Destaques

sábado, janeiro 10, 2009

As imagens que dizem mais

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Acima, matéria jornalística de Mohammed Vall, da rede de televisão Al Jazeera. As imagens falam por si. E, pra não dizer que não damos o famigerado dogma jornalístico do "outro lado", um vídeo abaixo que mostra a "diferença" entre o exército israelense, auto-intitulado o "mais ético", e os palestinos. Tocante a cena do militar acariciando um gatinho em Gaza, apoiando um velhinho e brincando com crianças... De fato, pode-se ver como alguns militares de Israel cuidam da segurança dos palestinos nessa notícia.

 



Leia o que o Futepoca já escreveu sobre a Palestina:

sexta-feira, janeiro 09, 2009

O encontro das fotos com o fotógrafo em um bar

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Domingo de calor em Taquaritinga, interior de São Paulo, e o amigo Taroba me chamou pra tomar um "sorvete" (três bolas de chocolate e duas doses de vodka) no mítico Bar do Tadao. Chegando lá, um rapaz mostrava com todo o cuidado, para um grupo muito compenetrado de 10 a 12 pessoas, algumas fotografias em papel, coisa rara em tempos de maquininhas digitais. Percebi que eram imagens de algum show de rock, mas, como já não conheço quase ninguém na cidade em que nasci, não quis me intrometer. Só que o Taroba já voltava com os "sorvetes" e cumprimentou o dono das fotos: "- E aí, Miau, beleza?". E acrescentou, para meu espanto: "-Ah, você está com aquelas dos Ramones aí? Pois esse aqui é o Marcão, foi ele quem fez as fotos!". Todos olharam estupefatos para a minha cara. Era verdade. Duas dessas fotos: o guitarrista Johnny Ramone (acima) e o baixista C-Jay (abaixo).

Bom, pra resumir: o Miau se chama Gustavo, é professor de Filosofia, fanático pela banda dos falecidos Joey, Dee Dee e Johnny Ramone mas, infelizmente, não tinha idade, na época, para ter ido a um show deles. Então lhe contei a história das imagens, que ele guarda como relíquias (as cópias eram do Taroba, que o presenteou). Essas fotos eu fiz no último show dos Ramones no Brasil, em março de 1996, para o jornal Tribuna de Indaiá, de Indaiatuba (SP). Foi uma gambiarra só: eu era editor de Esportes (nada a ver) e um amigo que trabalhava em Campinas tinha o esquema para tirar credenciais de fotógrafo mas não podia ir. Eu pedi a câmera para o meu jornal e paguei a passagem do bolso, numa excursão de um fã-clube local. A concentração foi num bar e a viagem, ida e volta, uma bebedeira (e fumaceira) daquelas.

Já no interior do Olympia, em São Paulo, eu e outros fotógrafos ficamos espremidos em 1 metro de corredor entre o palco e a grade isolante dos malucos da platéia, que nos socavam e cuspiam. O esquema era cruel: só podíamos fotografar até a quinta música - o que, em termos de Ramones, daria no máximo 10 minutos. Era proibido usar flashes e os holofotes piscavam ao ritmo das pancadas de Marky na bateria. Ninguém tinha máquina digital e, por isso, cada clicada era um mistério. Se o disparo ocorresse no milésimo de segundo em que a luz se apagava, não sairia nada. Esse foi o motivo de eu ter clicado 36 vezes e aproveitado só umas 10 fotos.

Ao contar isso para o Miau e outras pessoas que hoje têm menos de 25 anos, nunca me senti tão dinossauro (rsrs). Nem tentei explicar como fizemos para revelar os fotolitos, riscar a diagramação, colar os past ups... Tratamento de imagem? Nem em sonho! Buenas, mas chega de velharia. Só registro aqui mais uma das inúmeras situações insólitas que o bar, esse mito, sempre me proporciona. Hey ho, let's go! E manda mais um "sorvete", Tadao!


