Destaques

sábado, junho 27, 2009

Convite

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Domingo, às 18 horas, haverá uma homenagem ao Vavá, um culto na Igreja Metodista de Pinheiros, em São Paulo (na rua Lacerda Franco - não sei o número, mas fica em frente à Cultura Inglesa). A dona Lurdes, esposa dele, pediu para que a gente avisasse os amigos e frequentadores do bar, pois está muito emocionada e não teve como ligar pra todo mundo. De antemão, ela agradece a quem puder comparecer e/ou repassar esse convite a todos os amigos que conviveram com o nosso querido e inesquecível Vavá.

Sobre a demissão de Vanderlei Luxemburgo

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Foi pelo blogue de Vanderlei Luxemburgo que a mídia e os torcedores ficaram sabendo que o treinador havia sido demitido por quebra de hierarquia. A diretoria do Palmeiras não gostou do teor da entrevista do técnico em que condenava a transferência de Keirrison com o Barcelona por não ter sido comunicado.

Ele considerou que passaram por cima de sua autoridade e anunciou que o camisa 9 do Palmeiras não jogaria mais sob seu comando.

Sempre se pode dizer que Luxemburgo forçou a mão ao criticar a diretoria pela pesada reprimenda a Keirrison justamente para forçar sua dispensa. Com o fantasma da contratação de Muricy Ramalho, o mais querido de quem não está feliz com seu técnico, a estratégia evitaria uma demissão convencional, daquelas que Luxemburgo não é vítima normalmente. Quando não consegue sair por cima, pelo menos não é dispensado depois de uma derrota.

O contrário também vale. A diretoria estava cansada do estilo falastrão e tratou de conseguir um motivo. Se vier Muricy, a parte da torcida que queria a saída ou a cabeça de Luxemburgo desde a desclassificação na Libertadores vai adorar.

Pode até ser. Ambas as teorias são mais defensáveis na mesa de bar. Eu tendo mais a considerar a segunda, apesar de que quem apurou sustente que não. Aliás, segundo o Parmerista a relação de Keirrison também estaria desgastada e ser desautorizado pelo técnico seria tudo o que uma diretoria não precisa num momento de desgaste.

Segundo consta, Luiz Gonzaga Belluzo e até a Traffic haviam se comprometido a não dispensar o atleta até 2010. Segundo circula, havia condições no contrato do atacante que previam a dispensa em certas condições. Há gente que diga que eram valores, enquanto outros veículos apontam alguma coisa relacionada ao Barcelona.

Para uma empresa que gerencia um fundo de investimento em jogadores de futebol não tende a haver dois padrões de comportamento quando o cheque bate à porta. Diante da oferta e da iminência do lucro estrondoso.

Vanderlei Luxemburgo parecia achar que mandava mais do que a diretoria achava que ele poderia mandar. Na divergência de visões, a parte que pode se romper se rompe.

Dois desfalques. Um grave, no ataque. Outro, no banco, cuja repercussão depende de quem venha em seu lugar. Pode até virar reforço.

O que é curioso é que é difícil encontrar um palmeirense que esteja chateado pela saída de Luxemburgo. Um lado deste blogueiro teme as consequências para o elenco e para o time no clássico contra o Santos, sob o comando de Jorginho. Outra parte diz: "Já vai tarde!"

sexta-feira, junho 26, 2009

Beckenbauer defende Joel Santana e vê África do Sul como favorita em 2010

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Franz Beckenbauer defendeu enfaticamente o treinador da seleção sul-africana da futebol Joel Santana. O alemão se disse impressionado com o desempenho dos Bafana Bafana contra o Brasil, que precisou esperar até os 42 do segundo tempo para assistir ao imponderável atuar.

"Achei que a África do Sul poderia ganhar o jogo", disse Beckenbauer. "Taticamente, a África do Sul, que tem um técnico brasileiro, sabia exatamente o que estava fazendo, como jogar contra o Brasil. Kaká não teve espaço para jogar. Ele ia para direita, para esquerda, para tentar escapar da marcação no meio-campo. Taticamente a África do Sul foi excelente."

É fato.

Beckenbauer criticou apenas a necessidade de melhorar a capacidade de marcar gols. Se encontrar um artilheiro, a anfitriã pode ser considerada favorita para a Copa de 2010. "A única coisa que você pode mencionar é que a África do Sul precisa de chances demais para marcar um gol, eles precisam de um goleador", declarou o Kaiser. "Mas, se até a Copa do Mundo daqui a um ano eles conseguirem um goleador, então acredito que a África do Sul estará entre os favoritos a conquistar a Copa do Mundo", completou.

Acho que não é tão fácil. E parece que o ex-camisa 5 alemão está jogando para a torcida. Se os Estados Unidos endurecer a final da Copa das Confederações contra o Brasil, isso torna a seleção do Tio Sam favorita?

Morumbi é ideal para Parada Gay, diz promotor

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O título é emprestado da Folha online, de reportagem indicada a mim pelo Glauco. A opção do veículo foi por chamar pela piada pronta gerada pela fala do promotor José Carlos Freitas. Ele é o responsável pelo inquérito dos casos de violência na Parada do Orgulho LGBT na capital paulista. A minha opção foi, depois de rir, foi a de tentar ser chato.

Diz Freitas: "Uma alternativa é diluir em outros eventos (menores), para que possa ser utilizado o Sambódromo, o autódromo de Interlagos, até o estádio do Morumbi, que é um local apropriado para manifestações dessa natureza".

Foto: tales.abner/Wikipedia


"Autódromo de interlagos pode receber Parada Gay" ou "Parada Gay cabe no Sambódromo de SP" também seriam possíveis pela fala. Mas a própria formulação do procurador facilita a defesa do jornalista Rogério Pagnan (ou do editor, não se pode saber).

