Destaques

sábado, agosto 01, 2009

"Espirros de porquinhos", pra relembrar

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Isso já foi notícia faz tempo e o Futepoca também deu. Mas ainda não tinha visto o vídeo. Aí, passeando pelo Conversa Afiada, me deparei com isso. É hilariante! Nem muito bêbado o Lula conseguiria igualar. E a ideia do Serra era tranquilizar as pessoas... que medo!

Saideira nº 1

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Clique na imagem para baixar em alta resolução.

sexta-feira, julho 31, 2009

O campeão voltou?

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O companheiro Moriti escreve colaboração sobre o glorioso Tricolor paulista, até para esclarecer os futepoquenses são-paulinos que estão fora do Brasil a respeito do seu time. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

Por Moriti Neto

“Ôooo, o campeão voltou”! Na noite chuvosa da última quinta-feira, esse era o grito entoado pela torcida são-paulina, no Morumbi, durante o jogo em que o tricolor paulista venceu o Grêmio por 2 a 1, com dois gols de Dagoberto. O canto dos torcedores é um exagero. Mas, que o time evoluiu é evidente.

É só observar os últimos quatro jogos. Primeiro, vitória no clássico contra o Santos. Depois, empate contra o Inter, no Beira Rio, após o adversário sair ganhando com dois gols em posição de impedimento. A seguir, o primeiro sucesso fora de casa, contra o bem montado time do Barueri.



Para quem, há quatro rodadas, estava perto da zona de rebaixamento, esse retrospecto é um progresso. Porém, outros aspectos podem ser apontados como positivos: o São Paulo está jogando com a bola no chão, sem tantos chuveirinhos na área e parece menos manjado pelos adversários. Jogadores de boa qualidade técnica como Hernanes, Jorge Wagner e Jean são favorecidos por isso. Não à toa, Dagoberto marcou dois gols com belas assistências dos dois primeiros e o ataque paulista teve diversas oportunidades de ampliar o placar. Até os 30 minutos do segundo tempo, só deu São Paulo e, o melhor, com bom futebol.

Se é o estilo de Ricardo Gomes aparecendo, com mais toque de bola, é cedo para dizer. Simplesmente, pode ser que alguns jogadores insatisfeitos com Muricy tenham resolvido começar a jogar. No domingo, a parada é dura, contra o Vitória (que foi goleado pelo Avaí por 4 a 0, também na quinta). A partida é na casa do adversário e há desfalques dos dois lados. O São Paulo não terá Miranda e Washington. Já o time baiano não contará com a zaga titular. Se o tricolor vencer, dá para gritar que o campeão voltou? Não. Mas, será possível pensar seriamente em Libertadores.

Ah, sim. Ponto positivo para Ricardo Gomes, que, em entrevista coletiva, disse não ter como comparar o trabalho dele com o de Muricy, que fez história no São Paulo, sendo tricampeão brasileiro. E, apesar dos dois gols, ponto negativo para Dagoberto, que criticou o ex-técnico tricolor. Se havia ambiente ruim no clube, ao menos Washington e Borges tiveram a coragem de manifestar insatisfação antes da mudança de treinador .

Esporte, soberania e "xenofobia"

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Deu na Trivela: o sindicato dos jogadores profissionais de futebol de Portugal, na pessoa de seu presidente Joaquim Evangelista, protestou ontem contra a quase certa naturalização do atacante brasileiro Liédson. O ex-atleta de Corinthians, Flamengo e Coritiba caminha para se tornar português e, assim, ser companheiro de seleção de Cristiano Ronaldo.

Os protestos do sindicalista (ô, raça!) português se baseiam no fato de que Liédson, ao integrar a seleção lusa, tirará do time uma vaga que deveria ser ocupada por um atleta nascido e criado na terra de Roberto Leal. "O atleta português está em extinção. Deve-se refletir sobre o perigo que representa para o futuro [a naturalização]. Nada tenho contra o jogador estrangeiro, mas temo pela tendência de desvalorização do futebolista português, que tem como consequências a descaracterização dos clubes e a perda da identidade das seleções nacionais", disse Evangelista, na matéria reproduzida pela Trivela.


A questão da naturalização de esportistas é das mais polêmicas e difícil de ser resolvida. Eu, admito, não consigo chegar a uma conclusão definitiva. Por que há os seguintes aspectos a serem levados em conta:

- Liédson mora e trabalha em Portugal desde 2003. Já são seis anos. Tempo suficiente para uma pessoa criar identidade com um país, desde que isso seja de seu interesse. Não pode ser chamado - nem ele e nem os demais que têm interesse em sua naturalização - de oportunista, visto que há, sim, uma relação forte entre o atleta e o país que agora ele quer passar a defender.

