Destaques

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Soninha assume subprefeitura na segunda-feira

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DIEGO SARTORATO*

Num bate-papo exclusivo, a vereadora de São Paulo Soninha Francine (PPS) fala sobre o Futepoca e a iminência de assumir a Subprefeitura da Lapa:

FUTEPOCA - Soninha, vimos que foi você quem fez a indicação do Futepoca ao prêmio The Bob's. Você é leitora do blogue?
Soninha - Sim, e sou leitora desde bem antes do The Bob's, leio desde que começou. Como a vida é muito corrida, não consigo ler tudo o que gostaria, mas estou sempre dando uma espiada. Eu conhecia um dos rapazes que participava no começo, acho que era Eduardo (provavelmente, o colaborador Eduardo Maretti). Não me lembro.

FUTEPOCA - E você gosta do blogue?
Soninha - Gosto, gosto bastante. O pessoal lá é de esquerda, né?

FUTEPOCA - Falando em esquerda, você deve assumir em breve a Subprefeitura da Lapa, por indicação do prefeito Gilberto Kassab (DEM). Já está tudo certo?
Soninha - Sim, estive visitando o prédio e conversando com o pessoal. Tudo indica que segunda-feira (19 de janeiro) tomo posse, a não ser que aconteça um puta imprevisto, mas não acredito nisso (risos).

FUTEPOCA - E como fica isso, de você, identificada com a esquerda, assumir uma subprefeitura em um governo do DEM, ex-PFL? Você tem sido criticada por isso.
Soninha - O DEM tem uma posição política da qual eu discordo. No segundo turno, não fiz campanha para o Kassab porque não me senti confortável em fazer campanha pelo candidato do DEM, embora ainda aprove a decisão do meu partido de permanecer na oposição ao PT. Mas a gestão pública não é uma gestão partidária. Uma enfermeira de hospital público filiada ao P-Sol teria que se demitir porque o prefeito da cidade é do PSDB? Claro que não. Eu quero o poder. O poder de fazer o possível. Por isso aceitei esse cargo executivo, e o pessoal de esquerda lá do bairro ficou super feliz com a minha nomeação, porque eu vou dar atenção às calçadas, à acessibilidade, questões importantes. Imagina se o nomeado fosse um linha dura...


*Diego Sartorato é jornalista, corintiano, comunista, pró-palestinos, apreciador de 'vodka' Zvonka e colaborador bissexto do Futepoca.

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Acidente com Brasil de Pelotas: três mortos

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Um acidente na noite passada com o ônibus que levava os jogadores do Brasil de Pelotas de volta para a cidade, depois de ter disputado amistoso contra o Santa Cruz, de Vale do Sol (RS), provocou pelo menos tês mortes.

Os corpos do centroavante Cláudio Milar (foto, à direita, junto com o goleiro Danrlei), do treinador de goleiros Giovani Guimarães e do zagueiro Régis Gouveia serão velados hoje no gramado do Estádio Bento Freitas, em Pelotas. 

Segundo informações do ClicRBS, Por volta das 23h30min, o ônibus que levava o time de volta a Pelotas tombou e caiu em um barranco de cerca de 40 metros a 50 metros, o equivalente a um prédio de 15 andares. O acidente ocorreu no anel de acesso à BR-392, quando ela se encontra com uma rodovia estadual, a RST 471. 

O conhecido goleiro Danrlei, ex-Grêmio e Atlético-MG, foi um dos outros 23 feridos, mas não sofreu nada grave.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Manguaças no Cinema: Doc Holliday, o amigo tuberculoso de Wyatt Earp

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Aproveitei as horas de ressaca entre as bebedeiras do final de ano para rever alguns filmes de que gosto muito. Tem clássicos, filmes mais ou menos que eu curto e outros trens mais variados. Neles, percebi um ponto em comum: sempre tem pelo menos um personagem manguaça na trama. Assim, decidi falar de alguns aqui.