Fiquei pensando por que não foi incluído o Pacaembu na lista ou outro estádio de futebol. Depois lembrei que a sede do São Paulo Futebol Clube é o candidato a receber jogos da Copa do Mundo de 2014. Se é o mais preparado para um evento, também pode ser o mais preparado para o outro.

As sugestões do procurador já valeriam para 2010, segundo o jornal. Enquanto isso, organizadores da Parada protestam, lembrando que também seria o caso de banir o reveillón da avenida da região sudoeste da capital.

O debate sobre fazer a Parada na Paulista ainda continua.

A piada é que está pronta.

quinta-feira, junho 25, 2009

Daniel Alves salva seleção e 1 a 0 basta

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O Brasil precisou correr até os 42 minutos do segundo tempo para marcar 1 a 0 na semifinal da Copa das Confederações. Uma falta sofrida por Ramires na entrada da área foi cobrada por Daniel Alves, promovido a campo no lugar do lateral-esquerdo André Santos seis minutos antes. Entrou para fazer o gol.

Para bater a falta, um começo de impulso que lembrava Roberto Carlos. Ele foi para a bola e colocou-a no canto esquerdo de Itumelenq Khune. Quase no ângulo, distante o suficiente da mão esquerda do goleiro sul-africano. Não é todo dia.

A cota de zebra ficou restrita à outra semifinal. Agora o Brasil enfrenta os Estados Unidos na final.

Os Bafana Bafana não conseguiram a classificação e Joel Santana pode ter problemas para se segurar no cargo. Apesar de ter feito mais do que a maior parte da mídia esportiva imaginava – e menos do que os pessimistas que persistem no sempre legítimo Fora, Dunga.

A formação defensiva da África do Sul deu trabalho, porque conseguiu manter uma linha de quatro zagueiros, seguida de outra, de quem sobrasse no meio de campo. Ao mesmo tempo, conseguia avançar com três jogadores nos contra-ataques. Isso tirou o sossego do Brasil até o final da partida.

Na primeira etapa, a África do Sul foi melhor. Na segunda etapa, o Brasil teve mais domínio de jogo, mas criou menos chances claras de gol do que o torcedor esperava. Duas delas depois de tirar o zero do placar. Não deu muito gosto de assistir à partida.

Pensamento
Nas duas vezes em que o Brasil venceu a Copa das Confederações, em 1997 e 2005, foi eliminado pela França na copa do ano seguinte. Curiosamente o escrete de Zinedine Zidane é o único que também possui dois canecos da competição jogada atualmente no ano anterior ao mundial. Nas eliminatórias, os franceses têm 10 pontos em cinco partidas e está em segundo lugar, atrás da Sérvia, quer dizer, Provavelmente le bleus estarão na África do Sul em 2010. Será que o Brasil vai ganhar a Copa das Confederações para desafiar a breve escrita?

Racismo não é - ou não deve ser - coisa do futebol

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Jogo de Libertadores, quente, um jogador argentino chama um negro de "macaco". Não, essa não é a partida entre São Paulo e Quilmes, em que Grafite foi ofendido por Desábato. Aconteceu novamente ontem, na partidaça entre Cruzeiro e Grêmio, cujo alto nível técnico foi ofuscado pela ofensa racista de Máxi Lopez contra Elicarlos.

O pior de tudo foi a reação por parte do Grêmio. Um verdadeiro escarcéu para evitar que o atacante tricolor fosse depor na delegacia e, em meio a isso, um festival de besteiras ditas por diretores e pelo técnico Paulo Autuori. Falou o comandante: "Nós já vimos esse filme. Já vimos esse filme em São Paulo e não deu em nada. Muita gente apareceu, acabou tudo como acaba no Brasil, porque não é nada, é apenas um jogo de futebol. Acho que nós temos que preocupar com coisas muito mais sérias, nosso país precisa ser mais sério nas coisas".

Mas a afirmação de que "temos que nos preocupar com coisas muito mais sérias" e algo intrigante. Racismo não é sério, Autuori? Então o que é? Uma partida de futebol? A desfaçatez chegou ao nivel extremo com o diretor André Krieger, que afirmou: "Ele (Máxi Lopez) disse que não fez nada e que nem sabe o que significa 'macaco'". Quando ouvi isso lembrei na hora da torcida do Boca "saudando" Pelé na final da Libertadores de 1963, aos gritos de "Pelé hijo de puta, macaquito de Brasil". Claro que ele não sabe o que significa o termo...



Curioso que um diretor gremista (nao peguei o nome dele, a declaração foi dada à Rádio Gaúcha) foi na mesma linha, dizendo, inclusive, que o "garoto" (Elicarlos) deveria estar preocupado com a repercussão disso entre os "colegas" já que ninguém gosta de ter fama de dedo-duro. Ou seja, ele deve ficar quietinho e não denunciar, mesmo que seja vitima de um crime. Bela lição a do dirigente...

Além disso, agora há a tática de intimidaçao, ao se afirmar que se criou um "clima hostil" para o jogo de volta. Além de passar a mão na cabeça do atacante, que poderia se desculpar pelo que falou, os dirigentes dão a entender que nada farão para evitar qualquer reação da torcida contra Elicarlos. Perdem a oportunidade de exercer um papel educativo, raro no futebol mundial e principalmente no brasileiro, e marcar posição contra o racismo, fingindo que ele não existe e que é "coisa do jogo".

Outro argumento contestável é o de que a provocação faz parte do futebol, por isso ele pode chamar o adversário de "macaco". Misturam-se as coisas. Claro que provocação faz parte de qualquer esporte e acontece até na mesa de bilhar ou no jogo de truco. Mas existe um limite e o racismo extrapola isso. Tratar esse tipo de ofensa como algo normal ou que sempre aconteceu é um tipo de raciocínio similar ao dos senhores de escravo de tempos idos. "Eles sempre foram escravos, porque tem que mudar?". Ainda bem que os tempos mudam, e resta ao futebol reconhecer isso e colaborar para que a praga racista seja extinta.