- Por outro lado, há distorções que, realmente, assustam. Lembram-se de Aílton, aquele centroavante que virou deus na Alemanha? Também sem chances na seleção brasileira (e tampouco na alemã), ele chegou a ser cortejado por pessoas do Bahrein (ou Qatar? Alguém lembra direito?) que queriam tê-lo jogando por lá. À época, a Fifa vetou a "transação", dizendo que não permitiria naturalizações descaradas como essa.

- Mas aí eu me pergunto: se um país, dotado de sua soberania, quer dar cidadania a uma pessoa, pode a Fifa ou qualquer outra entidade esportiva vetar o processo? Se o sheik do Bahrein resolve determinar que um fulano é cidadão do seu país, tendo os mesmos direitos de quem lá foi nascido, como que se pode negar essa possibilidade? Até concordo que seja "mancada", "pô", "apelação", "parou aê", "os caras são foda", mas não consigo ver uma razão técnica que impeça esse tipo de processo.

De qualquer forma, boa sorte ao Liédson, um cara de carreira meteórica (em 2001 jogava no Prudentópolis, em 2003 estava no Sporting) e que merecia, mesmo, atuar por uma seleção de ponta. Seja do país em que nasceu, ou do que adotou.

A liderança durou até demais...

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A crônica dos muitos erros de Flamengo e Galo pode começar assim. O time carioca perdeu um gol incrível com 2 minutos de jogo. Depois, errou uma saída de bola e tomou 1 a 0, com menos de 10 minutos. Em lugar de ficar acuado, o rubronegro foi para cima e reverteu para 2 a 1 ainda no primeiro tempo.


O Flamengo foi melhor, mas ajudou muito o fato de o Galo errar muitos passes na saída de bola, permitindo a pressão. Júnior, o ex-lateral responsável pela armação do time, perdeu-se completamente, não entrou em campo. Parece que sentiu fazer dois jogos por semana. Éder Luís fez o gol, mas também não jogou no primeiro tempo. Aranha, que salvou o Galo em outras partidas, ontem tomou todas, falhou mesmo...

Vem a segunda etapa e Roth (repito, ainda tem crédito) também erra. Júnior tinha de sair, mas pôr Evandro é abusar da paciência de qualquer atleticano. Não gosto de pegar no pé de um jogador, mas este desde que chegou ao Galo não acertou um passe (com exceção do gol contra o Santos) e entra em todos, sempre... Aí vem a falta de critério. Renan Oliveira jogou meio tempo contra o Botafogo e foi mal, nunca mais entrou. Evandro joga mal todas as vezes que entra e continua... Vai entender. Deve se muito bonzinho ou arrebentar nos treinos (na melhor das hipóteses.

Vai começar a choradeira...
Agora, mesmo com essa atuação muito ruim, O Galo teve chances. E perdeu pela ruindade de seus atacantes nas conclusões. Pedro Paulo, outro que entrou sei lá por quê, perdeu gol incrível sem goleiro, conseguindo chutar de canela na trave. Como disse a companheira Simone, parecia videocassetada.

Outro aspecto importante, (vai começar a choradeira, Glauco, pode descontar uns pontinnhos daqueles lances em que você diz que o Galo foi beneficiado), foi a atuação de Gaciba. Até hoje minha dúvida é se apenas falta coragem de marcar contra times grande em casa ou se é venal mesmo? Deixou de dar pênalti claríssimo em Tardelli, na sua frente, a poucos metros, impossível não ver. No terceiro gol do Falemengo, também houve duas irregularidades. Falta no lateral Marcos Rocha e impedimento do Adriano antes de dar o passe. Não marcou nada. Mas pior é a falta de critérios ao inverter faltas, não marcar para um um lado o que dava para o outro. O que faz pender o pêndulo para a segunda alternativa...

Resumindo porque está longo demais. O Flamengo ganhou com méritos, jogou melhor, apesar de tudo que houve na partida. O Galo, continuo achando a mesma coisa desde o começo, não tem time para o título, mas vai brigar entre os cinco, seis primeiros. Pode ser que volte a se recuperar porque depois da partida contra o Coxa, domingo no Mineirão, terá dez dias sem jogar por conta do adiamento da partida contra o Inter.


quinta-feira, julho 30, 2009

Santos vence disputa do "menos pior" em campo

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"O placar está 0x0... e essa é a nota do jogo". Foi assim que José Maia, narrador da Rádio Bandeirantes, pela qual eu ouvia Santos x Náutico, encerrou a transmissão do primeiro tempo da partida. No segundo tempo vieram os gols, nos últimos minutos o da vitória - que deu três pontos ao Santos, mas que deve motivar apenas celebrações contidas.