Outras duas: os malditos holofotes piscando sobre o baterista Marky (à esquerda) e outro deles ofuscando o rosto do finado Joey Ramone (à direita). Quase impossível manter o foco com os empurrões da malucada





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Zico assume CSKA e vai estrear na Copa da Uefa

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Depois de passar um tempo treinando o Bunyodkor, do Uzbequistão (onde conquistou as importantes Liga Nacional e a Copa do Uzbequistão), o ex-jogador e agora técnico Zico (foto) assume agora o comando do CSKA, de Moscou - time do atacante brasileiro Vagner Love. O Galinho entra no lugar de Valery Gazaev, demitido em dezembro. O primeiro compromisso do treinador está agendado para o dia 19 de fevereiro, contra os ingleses do Aston Vila, pela fase de mata-mata da Copa da Uefa. Será que está pintando um futuro concorrente ao posto de Dunga? Se o critério de escolha for o mesmo, Zico não precisa nem ganhar nada. Aliás, não precisaria nem ter treinado time nenhum...

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Israel e o mito da liberdade de imprensa

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É sempre difícil acrescentar algo em relação ao que acontece na Faixa de Gaza sem repetir quem faz uma excelente cobertura da tragédia gestada no Oriente Médio. O Idelber Avelar vem trazendo notícias e informações relevantes sobre os ataques israelenses, mas uma saltou aos olhos e interessa ser analisada aqui, já que diz respeito à imprensa e todos os membros desse blogue nela trabalham.

Ele cita um belo furo do Cloaca News , que descobriu o blogue de uma jornalista de O Globo e que também aparece na Globo News, Renata Malkes, que faz a cobertura ou algo que se assemelhe a isso, do Oriente Médio. De ascendência judaica, ela não hesita em fazer comentários preconceituosos e cheios das certezas típicas de quem não respeita a diversidade e a diferença.

O tal blogue, denominado Balangan, foi abandonado pela jornalista, mas o Cloaca, com o auxílio da Wayback Machine, resgatou o que ela escreveu de 2002 a 2007. Em um determinado post , diz que os árabes são mentirosos, reforçando a idéia com uma parabolazinha em outro. Já noutro texto exulta ter sido aceita no exército . Sim, sim, é essa pessoa que está encarregada de fazer a cobertura “imparcial” do “conflito” na Faixa de Gaza.

O serviço isento do objetivo jornalismo da grande imprensa brasileira, como o praticado por Veja, que justificou os ataques israelenses como nem a assessoria de imprensa do governo faria, coadunam com a “liberdade de imprensa” que existe em Israel. Os jornalistas estrangeiros foram proibidos de entrar na Faixa de Gaza, algo que foi denunciado  por Ethan Bronner, do The New York Times. Enquanto as notícias sobre a trágica situação dos palestinos só chegam ao resto do mundo por meio de blogues, sites independentes e pessoas que já vivem agora o cerceamento de comunicação (já que lá não há no momento sequer eletricidade), há amplo acesso ao sul de Israel para a mídia, local onde chegam os foguetes do Hamas. Não é de se estranhar, já que governo israelense também não é muito tolerante com opiniões contrárias à sua política de apartheid e inclusive já foi responsável pela prisão e espancamento de um jornalista premiado, Mohammed Omer, correspondente da Inter Press Service na Faixa de Gaza, como se pode ver aqui.

Alguém pode dizer como a mídia daqui relataria tais fatos se ocorressem na Venezuela?

Leia o que o Futepoca já escreveu sobre a Palestina:

Tiquira - a cachaça de mandioca brava

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Famoso pelo exclusivo e exótico Guaraná Jesus, o estado brasileiro do Maranhão também possui uma peculiaridade na produção etílica. Trata-se da Tiquira (à esquerda), cachaça produzida a partir da mandioca brava. Quando ganhei uma garrafa do colega Gerson, já citado aqui no Futepoca, tomei um susto: pensei que estava me dando um frasco de Pinho Sol lavanda (abaixo). Mas a cor da Tiquira é essa mesma, roxa. Pela internet, descobri que isso se deve à infusão de folhas de tangerina durante o processo de destilação. E o negócio é forte: Gerson disse que quase desmaiou quando provou um gole, lá em São Luís, e que seu cunhado, cachaceiro de respeito, acusou o golpe e parou no meio copo. Entre os maranhenses, corre a lenda de que, se tomar banho depois de beber Tiquira, a pessoa morre. Segundo o Sistema de Informações Agroindustriais da Mandioca Brasileira, o teor alcoólico da bebida gira em torno de 45º. Bom, ainda não tive coragem de experimentar. Mas vou levá-la amanhã ao bar Pinheirinho, no bairro Pinheiros, aqui em São Paulo (rua dos Pinheiros, 1.183, a partir das 20h30). Quem tiver coragem, que se arrisque. Porém, por via das dúvidas, é bom não tomar banho ao chegar em casa...

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quarta-feira, janeiro 07, 2009

Por que você torce para o seu time?

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Se o futebol entra de forma diferente na vida de cada pessoa, o que dizer do time do coração, que desperta paixões de tal monta que às vezes ultrapassam o próprio gosto pelo esporte bretão? O grau de fidelidade a um clube varia, indo desde a simples convenção social que praticamente obriga que o cidadão, mesmo alheio ao futebol, tenha que se declarar adepto de alguma agremiação; até o fanatismo daqueles que dizem com cândida sinceridade que dariam a vida pelo time.

Mas como surge essa marca que nos acompanha pelo resto da vida (com exceção dos vira-casacas, obviamente)? Tentaremos aqui elencar os mais variados motivos que levam alguém a se tornar um torcedor. Veja qual deles foi o seu e, se não for nenhum, deixe seu depoimento.

Os pais – se o pai ou a mãe forem de fato apaixonados por um clube, é difícil para a criança escapar da sina. Torcer para uma camisa é algo que se aprende antes de falar, algo tão natural quanto segurar a colher ou usar o penico. Quando o garoto vai se questionar porque grita “gol” junto com o pai, já é tarde demais. Claro que também pode haver o efeito contrário: a criança pega birra e, de forma cruel, passa a torcer para o rival. Contudo, se o guri não for cuidado com apego e atenção ou se os genitores não ligarem para futebol, abrem-se as portas para influências externas pra lá de perigosas.

Tios e padrinhos – você não gosta muito de bola ou passa muito tempo longe dos filhos. Às vezes são períodos longos de viagem e seus rebentos convivem durante muito tempo com padrinhos ou tios, que mimam seus bebês com gracejos, presentes, idas ao estádio etc. Quando você se dá conta, tem um inimigo dentro de casa. Mas tudo bem, você não liga muito pra futebol mesmo. Contudo, não tenha dúvidas que vai se irritar muitas vezes durante a vida...

Amigos – outro tipo de influência que pode ser perniciosa. O menino está inserido em um meio social onde a maioria torce pra determinada equipe. Hesitante, ele tenta resistir. Mas o time da maioria está ganhando sempre, o do moleque está na fila e, de repente... ele se converteu! Quando crescer, pode até não lembrar que começou a torcer por causa dos amigos, mas as reuniões de família aos domingos não vão lhe deixar esquecer.

Namorado (a) – acontece muito com moças que não se ativeram de fato a um time. Ela conhece um rapaz que é torcedor fiel de uma equipe e, a partir daí, tem duas opções: tolerar e/ou ignorar os maus hábitos do camarada ou tentar adentrar no mundo dele. Se a escolha for a última, é meio passo para compartilhar da mesma doença do parceiro. O tal gosto pode se desfazer junto com uma eventual separação ou, se a afinidade com o clube for firme, resistir e se tornar parte do cotidiano da pessoa.

A moda – como visto no exemplo acima, uma onda favorável de um time pode ser fator determinante para o desempate ou para que alguém se declare torcedor – mesmo “socialmente” - de uma equipe. Não fosse isso, o Santos, oriundo de uma cidade média, jamais teria uma das dez maiores torcidas do país, algo cultivado na década de 60. A exemplo do São Paulo, que também ganhou adeptos no início dos anos 90. Embora a lenda diga que nem sempre esse seja o torcedor mais convicto, na prática, não é possível diferenciá-lo muito dos “torcedores de cabresto” forjados pelas famílias.