Em tempo: a reação de Vágner quando escuta a ofensa, tomando as dores de Elicarlos, é mais que nobre. Há alguns motivos que levam alguém a ficar indignado e estes, certamente, são mais importantes que o futebol.

A descrição de um lance do Rei feita por um adversário

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Reproduzido do Blog da Bia, com a devida autorização. Um adversário de Pelé em 1966 conta como foi enfrentar o Rei naquele dia. Dá pra imaginar que o moço era diferenciado...

Quem já teve a oportunidade de jogar com Pelé ou enfrenta-lo, sempre tem na memória a lembrança de algum lance genial do atleta.

Outro dia, conversando com Dirceu Krüger, um dos principais jogadores da história do Coritiba, perguntei se ele já havia enfrentado Pelé.

A resposta veio com o desenho (abaixo) de um lance do jogador, no jogo que ele acredita ter acontecido em 66 e ter terminado em 3 a 1 para o Santos, em pleno Couto Pereira. 

Na época, lembrou Krüger, o tiro de meta ainda era batido por um zagueiro e o atleta do Coxa preparava-se para a cobrança. 

Enquanto isso, Krüger observava Pelé no meio-campo e notou que o camisa 10 já havia percebido seu companheiro, Manoel Maria, posicionado na ponta direita e um espaço aberto na zaga do Coritiba por aquele lado. Mesmo assim, Pelé deu as costas para a cobrança, distraindo os adversários.

Quando ela foi executada, Negreiros, que estava no meio-campo, apenas gritou “Negão” e Pelé girou para a direita, chutando a bola de primeira para Manoel Maria, que cortou o zagueiro e o goleiro do Coritiba para marcar o gol do Santos.

“Foi genial. Sem ter visto a bola, ele virou para o lado certo, já que se girasse para a esquerda seria mais difícil fazer o cruzamento para a ponta direita. Não deu tempo de ninguém fazer nada. Ele já havia feito a leitura da jogada e, com apenas um toque na bola, decidiu”, recordou Krüger.

 

quarta-feira, junho 24, 2009

The Star-Spangled Zebra

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Os milhões da discórdia na Fórmula 1

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Max Mosley,
presidente da FIA:
depois do envolvimento
em escândalo sexual,
a tentativa de
endurecimento nas regras
da F1 não levou a nada.
(Foto AE).




Vou pedir licença ao nosso especialista em F1 para também dar meu pitaco nesse rolo todo envolvendo as equipes e a FIA.

Depois de idas e vindas, a Federação Internacional de Automobilismo, por meio de seu presidente Max Mosley, voltou atrás na exigência de um teto orçamentário e, por enquanto, vamos ter um campeonato no ano que vem nos mesmos moldes de 2009.

A saída honrosa, depois de 8 equipes ameaçarem com um calendário de corridas paralelas, foi uma declaração da intenção genérica de voltar aos custos da categoria na década de 1990.

Não tenho informações de bastidores, apenas acompanho a F1 há mais tempo até do que deveria, mas me parece que a disputa é muito mais embaixo do que se diz por aí.

Mosley, em 2008, foi envolvido num escândalo, segundo o tablóide britânico"News Of The World", teria aparecido num vídeo acompanhado de cinco mulheres, supostamente prostitutas, no que o jornal classificou como "orgia sadomasoquista com temas nazistas".

Não caiu da presidência, mas virou um verdadeiro zumbi. A categoria, que já era dirigida no que importa, a grana, por Bernie Ecclestone, teve aumento do poder das montadoras por meio da Fota, a associação dos donos de equipe.

Com a velha história de quem é ferido, reage violentamente, Mosley tentou impor via FIA algo que as montadoras nunca aceitariam: o teto orçamentário. O problema, creio, nem é tanto o valor, que já aceitara aumentar para 100 milhçoes de euros/ano. Mas sim que os fiscais da federação teriam acesso às despesas e poderiam conferir se o limite estaria sendo obedecido ou não.

Quem sabe como circula, de onde vem e todas as formas que existem de lavar dinheiro por meio do esporte sabe que isso nunca seria admitido.

Mosley não é nenhum ingênuo e conhece bem o esquema, mas radicalizou para negociar alguma coisa o que poderia ser até sua permanância num novo mandato. Não deu certo, as equipes bateram de frente e Ecclestone acabou fechando acordo para que tudo continue como está.

Bobo é quem, como eu, acorda cedo em domingo de corrida para ver essas máquinas movidas a grana... Mas é como no futebol, apesar de tudo, não consigo largar o vício.

terça-feira, junho 23, 2009

Ex de Cristiano Ronaldo posa para revista e espeta Paris Hilton

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Nereida Gallardo volta a atrair flashs na Espanha. A ex-namorada de Cristiano Ronaldo posou seminua para fotos na revista Intervu. Em 2008, ela foi vista por diversas vezes com o astro, então no Manchester United de férias e com amigas na balada em sua cidade natal. No ensaio, ela aparece com a camisa do Real Madrid e de topless.

Nereida declarou que conquistou o português em janeiro de 2008. "Estivemos oito meses juntos", calcula. "Eu passava cinco dias da semana em Manchester e dois em Palma (de Mallorca) com minha família. Deixei meu trabalho porque ele me pediu", garante.

Enquanto namoravam, por pouco a distância não foi encurtada. É que havia perspectiva de Cristiano Ronaldo se transferir para o Real Madrid ainda julho do ano passado, mas ele teve de esperar até este ano para se tornar objeto da maior transação da história do futebol – 80 milhões de Libras (€ 94 milhões ou US$ 131 milhões com financiamento do banco Santander.

