Destaques

sábado, agosto 22, 2009

Palmeiras reencontra vitória diante do Inter

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Os 2 a 1 do Palmeiras diante do Internacional de Porto Alegre, no Palestra Itália foi o reencontro do líder do campeonato brasileiro com a vitória, depois de quatro partidas. Não pode chamar de final a segunda partida do returno. Mas é uma vitória importante.

Para chegar aos 40 pontos, o time lançou mão do uniforme novo, azul com uma faixa branca, que substitui o verde-limão-siciliano que marcou o último ano.

Talvez o time tenha se aproveitado do empenho dos secadores gremistas, comovidos com a semelhança azulada. Talvez a referência à Itália tenha inspirado. Talvez a Cruz de Savóia no peito tenha sido o diferencial.

Ou talvez tenha sido Diego Souza nas jogadas dos dois gols, e os atacantes Obina e Ortigoza marcando gols. Bom, quando o principal jogador do time vai bem e os atacantes comparecem as coisas melhoram... Faz sentido.

A vitória recupera o time do tropeço diante do Coritiba, na quarta, e garante a equipe de Muricy Ramalho na liderança por mais uma rodada. O Inter, depois de mais uma derrota, mesmo se ganhar os dois jogos que tem a menos, não passa de 39 pontos.




O Inter apostou na defesa para tentar surpreender. O Palmeiras contava com a volta de Diego Souza
. Mas foram poucas chances no primeiro tempo. Um pênalti sofrido pelo camisa 7, que representou o nono gol de Obina aos 37 do primeiro tempo, e uma rebarba de chute do mesmo meia aproveitada por Ortigoza aos 2 da etapa final garantiram a vantagem. Juliano diminuiu para o Colorado.

Por um lado, incomoda o fato de o Palmeiras ter recuado na etapa final para evitar o empate. O time fez mais de dois gols num jogo pela primeira vez desde que Muricy assumiu, mas nada de vitória por mais de um gol de diferença.

Valem os mesmos três pontos, mas é o estilo de jogo em que o mínimo basta. A saída de Cleiton Xavier aos 12 prejudicou, mesmo que o time tenha apresentado uma formação das mais ofensivas do ano. Com o Inter mais aberto depois dos 2 a 0, houve chances nos contra-ataques, mas nada de gol. Foi a apresentação mais convincente desde que o técnico assumiu.

Que Jorginho inspire Obina e o resto do time para o desempenho no próximo domingo, contra o ascendente São Paulo.

Som na caixa, manguaça! - Volume 42

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MOVIDO À ÁLCOOL
(Raul Seixas)

Diga, seu dotô, as novidade
Já faz tempo que eu espero
Uma chamada do senhor
Eu gastei o pouco que eu tinha
Mas plantei aquela cana
Que o senhor me encomendou

Estou confuso e quero ouvir sua palavra
Sobre tanta coisa estranha acontecendo sem parar
Por que que o posto anda comprando tanta cana
Se o estoque do boteco
Já está pra terminar

Derramar cachaça em automóvel
É a coisa mais sem graça
De que eu já ouvi falar
Por que cortar assim nossa alegria
Já sabendo que o álcool também vai acabar?

Veja, um poeta inspirado em Coca-Cola
Que poesia mais sem graça ele iria expressar?
É triste ver que tudo isso é real
Porque assim como os poetas
Todos nós temos que sonhar

(Do LP "Por quem os sinos dobram", WEA, 1979)

2% de teor alcoólico

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Ontem saí para bater perna aqui por Dublin e, com dó de minha abstinência involuntária, Deus deixou uma moeda de 2 euros no meu caminho próximo a Harcourt Street, na esquina onde um café botou um cartaz anunciando uma vaga para atendente. Ato contínuo, marchei para o glorioso Tesco, o supermercado (pra lá de) popular que garante a sobrevivência da maioria dos brasileiros aqui - com produtos como o miojo de 13 cents, a unidade de hamburguer a 11 e a pizza a 75. Mas, numa sexta-feira (e há um bom tempo sem molhar a palavra), fui atrás mesmo da imprescindível loirosa gelada.

Já sabia, de antemão, que meus parcos 2 euros renderiam apenas uma lata de 500 ml. A cerveja genérica vendida por esse mercado, Bière Especiale, estava por 3,99 a caixa com 8 garrafinhas de 250ml, o dobro das minhas finanças. Mas eis que surgiu uma luz no fim da goela, digo, do túnel: um latão de cerveja lager do Tesco (foto), por 1,69 a pack com 4 unidades, ou dois litros. Dava 42 cents por lata, ou pouco mais de 1 real. Haleluia! E ainda sobrou um troco pra comprar uma Tesco Cola de dois litros, por 29 cents, para amenizar a ressaca posterior. Porém, quando cheguei em casa, pude constatar, mais uma vez, que ''quando a esmola é grande, o santo desconfia'': a cerveja que comprei tinha só 2% de teor alcoólico. Buenas, cavalo dado (ou produto comprado com dinheiro achado na rua), não se olha os dentes (ou quantidade de álcool). Fazer o que? Bora beber. Quem não tem Carlsberg, caça com Tesco Lager...

Tipos de Cerveja 40 - As Pilsner

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Segundo o site parceiro Cervejas do Mundo, a definição do estilo pilsener ainda provoca debate entre os conhecedores de cerveja, pois engloba, genericamente, todas aquelas marcas que não podem ser consideradas pilseners da Boemia ou pilseners germânicas clássicas. Geralmente, referem-se a lagers pálidas, amarelas e com presença de lúpulo quer no aroma, quer no sabor. O teor alcoólico varia entre 4,0% e 5,5%. Muitas vezes são designadas pela abreviatura Pils. Para experimentar: Wiibroe Pilsner Helsingor, Tuppers Hop Pocket Pils (foto) ou Christoffel Blond.

sexta-feira, agosto 21, 2009

Vintes anos sem Raul ou Esse cara é mesmo um mito

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Há 20 anos, nesse mesmo dia na gloriosa São Vicente, estudava para uma prova de Geografia quando escutei a notícia no rádio: Raul Seixas estava morto. A emissora Transamérica no ato conseguiu uma entrevista com o último parceiro do Maluco Beleza, Marcelo Nova, que fazia turnê com Raul divulgando as músicas do tocante disco-epitáfio Panela do Diabo, álbum auto-biográfico, mordaz e satírico, que retratava bem o fim de uma trajetória.