O escolhido para iniciar a série foi Doc Holliday, do filme Tombstone – A Vingança está Chegando (aqui tem um link em português da Wikipedia), versão de 93 para uma das muitas histórias contadas e recontadas a respeito do xerife Wyatt Earp, lenda do velho oeste estadunidense. Aqui, o homem da lei é interpretado por Kurt Russel, em papel que também foi de Kevin Costner, Burt Lancaster, James Garner, Randolph Scott, Henry Fonda e outros (há filmes sobre Earp desde 1934). Talvez seja a única interpretação próxima de convincente na carreira do ator, além, é claro, do policial Gabe Cash, do inigualável Tango & Cash (Tango era Silvester Stalone, outro gênio da interpretação).

Doc Holliday foi jogador profissional e temido como um dos pistoleiros mais rápidos da época. Val Kilmer encarna o pistoleiro (que já foi vivido por Kirk Douglas e Victor Mature), numa interpretação que me fez achar que ele viria a ser um grande ator. Holliday, segundo a Wikipedia, era dentista de formação, mas, por algum motivo, começou a perder muitos clientes após contrair tuberculose. Percebeu que poderia ganhar mais dinheiro como jogador de cartas do que exercendo sua profissão. Como decorrência da convivência em bares e congêneres numa época em que o revólver era tido por muitos como saída digna para a resolução de conflitos, passou a pistoleiro. Homem culto, faz citações em latim durante discussões em saloons. O álcool que consome em grande quantidade serve para controlar a tosse constante causada pela tuberculose (claro que o cigarro que sempre tem consigo não ajuda nesse objetivo).

A história do filme é sobre a chegada dos irmãos Earp (Wyatt, Virgil e Morgan) e suas famílias à cidade de Tombstone, onde encontram Doc. O irmão famoso está procurando se afastar da vida de xerife e se tornar um pacato dono de bar. A cidade é dominada, com a conivência do xerife, por um bando conhecido como os Cowboys, liderados por "Curly Bill" Brocius e pelo violento pistoleiro Johny Ringo. em pouco tempo - e contra a vontade de Wyatt - Virgil Earp, o irmão mais velho, decide se tornar xerife e entra em choque com os Cowboys, causando o episódio da Troca de Tiros no Curral O.K. que descobri ser considerada o mais famoso episódio do tipo do velho oeste.

Mais tarde, a disputa entre os homens da lei e o bando leva à morte de Morgan Earp, o caçula. Esse é o início de outro epísódio famoso, a Vingança dos Earp, em que um pequeno grupo liderado por Wyatt Earp e Doc Holliday ataca os Cowboys, muito mais numerosos. Holliday, com a tuberculose cada vez mais avançada, segue Wyatt Earp nessa caçada quase suicida. Em certo momento, um outro participante da cruzada pergunta a Hollyday porque ele decidiu participar. Com o rosto suado e pálido por conta da doença, ele responde seco: “Wyatt Earp é meu amigo”. O outro, espantado, retruca: “Bom, eu tenho muitos amigos…”. “Eu não”, finaliza o pistoleiro manguaça. Grande personagem em um bom bangue-bangue moderno.


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Tomar las (bebidas?) de Villadiego

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Recentemente, o colega de trabalho Jesus Carlos (não é aquele) contou pra gente sobre Villadiego (à direita), município feudal da província espanhola de Burgos, comunidade autônoma de Castela e Leão, onde vivem seus pais. A população não chega a 2 mil habitantes e, segundo Jesus, vem baixando sistematicamente. O local ficou famoso por inspirar o dito popular "Tomar las de Villadiego", ou "Tomar as de Villadiego", que significa fugir, sair em disparada por algum imprevisto ou perigo. A expressão aparece em várias obras célebres da literatura espanhola, inclusive em "Dom Quixote de La Mancha", de Miguel de Cervantes, publicado em 1605.