Depois da moça, o gajo dividiu os lençóis com outras celebridades, das quais a mais comentada foi Paris Hilton, com quem foi visto conversando. Apenas "mais uma em sua cama". Ela considerou a comparação entre o português a a estadunidense com David e Victoria Beckham como inadequadas. "Quando ao lado de Beckham, Cristiano não tem classe nenhuma", alfinetou. Nereida também salientou que o ex e a herdeira dos hotéis Hilton são "completos opostos".

"Não o reconheço, é outra pessoa", disse. "Comigo levava uma vida tranquila em todos os sentidos. Não saíamos, nem ele bebia, e agora vemo-lo gastando milhares de euros em champanhe", acusou. Se é verdade ou não, ninguém sabe.

Alguém pode achar que ela tem é inveja por perder um partidão desses, com rendimentos mensais de € 750 mil. Só que antes, na Inglaterra, Cristiano Ronaldo ganhava até € 600 mil, segundo a mídia.

Mas as especulações do noticiário de celebridades dão conta de que a mãe de Nereida, dona Dolores Galardo, teria sugerido à filha que agisse para retomar o noivo.



Foto editada porque o blogue é de família. Homenagem ao Manchester e ao Real.

A íntegra do ensaio, que é o motivo por que 9 entre 10 leitores chegaram até aqui, está na página da Interviu.

Armações do amor

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Não sou dos mais cinéfilos. Comédia romântica, então, tá longe de ser dos meus gêneros favoritos. Por causa disso, jamais havia ouvido falar de Armações do amor, filme estrelado por Mattew McConaughey e Sarah Jessica Parker. Segundo a sinopse, a película conta a história de um homem de 35 anos que não quer sair da casa dos pais, e estes contratam uma moça que luta para convencê-lo do contrário. Certo, certo.

Por que falo sobre isso? Porque esse filme será exibido pela TV Globo para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro às 21h30 dessa quarta-feira. No horário tradicional do futebol. Quando Grêmio e Cruzeiro jogarão pelas semifinais da Libertadores.

Não quero aqui iniciar aqueles intermináveis debates sobre se a Globo (ou outras emissoras de grande porte) dão menos bola para o futebol dos outros estados e só valorizam o que venha do "eixo do mal". Quero, agora, discutir outra coisa: será mesmo que os públicos paulista e carioca não gostariam de ver um importante jogo como esse unicamente porque não há uma equipe desses estados em campo? Será que os telespectadores, tão habituados com o futebol naquele horário do dia, receberão bem o tal Armações do Amor amanhã?

Curioso é pensar que a Globo é uma empresa de ponta e, portanto, não costuma dar pontos sem nó. Se está optando por isso, acredito eu que tenha recebido algum retorno de pesquisas prévias.


De qualquer modo, não me desce. Principalmente se lembrarmos que a Libertadores é exclusividade global - ou seja, o duelo entre gaúchos e mineiros não poderá ser exibido pela Bandeirantes, ficando, portanto, de fora da TV aberta amanhã.

Com isso acaba não havendo outra alternativa senão recorrer aos sites que transmitem jogos pela internet... e, se alguém por acaso assistir a Armações do Amor e gostar, me dá um toque. Pode ser que eu venha a alugar o filme para vê-lo algum dia. Mas, pô, amanhã não!

Após sétima rodada, Guarani 2009 iguala Corinthians 2008

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Sempre vem o velho acacianismo que diz que é muito cedo analisar um campeonato na sétima rodada, mas o torcedor do Bugre tem motivos de sobra pra se animar com a campanha do time na Série B. Invicto e líder com 19 pontos, o reformulado Guarani de Osvaldo Alvarez, rebaixado no Paulista, tem o mesmo aproveitamento do Corinthians na mesma altura da competição em 2008.

A diferença entre ambos é que o Timão perdeu os 100% de aproveitamento contra a Ponte Preta justamente na sétima rodada. Curiosamente, o mesmo time batido pelo Guarani no fim de semana. O Alviverde perdeu tal condição no sábado retrasado, contra o Vasco, um dos favoritos da Segundona neste ano.


No ano passado, porém, a vantagem corintiana sobre o segundo colocado, o Avaí, era de seis pontos. A equipe catarinense estava invicta, mas tinha quatro empates e três vitórias. Agora o equilíbrio é maior e o vice-líder, Brasiliense, tem apenas quatro pontos a menos que o Guarani.

Mas ainda há esperanças para quem está embaixo. Afinal, o Santo André tinha nove pontos em 2008 e terminou como vice-campeão, conquistando a vaga na Série A . Hoje, o 13 º colocado é o Vila Nova, com dez pontos. Ou seja, as chances estão mais que abertas para quase todos.

Quem também pode e deve comemorar é o América-RN. Em 2008, eram seis derrotas e somente uma vitória, o que colocava o Mecão na lanterna – situação idêntica à do Campinense atualmente -  terminando a competição em 15 º lugar, um ponto acima do rebaixado Marília. Hoje, o time é quarto colocado com 12 pontos, o que asseguraria o acesso à Série A.

Post originalmente publicado no Série Brasil, portal dedicado à cobertura dos clubes da Série B. Visite!

“Bambis sem o Panetone”

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Quem me enviou foi o camarada Iatã Lessa. Absolutamente impagável, impressionante como está bem feito. Até os são-paulinos vão rir, tenho certeza.

Por que Luxemburgo tem tanto medo de ser demitido

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Eu precisava escrever sobre o empate do Palmeiras com o Atlético-PR em 2 a 2 na Arena da Baixada no sábado, 20. A linha era dizer que, se o empate aos 48 do segundo tempo era alívio pra crise, crise não havia, pois. Os dias passaram, a gripe (não-suína, segundo o atendimento médico) me pegou de jeito, e ficou claro que não era bem assim.

