Para celebrar essa data, não falo aqui sobre as glórias (talvez incontáveis) do primeiro ataque que fez cem gols no futebol paulista, do pentacampeão da Taça Brasil ou de um dos maiores jogos que um time já fez no ludopédio mundial. Mas digo que, na minha história pessoal, o amor pelo Santos precede a minha existência e é também responsável em parte por eu existir.
Meu avô materno é natural de Pouso Alegre, sul de Minas Gerais. Tinha uma vida razoavelmente estabilizada lá, mas começou a sentir-se mal em determinadas situações. Foi diagnosticada hipertensão e, à época, o tratamento não consistia na ingestão de remédios que hoje controlam o mal. Era à base de dieta e recomendava-se que o doente vivesse a nível do mar para minorar o problema (hoje se sabe que isso é um mito).
Para onde ir? Espírito Santo, Rio de Janeiro ou São Paulo? Digamos que um fator pesou na decisão de meu avô para levar a família a São Vicente na década de 40. Seo Benedito Faria era torcedor fanático do Santos, fã de Antoninho Fernandes, o “arquiteto” que jamais foi campeão como jogador pelo Alvinegro. Daí, a chance de ficar perto do clube do coração foi cabal para a mudança de endereço.
Graças à decisão do meu avô, minha mãe pode conhecer meu pai, duplamente santista, de nascimento e de coração. Por isso, pra mim, não é exagero de torcedor apaixonado dizer que devo minha vida ao Santos. Obrigado e parabéns, Peixe!
A minha família saiu do Mato Grosso do Sul para Santos, em boa parte, por conta do glorioso alvi-negro também. Tá pensando que só você deve sua vida ao Peixe? Não senhor!
ResponderExcluirEssa história é realmente fantástica - ou "santástica" (esse trocadilho nem é meu, é de uma flâmula do alvinegro praiano que meu cunhado tinha na parede durante a década de 1980, uma brincadeira com o slogan de um programa televisivo dominical: "Santástico, o show da Vila").
ResponderExcluirMas o que sempre me impressionou foi a coincidência da fundação do Santos no mesmo dia, mês e ano em que o transatlântico Titanic se chocou com um iceberg, vindo a afundar completamente 40 minutos depois, já na madrugada de 15 de abril de 1912.
Os santistas poderiam dizer, poeticamente, que um gigante branco derrotou uma potência da engenharia humana. E que, no mesmo dia, outro gigante branco surgia, para enfrentar e vencer as maiores potências do futebol mundial, como Peñarol, Boca Juniors, Benfica e Milan.
Opa, não tenho dúvida que não sou só eu, Marxexperience. E quem tiver história similar, é só contar aqui, rs.
ResponderExcluirLinda história, Glauco! Pra enriquecer ainda mais o nosso Peixe!
ResponderExcluirPoxa... história linda mesmo!! Deu até inveja (no bom sentido rs).
ResponderExcluirSou santista de criação (aprendi a torcer por causa do meu pai), mas nunca tive um bom motivo pra isso.
Aliás, sempre fui daquelas que acha legal mas não se empolga muito com futebol.
Mas fiquei sensibilizada com seu relato!! Taí, uma inspiração a mais pra torcer para o Santos!!!rsrs
Bora torcer mais então, Débora, o Santos merece! rs.
ResponderExcluir