Partida marcante – às vezes o menino está ali, meio à toa e hesitante em relação a um time. E, de repente, se encontra diante de uma promessa de espetáculo, uma decisão ou um jogo histórico. Mal percebeu e começou a sofrer ou vibrar assistindo à partida, mesmo sem saber direito a razão. Pronto, virou torcedor. Há exemplos disso dentro desse próprio blogue e em cada boteco do país.

A casa – já diria Fernando Pessoa, pelo heterônimo de Alberto Caeiro, que o rio da aldeia dele era mais belo que o Tejo, mesmo sem sê-lo. Isso faz com que muitos times do interior tenham fãs apaixonados, porque vêem nele uma forma de ligação com o lugar de onde vieram, um cordão que não é conveniente que seja rompido. Também explica porque equipes que são jovens, como o São Caetano ou o Barueri, consigam encontrar alguns torcedores – não muitos, claro – mas que atestam a existência da equipe.

E aí? Qual é o seu caso?

O que fez você torcer para o seu time?


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terça-feira, janeiro 06, 2009

2009 mal começou e já pedimos seu apoio

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Começando um novo ano, após merecido recesso deste trabalho não-remunerado mas prazeroso que é o Futepoca, já vamos dar aos leitores uma notícia que nos orgulha muito. Esse espaço foi indicado para três categorias diferentes no Best Blogs Brazil, uma das mais importantes premiações da internet brasileira. Humildemente concorremos para Melhor Blog, Melhor Blog de Esportes e Melhor Blog de Política.

À primeira vista, este é o único blogue que concorre em três categorias diferentes. E, pra quem não lembra, em 2007 vencemos como Melhor Blog de Esportes, mesmo competindo com blogues de jornalistas da grande imprensa. De novo, enfrentamos o pessoal que está na mídia há tempos, mas vamos para o jogo. Mesmo começando a campanha só agora, contamos com seu apoio e seu voto para fazermos bonito na disputa.

O link para se cadastrar está aqui. É rapidinho e você pode votar no Futepoca nessas três categorias e também aproveitar e prestigiar outros ótimos blogues nas demais categorias. Aliás, competindo com a gente tem sites muito bons que merecem visitas e votos. Se não for com a nossa cara, não percam a chance de votar neles.

Balanço das contratações: Corinthians monta bom time para 2009

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O tradicional – e chatíssimo – período de entressafra do futebol nacional está chegando ao final e já é possível – atendendo a pedidos – fazer uma primeira avaliação das contratações e da formação dos times para 2009. Muita coisa ainda pode mudar, mas algumas equipes já parecem ter estabilizado seus elencos. É o caso do Corinthians, de quem falarei aqui. A diretoria afirma já ter fechado o elenco para o ano, apesar de manter aberta a possibilidade de negócios de ocasião com bons jogadores – brecha que serve basicamente para manter a expectativa para a cada vez mais improvável vinda do atacante Kleber.

O alvinegro vem com uma base montada do ano passado – somente com a saída quase certa de Herrera até agora – e contratou seis reforços para 2009. Na zaga, chegou Jean (ex-Grêmio) e está quase tudo certo para a vinda do argentino Escudero, que deverão ser reservas de William e Chicão juntamente com os pratas da casa Renato e Diego. No meio, o ex-botafoguense Túlio chega para disputar a posição de volante com Fabinho e Christian, além de Bruno Octavio e Marcelo Oliveira. Também do Botafogo vem Jorge Henrique, que deve disputar posição com Dentinho. Por fim, no ataque, dois centroavantes: Souza (ex-Goiás e Flamengo) vem da Grécia para revezar com o maior reforço do time (em mais de um sentido), Ronaldo.

