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quarta-feira, junho 24, 2009

Os milhões da discórdia na Fórmula 1

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Max Mosley,
presidente da FIA:
depois do envolvimento
em escândalo sexual,
a tentativa de
endurecimento nas regras
da F1 não levou a nada.
(Foto AE).




Vou pedir licença ao nosso especialista em F1 para também dar meu pitaco nesse rolo todo envolvendo as equipes e a FIA.

Depois de idas e vindas, a Federação Internacional de Automobilismo, por meio de seu presidente Max Mosley, voltou atrás na exigência de um teto orçamentário e, por enquanto, vamos ter um campeonato no ano que vem nos mesmos moldes de 2009.

A saída honrosa, depois de 8 equipes ameaçarem com um calendário de corridas paralelas, foi uma declaração da intenção genérica de voltar aos custos da categoria na década de 1990.

Não tenho informações de bastidores, apenas acompanho a F1 há mais tempo até do que deveria, mas me parece que a disputa é muito mais embaixo do que se diz por aí.

Mosley, em 2008, foi envolvido num escândalo, segundo o tablóide britânico"News Of The World", teria aparecido num vídeo acompanhado de cinco mulheres, supostamente prostitutas, no que o jornal classificou como "orgia sadomasoquista com temas nazistas".

Não caiu da presidência, mas virou um verdadeiro zumbi. A categoria, que já era dirigida no que importa, a grana, por Bernie Ecclestone, teve aumento do poder das montadoras por meio da Fota, a associação dos donos de equipe.

Com a velha história de quem é ferido, reage violentamente, Mosley tentou impor via FIA algo que as montadoras nunca aceitariam: o teto orçamentário. O problema, creio, nem é tanto o valor, que já aceitara aumentar para 100 milhçoes de euros/ano. Mas sim que os fiscais da federação teriam acesso às despesas e poderiam conferir se o limite estaria sendo obedecido ou não.

Quem sabe como circula, de onde vem e todas as formas que existem de lavar dinheiro por meio do esporte sabe que isso nunca seria admitido.

Mosley não é nenhum ingênuo e conhece bem o esquema, mas radicalizou para negociar alguma coisa o que poderia ser até sua permanância num novo mandato. Não deu certo, as equipes bateram de frente e Ecclestone acabou fechando acordo para que tudo continue como está.

Bobo é quem, como eu, acorda cedo em domingo de corrida para ver essas máquinas movidas a grana... Mas é como no futebol, apesar de tudo, não consigo largar o vício.