No capítulo 21 da 1ª parte da obra, Quixote diz que o barbeiro, depois de ser derrubado de seu asno, "pôs os pés em polvorosa e pegou as de Villadiego" ("puso los pies en polvorosa y cogió las de Villadiego"). Cervantes (à esquerda) voltaria ao dito em "La gran Sultana", de 1615, quando Madrigal diz: "Porei os pés em polvorosa e tomarei as calças de Villadiego" ("Pondré pies en polvorosa y tomaré las calzas de Villadiego"). Essa versão mais completa, com referência às calças, ajuda a explicar a origem do dito. Porque "tomar as de Villadiego" poderia significar qualquer coisa: tomar as estradas de Villadiego, as portas, as malas, as cavalarias etc.

Mas a história mostra que o sentido correto é "tomar as calças", mesmo. No século 13, o rei Fernando III, o "Santo" (à direita), deu privilégios aos judeus de Villadiego, proibindo que fossem presos. Isso porque, na Idade Média, eles sofriam muitas perseguições na Espanha de catolicismo fervoroso, por trabalharem com usura. Só que, para obter o salvo-conduto e se refugiar em Villadiego, cada judeu era obrigado a levar um distintivo especial, para mostrar que estava sob a proteção do rei. E esse distintivo era justamente uma calça amarela. Por isso, quando alguém precisava fugir, dizia-se que tinha que "tomar as (calças) de Villadiego".

A primeira referência a esse dito popular apareceu em "Celestina", de Fernando de Rojas (à esquerda), em 1499. No segundo ato, Sempronio diz a Parmeno: "Lembre-se de, na primeira voz que ouvir, tomar as calças de Villadiego" ("Apercíbete a la primera voz que oyeres a tomar las calzas de Villadiego"). Também Juan Ruiz de Alarcón, em sua comédia "Los pechos privilegiados" (1628), escreveu: "Culpa um bravo bigodudo/ Rosto amargo e ombro torto/ Que, pegando a (espada) de Juanes/ Toma as de Villadiego" ("Culpa a un bravo bigotudo/ Rostriamargo y hombrituerto/ Que en sacando la de Juanes/ Toma las de Villadiego").

Porém, Jesus Carlos deu a entender que "tomar las de Villadiego" pode ter a ver também com "tomar as bebidas" de lá. Duas das especialidades locais são misturas que as pessoas tomavam em tempos de neve e muito frio, para poderem encarar o trabalho na lavoura. Uma dessas misturas se chama "chico y chica" ("menino e menina") e consiste em um copo com partes iguais de bagaceira, uma espécie de cachaça de uva, e vinho doce – o popular Moscatel. Já o chamado "sol y sombra" ("sol e sombra") é uma mistura muito forte de conhaque com anisete (à direita). Receitas medievais que me inspiram a, um dia, também “tomar las de Villadiego”. Ainda chego lá!

Tipos de cerveja 26 - As American Macro Lager

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Leves, claras, gaseificadas e aguadas, as lagers estadunidenses de alto consumo surgiram junto com as grandes empresas cervejeiras, logo após o fim da Lei Seca, em 1933. "Elas não são muito amargas, têm médio/ baixo teor de álcool, pouco sabor e aroma", adverte Bruno Aquino, do site português Cervejas do Mundo. "Aqui, o mais importante é a produção em grande massa, cortando-se em cereais nobres como a cevada, malte e lúpulo e abusando-se do milho e do arroz. Pelo menos o produto final é barato, apesar da qualidade deixar muito a desejar", acrescenta. Como exemplos, Aquino cita a Miller High Life, a Pabst Blue Ribbon e a Molson Canadian Lager (foto).

quarta-feira, janeiro 14, 2009

"Você é mulher, Marta!", biografia da melhor jogadora do mundo

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Pelo terceiro ano consecutivo, a brasileira Marta foi escolhida como a melhor do mundo pela Fifa. Apesar da medalha de prata em Pequim e das críticas, a alagoana mandou avisar que continua a ser a melhor. A ex-jogadora do sueco Djurgården/Älvsjö, a caminho do Los Angeles Sol igualou o feito da alemã Birgit Prinz, a segunda melhor do mundo em 2008.

