Destaques

segunda-feira, agosto 17, 2009

A segunda cerveja mais tradicional da Irlanda

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Outro dia eu estava conversando com um amigo que já está há três anos aqui em Dublin e, olhando para o imponente prédio do outro lado do rio Liffey, ele comentou que lá funciona a sede mundial da cervejaria Heineken. "-Como assim?!??", me espantei, uma vez que se trata de uma das marcas mais representativas da Holanda. "-Sei lá, bicho, só sei que a sede fica aqui na capital da Irlanda", emendou o conterrâneo. De fato, pesquisando pelos gugous da vida, confirmei que a holding da cervejaria fica no prédio visto na foto abaixo, mesmo. Se não for pra pagar menos imposto, acho que a escolha recaiu mesmo pela extrema popularidade da Heineken entre os irlandeses.


Às vezes dá a impressão de que ela é até mais consumida aqui do que a sagrada Guinness, mas não encontrei nenhuma pesquisa que pudesse corroborar minha suspeita. Nos pubs, as duas marcas são, de longe, as mais pedidas. Para mim, bêbado velho que comecei a beber Heineken há exatos 20 anos, às vesperas da maldita eleição do Collor (meu cunhado trabalhava na capital paulista e costumava levar cervejas estrangeiras que comecavam a aparecer nos supermercados brazucas para o meu pai - e, por tabela, para mim), a preferência irlandesa muito me apetece. Pena que custe tão caro para meus padrões - cerca de 2,50 o latão de 500ml no supermercado, o que dá uns 6 reais e pouco. Nos pubs, a pint (também meio litro) varia entre 4 e 5 euros, ou 11,5 a 14,5 reais. Por isso sinto saudades da garrafa verde de 650ml que eu pagava 5 contos na avenida Paulista. Quem diria, Dona Maria...

6 comentários:

Maurício Ayer disse...

Esse mundo tá muito pequeno...

Maurício Ayer disse...

Aliás, Marcão, tô vendo que apesar de sua compreensível lamúria com relação ao preço da cerveja, o senhor tá bem alimentado, elegante e gozando de plena saúde. Salve!

Brunna disse...

Exatamente Maurício!
O bam é que podemos ver que o Marcão esta firme e forte que nem pudim de pinga!

Glauco disse...

Álcool sustenta, minha gente.

Anselmo disse...

e cerveja é pão liquido.

agora, pensando no manguaça cidadão, seria o caso de um governo garantir a soberania manguaça de um país, valorizando as marcas nacionais? Ou a prioridade seria a qualidade e o gosto da população, quer dizer, o que o povo gosta é o que o povo vai ter direito de beber?

Maurício Ayer disse...

Neste ponto, Anselmo, acho que devemos lembrar o dito de Frank Zappa, um país que não produz sua própria cerveja não é digno de ser chamado de país. Dada a qualidade da cerveja brasileira, a pouca diversidade qualitativa e o baixo grau de exigência, podemos concluir que o Brasil, por este critério, é apenas um esboço de país.

Assim, acho que o governo deve estimular a produção própria e também o incremento da qualidade. Mas aprender com a experiência internacional é bastante salutar, então não vejo problema em se incorporar marcas internacionais à produção nacional. Ou então, pelo menos, a concessão de bolsas manguaças a profissionais que queiram aprimorar sua capacidade de produção e a cidadãos que queiram aprimorar sua capacidade de degustação. Afinal, não haverá melhora na qualidade da produção sem melhorar na qualidade do consumo. E vice-versa.