Àquela época, tinha um LP dele, coletânea com dois discos “A Arte de Raul Seixas”. Mas o interessante é que, ao contrário do que possa parecer hoje, aquele barbudo não fazia mais sucesso nenhum, pelo menos entre os moleques de 14 anos da minha classe. Ao contrário, uma vez levei o dito álbum para a escola e logo os colegas taxaram o artista de “brega”. Sim, Raul estava em um nível parecido ao de Amado Batista e quetais aos olhos daquela gente que confinava tais músicos aos guetos das classes baixas. E sem o glamour “cult” que hoje acompanha vários desses artistas.

No fim de seus dias, ele era um marginal. Decadente, como bem lembra o ex-parceiro e hoje pop star Paulo Coelho: "em seus últimos anos de vida era motivo de chacota para apresentadores de TV, e sistematicamente ignorado ou atacado pela imprensa. Eu acompanhei isso de perto – não é informação que me passaram. Mais de uma vez Raul me perguntou: ‘por que os jornalistas me odeiam tanto?’”.

Vivo, Raul era o símbolo daquilo que ninguém quer pra si: o fracasso encarnado, o homem que não soube equilibrar o talento musical com os prazeres que a vida lhe ofereceu. Que caiu sem sequer ter o direito ao aplauso final como o palhaço Calvero de Luzes da Ribalta. Um roadie que acompanhou Nova e Raul na turnê derradeira, conta que uma vez, em uma cidade do interior, o músico ainda teve que escutar de um “fã” na platéia: “Agora que você tá na merda vem aqui, né?”. Marcelo Nova não teve dúvidas e pulou sobre o infame pra vingar não o parceiro, mas o ídolo que ele insistia em mostrar que ainda estava ativo, embora as notas mal saíssem da sua boca sem oscilar de forma quase ofensiva a quem o escutasse.

Morto, Raul era o exemplo de alguém que fez sua opção. Escolheu viver a sua verdade, tão transparente que era possível notá-la em cada música, em cada apresentação ao vivo, avatar de uma autonomia assustadora e invejável. Do show da Praia do Gonzaga, em Santos, 1982, um momento que acho exemplar disso. Em meio a “Abre-te Sésamo”, o embriagado músico erra, esquece a letra e emenda sem dó: “a música é minha, eu canto como eu quero”. Poucas declarações de independência foram mais sinceras.



Por isso, vinte anos depois que ele partiu, hoje os versos de Zeca Baleiro não me saíram da cabeça “Mas aí eu paro/Penso e reflito/Como é poderoso esse Raulzito”. Tem razão, Zeca, esse cara é mesmo um mito. Esse cara é mesmo um mito.

Troféu Cara-de-mamão de xingamentos: Senado

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O Futepoca tem tradição em xingamentos. Apesar de pedirmos a gentileza aos leitores de evitarem o palavreado chulo nos comentários, valorizamos sempre o xingamento-arte, a ofensa-meniiiina, o que esculacha sem perder a elegância. Foi assim com o grande Benedito, mas o alvo era o árbitro.

E por toda a blogosfera, está claro que todo mundo está cansado do Senado, ou da mídia, ou do governo... A Globo e a Record, por exemplo, se ofendem com reportagens e acusações de toda ordem. Os senadores, entre si, se desprestigiam enquanto ajeitam o paletó.

Fernando Collor, por exemplo, disse que Pedro Simon era "parlapatão". Tasso Jereissati disse que Renan Calheiros tinha "dedo sujo", ao que ouviu que era "coronel de m...". Flávio Arns considera que o PT jogou seu passado no lixo.
O fato é que muita gente está precisando desabafar. Só que para não perder o decoro, o desafio é manter o respeito:

Troféu Cara-de-mamão de xingamentos: Senado



Envie um e-mail para o Futepoca e mande seu xingamento.

  • A escolha dos melhores será feita pelos integrantes do Futepoca. Os critérios são:
  • originalidade
  • relação o/e x d (em que "o" é poder da ofensa, "e" é elegância e "d" é decoro, seja lá o que isso signifique)
  • Em caso de empate, o critério para definir o ganhador é a capacidade de ofender
Chamar de "cara-de-mamão" não vale.
O melhor xingamento ganha um exemplar do Dicionário Brasileiro de Insultos, de Altair Aranha (Ateliê Editorial).
Mãos à obra.

quinta-feira, agosto 20, 2009

Empate amargo

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A festa era para ser bonita, pá. A torcida presente, embora em menor número, na estreia de Rentería, na volta de Renan Oliveira. O Galo sai, faz dois a zero no segundo tempo, que lembrou, com sinal invertido, o resultado do primeiro turno, em que o Avaí também fizera 2 a 0, em casa.

Daí começa o pesadelo. Empate num chute inacreditável do lateral esquerdo do Avaí num passe errado do lateral direito Marcos Rocha, que havia feito o segundo gol do Galo. Com mais de 40 da etapa final, numa bola espirrada, o goleiro sai, tromba com o atacante e bola vai para dentro do gol. Empate, como no primeiro turno.

O problema é que no começo do campeonato o Galo ganhou confiança com o resultado. Agora vai ter de pôr a cabeça em ordem se quiser algo no campeonato. Era para ter ficado em terceiro, dormiu em quinto numa rodada em que todos os líderes, à exceção do São Paulo, perderam pontos. Aliás, parece que todos pretendem entregar o título novamente ao tricolor do Morumbi por decurso de prazo.

