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segunda-feira, julho 13, 2009

Parreira demitido, Luxa e Nelsinho no mercado, Mancini por um fio... Xi...

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O torcedor ficaria chateado, mas até poderia entender a derrota por 6 a 2 para o Vitória ontem como um simples “acidente de percurso”, conforme justificou o ainda técnico peixeiro Vágner Mancini. Mas vendo uma sequência terrível de partidas onde o time joga mal e/ou deixa escapar vitórias fáceis, não dá mais para o santista assistir de forma passiva à derrocada da sua equipe sem achar a quem culpar de forma imediata.

O Santos parecia até um time bem arrumado no Paulista. Mas, como as experiências repetidas a cada ano demonstram, nem sempre os estaduais são um parâmetro confiável para um campeonato ranhido e longo com o Brasileirão. Um dos pontos fortes do Santos no Paulistão era a participação ativa dos meio-campistas e dos atacantes na marcação. Neymar e Madson voltavam para a intermediária, assim como Paulo Henrique Ganso, que acompanhava as descidas dos volantes adversários. Triguinho, na lateral, se não era nenhum gênio no apoio, muitas vezes fazia o papel de terceiro zagueiro, liberando um ou dois volantes para atacar de acordo com a necessidade da equipe.

Mas, aos poucos, o esquema de Mancini foi desabando. Se uma ou duas peças não funcionam bem na equipe, pode-se trocar ou adequar alguém para a posição; se outros dois atletas se contundem, também dá-se um jeito; caso um atleta esteja em más condições físicas, é só promover um reserva... É assim que deveria funcionar em um clube minimamente estruturado ou “planejado” como gostam de dizer alguns doutores da bola travestidos de cartolas. Não é o caso do Santos.

Assim, o técnico tentou algumas vezes substituir Neymar por Maikon Leite, para exercer a mesma função já que ambos tem características parecidas. Como o atacante ainda sofria com sua adaptação pós-cirurgia, Molina virou a solução. Ou seja, o esquema teve que ser mudado. Na lateral-esquerda, com a contusão de Triguinho, Léo voltou mas, fora de forma, não conseguiu exercer a mesma função de seu antecessor. Naquela posição, Pará faz o santista entristecer pois comparar este “coringa” com outros históricos como Lima nos anos 60 e recentemente Elano, é pra fazer qualquer um desistir de torcer.

A última tentativa de inovação da parte de Mancini aconteceu ontem. Um esquema com três zagueiros de ofício, mas que, na prática, são três volantes, já que Paulo Henrique Rodrigues atuou mais à frente. Carpegiani foi esperto e, no lugar de um atacante, colocou um meia para dominar o setor, marcando a saída de bola do Peixe. E dominou. Os zagueiros ficaram distantes dos meias, expostos ao ataque do Vitória e aos avanços de Apodi (aquele) e, no mano a mano, a zaga santista sofreu como sofreria qualquer outra no planeta, ainda que fosse excelente (o que não é o caso). Pra completar, o goleiro Douglas achou por bem falhar bisonhamente no primeiro gol baiano e Domingos fez uma das piores apresentações de um zagueiro com a camisa do Santos, lembrando atuações pouco saudosas de Camilo, Pedro Paulo, Marcelo Fernandes, Marconato etc.

Assim, Mancini bambeia, mas não cai. Não achava que o presidente santista fosse demiti-lo logo depois do jogo, até porque ele finge ser cartola europeu, daqueles que dão “crédito” ao técnico por conta de seu trabalho. Se nem Nelsinho Baptista foi demitido imediatamente após o 7 a 1 para o Corinthians (precisou ser goleado por 4 a 0 para o Internacional em seguida), não seria Mancini vitimado assim.

O problema agora é saber quanto tempo durará o atual treinador santista e quem vem substitui-lo. As especulações acerca de Nelsinho e o perdulário Luxemburgo são de arrepiar. Junte-se a isso o fato de Parreira ter sido demitido do Fluminense e temos um pesadelo se desenhando. Como já disse, só Muricy pode salvar o Santos de mais uma campanha pífia no Brasileirão, já que a salvação imediata – a queda da diretoria do clube – só virá por milagre. Oremos.

5 comentários:

André disse...

Acabaram de mandar o Mancini embora. Ou seja, escolheram a solução mais fácil e vão procurar um salvador da pátria pro time.
Tá ruim torcer pro Santos com esta administração medíocre. Mas vamos lá, que venha o Muricy. Nelsinho 71 e Luxemburgo, nem banhados a ouro. E vai que o Serginho vire mais um "temporário permanente"? Ele treinou o Santos até razoavelmente bem em 94 (se não me engano) e pode ser uma saída barata em épocas de vacas magras...

Anselmo disse...

dureza... mas tem cara de um certo corpo mole do elenco, será q não?

Glauco disse...

Acho até que parte do elenco fez corpo mole, mas outra parte é ruim mesmo. Fora os que só perturbam o ambiente...

Segundo o blog do Alex, Muricy é o plano A, enquanto Luxemburgo (toc toc toc na madeira) é o B. A contratação do primeiro é difícil, já a do segundo parece bastante tranquila. Continuemos orando, ó, santistas...

Maurício Ayer disse...

Qualquer comentário que eu faça sobre os possíveis novos técnicos do Santos vai parecer que eu estou rogando praga. Calo-me.

Fabricio disse...

Poderia ser pior. O Atlético poderia estar mal e o Roth seria opção.

Lembram do meu palpite um tempo atrás de que o Roth caía e ainda assumia o Santos para terminar num 10.o - 14.o lugar?

Olha...