Foi por isso que fiquei tentando buscar um motivo para entender porque o treinador do Palmeiras Vanderlei Luxemburgo anda tão agitado.

Ele teme perder o emprego. Qualquer técnico temeria depois de eliminado da principal competição do ano disputada pelo clube que comanda. Mesmo acostumado à pressão, sua intensidade e a aparente proximidade da degola no meio da temporada são novidade para o engravatado técnico em times nacionais. Ele declarou, em solidariedade ao rival Muricy Ramalho, ter ficado escandalizado pela dispensa sofrida pelo atual tricampeão brasileiro. Apesar das farpas trocadas por mais de uma vez entre eles, a pressão maior com menos canais de proteção na mídia criou um inusitado sentimento de classe.

Se outros técnicos preferem se calar, se isolar, jurar que vão trabalhar duro para mudar as coisas,

Por que Luxemburgo tem tanto medo de ser demitido?


Bruno Venâncio
oChiqueiro.kit.net

O parceiro Venâncio, de OChiqueiro, faz sua crítica

Todo mundo gosta de fazer textos sobre as trajetórias, os clubes por onde passaram técnicos e jogadores, assim como os títulos conquistados. Uma visão de bar que se oferece é justamente a saída, a hora em que a porta se abre só pro bêbado sair, seja por força do dono, cansado do inconveniente, seja por vontade própria, rumo ao próximo estabelecimento aberto.

Em um esforço de resgate histórico sujeito a esquecimentos ou fontes imprecisas, parti para um levantamento de todas as dispensas do treinador. Se houver erros, avisem que prometo corrigir.

Luxemburgo foi demitido apenas de um clube brasileiro no meio da temporada desde sua chegada ao Bragantino, em 1989. Houve ainda uma demissão pela seleção, outra por time estrangeiro e uma terceira no início de temporada, por atrito com diretoria. De resto, saltos de um lado para o outro com direito a grita e críticas ao clube que fica.

O começo
Depois dos títulos da segunda divisão do Brasileiro em 1988, veio o estadual de 1990, ambos com o Bragantino. O resultado expressivo levou a um convite para dirigir o Flamengo, no ano seguinte – abrindo espaço para Carlos Alberto Parreira levar o clube da terra da linguiça à final do campeonato nacional.

O chamado do clube do coração, onde o então lateral-esquerdo atuou profissionalmente – apesar de ter iniciado sua carreira no Botafogo – era irrecusável. Mas ele saiu ainda em 1991, depois de eliminado na Libertadores pelo Boca Juniors. Quando pediu demissão, saiu se queixando da falta de estrutura do clube. Vale assinalar que o time do veterano Júnior e das revelações Paulo Nunes, Marcelinho, Zinho e Djalminha seria campeão carioca e brasileiro depois da saída do comandante. Para os fãs, ele deu forma àquela geração.

Mais fama
Em Campinas, Luxemburgo passou pelos dois times da cidade. Primeiro pelo Guarani e, na sequência para a Ponte Preta. Do Bugre para a Macaca, nem na trajetória oficial fica claro o motivo (detalhe: vale conferir um suposto convite para treinar a seleção brasileira em 1992).

A saída para a Ponte Preta foi para comandar o supertime de estrelas montado pela co-gestão Palmeiras-Parmalat. Com contratações de peso, o escrete comandado por Octacílio Gonçalves, o Chapinha, oscilava. A turma do amendoim – que só ganharia tal alcunha com Luís Felipe Scolari – esperneou até tirar o paranaense do cargo.

A primeira saída do Palestra Itália foi praticamente um intervalo.

Primeiro tombo
Em 1995, de volta à Gávea. sairia por atritos com a diretoria e com o grupo em julho. Não encontrei relatos precisos que pontuem o termo empregado na ocasião, se foi demissão, pé-no-traseiro ou descontinuidade por incompatibilidade ético-profissional de parte a parte. Todo mundo entendeu como demissão, no meio da temporada, depois de uma derrota para o Santos. Comandando o ataque dos sonhos de Romário, Sávio e Edmundo, a guerra de egos venceu. Ao final daquele primeiro ano de governo Fernando Henrique Cardoso, Luxemburgo estava de volta ao alviverde paulistano.

O treinador disputou 15 jogos do Brasileirão daquele ano pelo Paraná Clube, de onde voltaria para o Palmeiras, no qual seria montado o time dos cem gols no Paulista, com Rivaldo, Djalminha, Luisão e Muller.

Da ética ao banco dos réus
A nova saída seria em 1997, para o Santos. Cheio de discurso, o treinador foi para a Baixada só depois de vencido seu contrato com o Palmeiras, e lecionava sobre ética esportiva nas mesas redondas de TV.

Isso até o ano seguinte, quando topou um contrato melhor para sentar no banco de reservas do Corinthians que, naquele 1998, vinha com um time e tanto. Dali acumulou a seleção brasileira por um tempo, abriu mão do alvinegro para ser exclusivo do escrete nacional e foi para a Olimpíada de Sidnei, em 2000. Foi defenestrado pela CBF. Essa demissão deve ser levada em conta, mas não é de um clube brasileiro. Isso faz diferença para o ego de uma pessoa. Objeto de esperanças antes de assumir o cargo, foi também motivo de desilusão e alvo de tiroteio por parte da torcida e da mídia após o revés diante de Camarões com dois jogadores a menos na prorrogação das semifinais.

Foi logo depois de demitido que Luxemburgo teve de lidar com as acusações da CPI do Futebol no Senado, de 2000 a 2001.