Do jogo, se tentar brincar de Poliana, dá para ver a boa partida de Renan Oliveira e Rentería (espero que evolua, mas fez boa estreia), além do oitavo gol de Éder Luís no campeonato num jogo sem cinco titulares. Agora, ficou claro que o time quando faz gol anima-se e começa a jogar. Quando toma, o emocional vai lá no pé. Falta cabeça e experiência.

Roth, desta vez, nem foi tão culpado. Escalou os melhores jogadores que tinha, só cometeu o pecado de recuar o time demais na última metade do segundo tempo. Além de botar o Júnior, que simplemente parou de jogar há algumas partidas.

Fica a esperança, mais que a razão, para a partida contra o Grêmio no final de semana, lá no Olímpico. Com a volta, pelo menos, de Tardelli e Renan, é preparar o coração... Já o Avaí é um time melhor do que aparenta. Espero que no ano que vem o Galo contrate o Muriqui.

Dunga convoca Adriano contra a Argentina

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O técnico Dunga divulgou a lista de jogadores convocados para os dois próximos jogos das Eliminatórias para a Copa 2010. O primeiro será contra a Argentina, em Buenos Aires, no dia 5 de setembro, e o outro no dia 9, contra o Chile, em Salvador.

Veja a lista:

Goleiros - Júlio César (Inter de Milão) e Victor (Grêmio)
Laterais - Daniel Alves (Barcelona), Maicon (Inter de Milão), André Santos (Fenerbahce) e Filipe Luís (Deportivo)
Zagueiros - Lúcio (Inter de Milão), Juan (Roma), Luisão (Benfica) e Miranda (São Paulo)
Meio-campo - Felipe Melo (Juventus), Gilberto Silva (Panathinaikos), Josué (Wolfsburg), Lucas (Liverpool), Elano (Galatasaray), Ramires (Benfica), Júlio Baptista (Roma) e Kaká (Real Madrid)
Atacantes - Robinho (Manchester City), Nilmar (Villareal), Adriano (Flamengo) e Luís Fabiano (Sevilla)

Segue a lógica das convocações anteriores. Adriano é cachaceiro e tudo mais, mas vem marcando gols pelo Flamengo e me parece mais jogador que os outros reservas de Luiz Fabiano – com exceção de Nilmar, talvez, mas as características do Imperador da Manguaça são mais semelhantes às do titular do posto.

A outra novidade foi a convocação de Lucas para a vaga de Kléberson. Eu gosto do ex-gremista, mas queria que jogasse na dele, de segundo volante, tirando Gilberto Silva do time. Creio que Dunga não vai por aí. Com isso, deverá se manter os problemas da seleção com a saída de bola e a criação de jogadas pelo meio.

Segue também a busca por um lateral-esquerdo. André Santos deve continuar com a vaga por enquanto, mas ainda não está garantido. Veja mais comentários nos parceiros Blog do Carlão e Marcação Cerrada.

Noite excelente para o São Paulo

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Por Moriti Neto

O São Paulo, na noite de ontem, que marcou a volta de Rogério Ceni aos gramados após quatro meses de uma contusão no tornozelo, jogou apenas para o gasto contra o Fluminense. Fez o bastante, no entanto, para vencer por 1 a 0.

O primeiro tempo são-paulino foi bom. Duas bolas na trave e um golaço de Richarlyson, aos 22. O polivalente jogador recebeu belo passe de Hernanes, passou por parte da defesa carioca e tocou com categoria na saída do goleiro Rafael (o chute foi de pé direito, que nem é o forte dele). O autor do gol, aliás, jogou muito, foi o melhor são-paulino em campo e calou a boca da ridícula parcela homofóbica de uma organizada que se diz torcedora do Time da Fé.

Na segunda etapa, com exceção dos dez minutos iniciais, o São Paulo diminuiu inexplicavelmente o ritmo e deu sopa para o azar. Se o Fluminense não tivesse uma equipe tão ruim, poderia ter empatado. E justamente pela ruindade, os cariocas só conseguiram certo domínio territorial, sem ameaçar constantemente a meta de Ceni. Tanto que a única chance real dos visitantes saiu num lance de André Dias, que cabeceou contra a própria meta, mandando a bola no travessão.



Apesar da exibição do Tricolor Paulista não ter sido das melhores, a noite foi excelente. Além da vitória, houve o retorno de Rogério, o Capitão, a volta do bom zagueiro Rodrigo e, claro, a diminuição para um ponto em relação ao Palmeiras. No Beira Rio, até a arbitragem, opa, quer dizer, o Corinthians deu uma ajuda, vencendo o Internacional. (será que o estádio gaúcho está com problemas que dificultam a visão dos trios de arbitragem, pois o que tem de gols em posição de impedimento escandalosa validados por lá é uma grandeza, como no confronto de ontem e entre Inter e São Paulo, na 13° rodada).

Para a próxima partida, os são-paulinos, desfalcados de Hernanes, suspenso pelo terceiro amarelo, mas com a volta de Miranda, terão o Atlético Paranaense, na Arena da Baixada. O jogo será no domingo, às 16h, e o São Paulo tem um histórico bem negativo por lá. Depois, confronto direto contra o Palmeiras, no Morumbi, e, na sequência, o Cruzeiro, em Belo Horizonte. Desafios difíceis e que, em minha opinião, vão mostrar se o Tricolor Paulista tem mesmo bala na agulha para ser campeão.

Se bem que, num campeonato tão embaralhado e fraco tecnicamente, onde nenhum time se destaca pelo esplendor futebolístico, mesmo agremiações recém-chegadas da Série B podem brigar pela Libertadores, quiçá pelo título, casos de Barueri, Avaí, Corinthians....


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

Intolerância

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Se fosse no Brasil, isso resultaria numa descarada desobediência civil.

Marina Silva rumo ao PV e as pesquisas

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Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Até dia 1º de outubro, todo mundo que quiser ser candidato em 2010 precisa estar devidamente filiado a um partido político. Então, resta pouco tempo para todas as articulações e mudanças de domicílio eleitoral estejam concluídas, do contrário, não tem candidatura.