Essa foi a oportunidade para publicar a resenha do livro Você é mulher, Marta! (All Print Editora) do jornalista argentino radicado no Brasil Diego Graciano. Ele foi a Dois Riachos, a 189 quilômetros de Maceió, onde nasceu a atleta, para conhecer a família e os conhecidos da cidade. Incluiu ainda colegas de seleção brasileira e do Vasco.

Ele conta como a moça sofria para poder jogar entre os homens, o que significava correr para não apanhar do irmão mais velho. A filha de uma empregada doméstica com um barbeiro. Dona Tereza, a mãe, é quem dá o nome do livro. "Um dia, [Marta] me pediu um real pra comprar uma bola. Eu disse: 'você é mulher, Marta!'" A menina tinha cinco anos. Aos sete, ia ao campinho.

Na educação física da escola, jogava como goleira. Mas isso era no handebol, porque quando o professor Tota liberava dez minutos finais para o futebol, tudo mudava e a perna esquerda de Marta fazia o resto.

Apesar de ter histórias valiosas, a obra peca na edição, intercalando trechos de depoimentos brutos sem amarração. Enfraquece também ao não conseguir fazer a questão feminina voltar com força em outras partes do livro. Mesmo ao mostrá-la como uma pessoa solitária nas concentrações da seleção ou na Suécia.

Ainda assim, é possível conhecer alguns detalhes sobre a realidade do futebol na Suécia, onde algumas jogadoras do time de Marta não eram profissionais até 2006. E alguns personagens que permitiram que a menina de Dois Riachos fosse por três vezes eleita melhor do mundo. Aos 22 anos.

terça-feira, janeiro 13, 2009

Australianos querem multar uniformes "impróprios" de tenistas

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Baixou a TFP nos australianos: a organização do Aberto da Austrália de tênis avisou que vai “checar, cuidadosamente, o uniforme das moças antes delas entrarem em quadra”, informa o colunista do IG Paulo Cleto. E quem jogar com um uniforme considerado impróprio leva multa de até US$ 2 mil.


“Em tempo, não sei informar quem vai checar e se estão abertas inscrições para tal”, conta o blogueiro. Ele informa ainda que “a gota d’água, segundo Wayne McKewen, árbitro do torneio, foi o conjuntinho, em especial a blusa transparente, da francesinha Alize Cornet em Perth, na Hopman’s Cup” (foto ao lado).
Ainda segundo o blog, a ameaça “teve o endosso de Margareth Court, uma das maiores tenistas da história”, e hoje pastora. Segundo ela, tenista não precisa desses artifícios e que jogadoras sem soutien e vestindo blusas transparentes “podem ter seus jogos afetados”.

Se a moda reacionária pega, como serão as competições de volêi de praia, surf e outros esportes em que a Austrália tem tanta tradição?

Tamsin Barnett e Natalie Cook também serão patrulhadas?

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Fora da lista, Dunga

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A Federação Internacional de Futebol, História e Estatística (IFFHS) soltou mais uma daquelas listas que só servem para preencher espeço da mídia esportiva nessa época sem bola e com poucas notícias.


É a dos melhores técnicos de seleções do mundo, elaborada sei lá com que critérios. O que importa para mim é que nela Dunga figura em nono. Há duas formas de ver a coisa. Pela importância da selação brasileira é absurdo nosso técnico, qualquer que seja ele, figurar numa posição tão ruim.

Por outro lado, considerando as qualidades do referido técnico, até que a posição está boa demais. Felipão, por exemplo, fica em 12º ainda que tenha sido comandante da seleção de Portugal.

