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quinta-feira, junho 25, 2009

A descrição de um lance do Rei feita por um adversário

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Reproduzido do Blog da Bia, com a devida autorização. Um adversário de Pelé em 1966 conta como foi enfrentar o Rei naquele dia. Dá pra imaginar que o moço era diferenciado...

Quem já teve a oportunidade de jogar com Pelé ou enfrenta-lo, sempre tem na memória a lembrança de algum lance genial do atleta.

Outro dia, conversando com Dirceu Krüger, um dos principais jogadores da história do Coritiba, perguntei se ele já havia enfrentado Pelé.

A resposta veio com o desenho (abaixo) de um lance do jogador, no jogo que ele acredita ter acontecido em 66 e ter terminado em 3 a 1 para o Santos, em pleno Couto Pereira. 

Na época, lembrou Krüger, o tiro de meta ainda era batido por um zagueiro e o atleta do Coxa preparava-se para a cobrança. 

Enquanto isso, Krüger observava Pelé no meio-campo e notou que o camisa 10 já havia percebido seu companheiro, Manoel Maria, posicionado na ponta direita e um espaço aberto na zaga do Coritiba por aquele lado. Mesmo assim, Pelé deu as costas para a cobrança, distraindo os adversários.

Quando ela foi executada, Negreiros, que estava no meio-campo, apenas gritou “Negão” e Pelé girou para a direita, chutando a bola de primeira para Manoel Maria, que cortou o zagueiro e o goleiro do Coritiba para marcar o gol do Santos.

“Foi genial. Sem ter visto a bola, ele virou para o lado certo, já que se girasse para a esquerda seria mais difícil fazer o cruzamento para a ponta direita. Não deu tempo de ninguém fazer nada. Ele já havia feito a leitura da jogada e, com apenas um toque na bola, decidiu”, recordou Krüger.

 

7 comentários:

Olavo Soares disse...

Sensacional!

E uma pergunta: o tiro de meta já foi, na regra, obrigação do zagueiro!? Eu nunca tinha ouvido falar disso...

Arvro disse...

Sensacional![2]

Faço a mesma pergunta do Olavo também, ou o zagueiro parou de cobrar o tiro de meta, justamente por tirar um possível atacante da posição de impedimento?

Anônimo disse...

Robi: Eu assiti este jogo na epoca tinha por volta de 12 anos e estava dentro do campo atars do gol do Coritba se nao me engano foi o terceiro gol uma tabela entre pele e edu dentro da area cheio de adversarios a tabela foi sensacional e gol de edu entre as pernas do zagueiro, cara eu torcia para o coxa mas o santos jogando com aqule time vc ia para casa nem ai para derrota

Anônimo disse...

Faço uma pergunta curiosa aqui pra vc Anônimo

Viver aquela epoca vendo péle jogar não só pelo santos mas pelo brasil devia ser tudo de bom penso eu? A vida éra melhor?

Um detalhe..naquela época só tinha craque de bola..deve ter sido uma época boa o que vc me diz?

Anselmo disse...

Olavo, até onde foram minhas leituras de Orlando Duarte, o tiro de meta não era exclusividade do zagueiro, mas era muito mais comum do que hoje, quando é usado apenas qdo o arqueiro está contundido nos pés ou simulando lesão para fazer cera.

"Nos antigamente", alguns goleiros não gostavam de bater e já ouvi dizer que é porque antigamente a máxima de que o goleiro está na posição porque era muito ruim com a bola nos pés era mais verdadeira. Acho exagero e até folclore a visão, mas tenho a sensação de que um cara como o Marcos, do Palmeiras,por exemplo, não faria a menor questão de cobrar tiros de meta. O faz por dever.

O drama é justamente que um tiro de meta mal batido por um zagueiro tira o atacante adversário de posição de impedimento. Se o goleiro tivesse cobrado o tiro de gol, o lance genial de Pelé resultaria em impedimento, já que os zagueiros também se posicionariam na linha de meio de campo.

O sentido do "ainda era batido" acho q é nostálgico nesse sentido.

A não ser que eu tenha deixado de ler os capítulos que faltavam...

Glauco disse...

O comentário do Anônimo me lembrou de um trecho da entrevista do saudoso Vavá ao Futepoca:

::Qual foi o jogo mais incrível que você viu na vida?
Que eu assisti foi no Morumbi, Santos 6, São Paulo 2. O que ouvi pelo rádio e jamais vou esquecer: Santos 4, Milan 2 (risos). Marcou minha vida e minha história, e até no céu irei relatar esse fato.

::Por que são tão especiais?
No Morumbi, me lembro que o Santos jogou com Kaneco na ponta direita, Mengálvio e Dorval de centroavante – o Coutinho não jogou – Pelé e Pepe. Me lembro que o Dorval foi escalado como centroavante e, no dia seguinte, saiu até no jornal, uma atuação espetacular: "Viajei seis horas para ganhar de seis", disse o Dorval (risos). A aula de futebol era tão grande que eu até aplaudia os jogadores do Santos. E a turma do São Paulo que estava do lado reclamava: "Pomba! Você é sãopaulino e fica torcendo pro Santos?" "Não, é a arte!" Aí, um negrão se levantou: "Deixa o garotão aí, ele tá certo" (risos).


Outros tempos... E o Vavá deve estar falando dessa partida no ceu, como prometeu.

Anselmo disse...

será q no céu se tem direito a teipe desses jogos?