Não vi o jogo (ouvi no rádio, como avisei no início do post). Então as observações que se seguem são mais do que passíveis de retratações. Mas acredito que não errarei muito a mão.

O Santos entrou em campo ontem com um 4-5-1 que foi usado por Vágner Mancini em algumas ocasiões; em algumas deu certo, em outras não. Menos mal que o 4-5-1 de ontem não se fez com três volantes, e sim com dois (Souto e Germano) e três meias (Paulo Henrique Ganso, Róbson e Madson). Na frente, Kléber Pereira, que retornou ao time após contusão.

Não dá para esperar muita coisa desse combalido e "em formação" (desculpa na qual quero acreditar) Santos. Mas, se um jogo é ruim, a culpa é dos dois times que estão em campo. Então é o caso de dividir o "mérito" da pelada de ontem com o Náutico - que ao menos por enquanto é, com sobras, o pior time desse Brasileirão e que vai precisar de uma arrancada histórica para escapar de um aparentemente inevitável rebaixamento.

Neymar fez o primeiro gol peixeiro numa linda cabeçada, mostrando que seu futebol não é só firula. Mais uma vez, o time melhorou com sua entrada no segundo tempo, o que nos faz ficar com uma bela dúvida - ele tem que começar jogando ou é um "jogador de segundo tempo"? O goleiro Felipe facilitou a vida do Timbu ao cometer um pênalti dos mais idiotas no ex-santista Gilmar, que converteu; e, quando parecia que os dois times deixariam o gramado com um ponto cada, Rodrigo Souto mostrou que é realmente bom no jogo aéreo (um dos melhores volantes que já vi nesse quesito) e decretou a vitória do Santos.

Além dos três pontos, outro aspecto positivo de ontem foram as estreias de Eli Sabiá e Felipe Azevedo. Não que ambos sejam craques e tenham chegado para resolver os problemas do time; mas é que eles já estavam no Santos há algum tempo (foram contratados na gestão Mancini) e ainda não tinham entrado em campo. Ora, se o cara tá no elenco, que seja colocado pra jogar!

No final de semana, o Santos não joga. O adversário da rodada, Internacional, vai para o exterior para disputar amistosos. O retorno a campo do Peixe acontece na quarta-feira, contra o Coritiba, em Cascavel.


Na estreia de Muricy, 1 a 0 não compromete

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O Palmeiras venceu o invicto Fluminense no Palestra Itália por 1 a 0. O Tricolor carioca não vence há 10 jogos. O gol de Diego Souza aos 13 do segundo tempo coloca o alviverde na liderança pelo menos até a partida desta quinta-feira, 30, entre Atlético-MG e Flamengo.

O Fluminense mostrou uma defesa melhor armada, mas um ataque deficiente. Renato Gaúcho que se cuide. Não fosse a derrota do Náutico para o Santos no último minuto, o time do Rio de Janeiro estaria de volta à lanterna.

Outro resultado importante da rodada foi a terceira vitória seguida do Goiás. Depois de se impor diante dos atuais dois primeiros colocados da tabela, o representante da região Centro Oeste resolveu também diante de um dos últimos da tabela, o Atlético-PR. É a segunda arrancada mais impressionante, depois da do Avaí.



Tão importante quanto a colocação, é o fato de que a vitória na primeira partida de Muricy Ramalho como treinador mantém a tranquilidade que Jorginho impôs no clube. A torcida recebeu bem o novo dono do banco de reservas, em seu elegante agasalho verde com zíper, mas gritou o nome do auxiliar técnico, como homenagem.

O jogo em si foi bem mais ou menos, sem grandes oportunidades criadas e com Obina errando mais do que contra o Corinthians, o que é o normal. Souza e Pierre mais soltos para avançar eventualmente não renderam grandes coisas na criação. Como Ortigoza foi a campo no lugar de Souza, é provável que o repeteco de volantes armadores bem sucedido no São Paulo seja adiado.

Isso preocupa por outro motivo. O primeiro foi a profecia de bar que ensaiei ontem fora do boteco. Eu calculava que um gol de Pierre seria certeza de uma temporada vitoriosa, ao passo que um passe de Souza para o gol ou uma chute na trave ainda significariam esperanças. Como nada disso aconteceu, confio agora na minha absoluta falta de talento para profeta que, segundo fontes, não ultrapassa o comprimento das barbas.

O fato é que a vitória pelo placar simples é ótima, mas não garante um time que funcione durante toda a temporada e menos ainda um grande time.

