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segunda-feira, outubro 26, 2009

Os acréscimos

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Antes de mais nada: o São Paulo tem bem, bem mais time que o Santos. Mereceu ganhar o jogo de ontem. E não é à toa que briga pelo título, enquanto o Santos patina no campeonato. OK? Então simbora falar o que precisa ser falado.


Meu maior momento de perplexidade na Vila Belmiro nesse domingo não foi no precoce gol santista, nem na virada tricolor no início do segundo tempo, tampouco no gol de Rogério Ceni. Foi quando vi, nas mãos do árbitro reserva, a placa digital que indicava "3". Em um primeiro momento achei que fosse uma indicação ao jogador do São Paulo que deixaria o campo (havia um atleta em aquecimento). Mas não, o "3" era uma referência ao tempo que seria acrescentado ao final da partida.


Três minutos. Carlos Eugênio Simon decidiu dar três minutos de acréscimo.

Isso em uma etapa que teve seis substituições, atendimentos médicos e, o mais importante, um lance que demorou mais de cinco minutos para sua conclusão (refiro-me, obviamente, à expulsão de Rogério Ceni).

Imagino que a vida de um juiz de futebol não seja das mais fáceis. Afinal, trata-se de decidir, em frações de segundo, lances rápidos e que gerarão impactos infindáveis. Por isso costumo ter certa paciência com os erros de arbitragem.

Mas o que aconteceu na Vila nesse domingo não foi um "erro". Carlos Eugênio Simon não "errou" ao dar apenas esse acréscimo. Ele conhece a regra do jogo, sabe a quantidade de substituições que foram dadas, e tem ciência do tempo perdido com as confusões de uma partida.

Simon optou por dar apenas três minutos de acréscimo. O fez de maneira intencional. Acredito que não caiba a menor discussão quanto a isso (a não ser que alguém me fale, amanhã, que o cronômetro dele estava quebrado).

A dúvida que fica é qual foi o interesse de Simon com a atitude.

2 comentários:

Nicolau disse...

Realmente, o acréscimo foi bizarro. Mas o Santos vacilou muito. E o São Paulo continua na briga.

Gustavo Amigo disse...

Minha tese é a seguinte, o que Ceni falou para o Simon pesou, pesou forte. Ceni, CDF como é, deve ter vomitado a regra na cara do Simon, logo em seguida deve ter dito que iria pressionar para que ele não mais apitasse jogos do São Paulo. Simon deve ter pensado na vida e decidiu errar para o outro lado, sabecomé, para deixar essa história de lado.