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quarta-feira, maio 27, 2009

Barcelona campeão da Europa

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A blitz inglesa do começo do jogo não foi suficiente. Apesar de dominar amplamente e pressionar o Barcelona pode 10 minutos, nos quais deu cinco chutes a gol - três deles bastante perigosos - e não levou nenhum, o Manchester não marcou. Aos 10, exatos, no primeiro ataque, Eto'o recebeu um passe precioso, cortou Vidic e venceu Van der Sar. A partir de então o poderoso Manchester fraquejou e o Barcelona dominou a final da Champions League.

Numa final de Champions League, no entanto, domínio e fraqueza não são absolutos. O Manchester teve chances importantes. Mas não tantas quanto o Barcelona. E quem marcou de novo, já no segundo tempo, foi o Barça, com Messi, num cabeceio perfeito, sem chances para Van der Sar. É até engraçado ver um baixinho daqueles - 1,69 de altura - vencer a zaga e cabecear com tanto estilo. Não que Messi lembre Romário, mas naquele momento a relação foi imediata.

Se (ah, o se...) o Manchester tivesse marcado um golzinho ao menos, talvez o jogo tivesse sido mais emocionante - como a super final de 2005, 3 para o Milan no primeiro tempo, três para o Liverpool no segundo. Infelizmente não foi assim. O Barcelona tocou a bola e não deu sopa para o azar.

Em campo, os dois melhores jogadores do mundo no ano passado - e desse ano também, provavelmente - não foram grandes destaques. Cristiano Ronaldo começou detonando, mas depois apareceu mais pela briguinha pessoal com Puyol. Messi fez um gol, é verdade, mas o melhor em campo, de acordo com a Uefa, foi Xavi. E ainda teve o Iniesta, eficientíssimo. Mas não serei tão injusta com o argentino. O artilheiro do campeonato (9 gols) tentou muitas jogadas, mas foi sempre parado com falta, aí ficou difícil.

O único brasileiro a entrar em campo pelo Barcelona, o lateral Sylvinho, se destacou pela eficiência em passes para trás. Tá, ele fez um cruzamento perigoso também. Anderson, titular do Manchester, foi substituído no intervalo por Tevez. Justo, para um time que precisava marcar.

Soberano

A conquista do Barcelona coroou um ano que não foi pouca coisa para o clube. O time se tornou o primeiro a conquistar o Campeonato Espanhol, a Copa do Rei e a Champions League. Só na Champions foram 32 gols, quase 2,5 gols por jogo. Joan Laporta, o presidente do Barça, declarou que essa foi a melhor temporada da história do clube. O cara está claramente puxando a sardinha pra sua brasa, mas... dá pra discordar?

Abençoado

O destaque negativo da decisão foi o show de breguice que precedeu a partida. Um carnaval totalmente sem sentido, com uma música ruim de doer. O no final ainda apareceram uns bonecos de posto de gasolina gigantes. Péssimo.

Mas o melhor mesmo aconteceu pela manhã: o árbitro da partida, o suíço Massimo Busacca, com medo de cometer os mesmos erros que seu colega norueguês Tom Henning Ovrebo conseguiu colecionar na semifinal entre Barcelona e Chelsea, teve um encontro com o papa - ele mesmo, nosso festejado Bento XVI - em busca de uma bênção e de inspiração. Juro, taí a foto que não me deixa mentir. E parece que fez efeito. O árbitro e seus auxiliares tiveram uma atuação muito boa.

8 comentários:

fredi disse...

Valeu, nossa correspondente em Londres. Também vi o jogo e nos primeiros minutos parecia que o MAnchester ganharia de goleada, depois... não fez mais nada.

Impressionante a marcação do Barça e a atuação de Xavi e Iniesta, o que explica em parte o sucesso que a seleção espanhola vem tendo.

Faltou dizer como ficou o clima aí na capital inglesa, as pessoas beberam muito para esquecer?

Carlos Pizzatto - Blog do Carlão disse...

O Barça mostra ao mundo que a competitividade e a ofensividade, a beleza, a arte, podem jogar juntas.

olavo disse...

Achei que só eu tinha reparado nos bonecões do posto. Horrível mesmo.

E Thalita, conte como foi o clima aí na Inglaterra. Ou pelo fato de não ter ninguém de Londres na disputa a cidade nem deu tanta bola assim?

Thalita disse...

olha, não sei se tem relação, mas antes do jogo tava um puta trânsito. Mas, anyway, eu moro numa área de torcedores do Arsenal, então não sei muito do clima. Embora existam, torcedores do Manchester não são tão abundantes aqui. Se o Batata, meu ex-técnico, leitor do Futepoca e morador de Manchester, ler esse post, ele pode dar uma opinião mais abalizada.

Glauco disse...

Mas teve comemoração dos secadores, Litão? Porque aqui, quando um dos grandes perde um jogo importante, sempre tem rojão de secador pipocando...

olavo disse...

Ah, mas aqui (São Paulo) não há rojões para celebrar derrotas de Cruzeiro, Fluminense, Grêmio e etc., não? Por isso não sei se haveria a mesma festa em Londres.

Glauco disse...

Pô, Olavo, Londres fica a 98 quilômetros de Manchester, não sei se a comparação é justa.

Thalita disse...

putz, e o Glauco foi pesquisar a distância entre Londres e Manchester, hehehehe
Olha, eu vi o jogo em casa, então não posso dizer como foi nos pubs, mas não vi nenhuma manifestação dos secadores. Fogos aqui não devem existir, aliás, nunca ouvi.