Corinthians empata pelada com o Santo André

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O Ricardo do parceiro Retrospecto Corintiano descreveu o Corinthians dessa partida como "um time em reconstrução". Espero que ele tenha razão, ainda vejo apenas o time destruído. Para a descrição do jogo, recomendo clicar no link dele. Eu, por conta do trabalho, acabei não vendo o primeiro tempo e vendo mal o segundo (quer dizer, por cima da tela do laptop, enquanto trabalhava).

Mas foi o suficiente para me dar conta do nível da pelada. Os dois times perdendo muitas bolas bestas no meio de campo, às vezes até em seu campo defensivo, e sem conseguir articular jogadas realmente perigosas. (Depois, nos melhores momentos, vi que Felipe fechou o gol no primeiro tempo, o que nos salvou de um resultado deveras humilhante.) O resultado não podia ser outro: dois gols de bola parada, empate em 1 a 1. Valeu apenas pela belíssima falta batida pelo veterano Marcelinho Carioca, mostrando que não esqueceu sua maior arte.



Deu tempo de ver ainda a expulsão estúpida de Dentinho, que cavou o próprio amarelo por reclamação. Sem ele, a coisa fica ainda mais feia no próximo jogo. E é precio considerar ainda que este era um jogo que o Corinthians teoricamente tinha que ter aproveitado para fazer pontos... teoricamente. Na prática, acho que é isso o que vamos ver por um bom tempo, um Corinthians que vai se segurando como pode.

quarta-feira, julho 29, 2009

Mussum forevis ou 15 anos sem Mussum

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Não é por conta de uma efeméride semi-redonda que o Futepoca vai homenagear Mussum. Em nossas idas ao bar, inevitavelmente os blogueiros de cá brindam ao grande humorista que marcou a infância de muita gente com seu humor politicamente incorreto, sempre fazendo referência à cachaça (opa!) e às vezes desfilando com uma indecente cueca samba-canção. De qualquer forma, não poderíamos deixar tal data passar batida e publicamos alguns vídeos para lembrar do nosso grande muso inspirador (outros vídeos, em post de 2008 aqui).




Acima, um trecho de "Os Insociáveis", programa precursor do bom e velho "Os Trapalhões", que se eternizou na Rede Globo. Note-se que o efeito da manguaça ainda não tinha sido metabolizado pelo abdomem do nobre mangueirense.



Outra pérola: o velho Mussa no Originais do Samba, de onde saiu para fazer parte da trupe televisiva.



Esse é um vídeo sombrio. Um especial dos 25 anos do grupo em que há duas previsões trágicas para 2008: Mussum e Zacarias já estariam mortos (o que de fato ocorreu) e Renato Aragão e Dedé Santana, brigados, fariam as pazes no fatídico ano. Isso também acabou se confirmando.



Pra encerrar, Piruetas, a música feita por Chico Buarque especialmente para a versão cinematográfica dos Saltimbancos, vulgo Os Saltimbancos Trapalhões. Resume bem o espírito circense e hoje nostálgico dos Trapalhões. Um brinde ao Mussum eterno!

Decotes e roupas curtas: essa é a tática dos banqueiros para "conquistar clientes"

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A notícia foi publicada pelo Sindicato dos Bancários do Mato Grosso. Uma ex-funcionária do Unibanco ganhou na Justiça R$ 80 mil por danos morais. O motivo é de assustar: o banco obrigava a trabalhadora a se insinuar para os clientes para cumprir metas de vendas. Em algumas ocasiões a empregada era obrigada a participar de "happy hours" para se aproximar dos clientes, e era – sente o absurdo – obrigada a usar roupas decotadas e curtas.

A decisão foi do Tribunal Regional do Trabalho do estado e o processo teve como relator o desembargador Edson Bueno. O magistrado entendeu que a bancária teve "violada sua intimidade, sua vida privada e sua honra, ao ser obrigada a usar roupas curtas e a se insinuar para clientes masculinos, a fim de não perder o seu emprego".

Em entrevista ao jornal Diário de Cuiabá, o advogado da trabalhadora, Cássio Felipe Miatto, afirmou que "os atos giravam à beira da prostituição". Segundo o defensor, a orientação de se insinuarem aos clientes chegava via e-mail às funcionárias, sendo que elas eram incentivadas a chamar os clientes a boates e bares. O texto revela que uma testemunha chegou a dizer na Justiça que, numa festa em 2004, viu uma gerente garantindo a alguns clientes que poderiam "escolher qualquer empregada do banco, que tinha loira, morena e japonesa".