O desemprego, Madri e a volta
Do fim da Olimpíada até 2001, contratado pelo Corinthians, há o único período de desemprego conhecido pelo profissional na fase analisada. No meio do ano seguinte haveria a troca da parques, do São Jorge para o Antártica, de volta ao Palmeiras, por conveniência – projeto melhor, planejamento mais profissional ou outros motivos do gênero.

No segundo semestre de 2002, Luxemburgo iniciou uma reestruturação do elenco, dispensando diversos atletas, mas não a concluiu. Foi embora ao receber o convite do Cruzeiro. Ele foi, e o time paulista não conseguiu se recuperar das reformas que deixaram um grupo rachado e a segundona foi o limite.

Para sair do time azul de Minas Gerais, só em fevereiro de 2004, demitido três meses depois do título brasileiro. O episódio da dispensa envolveu uma briga com a diretoria do Cruzeiro.

Dali, foi ao Santos, usado como trampolim e cama-elástica do sonho de treinar o Real Madrid. Não fosse o sonho de treinar um time da Europa, muitos dizem que o técnico teria aceito o dinheiro da MSI para comandar o Corinthians em 2005.

Na Espanha, sem falar castelhano e tendo de pôr ordem em um time de galáticos, o brasileiro foi mandado de volta, correndo como um toreiro inábil o faria de uma tourada de Madri (parará-tim-bum-bum-bum). Mais uma demissão.

Luxemburgo foi acolhido novamente pelo Peixe, de onde sairia no final de 2007, para o Palmeiras. Novamente, na saída, não houve um clube demitindo o treinador.

Tá acabando, tá acabando
Seleção brasileira em setembro, conta de um jeito diferente. Cruzeiro em fevereiro . Real Madri em dezembro. A única vez em que Luxemburgo caiu no meio do ano em um clube brasileiro foi em julho de 1995, no Flamengo.

Tanto conforto na trajetória explicaria o medo de Luxemburgo agora? Ou será por também achar, talvez inconscientemente, o Muricy melhor do que ele próprio?


Corrigido às 14h25, a partir da memória do Olavo

segunda-feira, junho 22, 2009

Vitória no clássico coroa semana de boas notícias pro Timão (visão corintiana)

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Eita, semana boa pro Timão! Depois de conqusitar boa vantagem na final da Copa do Brasil, com os 2 a 0 contra o Inter, e assistir Palmeiras e São Paulo caírem na Libertadores, o Corinthians confirmou a má fase do Tricolor com uma vitória no clássico válido pelo Brasileirão. Com isso, chegou à quinta posição na classificação, evitando se afastar demais dos líderes.



É possível dizer que cada time dominou um tempo de jogo. O primeiro coube ao São Paulo, que acuou o alvinegro e levou algum perigo em chutes de fora. No entanto, quem abriu o placar foi o Timão, numa bela jogada de Christian, que arrancou do campo de defesa, fez uma bela tabela a distância com Douglas e tocou na saída de Denis.

O gol no final da primeira etapa desorganizou os nervos do Tricolor e animou os corintianos, que voltaram pressionando. Chicão fez 2 a0 ao cobrar falta sofrida pelo garoto Marcelinho. E Jucilei fez e cabeça, num escanteio.

Feito o resultado, o Corinthians pareceu acreditar na Fiel, que se divida entre gritar "olé" e cantar que "o freguês voltou", e tirou o pé do acelerador. Com isso, o São Paulo conseguiu diminuir com Richarlyson, após passe brilhante de Oscar, de calcanhar.

Perspectivas

Como lembra o companheiro Ricardo, do Retrospecto Corintiano, "o resultado amplia a oito jogos a invencibilidade alvinegra no confronto direto com o rival". A vitória mantém a tranqüilidade no Timão que se prepara para pegar o Inter, no jogo de volta da final da Copa do Brasil. Como as contusões de Christian e Marcelo Oliveira não foram tão complicadas, os dois devem jogar na próxima quarta. No meio do caminho ainda tem o Atlético-PR, na Arena da Baixada. Mano disse que deverá poupar titulares.

Diretoria fraca precisa de técnico forte. Para o bem ou para o mal.

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Quando Émerson Leão assumiu o Santos em 2002, o presidente peixeiro ofereceu quatro reforços a ele. Jogadores decadentes ou de qualidade duvidosa. Leão preferiu treinar os garotos para formar uma equipe que pudesse engrenar no ano seguinte. A coisa deu mais certo do que o esperado e o clube saiu da fila de 17 anos sem título. Se o técnico seguisse a sábia sugestão do presidente, talvez estivéssemos na fila até hoje.

Quando viu que o filé santista era bom e o time ajeitado, Luxemburgo fez a caveira de Leão e ocupou seu lugar em 2004, mesmo tendo dado uma banana para o clube em 1998. Foi campeão brasileiro e veio o novo abandono de lar, desta vez ao menos foi para o Real Madri, e não para o Corinthians. Voltou em 2006, no pós-crise de 2005 e demitido do clube espanhol. Chegou quando ninguém ousava pagar o que ele pedia. Só o Santos.

Conquistou dois paulistinhas e fez o que quis. Contratou às pencas atletas do Iraty, negociou, re-negociou, pintou, bordou, se relacionou com organizadas, trouxe nomes do gabarito de André Belezinha, Magno, Galvão, Petkovic (aliás, tomara que o Santos não deva pra ele). Com seus custos próprios e mais a comissão técnica e jogadores, ajudou a conduzir o clube à bancarrota financeira. Pode fazer isso porque tinha quase carta branca para gastar, contratar e mandar embora a seu bel prazer.

