mil e ficar de um a dez jogos se mando. Só no próximo paulistão.