Percebam que o fato não aconteceu numa empresinha de fundo de quintal, mas em um dos cinco maiores bancos do país. Setor que se gaba de modernidade, excelência e, termo da moda entre os publicitários que atendem o setor, “responsabilidade social”.

Dado adicional: Uma pesquisa recente feita pela Confederação dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT, onde eu trabalho) e pelo Dieese com dados do Ministério do Trabalho revelou que o salário médio das mulheres contratadas pelos bancos no primeiro trimestre de 2009 foi de R$ 1.535,34, enquanto a remuneração média dos homens admitidos no mesmo período chegou a R$ 2.022,56 - uma diferença de 24,09% em prejuízo das bancárias. Além disso, houve uma redução de 11,2% no salário médio das mulheres contratadas este ano em relação ao primeiro trimestre de 2008, quando esse valor foi de R$ 1.729,37.

Schumacher no lugar de Massa

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Massa e Schumacher: substituição e

torcida para que o brasileiro volte
foto: Globo.com


Parece que a Ferrari acabou de confirmar, segundo o globo.com, que o alemão correrá daqui duas semanas e meia em Valência, no GP da Europa.

É ainda preciso checar, mas a volta de Schumi trará resposta a algumas questões interessantes.

Ele é tão acima da média que poderá fazer a Ferrari andar na frente?

Claro que é bom lembrar que o time de Maranello já está se recuperando e conseguiu pódio em duas corridas seguidas.

Outra questão é se um piloto parado há tanto tempo e presumivelmente fora de forma será capaz de dirigir em alto nível? Se não, será decepção para quem o considera o melhor de todos os tempos. Não é meu caso, divido-me entre Piquet e Senna.

Outro ponto a pensar é que, apesar da tentativa de otimismo global, é notar que o acidente de Massa foi realmente muito grave, provavelmente impedindo que ele volte este ano. Fica a torcida para que primeiro ele recupere a saúde, e depois possa voltar a correr um dia. Mas é apenas torcida.

A realidade é a volta do alemão... Vamos ver o que acontece

terça-feira, julho 28, 2009

Robério de Ogum fala ao Futepoca sobre Roberto Brum

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O médium Robério de Ogum falou ao Futepoca sobre o recente imbróglio envolvendo o volante Roberto Brum, Vanderlei Luxemburgo e o próprio espiritualista. Robério, que previu a volta de Luxa ao Santos em 2009, disse que o atleta "estava carregado" e atraía "energias negativas". A resposta do evangélico Brum veio no domingo, no programa Mesa Redonda da TV Gazeta, quando se afirmou "vítima de calúnias", acusou o jornalista Admeir Quintino e reafirmou a "vitória de Deus".

"O Roberto Brum tenta ser líder, mas não tem pujança pra isso", afirma. Quando perguntado se ainda é amigo de Luxemburgo, de quem esteve afastado inclusive à época em que concedeu sua primeira entrevista a esse prestigioso veículo midiático, foi evasivo. "Nesse caso não interessa se sou amigo dele ou não". Ainda para saber se o médium influenciou na posição do treinador santista, foi questionado se a avaliação acerca das energias negativas de Brum era um aconselhamento. "Não é um aconselhamento, é uma previsão", garantiu.


"Só retratei o momento dele, e quem viu a partida contra o Flamengo pode notar. Já viu um jogador tomar um cartão daqueles com um jogo importante na quarta?", questiona. Robério conta que não assistiu ao programa da Gazeta, embora amigos seus tenham ligado para alertá-lo a respeito. No entanto, criticou a postura do volante. "O que ficou exagerada é a forma que o Brum se pronunciou, não podemos falar de Deus à toa. A mão de Jesus tem que abençoá-lo pra não fazer mais essas besteiras", vaticinou.

Mesmo com a querela, o médium acredita na recuperação de Brum como jogador, mas não garante sua permanência na Vila Belmiro. "O Brum tem tudo para se recuperar. No Santos ou em outro clube. Ainda mais com a fé que ele tem. Mas como líder, não sei...". Apesar de não citar mais nomes, ele afirma que a "rachadura" que aconteceu no Santos também tem outros responsáveis. "Quando falamos de uma patota, falamos de mais jogadores. Um time que esteve pra cair no ano passado e consegue chegar à final do Paulista... Ali você percebe a falta de um líder consistente, faltou equilíbrio, paz, harmonia".

Quanto às esperanças santistas, ele vaticina. "O time pode chegar à Libertadores, se cortar o mal. A mudança já começou".