A agilidade das contratações impressionou. Faz muito, mas muito tempo mesmo que o Corinthians não começa uma temporada com um elenco montado e técnico contratado. As posições reforçadas são as que precisavam de opções, o que demonstra planejamento. Talvez eu tivesse ido atrás de um lateral direito, mas Alessandro parece ser homem de confiança de Mano Menezes. A contratação de Túlio pode ser questionada por já ter muitos volantes no elenco, mas entendo que a diretoria está se preparando para perde Fabinho no meio do ano.

Com as novas contratações, o estilo de jogo do time deve mudar. Com o brigador Herrera, a marcação começava já no ataque. Agora, com a entrada de Ronaldo ou Souza, é possível que Mano Menezes tente ajustar a marcação com um volante mais pegador que Elias. Com a suspensão de Morais, o time titular poderia ser: Felipe; Alessandro, Chicão, William e André Santos; Fabinho, Túlio, Douglas e Elias; Dentinho e Ronaldo.

É um bom time e tem uma base formada e entrosada. Fora o ataque, que precisava mesmo melhorar, os reforços trazem opções para o elenco, diminuindo a chance de uma contusão acabar com o time. Mano Menezes procurou jogadores que possam executar mais de uma função, como Jorge Henrique, que funciona como meia-atacante, e Escudero, que é zagueiro e lateral esquerdo.

Como diferencial, tem Douglas, um dos poucos meias pensantes do país hoje, o agressivo e habilidoso lateral André Santos e a boa revelação Dentinho, que tem sua chance de estourar. Além disso, tem uma dupla de volantes firme e de bom passe, dois zagueiros sérios e um bom goleiro. A grande incógnita é como será o desempenho de Ronaldo. Se conseguir atuar bem e manter uma seqüência (segundo o Paulo Vinícius Coelho, a última vez que ele jogou mais de seis jogos seguidos foi em 2004...), pode desequilibrar. Se jogar bem e apenas em alguns jogos, com um reserva decente (Souza), não deve atrapalhar.

PS.: Um feliz 2009 para todos, com muita cerveja, bons jogos de bola, saúde e essa coisa toda.

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Som na caixa, manguaça! - Volume 31

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ROMANCE DE UMA CAVEIRA
(Alvarenga/ Ranchinho/ Chiquinho Salles)

Alvarenga e Ranchinho

Eram duas caveira que se amava
E à meia-noite se encontrava
Pelo cemitério os dois passeava
E juras de amor então trocava

Sentado os dois em riba da lousa fria
A caveira, apaixonada, ansim dizia
Que pelo caveiro de amor morria
E ele, de amor, por ela vivia

Ao longe uma coruja cantava alegre
Ao ver os dois caveiro ansim feliz
E quando eles se beijava, em tom funébre
A coruja, batendo as asa, pedia bis

Mas um dia chegou de pé junto
Um cadáver novo de um defunto
E a caveira pr'ele se apaixonou
E o caveiro antigo ela abandonou

O caveiro tomou uma bebedeira
E matou-se de um modo romanesco
Por causa dessa ingrata caveira
Que trocou ele por um defunto fresco

(Gravação de 1957 no CD "Violeiro Triste", Revivendo, 2005)


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segunda-feira, janeiro 05, 2009

PQFMTMNETA 5 - O quarto goleiro do Grêmio vai para a seleção principal

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Breve introdução aos que não conhecem a série: PQFMTMNETA é abreviação para "Parece que faz muito tempo, mas nem é tanto assim". Nesse espaço, mostraremos eventos do futebol acontecidos há, no máximo, cinco anos, que causaram polêmica na sua época, e que depois caíram no esquecimento.

PQFMTMNETA 5 - O quarto goleiro do Grêmio vai para a seleção principal (2007)

Em março de 2007, a seleção brasileira tinha dois amistosos, contra Chile e Gana, agendados. Como de costume, Dunga fez sua convocação sem muitas surpresas. Os nomes para o gol seriam Júlio César (Internazionale) e Hélton (Porto). Acontece que o ex-vascaíno sofreu uma lesão e não poderia integrar o escrete canarinho. Para o seu lugar, Dunga resolveu inovar: chamou Cássio, do Grêmio.