Qualifico as duas heranças dos treinadores de forma bastante distinta. Leão - histriônico e de difícil relacionamento, é fato - deixou um patrimônio (valorização de jogadores jovens, desconhecidos e/ou encostados) devidamente dilapidado por Marcelo Teixeira, o eterno. Luxemburgo deixou um rombo no orçamento. Claro, por omissão de quem deveria mandar de fato. O que as duas experiências mostram é que, com uma diretoria fraca, só um treinador com carta branca pode trazer títulos a um clube. Pode ser um título glorioso como o de 2002 ou oneroso como os dois últimos estaduais conquistados. Mas, sozinha, a diretoria é incapaz de traçar um planejamento - bom ou ruim - para o time.


"Ó, ó... Só uma!"

Dado o momento da equipe, nada mais justo que ir atrás de Muricy Ramalho. Nem tanto pela suposta incompetência de Mancini, que tem um elenco limitado e paga por erros que comete e também muito por aqueles que não comete. Mas com um nome do porte do ex-são-paulino, o SEU planejamento vai se impor, e MT poderá fazer o que mais gosta: conversar com presidentes de clubes rivais, costurar pra tentar manter o poder a qualquer custo, cuidar da sua universidade. Enfim, terá tempo pra fazer o que realmente lhe interessa. E Muricy tocará o barco, escondendo as falhas da diretoria e tendo a paciência da mídia e da torcida a seu favor.

Melhor solução para o Santos, hoje, não há. Mas, ao mesmo tempo, é a tábua de salvação de uma diretoria pífia. Que dilema para o torcedor... o seu bem pode ser a extensão do mal. E, pior, ainda conviver com a sombra da volta de Luxemburgo. Como o coração fala mais alto, vem, Muricy!

Homenagem

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Ainda custo a acreditar no email que recebi do camarada Glauco informando sobre a morte do nosso querido Vavá (foto), amigo de tantos anos e tantas conversas regadas a cerveja no seu extinto bar (saiba mais em nosso Post 1000). A tristeza bateu forte e ainda estou muito deprimido, apesar de saber que seu estado de saúde vinha se agravando nos últimos meses. Vítima de câncer de prostata, Vavá foi internado às pressas em marco de 2008 e passou por uma cirurgia muito delicada, ficando no hospital por meses a fio. Nesse período, o bar fechou e a família ficou sem sua única fonte de renda. Vavá nunca mais pode andar, passando os últimos 15 meses de vida, infelizmente, preso a uma cama. No dia 7 de agosto, ele completaria 63 anos. Que tenha encontrado, finalmente, sua merecida paz. O Futepoca agradece cada minuto de sua atenção, hospitalidade e amizade. Até um dia!

Quando a fase é boa, até Beltrami passa

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Foto: UAI/Estado de Minas







Como os santistas não escreveram até agora, vai aqui a visão atleticana do jogo de ontem, que confirmou o Galo na liderança por mais uma semana. Vamos em ritmo de Vinicius, que seja eterno enquanto dure (rs).

Comecei a ver o jogo com 10 minutos do primeiro tempo e fiquei achando que seria dia de tomar goleada. O Santos dominou completamente o primeiro tempo, com bola na trave e gols perdidos incríveis. Até que Neymar domina e acha um chute diferenciado, daquele que poucos sabem fazer. Justiça, Santos na frente.

No segundo tempo, o Galo voltou de maneira diferente, foi para cima e conseguiu fazer dois bonitos gols, um voleio do Tardelli e um com dribles do Evandro que deixaram a zaga do Santos sentada. Depois, nos contra-ataques, teve a chance de fazer mais três, quatro gols, mas fez apenas mais um com o Carlos Alberto.

A chave é pensar o que mudou de um tempo para o outro. A explicação do Roth é que adiantou a linha de três volantes e pôs o Evandro para completar a marcação em cima dos meias do Santos. Não sei se é isso. Não acompanho muito o Santos, mas me pareceu que quando o time toma um gol bate certo desespero. Outra coisa que parece é que está faltando perna no segundo tempo.

Mas o ato final do jogo é o mais controverso. Primeiro Léo faz o segundo do Peixe quase aos 45 do segundo tempo. Daí, o árbitro Djalma Betrami encerra o jogo aos 47"30, quando havia sinalizado três ou quatro de acréscimo (não fica claro, porque parece que fez sinal de 3 e o quarto árbitro assinalou 4).

Com a reclamação dos santistas, fez o que nunca vi, reiniciou o jogo. Daí, claro, mais confusão. O Santos bateu uma falta, fez o gol de empate e ele e o auxiliar anularam, segundo disseram, por falta de Kleber Pereira no zagueiro. A TV não mostra esse lance de perto, mas que o árbitro arrumou sarna para se coçar não há dúvida.

Por que Ricardo Gomes?

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Mais emblemática que a queda de Muricy Ramalho é a opção do São Paulo por Ricardo Gomes. O ex-zagueiro da seleção brasileira estreou como treinador em 1996, no Paris Saint-German, clube pelo qual se aposentou no mesmo ano. De lá pra cá, passou por dez equipes de Brasil e França. Títulos? O mais relevante é a Copa do Nordeste pelo Vitória em 1999.

Talvez a mais expressiva experiência do técnico às vistas do torcedor brasileiro seja sua passagem pela seleção pré-olímpica do Brasil entre 2002 e 2004. A geração que o comandante tinha em mãos era das melhores que apareceu no país nas últimas décadas: Robinho, Nilmar, Diego, Dagoberto, Elano, os zagueiros Alex e Edu Dracena. Mas... não fomos às Olimpíadas.