Mário Gobbi Filho, este intelectual

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O leitor Leandro mencionou em dois comentários (aqui e aqui) a recente declaração do dirigente do Corinthians Mário Gobbi Filho em resposta a protestos de torcedores pelo "desmanche" por que passa o time. O parceiro Vertebrais Futebol Clube mostrou com precisão um aspecto importante da "bola fora" de Gobbi, ou seja, como ele "errou" ao não esclarecer as reais razões por que um clube não consegue manter os craques no elenco por muito tempo, em vez disso perdeu a oportunidade de ficar calado e cuspiu grosserias à torcida.

Mas o "erro" de Gobbi vai um pouco além. Vamos ao que ele disse, em entrevista ao Globo Esporte:

– Não podemos cair nesse discurso medíocre e hipócrita de torcedor de arquibancada, que não tem cultura para falar disso. É ignorar que o objetivo final do futebol seja dar retorno financeiro ao clube. Não há desmanche, há um ciclo no futebol – opinou Gobbi.

O senhor Gobbi tem a si mesmo em tão alta conta, mas tão alta conta, que não se considera nem medíocre, nem hipócrita, nem inculto – portanto não é como esses corintianos favelados e ignorantes, esses que se autodenominam maloqueiros e sofredores. Que me perdoe este intelectual, mas na minha modesta opinião a sua segunda frase é uma pérola rara, para se gravar no bronze.

É incrível a inspiração de certos burocratas ao declarar o seu amor incondicional às atividades meio. Olha só que impressionante: o time de futebol é uma coisa que existe, segundo Gobbi, não para jogar futebol e ganhar títulos; até faz isso, claro, é inevitável, mas o seu objetivo final é outro, é gerar dinheiro para o clube.

Corrijam-me os semiólogos se eu entendi errado, mas minha impressão é de que o senhor Gobbi discordaria absolutamente de mim se eu dissesse que a a direção do clube tem a obrigação de fazer a sua boa gestão financeira, que inclui a compra e venda de jogadores, com o objetivo final (este sim) de manter o time jogando bem, garantir certo equilíbrio no elenco, sem grandes quebras entre os picos de qualidade. Num momento em que o clube dá mostras de que pode disputar e vencer o título do mais importante campeonato nacional, visando ainda a chegar em boas condições de disputar o continental, isso é crítico.

Uma discreta inversão de valores: o futebol existe para o clube, não é o clube que é uma estrutura administrativa que existe para o futebol. Me lembrei de uma célebre declaração do ditador João Batista Figueiredo (na foto) em resposta à ingênua pergunta de um repórter: "mas presidente, e o povo?". O que ele retrucou foi: "O povo?! Ora, o povo não me interessa, o que interessa é o Brasil".

Se a gente pensar a coisa pelo avesso, será que os medíocres, hipócritas e incultos "torcedores de arquibancada" não têm alguma razão em protestar quando veem metade do time (a metade melhor) ir embora? Independente da justificativa que se dê? Não seria este um erro ou pelo menos um problema de administração que deve ser explicado, justificado, pelos responsáveis?

O torcedor de arquibancada talvez não precise de muito mais que um futebol decente para ver e alguma esperança de que o time possa ser campeão. (Alguns precisariam apenas de uma cerveja.) No meu modo de entender (serei hipócrita? ou medíocre?), ele é uma importante razão de ser do espetáculo, e não um incômodo, uma excrescência com a qual os dirigentes infelizmente se veem obrigados a conviver. Mas, se os gênios proliferam no futebol de hoje, nós certamente não estamos entre eles.

segunda-feira, julho 27, 2009

E o Sport, hein?

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A notícia tem um quê de previsibilidade: Émerson Leão foi demitido, hoje pela manhã, do comando do Sport. A princípio, são duas as causas do bilhete azul dado ao técnico. A primeira é o mau desempenho do treinador - foram 10 jogos no comando do time, com cinco derrotas e apenas duas vitórias. A outra é uma suposta "insubordinação" de Leão, que teria recusado a contratação do veterano Marcelo Ramos, já definida pela diretoria do clube (isso te lembra algo?).

Agora o Sport correrá atrás do seu terceiro técnico do ano. O time começou 2009 com Nelsinho Baptista à frente da equipe. Após a eliminação da Libertadores e uma briga com atletas, Nelsinho caiu e Leão assumiu. O ex-goleiro tinha como background boas passagens anteriores pelo time pernambucano - vale lembrar que ele era técnico do Sport quando foi chamado para comandar a seleção brasileira, em 2000.

Curioso é ver que agora, correndo atrás de técnicos, o Sport volta a ser um time "normal". Trocando treinadores a cada resultado ruim, tentando achar um jeito para jogar uma boa bola, e, até segunda ordem, se esforçando para escapar do rebaixamento. Difícil imaginar que o rubro-negro faça coisa melhor nesse Brasileirão.