Marina Silva anunciou que deixaria o PT e negocia com o PV um "saneamento" geral. Não, isso nada tem a ver com José Sarney Filho, ex-ministro do Meio Ambiente, filiado aos verdes e ao presidente do Senado. Nem é um trocadilho. Tem a ver com criar um conteúdo programático para a legenda.

Ações além do discurso foi justamente o que o deputado estadual Major Olímpio apontou como motivo para sair do mesmo PV atirando. Ele tem certeza de que a legenda vai fazer campanha para José Serra (PSDB-SP) ao Planalto em 2010, assim como fizeram em 2006 apesar de ter candidato próprio ao governo do estado. Fernando Gabeira (PV-RJ), pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, seria "mais serrista do que a família de Zé Serra", no conceito de Olímpio. Mas são acusações de um dissidente.

Um dos trunfos do PV era uma pesquisa que dava 10% para Marina, mas avançaria para 24% se Ciro Gomes fosse retirado.

O levantamento do Ipespe foi coordenado pelo sociólogo Antonio Lavareda, o mesmo que conduziu o levantamento que sugeria ao PFL mudar de nome para Democratas. Ele já havia trabalhado para a legenda em outros períodos, como a eleição de 2004. A confiança era grande, a ponto de ele ter sido indicado pelos então pefelistas para socorrer (putz, a fonte do link não foi boa) a campanha de Geraldo Alckimin em 2006.

Então a pesquisa é viciada para beneficiar interesses do DEM ou do PSDB? Seria leviano ao extremo insinuar isso. Como os verdes fazem parte da base aliada do governo federal, comandado pelo PT, e do estadual de São Paulo, chefiado pelos tucanos, é mais plausível notar de quem o PV está mais próximo. Afinal, a indicação do profissional para conduzir uma pesquisa que vai definir a estratégia eleitoral precisaria ser obtida junto de parceiros.

De qualquer forma, é uma perda para o PT a saída de Marina Silva. E nem a senadora sabe se vai conseguir o que quer no PV.

A Ferroviária de Cluj-Napoca

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O uniforme cor de vinho lembra o da Ferroviária de Araraquara (SP). E o nome, CFR, é composto pelas iniciais de alguma coisa como ''Clube dos Ferroviários'', em romeno. No distintivo do clube, há até uma locomotiva, com a bola de futebol fazendo as vezes de chaminé. Vejam a flâmula:



O CFR é um clube de futebol de Cluj-Napoca, cidade de 300 mil habitantes da Transilvânia, mitológica região que já pertenceu ao Império Austro-Húngaro e que hoje é território da Romênia. Mas o mais bizarro de toda essa história é que encontrei, aqui na Irlanda, um brasileiro fanático pelo CFR. ''Conheci um colega no trabalho há 2 anos, o Janos (pronuncia-se Januchi), que é de Cluj-Napoca e torcedor fanático do CFR (ou tcheferê)'', conta Eduardo Witzel (foto), 30 anos. ''Eu o presenteei com uma camisa do São Paulo e ele disse que só torceria para o meu time se eu torcesse para o CFR. E me deu a camisa. De fato, parece com a da Ferroviária de Araraquara''.

Na época, 2007, o CFR ganhou o seu primeiro Campeonato Romeno, além da Copa do país. ''O Janos ficou maluco, encheu a cara de vodka. E o São Paulo foi campeão brasileiro novamente, daí completou a nossa festa'', conta Eduardo, que, perigosamente, trabalha como responsável pelo abastecimento dos 11 bares do hotel Russell Courts, na Zona Sul de Dublin. ''Eu brinco com o meu amigo romeno que o CFR só passou a ganhar depois que eu comecei a torcer pra ele. No início de 2010 eu vou conhecer Cluj-Napoca. Vamos descer em Budapeste, na Hungria, e pegar 4 horas de trem até lá''. E Eduardo promete ir ao Constantin Rădulescu Stadium, que tem capacidade para 25 mil pessoas, para torcer para a ''Ferroviária'' da terra do Conde Drácula.

Pra não fugir à regra, é claro que o tcheferê tem um brasileiro, o centroavante Didi - que não é aquele ex-corintiano que fez um gol contra o São Paulo na decisão do Paulista de 1998. Trata-se de um rapaz de 26 anos, que veio sei lá de onde. O ídolo do time é um argentino chamado Culio. ''O interessante é que o maior rival, o Universitatea, também da cidade de Cluj-Napoca, despencou para a segunda divisão justo no ano em que o CFR foi campeão. O Janos, que vai pra Romênia mais pra ver jogo do CFR do que pra ver a família, quase morreu de felicidade - e bebedeira'', arremata Eduardo Witzel.

Ps.: É bom reforçar que CFR se pronuncia tcheferê, pois os rivais costumam pronunciar pejorativamente como cuferê (esterco). Ou seja: uma provocação parecida com a que os torcedores do argentino River Plate usam para ofender os do Boca Juniors, bosteros - pelo fato de o estádio La Bombonera ter sido construído sobre o antigo aterro sanitário de Buenos Aires.

Alguém me responde qual é o crime de Dilma?

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Maria Inês Nassif, no Valor, já comparou o caso com o escândalo das tapiocas, aquele em que um ministro foi acusado de cometer o crime de pagar a iguaria com um cartão corporativo.


Agora o enredo kafkiano é mais ou menos o seguinte. Uma ex-secretária da Receita Federal, assim que demitida, dá uma entrevista à Folha de S.Paulo dizendo que foi chamada ao Palácio do Planalto para um encontro secreto com a ministra Dilma Roussef no qual houve o pedido para agilizar um processo da Receita contra um dos filhos de Sarney. A ministra Dilma negou o encontro, daí armou-se o banzé.

