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sexta-feira, maio 08, 2009

Manguaça evolutiva

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É sempre um prazer vagar sem rumo certo pela internet e achar preciosidades manguaças. Esse texto, do blogueiro Reinaldo José Lopes, do Visões da Vida, traz à luz alguns dos motivos evolutivos que fazem com que sejamos aprecisadores da marvada.

A primeira informação interessante é de que é normal que animais tomem a sua dosezinha de álcool, conseguida de maneira absolutamente natural (ao contrário do bichano aí ao lado), como resultado da fermentação de frutos. Afinal, açúcar e calor normalmente dão em fermentação, o que significa que álcool não falta na natureza. O exemplo do texto é o simpático musaranho-arborícola, um parente dos primatas que se alimenta do néctar fermentado de uma palmeira. O teor alcoólico da comida do bicho é de cerca de 4%, praticamente uma cerveja.

A outra descoberta que fiz nesse texto foi que 10% das enzimas do fígado humano servem para transformar o álcool em energia. O que significa que não é só a cerveja que merece ser chamada de pão líquido. Qualquer birita vira energia no nosso corpo. Isso me fez finalmente entender os manguaças que chegavam às seis da matina na padoca do Sr. Thalitão - também conhecido como meu pai - e pediam um café preto com pinga. E só. E precisa de mais o quê? Cafeína, açúcar e álcool eram o suficiente pra começar o dia, ou pelo menos pra aguentar a viagem de busão até o trabalho, que sempre era longe.

Claro que o efeito do álcool nos nossos cérebros, a embriaguez, também é um atrativo e tanto. Mas por esse tema Reinaldo quase passa batido, dizendo que é um efeito lateral da birita. Aí já não dá pra concordar. O tema certamente merece mais pesquisas - financiadas pelo Manguaça Cidadão? -, porque todos nós do Futepoca sabemos que sem cachaça, ninguém segura esse rojão.

3 comentários:

Glauco disse...

Bela justificativa cietífico-histórica pra manguaça. Agora, pinga com café às 6 da manhã é só pra profissionais.

Marcão disse...

Meu pai conheceu um manguaça que enchia o prato fundo de pinga antes de jogar a comida em cima. Não por outro motivo, morreu de cirrose.

Nicolau disse...

Ah, acredito que tinha vários outros motivos além desse, Marcão. Se o cara faz isso num cotidiano almoço, imagina numa cachaçada oficial? E muito boa a história, Thalita!