Notaram que foi apenas mais uma forma de relançar a campanha "Fora, Dunga!"?. Pois ano começou, então lá vai: Fora até da lista da IFFHS, Dunga!

Segue a relação completa:

Treinador Seleção
1. Luis Aragonés/Espanha
2. Guus Hiddink/Rússia
3. Fatih Terim/Turquia
4. Sergio Batista/Argentina / Olímpica
5. Joachim Löw/Alemanha
6. Hassan Shehata/Egito
7. Fabio Capello/Inglaterra
8. Gerardo Martino/Paraguai
9. DUNGA/BRASIL
10. Marcello Lippi/Itália
11. Slaven Bilic/Croácia
12. LUIZ FELIPE SCOLARI/PORTUGAL

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Ghigghia tirou duas vezes o título de 50 do Brasil

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Pesquisando para fazer o post em homenagem à morte de Friaça, descobri uma informação que, com certeza, poucos aficcionados por futebol conhecem. A campanha do Brasil na Copa de 1950 foi tão espetacular (até a decisão, 5 jogos, 4 vitórias, 1 empate, 21 gols pró e só 4 contra), com goleadas de 7 a 1 sobre a Suécia e 6 a 1 sobre a Espanha, que todos sabem que o time só precisava de um empate com o Uruguai para ficar com o título. Mas um fato esquecido - e absolutamente fantástico - é que o trágico jogo de 16 de julho, o "Maracanazo" que nos tirou o título, poderia nem ter sido disputado.

Nossa seleção poderia ter levantado o troféu no dia 13, quando ensacolou os espanhóis com a torcida cantando "Touradas de Madri", do compositor João de Barro, no Maracanã. Para isso, bastava que Suécia e Uruguai empatassem no Pacaembu, em São Paulo. A partida, que foi disputada simultaneamente à do Rio, ficou em 2 a 2 até os 40 minutos do segundo tempo. Mais 5 minutinhos e o Brasil seria campeão antecipado. Mas eis que, nesse momento, o camisa 7 Alcides Ghigghia disparou na lateral direita, invadiu a área e fez 3 a 2, levando o Uruguai à final.

E o mais curioso é que seu gol foi praticamente idêntico ao que faria na decisão, aos 34 minutos da etapa final (fotos acima), selando a vitória de nossos adversários. Dizem que, naquele momento, o idealizador da Copa do Mundo, Jules Rimet, já havia saído de seu camarote, no Maracanã, para atravessar o túnel no subsolo a tempo de entregar a taça para os brasileiros assim que o juiz desse o apito final. Quando partiu, o clima era de festa, com fogos e gritos, pois o placar de 1 a 1 nos garantia o título. Só que, ao subir para o gramado, Rimet não entendeu nada: os uruguaios pulavam e 200 mil brasileiros observavam em silêncio. Ele não viu o gol de Ghigghia.

Pois esse episódio esquecido, de que o Brasil já poderia ter sido campeão contra a Espanha, evitando a partida contra o Uruguai, reforça a devida importância do camisa 7 naquela conquista. Por muito tempo, o falecido capitão Obdulio Varela (à direita, levantando Ghigghia após a vitória) foi apontado como principal figura da decisão, pois teria empurrado sua seleção à virada com berros e pressão nos companheiros. Mas os gols decisivos contra a Suécia e Brasil apontam mesmo Ghigghia como o grande herói uruguaio. O ex-jogador tem hoje 82 anos e vive em Montevidéu. Em 2006, o governo de seu país lançou um selo comemorativo com seu rosto e a frase "Ghigghia nos hizo llorar" ("Ghigghia nos fez chorar"). É, os brasileiros também choraram...

