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domingo, junho 14, 2009

Botafogo 2 X 0 Santos - Dessa vez, o ataque não salvou

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Durante esses dez dias sem jogar, muito se falou do ataque e da defesa do Santos. Na frente, o melhor ataque do campeonato, muitas variações de jogada e atletas que pareciam se entender por música. Atrás, falhas individuais e desentrosamento que comprometiam o sucesso dos avantes, que viam seus esforços caírem por terra por conta do sistema defensivo.

Ontem, o Santos entrou em campo parecendo estar mais preocupado em salvar a honra da sua defesa do que consolidar a boa fama do seu ataque. A equipe não ofereceu perigo ao Botafogo durante toda a partida e o adversário, mesmo tecnicamente inferior e sem oferecer grandes riscos, mereceu a vitória simplesmente porque a procurou.

E olha que a torcida, acostumada a culpar Kléber Pereira por gols perdidos, nem disso pode se queixar. O centroavante, mais que isolado, não teve uma chance clara de gol, voltando todo o tempo para receber a bola que não chegava. Madson parecia sentir as dores musculares que o tiraram dos treinos da semana e pouco produziu. Molina não rendeu, o que, aliás é habitual. Ele finaliza bem de fora da área e também é bom cobrador de bolas paradas. Mas é quase só isso. Pode até definir uma partida em um lance desses, mas a experiência mostra que isso não é a regra.

Porém, o que impressionou ontem foi o desempenho de Paulo Henrique Ganso. E aqui não se trata de cornetar, mas sim de cobrar de um atleta que tem muito potencial, já mais do que provado. Uma coisa é quando um atleta tem um dia ruim e não consegue desenvolver uma jogada boa sequer. Acontece. Outra é quando dá passes de lado, para trás, e não tenta um lance incisivo quando se espera justamente isso dele.



A jogada do primeiro gol do Botafogo se inicia justamente quando Ganso tem a bola na ponta esquerda e, ao invés de tentar um cruzamento ou o drible no defensor, toca para Roberto Brum atrás. O volante perde a bola, o Botafogo avança, e sai o tento. Não sei se o meia peixeiro se impressionou com os elogios e o oba-oba recente, com declarações de Pita, do técnico do Milan Leonardo, e o assédio da mídia. Mas ontem parecia um veterano em campo, correndo pouco, marcando idem, e sem ímpeto para ir em direção ao gol, como ficou evidente, aliás, em uma bola que Léo passou aos 17 do primeiro tempo, quando o lateral tocou para o meia que não se deslocou para receber.

É preciso que Mancini fique atento e não deixe que o excelente meia se torne uma versão alvinegra de Keirrison, do Palmeiras. Até porque, com o elenco que tem, o Peixe não pode se dar a esse luxo. Por enquanto, Ganso tem crédito.

A defesa

Não entendi porque Fábio Costa não tentou pular no chute de Batista. Aliás, novamente, nos únicos lances efetivos do adversário, o goleiro não evitou. Alguém, sinceramente, acha que se o arqueiro fosse o mediano Douglas o resultado teria sido pior? Ainda que se diga que FC não tenha tido culpa, o maior salário do elenco mais uma vez não fez diferença. E teve que contar com a ajuda do desafeto Fabiano Eller para não tomar mais um gol por cobertura.

Fabão, no segundo gol, resvalou na bola que foi parar nos pés de Laio. Ainda que não tivesse participado do lance, o lançamento provavelmente deixaria o atacante do Botafogo em condições de marcar. Ou seja, mais culpa do próprio posicionamento da defesa, típico de time desesperado que vai à frente de qualquer jeito, do que do defensor santista.

2 comentários:

Anselmo disse...

a versão alviverde do keirrison, a original, marcou dois contra o cruzeiro. segunda partida seguida em q faz gol, alias.

olavo disse...

Foi de assustar. Afirmo sem pestanejar que foi uma das piores atuações do Santos que vi na vida. Diria mais: foi uma das piores partidas a que já assisti - até porque o vencedor Botafogo também não jogou nada, e o placar pode sugerir o oposto.

Assim como não levei o Santos aos céus após o lindo 4x1 sobre o Fluminense, também não é o caso de desejar a demissão coletiva do time que entrou em campo sábado. Vamos com calma. A única exceção é em relação ao goleiro Fábio Costa, que faz um 2009 pavoroso. Somos gratos ao que ele já fez pelo Santos, mas é hora dele sair do time.