Tal condição é bem diferente do que o Sport sugeria no começo do ano. Recapitulando: o time iniciava 2009 com o cartaz de ser o campeão da Copa do Brasil, com uma Libertadores pela frente, com um técnico mantido no cargo há mais de um ano... já falava de se consolidar como "a força do futebol do Nordeste", "oposição ao eixo Rio-São Paulo" e por aí vai...


Eu sempre digo que encher muito a bola de "planejamento e profissionalismo" no futebol é algo que não me desce. Afinal, o senso comum chama de "planejado e profissionalizado" o time que mostra resultados em campo. O julgamento recebe a mão inversa - olha-se os resultados e aí se atribui o rótulo de "organizado". A imprensa daqui do Sudeste - que não acompanha o dia-a-dia do Sport - cansou de encher a bola dos pernambucanos em 2008, tratando o clube justamente como "planejado", principalmente pela manutenção de um novo técnico. Agora, que o Sport muito provavelmente passará o resto do Brasileirão lutando contra o rebaixamento, atacará a "falta de planejamento" do clube.

Será que não é mais negócio ver o dia-a-dia de uma equipe antes de fazer esse tipo de análise?

Roth prova de seu próprio veneno

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Iarley o autor do gol em foto do Estado de Minas/Uai

O Galo ontem no Mineirão provou mais uma vez que é time de um esquema só. Bloqueia bem o meio de campo com 3 ou 4 volantes e sai rapidamente no contra-ataque. Quando o adversário não vai para o ataque, o caldo entorna... Foi o que aconteceu contra o Goiás, no Mineirão.

Hélio dos Anjos, à la Roth, armou uma retrancona, com três zagueiros, seis no meio de campo e apenas o Iarley no ataque. Das duas chances que teve em toda a partida, o time verde marcou uma, o que foi suficiente para levar os três pontos.

O Atlético ficou com a bola quase o tempo todo, mas não teve inspiração. Tardelli e Éder estavam bem marcados, daí faltou a aproximação de um meia criativo, que o time não tem. A armação sobrava para os volantes, que erravam passes na hora decisiva ou davam chutes da entrada da área que iam fora do Mineirão.

Júnior também estava mal no papel de tentar municiar os atacantes, mas a entrada de Evandro mostrou que estamos de mal a pior nessa posição. O ex-palmeirense não fez absolutamente nada que não fosse um burocrático passe para o lado, o que explica por que o Palmeiras o deixou sair de graça.

Ainda quando estava 0 a 0, Roth fez outras substituições equivocadas. Tirou Éder Luís e pôs Alessandro, depois entrou o atacante Kléber no lugar do volante Serginho. Não adiantou nada ficar com três atacantes na área porque o problema estava no domínio do meio de campo. A partir daí o Goiás, que tinha seis jogadores contra três no setor, mandou no jogo e fez o seu gol.

Roth tem crédito, mas precisa armar alternativas para quando o adversário se fecha todo. Foi assim que perdeu pontos para Santo André, Botafogo e Goiás. E precisa testar um dos armadores talentosos que existem no elenco. Não dá para entender por que Renan Oliveira e Tchô não ficam nem no banco. Se os dois não prestam, que se contrate um jogador para armar jogadas e bater faltas e escanteios. Dá até raiva quando o juiz marca algo a favor do Galo, antes de bater já se sabe que não vai dar em nada.

E volta a realidade mascarada pela liderança, o Galo não tem time para ser campeão. Tem jogadores esforçados, mas se quiser pegar pelo menos a Libertadores tem de trazer pelo menos um meia e um zagueiro para serem titulares.

domingo, julho 26, 2009

Um 3 a 0 para Obina sobre o Corinthians

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O Palmeiras venceu o Corinthians por 3 a 0 em Presidente Prudente. Voltou a se igualar em pontos ganhos com o Atlético-MG, na liderança. Enquanto o Goiás aplicava a segunda zebra seguida contra os da ponta superior da tabela, o Palmeiras via o fim da era Jorginho com a sexta partida seguida contra os alvinegros paulistanos sem conhecer derrotas. Recuperou também o Verdão do tropeço do meio de semana em Goiânia.

O primeiro gol foi de peixinho, em um cruzamento perfeito de Pierre. O segundo de pênalti, cometido abestadamente por Chicão. O terceiro foi em um contra-ataque em que Obina dividiu no alto com Moradei, deixando a bola para Cleiton Xavier esperar e deixar o centroavante livre para completar o escore.



Ele não é melhor do que o Eto'o. Nem é melhor do que o Keirrison do começo do ano. Mas decidiu o jogo e tem marcado gols. E está mais magro do que o Ronaldo.