Dois meses antes, em janeiro de 2007, Cássio havia sido um dos principais nomes da seleção brasileira que conquistara com sobras o Sul-Americano Sub-20. Mas suas boas atuações pela seleção jovem não o fizeram ter destaque no Grêmio: no elenco tricolor, Cássio era apenas a quarta opção para a meta, atrás de Saja, Marcelo Grohe e Galatto.

Dunga justificou a convocação de Cássio por três motivos. O primeiro foi o bom desempenho no Sul-Americano; o segundo, a dificuldade de desfalcar algum clube com a convocação às pressas de outro nome; e o terceiro, a intenção de observar Cássio já tendo em vista os Jogos Olímpicos de Pequim, que aconteceriam em pouco mais de um ano e meio.

Cássio nem chegou a entrar em campo pela seleção principal. O que é quase uma regra quando se trata de goleiros reservas, aliás. Mas a fama que obteve certamente colaborou para que, dois meses depois do chamado de Dunga, o atleta fosse negociado com o PSV da Holanda, por pouco menos de R$ 4 milhões. Ele deixou o futebol brasileiro sem praticamente ter jogado pela equipe principal do Grêmio.

Apesar de ter recheado o bolso e de estar curtindo as belezas da Holanda, a vida de Cássio desde então não foi das mais fáceis. Entrou em campo uma única vez pelo PSV e não foi convocado para a Olimpíada - os goleiros que Dunga levou para a China foram Diego, do Almería, e Renan, à época no Inter de Porto Alegre e hoje titular do Valencia.

Mas 2009 parece que será um ano agitado para Cássio: sua transferência para o Vasco está bem encaminhada, e ele tem tudo para ser o arqueiro que o clube da Colina precisa desde a saída de Hélton - coincidentemente, o mesmo jogador que abriu a vaga para que o então quarto goleiro do Grêmio fosse chamado para a seleção.

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"Tomei 60 doses e fui dormir no meio do mato"

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A capacidade manguacística do ser humano é um negócio muito sério. Principalmente quando a bebida é grátis. Em Campinas (SP), o Bar do Kim, no Parque Jambeiro, promove todo 2 de janeiro o "Dia do Pingaiada". Agradecido por seu comércio ter se consolidado principalmente com a venda de cachaça, o proprietário Florivaldo Lisboa de Brito decidiu retribuir a generosidade dos pinguços e, já há quatro anos, nessa data, libera de graça doses de pingas variadas, conhaque, vodca, vinho, batidas, amarula, menta e outras beberagens menos recomendadas.

Neste ano, um dos que compareceram à esbórnia deu um depoimento surpreendente: "Ano passado tomei 60 doses de pinga e fui dormir no meio do mato. Este ano vão ser 'só' 40", minimizou o pedreiro Dirceu Aparecido Morge, apelidado muito apropriadamente de "Cozido". Ao seu lado, o carpinteiro Eduardo do Prado inventou uma tese muito interessante para não se classificar como "bêbado". "Tomei um pouquinho de cada. Fico embriagado, mas não bêbado. Bêbado é aquele que cruza as pernas e cai na rua, embriagado vai onde quer".

Mas o melhor foi a explicação do dono do bar para a escolha da data do "Dia do Pingaiada". "Dia 1º de janeiro a turma bebe muito, então faço no dia seguinte que o pessoal bebe menos", entregou Florisvaldo, o Kim. E por "beber menos" temos que considerar que os 300 manguaças que se deslocaram ao Parque Jambeiro este ano consumiram 53 litros de bebidas destiladas e fermentadas. "A bebida aqui nunca acaba, mas tem uns que bebem demais, vão para o outro lado da calçada e dormem um pouco. Só que depois ainda voltam para beber mais", arrematou Kim.


Os bebuns do Parque Jambeiro, em Campinas, no "Dia do Pingaiada" (com informações do Cosmo On Line e foto da Agência Anhangüera)


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