
Das paixões, daquelas de vida inteira, poucas vão aumentado no dia cada dia mais velho. Tempo sem jeito, com alento de ouvir Tom.
Aquele Jobim que partiu faz 15 anos. O das melodias que, dizem alguns, plagiadas dos mestres Villa, Chopin, mas que fazem rombos na´alma ( até de quem não crê em alma).
Coincidências dessas da vida por aí, nas mãos, sem saber da data, a biografia do maestro soberano por Sérgio Cabral. Centenas de páginas devoradas em poucos dias. Ali, sem disfarces, um homem que viveu para a música e para conseguir "pagar o aluguel". Amou, viveu, compôs, bebeu (e muito) no meio disso tudo.
Fez mais. Música popular chegar bem alto, o Brasil existir no mundo das canções. Fez a sabiá levantar voo, o Urubu chegar e cortar os céus, fez sonhos com Lígias, Luízas, garotas de Ipanema. Fez águas de março não anunciarem só tragédias.
Dessas outras coincidências não programadas, o disco Urubu cai nas mãos e lá um tesouro, a faixa Saudade do Brasil, de disco gravado em outubro de 1975 nos EUA. Como viver tanto tempo sem ter ouvido? Sem palavras, e precisa? O Deus da melodia existe.
No texto do maestro no disco, o verso final: "A vida era por um momento./ Não era dada./ Era emprestada./ Tudo é testamento.
Obrigado, maestro Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim.
Uma das minhas primeiras lembranças que tenho do Tom Jobim permanece sendo o comercial que ele, ainda vivo, gravou com um Vinícius de Moraes representado por um efeito de computador.
ResponderExcluirAo som de "Eu sei que eu vou te amar", ambos degustavam uma Brahma. Ou Antarctica? Deu branco.
ache importante a menção a "o comercial que ele, ainda vivo, gravou".
ResponderExcluiro Tom Jobim não era um manguaça das proporções do Vinícius de Morais, mas seguia um padrão competitivo, segundo relatos.
eu só acho que essa turma deveria ter apostado mais na cachaça, em vez do uísque...
Que textinho bicha! ô, rapaz, poesia não quer dizer viadagem, você entendeu errado.
ResponderExcluirTaí, com a capa do "Urubu" o Fredi presta sua singela homenagem ao Flamengo. E eu, que hoje trabalho na escola de música Tom Jobim, me junto ao companheiro (sem viadagem, apesar do que sentiu o anônimo) nesta dupla homenagem.
ResponderExcluirO correto é beber o morto. Lembrando que ontem também foi aniversário de morte de John Lennon, 29 anos.
ResponderExcluirnossa. vocÊ é muito bom cara. brincadeira, brincadeira... ow, tirando a rasgação de seda de vocês... vai toma no cu! e pega no meu jobilau. kkkkk a cada dia dia do dia, mais longo no seu toba! kkkkkkkkkkkkkk ai ai jobinm um mestre!
ResponderExcluirAniversário de nascimento do Jim Morrison.
ResponderExcluirMuito bom o texto, Frédi. Eu também devorei esse mesmo livro em um ou dois dias, há mais de 10 anos. E todo santo dia o Tom reverbera no cérebro: "Quanta cachaça/ Na minha dor...".