Aliás, foi a saída do gordo que mudou a cara do jogo. O primeiro tempo foi mais disputado até a contusão de Ronaldo que, ao sofrer falta de Souza, caiu de novo, desta vez sobre a mão direita, produzindo suspeita de fratura. A partir daí, o Corinthians murchou e o Palmeiras cresceu. Depois do segundo e do terceiro gols, a partida foi administrada pelo alviverde, com períodos de tensão sem sentido.

De presente para Muricy Ramalho, o interino que quase se efetivou deixa o artilheiro Obina e a equipe mais faltosa do campeonato. O time marca muito com dois zagueiros, dois ou quatro volantes (no caso de Cleiton Xavier se dedicar mais às funções defensivas), e também bate. Embora as pancadas mais sem noção da tarde em Prudente tenham ficado para Alessandro, expulso, e Jorge Henrique, que saiu ileso.

Depois de cinco dias sem sinal de celular nem acesso à internet (fui derrubando cada conexão por onde eu passava), eu ia escrever impropérios contra Vanderlei Luxemburgo, que já entregou o time como campeão das faltas e sem artilheiro, mas depois do post do Glauco, a cota "pau-no-Luxemburgo" pode ficar para os comentários.

Santos 1 X Flamengo 2 - Nem Robério de Ogum salvou...

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E o recordista de títulos brasileiros e dono de sensacional aproveitamento de pontos pelo Santos na Vila Belmiro conseguiu outro feito: participou da primeira derrota santista para o Flamengo no estádio desde 1976.

O histórico da atuação de Luxemburgo na partida foi mais fundamental na segunda etapa. A primeira mudança de Luxemburgo foi substituir Roberto Brum por Róbson. E aí, a evidência de como andam as coisas no Santos e a mostra que a habilidade do treinador em lidar com o elenco é algo questionável. O volante tomou o amarelo, foi cumprimentar Luxa, que se recusou a fazê-lo. Parece que o pastor-atleta não vai jogar mais no time, como ficou claro na coletiva do técnico. Difícil saber se a avaliação do médium Robério de Ogum, que disse que o jogador atraía “energias negativas”, influenciou na postura de Luxemburgo.

Se foi isso, a mística deu certo em um primeiro momento. Róbson, que entrou e salvou o time em outras oportunidades, fez o mesmo ontem. Parece ser o amuleto da vez, depois da saída de Molina. Mas nem só de sorte se faz uma equipe. O goleiro Felipe, bancado por Luxa, chegou a ter seu nome gritado na Vila Belmiro em uma defesa feita contra em finalização de Adriano dentro da área. Contudo, em outro chute do mesmo Adriano, de fora da área, jogada típica dele e nem por isso marcada pelos alvinegros, Felipe sofreu o gol de empate.

E, de novo, parece que os espíritos da bola não conspiraram a favor do “iluminado” Vanderlei. A maldição da lateral-direita santista se manifestou no gol contra de Pará, o ocupante da posição da vez.

O que esperar agora do time contra o Náutico, lanterna do campeonato brasileiro? Até quarta, nosso técnico achará alguns bodes expiatórios, rifará jogadores, e fará mudanças cosméticas que aparentarão ser radicais só para iludir a torcida. Certamente, desviará o foco da imprensa e dos torcedores, preservando-se.

Enquanto o Flamengo derrotava o Peixe, Jorginho, autor do gol 10 mil da história do Santos, comandou o espólio do time que Luxemburgo deixou desarrumado no Parque Antarctica para um belo 3 a 0 sobre o Corinthians. O balanço do Peixe pós- Mancini: um empate, duas derrotas e uma vitória. Será que o problema era o técnico anterior mesmo? Vale o investimento no atual? Ou seria melhor investir em um comandante menos custoso e aplicar em reforços?

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O Palmeiras anunciou Muricy Ramalho como técnico. Muitos dirigentes e assemelhados do Santos tentaram fazer disso um episódio que exemplificaria um menosprezo do ex-sãopaulino pelo Peixe. Balela. Antes de Mancini cair, Muricy já havia declarado que havia gostado muito da conversa com Luiz Gonzaga Belluzzo e outros dois diretores palmeirenses. A diferença entre a proposta da Vila – melhor financeiramente – e a do Santos é fundamentalmente uma: a qualidade da administração de um e de outro clube, e não a tradição ou coisa que o valha. Muitas vezes o torcedor confunde a diretoria com a instituição, e cai nessa lenga-lenga dessas pessoas que se adonaram do Santos. Muricy fez o que qualquer um faria, foi para o lugar onde existe gente mais séria para poder desenvolver seu trabalho.