Disseram que a ministra estava mentindo, com o agumento de que a funcionária não inventaria o encontro... O senador Simon saiu dizendo, logo depois do depoimento dela no Senado, que tinha certeza que ela não mentiria etc. Então, senador, pela lógica o senhor tem certeza que Dilma está mentindo? Fale claramente e prove...

Mas em tudo faltou responder a uma pergunta simples. Em que dia e hora ocorreu o encontro? Estranho que alguém chamado para uma conversa com a candidata a presidente da República não saiba responder a algo tão simples.

Mas vamos dar de barato que o encontro ocorreu e sei-lá-por-quê a ministra resolver negá-lo. A parte substancial do depoimento de Lina Vieira é que ela disse, literalmente, que o pedido foi para agilizar o processo e que em nenhum momento considerou o encontro como pressão para encerrar o assunto, o que os jornais insinuaram o tempo todo... Depois que ela falou isso com todas as letras, mudou o enfoque. E essa parte do depoimento sumiu.

Então, se não houve pressão para que fosse cometida qualquer irregularidade, qual o crime mesmo?

A resposta já está sendo buscada pelos grandes jornais com uma corrida desenfreada atrás do motorista que teria levado a funcionária da Receita lá ao Planalto para que ele confirme o crime de uma ministra ter encontrado uma funcionária do governo. Se isso ocorrer, a República cairá (por favor, entendam a ironia).

A atuação foi boa, já os gols...

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O torcedor do Inter tem razão de sobra pra estar puto da vida com essa derrota por 2 a 1. Primeiro, porque o Corinthians jogou melhor, em pleno Beira Rio, e cheio de desfalques, entre os quais os titulares incontestáveis Felipe, William e Ronaldo. Pressionou mais, chutou mais a gol e teve agilidade em contra-ataques. Dentinho e Jorge Henrique fizeram boa partida, Elias voltou a encontrar seu futebol, distribuindo bem as bolas no meio-campo e Chicão também comandou bem a defesa, ao lado de reservas ou de jogadores improvisados.

Mas a outra razão que os colorados têm para praguejar é que o jogo foi decidido por três erros de arbitragem que favoreceram o Corinthians. Os dois gols do Timão tinham situação de impedimento e ainda houve uma trombada do Moradei no Andrezinho dentro da área que para mim foi pênalti claro - apesar de o Marsiglia, comentarista de arbitragem da Globo, ter visto ali um choque normal de jogo. No primeiro gol, o Dentinho toca de cabeça e Chicão, impedido, desviou, a bola pega na trave, cria-se um deus-nos-acuda na linha do gol e o próprio Chicão conclui (mas o juiz atribui a Jean, em mais um erro...). No segundo gol, quando Elias dá seu genial passe ao Jadson na ponta direita, Jorge Henrique já estava em posição de impedimento, embora neste momento ainda não participasse do lance. Ele então se recoloca em boa posição, mas no momento do cruzamento do Jadson ele está um pouquinho à frente do zagueiro. Tudo isso acontece muito rápido, o que tornaria compreensível o erro do bandeira.

Se o Corinthians tem um mérito, foi o de jogar pra frente fora de casa, o que bagunçou a marcação do adversário, que provavelmente esperava um time recuado. Mano Menezes desobstruiu o meio-campo, o que fez que Elias voltasse a jogar bem e o ataque voltasse a ter mais velocidade. Apesar de que o Elias tinha que saber que ele não sabe chutar, principalmente de fora da área. O negócio dele é o passe. Já o Jucilei, depois desta segunda partida na lateral, acho que já dá pra ver que a posição dele não é mesmo essa. Mesmo sendo um bom marcador por ali, tem dificuldade de sair verticalmente pelo setor, acaba sempre puxando pro meio, o que atrapalha a funcionalidade do esquema tático. Tenho medo que comecem a achar que ele é o novo Wilson Mano, que tapa buraco em qualquer posição... Pode abafar o talento do garoto.

Com o atual elenco do Corinthians, eu jogaria com três volantes (não que eu seja a favor desse esquema, é a força das circunstâncias...): Edu na cabeça de área, como primeiro volante, Elias pela direita e Jucilei pela esquerda (um 4-3-2-1, tendo Dentinho e Jorge Henrique como meias-atacantes e Ronaldo na área). Esses três volantes tocam bem a bola e marcam bem, mas Elias e Jucilei têm mais velocidade e vontade de avançar, além de conduzirem bem a bola.

Quem ainda não mostrou a que veio é o Morais. Com o time completo, a grande falha do Timão ainda é a meia. Há que observar esse Jadson, que entrou bem no lugar do Morais - na verdade, cruzou para o gol de Jorge Henrique e ainda não dá para dizer muito sobre ele. Mas a meia é uma posição difícil de entregar a um menino. São raros os casos em que isso dá certo. De memória, só lembro do Diego no Santos de 2002.

Há tempo para arrumar a casa até o ano que vem, que é quando a coisa realmente interessa para nós... a não ser que voltemos a disputar as primeiras posições, o que seria muito surpreendente e indicaria mais uma vez que os times estão mesmo nivelados por baixo. Por enquanto, a única coisa que estamos conseguindo é ajudar o São Paulo a subir na tabela: empate com o Avaí e derrota para o Náutico, depois vitória sobre o Atlético Mineiro e o Inter.

Palmeiras perde para o Coritiba e dá mais sopa para o azar

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A primeira derrota de Muricy Ramalho no comando do Palmeiras foi para o Coritiba por 1 a 0. Os paranaenses saem da zona de rebaixamento enquanto o ainda líder do campeonato cria possibilidades de terminar a rodada fora da ponta da tabela.

Depois de três empates consecutivos e uma derrota, três times podem faturar a liderança. O Goiás joga nesta quinta-feira e pode terminar a rodada na ponta. O próprio Inter que, apesar da derrota para o Corinthians em Porto Alegre, continua com dois jogos a menos a quatro pontos de distância. Até o Atlético-MG pode chegar lá se faturar as partidas que tem a menos. O São Paulo, que dorme na vice-liderança, está apenas um ponto atrás.