Naquele mesmo ano, o uruguaio recebeu o prêmio "Golden Foot", um molde de ouro de seu pé direito, em cerimônia celebrada em Monte Carlo, na França. Para construir uma casa para sua atual esposa, que tem 35 anos, Ghiggia leiloou esse troféu em julho do ano passado. Quem arrematou foi o Banco de la República Oriental del Uruguay, único participante do leilão, por cerca de 510 mil pesos (R$ 41 mil). "Por sorte não tenho apertos econômicos, mas ter um troféu tão valioso em minha casa é perigoso e quero deixar algo para a minha esposa, que é muito jovem", afirmou Ghiggia, na ocasião. De fato, um craque dentro e fora do campo.


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Do momento de glória ao pó do esquecimento

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Ele quase foi nosso primeiro grande herói no futebol. Naquele domingo fatídico, 16 de julho de 1950, o Brasil só precisava de um empate contra o Uruguai, no Maracanã, para conquistar sua primeira Copa do Mundo. Mas ele, Friaça, tratou de encurtar o caminho ao título marcando um gol logo aos 2 minutos do segundo tempo (foto acima), para delírio das 174 mil pessoas no estádio (ou 200 mil, extra-oficialmente). Naquele instante, Albino Friaça Cardoso, 25 anos, poderia ter entrado para a célebre galeria dos artilheiros decisivos em mundiais, como Pelé oito anos depois, na Suécia.

Poderia, mas, no segundo tempo, os uruguaios Schiaffino e Ghiggia viraram o placar, levantaram a Jules Rimet e determinaram a maior tragédia do nosso futebol até os dias de hoje, que ficou conhecida como "Maracanazo". Com isso, o gol redentor de Friaça caiu no esquecimento - e sua carreira, como a da maioria dos jogadores daquele azarado elenco, entrou em declínio. Ontem, Friaça morreu aos 84 anos no Hospital São José do Avaí, em Itaperuna (RJ).

Além de vestir a camisa do Brasil, o ponta-direita foi jogador do Vasco, clube onde surgiu e se destacou (no chamado "Expresso da Vitória", papa-títulos da década de 1940). Depois, esteve por empréstimo no São Paulo de Leônidas da Silva, onde foi campeão paulista e artilheiro em 1949. Voltou ao Vasco, disputou a Copa e ainda jogou na Ponte Preta e no Guarani, antes de se aposentar, em 1958. Curiosamente, no ano em que o Brasil finalmente venceu uma Copa.

Segundo a Wikipedia, o ex-atacante foi dono de uma loja de materias de construção, posteriormente administrada pelos seus filhos. Dizem que Friaça sempre foi um homem alegre, mas ficou debilitado a partir da morte de um dos filhos em acidente de asa delta, na metade dos anos 1990. Depois disso, passou a abusar do cigarro e da bebida, que prejudicaram sua saúde.

Agasalho que Friaça usou durante a Copa de 1950

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segunda-feira, janeiro 12, 2009

Imprensa bem que merece ser tratada a sapatadas

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Depois de condenar o método sapatístico, o companheiro presidente Lula finalmente capitulou e até ensaiou atirar um pisante na cabeça dos colegas da imprensinha, hoje, durante a abertura da 36ª Couromoda no Anhembi, em São Paulo (munição não faltava). Curiosa foi a alegria do governador José Serra - cujo mau gênio nos leva a crer que tenha vontade de jogar sapato até na própria mãe. Ah, a foto é de Jefferson Bernardes, da Agência Estado.

De olho na redonda - O Chelsea ou o iate?

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O Chelsea ou o iate? - Quem viu a vitória do Manchester United sobre o Chelsea ontem deve ter ficado se perguntando: isso é efeito da crise? Impressionante como os comandados de Felipão se entregaram depois do segundo gol do time da casa e só não perderam por mais de três gols porque o auxiliar apontou impedimento inexistente em gol de Cristiano Ronaldo.