O time que jogou e perdeu a última partida do pré-olímpico contra o Paraguai era formado por Gomes; Elano, Edu Dracena, Alex e Wendell; Paulo Almeida (Dagoberto), Dudu Cearense, Diego (Nilmar) e Daniel Carvalho; Robinho e Marcel (Adaílton). Notem pelos parênteses que Ricardo Gomes abusou do direito de mexer no time, inclusive com uma substituição bizarra. Precisando empatar o jogo, tirou o atacante Marcel para por o zagueiro Adaílton, adotando o esquema de três zagueiros. Haja inventividade...

Voltando à questão inicial, por que Ricardo Gomes? Pelo atual momento do comandante não é, já que ele deixou o Monaco, que não quis renovar seu contrato, em décimo primeiro lugar. O amigo sãopaulino Menon atribui isso à “tendência que o São Paulo tem de se mostrar como um time diferenciado, de nível maior do que os companheiros. Então, vamos buscar alguém chique, alguém que eleve nosso nome lá fora, alguém que...qualquer destas besteiras.”

Se for isso, ainda assim está errada a diretoria tricolor. Primeiro, porque troca um técnico de primeira linha (que precisava mesmo sair) por um que não tem currículo à altura. E o tal “verniz europeu” também não funciona, já que o campeonato francês é de segunda categoria e o Monaco é uma equipe mediana dentro dessa mesma competição. Não traz visibilidade nenhuma pro clube lá fora.

Ou seja, o mais plausível é que seja uma aposta no fator “novidade”. Mas Gomes chega num caldeirão onde jogadores se achavam no direito de contestar o técnico de forma pública e muitas vezes pouco educada. Mas a diretoria também já se perdeu e as intrigas por trás da queda de Muricy ficam evidentes inclusive na contratação rápida do seu substituto, claramente já tramada antes da decisão ser anunciada. A tal ligação de Cuca a um diretor se oferecendo para substituir o ex-treinador (o que acho pouco provável ter acontecido) também evidencia o nível de diz-que-me-disse nas hostes sãopaulinas.

Resta saber se o São Paulo, com a troca de comando, não vai chegar com gosto à vala comum da de qualquer time do país. Talvez já estivesse perto da tal vala, mas Muricy e seus títulos omitissem isso, como os titulos esconderam de muitos os verdadeiros desempenhos de Dualibs, Mustafás e Teixeiras. Acho, sinceramente, que Gomes não chegará a comer panetone no Morumbi. Mas apostaria que nem o desfile de sete de setembro ele veja lá.

domingo, junho 21, 2009

Ser ou não ser jornalista

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Se tem um assunto que merece discussão ampla e adequada é o fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. O tema torna-se ainda mais pertinente, urgente e também delicado, num momento como o atual, em que a internet abriu a possibilidade para qualquer pessoa criar seu próprio “veículo de comunicação”, por meio dos blogs. Todos nós blogueiros nos sentimos um pouco jornalistas... Mas entre esse “um pouco jornalista” e o exercício de fato do jornalismo vai uma boa diferença. Acontece que essa diferença nem sempre é visível por aqueles que não conhecem, por formação ou proximidade, os meandros da profissão do jornalismo. Nem sempre é fácil perceber tudo o que está em jogo na elaboração de uma reportagem, que de modo algum se confunde com “escrever bem”, saber opinar ou estar “plugado” com o que está acontecendo. Bem, a Brunna já mostrou a que níveis de escrotidão pode-se chegar em tema tão importante.

Outro fator, que reforça a sensação de que qualquer um que escreve sobre as coisas que acontecem já é jornalista, é a crise de qualidade e credibilidade que assola o jornalismo tido como “grande”, que muitas vezes se confunde com assessoria de imprensa escamoteada de certas figuras políticas ou grupos econômicos, para não entrar em detalhes aqui. Muitas vezes por se ver obrigado a submeter seu texto a um editor comprometido com interesses que se mostram maiores que a qualidade jornalística, outras vezes por alinhamento com a “concepção de jornalismo” desse mesmo editor, jornalistas veem-se exercendo papéis que se distanciam dos princípios básicos da profissão.

Embora ainda não tenha avaliado todas as consequências dessa “liberação do diploma” promovida pelo STF, de minha parte, por princípio, vejo com bons olhos a desregulamentação. Afinal, o jornalismo é muito mais um ofício que uma profissão. Não dá para comparar com a química, a enfermagem, a medicina, a engenharia ou a arquitetura, só para citar algumas. Grandes jornalistas nunca cursaram jornalismo; me lembro de cabeça do Aloysio Biondi, que até onde eu sei nunca se formou em nada, e foi um jornalista de peso.

Eu mesmo, que tenho formação em música e letras, já fui jornalista algumas vezes, quando realizei algumas reportagens. Além de mim, no Futepoca, blog escrito basicamente por jornalistas, tem ainda a Brunna Rosa, que é socióloga de diploma, mas que teve sua formação na lida diária como jornalista na revista Fórum. Tanto ela quanto eu, estou certo, aprendemos muito com o convívio com jornalistas de ofício. E foi assim que pude começar a entender o que significa elaborar uma reportagem, reunir diferentes depoimentos para construir a versão de uma história, entender como lidar com uma fonte e dar conta de que as várias partes envolvidas sejam ouvidas, a diferença entre fatos, dados e opiniões, a clareza nas referências... Nada disso é óbvio para quem não é do ramo. E é aí que se percebe a diferença entre saber escrever e ser jornalista.

A questão para mim, agora, não é tanto ser a favor ou contra a obrigatoriedade do diploma, mas como fazer para divulgar o máximo possível os princípios da atividade jornalística e, com isso, ampliar a capacidade de julgamento do público leitor em relação à qualidade da comunicação. É sem dúvida assunto para os educadores, mas não só. Os próprios comunicadores têm a sua responsabilidade na formação dos leitores, para que a desregulamentação não redunde em desrespeito. E para que ela se torne uma real oportunidade de democratização da comunicação, e não motivo para precarização do ofício do jornalista.