O Verdão se atrapalhou. E tem dois jogos decisivos nas próximas duas rodadas, contra o Colorado e o São Paulo.

O gol da vitória do Coritiba saiu aos 45 do segundo tempo, de pênalti. O lance decisivo gerou a expulsão de Marcão, que se enroscou com o ex-palmeirense Thiago Gentil de forma desnecessária, e o árbitro marcou o pênalti. Poderia ter marcado falta do atacante antes, mas só viu o estrago do zagueiro dos visitantes. Nem dá para reclamar.

Foram quatro cartões vermelhos e dez amarelos na partida. Além de Marcão, Pierre foi embora ainda no primeiro tempo. Leandro Donizete e Pereira do Coritiba foram os expulsos. A arbitragem conseguiu se complicar.

Diego Souza foi a principal ausência do Palmeiras. Wendel, Marcos e Edmilson tampouco jogaram, e o time ficou dependente da capacidade de criação de Cleiton Xavier, Souza e Armero. Não foi suficiente para mais do que alguns minutos de domínio da partida no segundo tempo.

Faltaram opções táticas e velocidade nos contra-ataques, movimentação de Obina e gente perto de Cleiton Xavier perto da área para criar jogadas.

É melhor melhorar.

quarta-feira, agosto 19, 2009

Sete alambiques abertos à visitação no Festival da Pinga de Paraty

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A partir desta quinta-feira, 20, até domingo, 23, a cidade de Paraty (RJ) coloca no centro das atenções a cachaça. Aliás, a pinga. O 27º Festival da Pinga e Produtos Típicos Caiçaras aposta em apresentações musicais, comidas de tropeiro e frutos do mar além, é claro, na marvada. Sete alambiques da cidade de portas abertas à visitação.

Ao que consta, a turma considera que o que eles fazem por lá sempre foi pinga, e não cachaça. Na prática, o destilado da cana (do mosto ou da garapa) é classificado como cachaça até por uma questão de comércio internacional, para se diferenciar do rum e outros tipos de aguardente da cana-de-açúcar. Vale registrar que há outras exigências, como o teor alcoólico compatível (de 38º a 54º G.L.) e níveis de impureza. Mas isso é detalhe.

A chambirra é, segundo os organizadores do festival, o primeiro produto de exportação no Brasil a desbancar os similares europeus. Claro que o açúcar não entra na conta. No final do século XVII, a cidade no litoral sul do Rio de Janeiro contava 160 engenhos da que matou o guarda.

Foto: Divulgação/Prefeitura Paraty
O evento promete esquentar a cidade, mas esquentar por dentro. Os sete alambiques que comercializam a bebida com rótulo próprio participam do evento. São Maria Izabel, Coqueiro, Corisco, Vamos Nessa, Itatinga, Maré Alta, Murycana e Fim de Século. Outros estabelecimentos têm seus produtos sem marca própria (aqui a lista da prefeitura).

Faz tempo que tomei a Coqueiro e a Corisco, de modo que não me lembro de muitos detalhes para um momento do mé como seria de direito.

Tem culpa nós?

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Quem frequenta estádios brasileiros, como este que vos fala, tem uma rotina irritante de reclamações. Dos preços dos ingressos às acomodações dos torcedores, a constatação que fica é uma só: o torcedor é mal tratado no Brasil.

Mas não fiquemos repetindo o óbvio, não farei um post para dizer o que todo mundo já sabe. Queria dar à discussão um outro prisma.

E, para que cheguemos lá, é preciso partir da seguinte realidade: a situação hoje é feia, mas já foi pior, bem pior. Times como Santos, Cruzeiro e tantos outros têm adotado bem-sucedidos programas de sócio torcedor, em que um cartão magnético dá ao interessado entrada direta no estádio, sem a necessidade de se acotovelar nas filas por ingressos. A venda por internet engatinha, mas já é mais satisfatória do que foi há alguns anos. E dentro dos estádios a acomodação evolui. A Vila Belmiro já tem quase que a totalidade de suas arquibancadas com confortáveis cadeiras, procedimento que se repete em palcos como o Mineirão, cuja foto ilustra o post.


Agora que entra o meu ponto-chave, o cerne desse post. Não sei vocês, mas eu, cada vez que é anunciada alguma dessas modificações nos estádios, rotineiramente ouço opiniões como "mas que frescura!", "tão acabando com o charme da arquibancada", "olha só que viadagem que fizeram no estádio", "depois reclamam que a torcida não vem", e por aí vai.

É claro que esse tipo de decisão administrativa é tomada por dirigentes, então são eles os responsáveis pelo conforto (ou ausência deles) nos estádios nacionais.

Mas o que eu questiono é: será que nós, torcedores, jornalistas ou "formadores de opinião" (argh!) também não temos nossa parcelinha de culpa nessa história? Será que em nome de um saudosismo ou de um romantismo injustificado não contribuímos para que os estádios brasileiros sejam um grosseiro retrato do atraso que é o nosso futebol no extra-campo? Será que deveríamos incentivar as melhorias que aparecem, ao invés de ficarmos colocando nelas rótulos como "frescura", "bobagem", "esfria-torcedor" e por aí vai?

Não sei vocês, mas pra mim a emoção do futebol está em uma boa partida dentro de campo, e não no pegar fila pra entrar, no ter que ficar de pé (atenção - não é querer ficar de pé, e sim não ter opção) para ver o jogo, na farra de cambistas e ingressos falsificados...

terça-feira, agosto 18, 2009

Os caçulas da série B

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Para não passar sem destaque, já estão definidos os quatro novos integrantes da série B em 2010. América-MG, Icasa (CE), ASA (AL) e Guaratinguetá (SP) passaram, respectivamente, por Brasil de Pelotas (RS), Paysandu (PA), Rio Branco (AC) e Caxias (RS).