É claro que o Manchester é um senhor time, mais bem entrosado e com um grande elenco. Mas também é possível que a conturbada situação financeira do “patrão” Roman Abramovich tenha afetado o desempenho dos jogadores do Chelsea. De acordo com a agência Prime-Tass, a fortuna pessoal do magnata russo teria sido reduzida de cerca de 16,700 bilhões para “apenas” 2,3 bilhões de euros em função da crise mundial. O Chelsea teria despedido recentemente 15 funcionários que tinham remuneração de mais 150 mil euros ao ano, além de suspender a comida gratuita para os jogadores na cantina do clube.




Por conta disso, Abramovich poderia vender o Chelsea, adquirido em 2003 e que já recebeu investimentos de 210 milhões de euros. Mas ele também estuda vender seu nababesco iate (foto), avaliado em 200 milhões de euros. Trata-se da maior embarcação privada do mundo, com 167 metros (550 pés) - quase duas vezes o comprimento de um campo de futebol - e 70 pés de largura, com duas pistas para helicópteros com um hangar e um submarino de 12 assentos que pode sair pelo fundo do iate. Agora o russo precisa ponderar para saber qual dos dois brinquedos irá vender, o barco ou o time.

E o Pernambucano começou - E já tem estadual rolando no Brasil. O Campeonato Pernambucano começou nesse fim de semana e o Sport começou bem sua caminhada rumo ao tetracampeonato, com uma goleada na Ilha do Retiro sobre o Vitória, por 4 a 0. O principal reforço do Leão, Paulo Baier , não estreou ainda, e com o Náutico não foi diferente: as cotnratações Carlinhos Bala, Somália e Adriano Magrão não puderam ajudar o time no empate em casa com o recém-promovido Cabense.

Já o Santa Cruz venceu fora de casa o Sete de Setembro, contando com seu principal reforço, o atacante veterano Marcelo Ramos. O estadual conta com 12 times e é disputado em dois turnos, com jogos de ida e volta em cada um. Os vencedores de cada turno se enfrentam na final e se alguma equipe vencer os dois turnos já é campeã.

O Cearense também – outro estadual que começou cedo foi o Cearense. O Fortaleza, atual bicampeão, goleou o Itapipoca por 4 a 1 enquanto seu rival, o Ceará, teve um pouco mais de trabalho para superar o Quixadá de virada, 2 a 1. O time alvinegro estreou o atacante Alberto, ex-Santos, mas ainda não pôde contar com a estreia do volante Heleno, que estava no Vila Nova e que também passou pela Baixada Santista. Nascido na gloriosa São Vicente, o atleta alega ter saído da equipe goiana, onde foi um dos destaques, por conta de salários atrasados. Nada para se espantar, enfim.


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Sem zebras, Copinha chega à segunda fase

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Ontem se encerrou a fase de grupos da Copa São Paulo de Juniores. Talvez a mais divertida, por registrar épicas goleadas e por possibilitar a nós vermos equipes alternativas como Rio Bananal-ES, Baré-RR, Paraibano-PB e tantos outros.

Agora a competição inicia seus mata-matas, e daí vai até a decisão do título, no dia 25. São 32 equipes ainda na disputa. Quase todos os principais times do futebol nacional avançaram - alguns com 100% de retrospecto, como Santos, São Paulo, Palmeiras e Internacional, entre outros.

E a Copinha segue sendo uma verdadeira festa do futebol, como falei em post do ano passado. Estive ontem no Baetão para assistir São Bernardo x Coritiba e, apesar do péssimo futebol apresentado, saí do estádio satisfeito, pelo clima legal que lá estava. Fui com a camisa do Santos e dividi a arquibancada com gente trajada com o uniforme de São Paulo, Corinthians, Palmeiras e tantas outras equipes. O estádio estava bem cheio - seguramente, com bem mais público do que o São Bernardo FC atrairá em sua disputa na série A2, que começa no dia 24. Claro que a entrada franca tem peso decisivo nisso; mas é sempre positivo ver que o entusiasmo pelo futebol prevalece.

