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quinta-feira, abril 23, 2009

Editor de revista científica escrevia com um copo de uísque nas mãos

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A The Economist desta semana publicou um longo perfil do Sir John Maddox, editor da revista britânica Nature, considerada uma das mais influentes do mundo. O jornalista manteve-se no cargo por 22 anos, a partir de 1966. E morreu em 12 de abril deste ano.

"Um sério tributo ao jornalista científico e editor, John Maddox, só pode começar realmente um longo tempo depois do deadline [o prazo], com auxílio de um cigarro e um copo de vinho", começa o texto. "Assim ele notadamente começava a trabalhar seus editoriais", prossegue. Ele também poderia optar por uísque se fosse o caso.

Segundo consta, ele se sentava em uma poltrona e ditava seus textos, de uma tacada só, para sua secretária datilografar em uma máquina de escrever eletrônica.

Apesar das dificuldades com o prazo em tempos de tipos móveis e das preferências etílicas, o perfil ressalta o papel de Maddox para o jornalismo científico mundial. Isso inclui editar textos acadêmicos para que se tornassem mais palatáveis e criar uma rede de especialistas com agilidade para determinar se um artigo deveria ou não ser publicado. Com rapidez, não foi difícil recuperar o terreno então perdido para a estadunidense Science.

Maddox teve ainda um importante papel histórico relacionado à homeopatia. Ele comandou uma equipe de analistas que acompanharam estudos de Jacques Benvenistes em 1988 com pessoas alérgicas (a fonte da alergia era diluída homeopaticamente e produziam reações iguais a se não estivesse diluído). Não se provou muita coisa, mas o papel do editor é considerado chave.

Meu palpite de leigo é que faltou diluir em soluções alcoólicas para acharem alguma resposta. Mas eu devo estar errado.

4 comentários:

olavo disse...

Interessante é ver também que Maddox é um nome que já existia (ainda que na figura de sobrenome), não foi uma invenção da Angelina Jolie.

Glauco disse...

A diluição no álcool provavelmente atrapalharia o consumo do mesmo.

Marcão disse...

O bom é que o uísque costuma provocar amnésia (não em todos, mas em muitas pessoas). Daí, o cara ditava o texto e no dia seguinte, ressaqueado e totalmente alheio, devia pegar a revista e exclamar: "Pô, sensacional esse texto!". Depois de ler a própria assinatura, confuso, voltava a dormir - ou a beber...

Anselmo disse...

marcão, isso foi uma confissão ou um episódio que aconteceu com um amigo seu?

fico imaginando se hoje, numa redação de revista científica, alguem disser que só escreve com um copo de cachaça. seria jogado pela janela.