Destaques

quarta-feira, novembro 25, 2009

Como entender as respostas escatológicas de Gabeira e Juca Ferreira

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Na terça-feira, 24, a Folha de S.Paulo publicou denúncia de que deputados envolvidos em campanhas eleitorais (como candidatos ou articuladores) teriam usado a verba indenizatória da Câmara dos Deputados para custear a ação política pessoal visando ao pleito.

Foto: Morrison Cavalcante/Agência Câmara
Foram citados na matéria sete parlamentares, entre os quais Fernando Gabeira (PV-RJ), candidato a prefeitura do Rio de Janeiro. Ele teria alugado um carro para seu próprio transporte durante a campanha. O motivo?

– O meu carro, se me permite a expressão, não há cu de peruano que aguente. Os caras andavam comigo em um Gol, não dava para colocar quatro pessoas

A menção às terminações do sistema digestivo do país governado por Alan Garcia parece ser mais comum no Rio de Janeiro do que em São Paulo. Mas mesmo assim, não consigo entender a relação com um carro pequeno de cinco lugares ocupado por quatro pessoas. Como assim?

Foto: Divulgação Ministério da Cultura
Eis que outro integrante do PV, o ministro da Cultura Juca Ferreira, apostou em outra resposta que beira a escatologia.

Deputados da oposição tentaram transformar uma audiência sobre o Vale-Cultura (análogo ao vale-refeição que dá acesso a teatro, cinema, livros etc.) em um palanque de críticas ao governo. Tudo por causa de um folder com os nomes dos parlamentares que apoiam a iniciativa do Ministério.

Juca acusou a imprensa e a oposição de mentirosos:

– Meu pinto, meu estômago, meu coração e meu cérebro são uma linha só. Não são fragmentados. Fui desrespeitado pela imprensa que reverberou sem investigar e por dois ou três deputados – disparou. – Não acredito em pessoas que não têm capacidade de se indignar. Vocês (jornalistas) recebem (dinheiro) para escrever mentira – acusou.

Embora eu não consiga (nem tente) entender bem como usar todos os órgãos em uma mesma linha – a não ser, talvez, numa parrilla argentina – até posso vislumbrar a indignação do ministro da Cultura por ver um momento crucial da tramitação do Vale Cultura na Câmara se diluir em um debate paralelo (ou uma lambança, dependendo do ponto de vista).

Em 1989, o então candidato a Presidência da República, Fernando Collor de Mello, mencionou, em um comício, que tinha "aquilo roxo", afirmando sua própria masculinidade em alguma relação obscura e que é melhor não imaginar entre as duas coisas.

Houve caso recente de bate-boca entre parlamentares com citações a "merda" (ou "de merda", para ser preciso).

Mas como explicar a sequência de escatologias no mundo da política?

6 comentários:

luis augusto simon disse...

alan garcia, anselmo..., bem, mantendo a linha (falta de linha?) de gabeira e juca...alan garcia, alejandro toledo é tudo a mesma merda....

Glauco disse...

Do jeito que vai a tal da "ficha suja" vai adquirir sentido literal.

Anselmo disse...

ops.. correção feita. valeu!

e ninguém apresentou teorias sobre como os peruanos terminaram merecedores de condiçoes precárias de acomodação veicular. E nem sobre o que o cu deles tem a ver com o resto.

Nicolau disse...

Coisa desagradável botar o cu alheio na conversa, rapaz! Sobre os motivos, um ponto de contato entre os dois casos é o partido. Será o PV um partido malcriado, como diria minha mãe?

Renato K. disse...

Eu não veria problema algum no fato se não fossem eles mesmos, os nossos políticos, uns merdas.

Marcão disse...

Nunca tinha ouvido essa expressao, mas, pelo o que entendi da anal(opa!)ogia, se o carro nao tem espaco suficiente, entao o dos peruanos seria/estaria apertado. Algum fato historico para essa fama?