Os confrontos da primeira fase de mata-matas da Copinha serão os seguintes:

Santos-SP x Guarani-SP
Cruzeiro-MG x Juventude-RS
Flamengo-RJ x Fortaleza-CE
Grêmio-RS x Atlético-PR
Vila Nova-GO x Figueirense-SC
Internacional-RS x Rio Branco-SP
São Paulo-SP x Juventus-SP
Barueri-SP x São José-RS
Palmeiras-SP x Paraná-PR
Atlético Sorocaba-SP x São Caetano-SP
Vasco-RJ x Avaí-SC
Goiás-GO x D. Brasil ou Sertãozinho (a ser definido por sorteio)
Corinthians-SP x D. Brasil ou Sertãozinho (a ser definido por sorteio)
Ponte Preta-SP x Portuguesa-SP
Fluminense-RJ x Rio Claro-SP
América-MG x América-SP

Vejam também os gols da última rodada, em vídeo da Globo.com:

Buraco do metrô: dois anos da tragédia impune

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Hoje faz dois anos da maior tragédia em obras de transporte público na cidade de São Paulo: o desabamento em um dos canteiros da futura Via Amarela do metrô, na Marginal Pinheiros, que matou sete pessoas e resultou na interdição de 55 imóveis nas imediações da cratera e na demolição de cinco deles. Um fato absurdo, creditado unicamente ao Consórcio Via Amarela, responsável pela construção e liderado pela Odebrecht, a maior construtora do país, e ainda por OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. Mas o consórcio foi contratado pelo governo do Estado (gestões tucanas de Geraldo Alckmin e José Serra), que se isentou completamente de responsabilidade e foi docilmente poupado pela imprensa.

Na semana passada, segundo o site Uol, o promotor Arnaldo Hossepian Junior protocolou na 1ª Vara Criminal do bairro Pinheiros um documento em que denuncia 13 pessoas ligadas ao consórcio e ao Metrô como responsáveis pelo acidente nas obras da linha 4, acusando os engenheiros envolvidos de negligência e imprudência. De posse dos laudos feitos pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e pelo Instituto de Criminalística, o promotor afirmou corajosamente que a tragédia poderia ter sido evitada. Os laudos haviam demonstrado também ter havido explosões momentos antes do acidente e que o plano de evasão no entorno da obra não funcionou.

Porém, tudo acaba em pizza. Em entrevista coletiva, o próprio Hossepian disse que não acredita que os responsáveis sejam presos. Enquanto isso, nas ruas vizinhas ao local da tragédia os moradores ainda lamentam os prejuízos. "Meu prejuízo foi muito grande e só aceitei a mixaria que eles me ofereceram porque minha família pediu para tirar o processo. Eles me f... de verde e amarelo", reclama o espanhol Fidel Montes, dono de uma marcenaria que ficou fechada por três meses, em entrevista para o Uol. José Carlos de Oliveira, por sua vez, tinha sociedade em um estacionamento que ficava na esquina das ruas Capri e Gilberto Sabino e foi engolido pelo deslocamento de terra para dentro do buraco à beira da marginal do rio Pinheiros.

Hoje, ele cuida dos carros na rua e aluga vagas em garagens das cercanias. "Eu era microempresário, agora sou um flanelinha." Já a taxista Rosa Maria Pescuma foi desalojada por decisão judicial e teve de abandonar sua casa na rua Gilberto Sabino na última semana de 2008. Diante de sua porta há cavaletes e placas de "proibido passar". Ela e seus dois cachorros tiveram de ir morar com a filha no município de Osasco. "Meus clientes e amigos estão aqui. Saio com dor no coração." E aí, governador José Serra, só silêncio? E aí, Veja? E aí, Arnaldo Jabor? Nada a comentar? Além das mortes e perdas, quanto o governo do Estado está tendo de prejuízo com o reparo e o atraso na entrega das estações? Isso não é um boa pauta, não?!??