A maior goleada foi sofrida pelo Paysandu, que levou 6 a 2, surpresa para um time que há até bem pouco tempo estava na primeira divisão. E o fato de que nenhum gaúcho conseguiu subir, mesmo tendo dois times entre os oito. Uma coincidência levantada pelo Glauco é que os times do Guará e Icasa foram rebaixados à segunda divisão nos campeonatos estaduais este ano.

Sobre a subida do América é uma boa notícia para o futebol de Minas, que deve ter dois ou até três na segundona o ano que vem. O Ipatinga não deve subir e o Cruzeiro não está tão longe assim do rebaixamento (mera provocação porque, de verdade, não deve cair, mas fica a torcida deste atleticano).

Para fechar a conta dos 20 no ano que vem, resta saber os três que podem subir junto com o Vasco no ano que vem e os três que possivelmente acompanharão o Sport na queda.

Escola aposta em samba enredo sobre Copa da África

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A escola de samba paulistana Vai-Vai aposta na Copa de 2010, na África do Sul para vencer o carnaval do ano que vem. Em entrevista exclusiva ao Futepoca, Thobias da Vai-Vai, presidente da agremiação, promete homenagem a Pelé, além da celebração da chegada do maior evento do futebol mundial ao continente africano.

O tema foi escolhido por "uma feliz coincidência", o fato de tanto a escola quanto a competição concebida por Jules Rimet completarem 80 anos em 2010. De preto e branco, os representantes do Bixiga contam com a "consultoria" de Orlando Duarte, jornalista esportivo autor da enciclopédia das copas.

Alguém pode dizer que para fazer samba-enredo nem precisaria de tanta precisão nas informações, mas nem só de "celebração", aos vivas ao rei do futebol e de recorrer à "africanidade" se faz uma composição.

A escolha do samba-enredo deve acontecer em setembro, com eliminatórias semanais, sempre aos domingos. Até lá, a comissão de carnaval da escola vai escolher a melhor entre seis composição que ainda participam da disputa. Outras 12 já foram descartadas (a lista completa pode ser ouvida aqui).

Em 2009, com uma crítica à situação da saúde pública, a escola não conseguiu o bicampeonato, ficou atrás da Mocidade Alegre. Para 2010, além do jornalista esportivo, a Vai-Vai também conta com Carlinhos de Jesus na comissão de frente.

Confira os principais trechos da entrevista:

Futepoca – Por que a escolha da história das Copas como tema do samba-enredo?

Thobias –
O motivo é a feliz coincidência de a Vai-Vai e a Copa do mundo completarem 80 anos juntas. E vamos ressaltar um detalhe: em 2010, a Copa vai ser sediada finalmente num país africano.

Futepoca – Do que o samba-enredo vai falar?

Thobias –
Das origens do samba, da nossa cultura que valoriza o samba, do futebol pentacampeão mundial. E do Rei Pelé. Ele vai ser homenageado como o rei do futebol do século XX e do XXI também.

Futepoca – Como a escola vai construir a letra?

Thobias –
Temos uma consultoria especial neste ano de Orlando Duarte, que conhece tudo de história das copas. Ele faz parte da comissão de carnaval deste ano. Até o fim de setembro vai a eliminatória dos sambas-enredo. É como um festival, há várias composições concorrendo e uma delas vai ser escolhida pela comissão de carnaval. Além do Orlando Duarte, vale destacar também a presença de Carlinhos de Jesus na comissão de frente, que vai definir a coreografia.

Futepoca – E como o pessoal da escola vê a fase da seleção brasileira? A turma está animada ou tem uns que querem o "fora, Dunga!"?

Thobias –
De futebol, o Brasil não perde, deixa de ganhar. O time já entra campeão. Agora, como todo o brasileiro, só acredito vendo. E nunca vi uma seleção sair daqui com 100% de aprovação. Desde 1966 acompanho as copas – nasci em 1958, em 1962 era muito pequeno.

É difícil, é difícil...

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Quando um jogo termina 0x0 e os goleiros são eleitos os melhores em campo, a impressão que fica é que a partida teve inúmeras chances de gol e que o placar não foi movimentado por méritos dos camisas 1. Santos e Cruzeiro fizeram domingo, no Mineirão, uma partida que seguiu os requisitos acima - 0x0 no placar e os arqueiros dos dois times como destaques principais. Apesar disso, o jogo esteve longe, bem longe, de ser um primor técnico.

A marcação dos dois times funcionou bem (ou os setores ofensivos que não sabiam criar?), e o primeiro tempo teve duas equipes que pouco pressionaram o adversário. Luxemburgo congestionou o meio-campo com três volantes - Germano e os Rodrigos Souto e Mancha -, o que impediu uma predominância cruzeirense mas também matou as possibilidades de criação peixeira. Os poucos lances de perigo do Santos foram causados pelo futebol aguerrido de Madson.

Veio a segunda metade da partida e Luxemburgo mandou Neymar para o aquecimento. A entrada do menino, ainda mais em jogos em que o Santos não está dominando o placar, já faz parte da rotina. O que surpreendeu foi a plaquinha que anunciava o número 10 para a alteração - saía de campo Madson, logo aquele que era o melhor santista em campo (com exceção do goleiro Felipe). Neymar pouco pôde fazer depois disso. Nas entrevistas após o jogo, Luxemburgo lamentou o empate e disse que o time poderia ter deixado o campo com os três pontos.


Concordo com o treinador, até porque o adversário não mostrou qualidade. Impressionante o abatimento que toma conta do Cruzeiro. É inimaginável crer que time e torcida apáticos que enfrentaram o Santos por pouco não foram campeões da América semanas atrás. Fábio decididamente é um monstro; mas um goleiro não pode fazer nada sozinho. Não faz sentido pensar no Cruzeiro como "rebaixável", até porque há muitos times piores que o celeste no campeonato (o próprio Santos, talvez). Mas a torcida azul já pode se planejar para assistir a Copa do Brasil no ano que vem.



