sábado, maio 23, 2009

O “Bombonerazzo”















Por compromisso de trabalho estava em Montevidéu, mas não pude acompanhar a partida entre Boca Junior e Defensor pela TV. Após saber do resultado, saí para jantar e provocava a conversa com os motoristas de táxi, com os garçons e ouvia as conversas nas mesas ao lado.

Em todos, mesmo os que torcem para Peñarol ou Nacional (que fazem clássico no  domingo no estádio Centenário), a alegria estava estampada nos rostos porque a rivalidade com os argentinos é maior que as querelas clubísticas.

Houve quem disse que se havia feito história ao ganhar de 1 a 0 e desclassificar o Boca em plena Bombonera. Exageradamente, a comparação era com o Maracanazzo, a vitórias dos uruguaios sobre o Brasil em 1950, em pleno Maracanã, na final da Copa do Mundo. Aliás, em breve escreverei post aqui no Futepoca sobre como esse jogo é cultuado até hoje no Uruguai, considerada “a partida do século”.

Voltando ao “Bombonerrazzo” desta semana, o diário El País uruguaio (www.elpais.com.uy) lembra que o feito do Defensor foi a primeira derrota do Boca na Libertadores deste ano e a primeira vez que uma equipe uruguaia ganhou na Bombonera pela taça continental.
 
Sobre a crise que se abateu sobre o time argentino, vale a capa do Olé, que teve o título "No hay Defensores", em que afirma ter acabado um ciclo, do treinador Carlos Ischia e de alguns heróis de "ontem", de uma equipe que fez história. No mesmo texto fala-se, também com o exagero de uma letra de tango, que a eliminação foi o maior fracasso do time na era moderna.

Agora, é o Estudiantes de La Plata que está no caminho do Defensor. Quem faz sua aposta?

6 comentários:

  1. Libertadores sem o Boca Junior é a mesma coisa que o paulistinha sem o Curintias.
    Ou seja, cada um no seu quadrado!!!!!!!!!!

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  2. O Boca pressionou, mas faltou objetividade. No primeiro tempo, chegou a ameaçar o Defensor. Mas no segundo foi só posse de bola, sem penetração ofensiva. Abraços.

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  3. azar o do boca juniors. libertadores sem os auriazuis é um rival quase fatal em fase eliminatória para times brasileiros. caminho menos fechado para quem passar.

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  4. "a rivalidade com os argentinos é maior que as querelas clubísticas"

    Será que um torcedor do Peñarol comemoraria a vitória sobre o Boca se o uruguaio em questão fosse o Nacional, ou vice-versa? Duvido!

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  5. É mais ou menos como um sãopaulino comemorar a vitória do São Caetano sobre o Boca. Imagina se ele faria o mesmo se fosse o Corinthians...

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