Sei lá
Ontem, enquanto lia o Futepoca, uma manchete do parceiro Blog do Alex trazia a notícia: "Goleiro Sérgio, do showball à Vila Belmiro". Há dois goleiros de nome Sérgio na minha mente (e acredito que na maioria dos torcedores da minha geração): o cabeludo ex-Santos, que hoje atende pelo nome de Sérgio Guedes e faz carreira de técnico; e o narigudo que ganhou fama no Palmeiras e que, na minha inocência, já havia encerrado a carreira.

A primeira coisa que pensei era que o ex-palmeirense estava chegando à Vila para reforçar a comissão técnica do clube. "Ele trabalhou com Luxemburgo, sempre teve jeitão de disciplinado, deve estar querendo dar seus primeiros passos como técnico. Acho que é uma boa para o Santos", pensei.

Até que li a notícia com a atenção necessária. E vi que Sérgio está sendo contratado para ser jogador.

É difícil emitir comentários nessas horas. Até porque a figura do Sérgio não merece ser alvo de pancadas. Como eu falei acima, ele sempre se mostrou ser um sujeito simpático e bom profissional - tanto que, apesar da identificação com o Palmeiras, está longe de ser odiado pelas torcidas rivais do alviverde.

Mas é um cara com 39 anos de idade. Que estava jogando showball. E cujo último clube foi o Itumbiara, eliminado nas semifinais do Campeonato Goiano.

É, com sobras, a contratação mais inexplicável que vi na minha vida de santista.

Por isso o "sei lá" do intertítulo desse post. Ainda estou em estado de choque, esperando que alguém anuncie que é uma pegadinha. Sei lá - mesmo.

segunda-feira, agosto 17, 2009

Saideira nº 9

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Clique na imagem para baixar em alta resolução.

A segunda cerveja mais tradicional da Irlanda

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Outro dia eu estava conversando com um amigo que já está há três anos aqui em Dublin e, olhando para o imponente prédio do outro lado do rio Liffey, ele comentou que lá funciona a sede mundial da cervejaria Heineken. "-Como assim?!??", me espantei, uma vez que se trata de uma das marcas mais representativas da Holanda. "-Sei lá, bicho, só sei que a sede fica aqui na capital da Irlanda", emendou o conterrâneo. De fato, pesquisando pelos gugous da vida, confirmei que a holding da cervejaria fica no prédio visto na foto abaixo, mesmo. Se não for pra pagar menos imposto, acho que a escolha recaiu mesmo pela extrema popularidade da Heineken entre os irlandeses.


Às vezes dá a impressão de que ela é até mais consumida aqui do que a sagrada Guinness, mas não encontrei nenhuma pesquisa que pudesse corroborar minha suspeita. Nos pubs, as duas marcas são, de longe, as mais pedidas. Para mim, bêbado velho que comecei a beber Heineken há exatos 20 anos, às vesperas da maldita eleição do Collor (meu cunhado trabalhava na capital paulista e costumava levar cervejas estrangeiras que comecavam a aparecer nos supermercados brazucas para o meu pai - e, por tabela, para mim), a preferência irlandesa muito me apetece. Pena que custe tão caro para meus padrões - cerca de 2,50 o latão de 500ml no supermercado, o que dá uns 6 reais e pouco. Nos pubs, a pint (também meio litro) varia entre 4 e 5 euros, ou 11,5 a 14,5 reais. Por isso sinto saudades da garrafa verde de 650ml que eu pagava 5 contos na avenida Paulista. Quem diria, Dona Maria...

Vitória tricolor com garra e bons presságios

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Por Moriti Neto

Pouco antes do jogo, o grito do manguaça que passava na rua prenunciava: “o campeão voltou!”. E o São Paulo, diante do Sport do Recife, na Ilha do Retiro, na última rodada do turno do Brasileirão (em que começou muito mal), ainda que não tenha feito uma exibição de gala tecnicamente, demonstrou aplicação aos montes. No final da partida, veio a recompensa, vitória por 2 a 1, a sexta seguida, em oito jogos de invencibilidade.

No primeiro tempo, mesmo sem Jean e Dagoberto, suspensos, o Tricolor foi melhor e, Washington, aos 24, recebeu assistência de Borges para fazer o justo 1 a 0. O São Paulo marcava muito e não deixava o adversário atacar, além disso levava perigo nos contra-golpes.



Na segunda etapa, a coisa mudou. Os pernambucanos voltaram dispostos a pressionar e conseguiram abafar os paulistas, pressionando a saída de bola. Com a expulsão de Miranda, aos 24, a pressão aumentou, mas o índice de passes e cruzamentos errados no ataque do Leão era impressionante. E, apesar dos tricolores não usarem os contra-ataques com a mesma contundência do primeiro tempo, foi Washington quem meteu uma bola na trave, aos 35. Wilson, atacante do Sport, foi expulso logo depois. Porém, o São Paulo voltou a ficar com um a menos. Dessa vez, com a exclusão de Renato Silva, numa falta boba. Sem zaga, a equipe tomou o gol, aos 39, e a torcida pernambucana se empolgou Tudo indicava um sufoco nos minutos finais e, o empate, naquelas alturas, parecia lucro.

Eis que, aos 48, Júnior César fez grande jogada pela direita e deu um passe do tipo “faz o gol meu filho” para Hugo, de cabeça, completar para as redes de Magrão. Enfim, se o São Paulo não atuou tão bem tecnicamente como nos jogos anteriores, esbanjou garra e demonstrou organização tática, merecendo os três pontos.

Embora eu reconheça que é muito cedo para concordar com o grito do manguaça de antes da partida, não dá para negar que a ótima sequência, a queda significativa da diferença de pontos para o líder e a vitória nos acréscimos com nove em campo deixaram a sensação de que o Tricolor aprendeu mesmo a jogar na fórmula de pontos corridos e tem elenco para ser campeão. Justifica-se, então, o entusiasmo.


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

Mais uma manchete da Folha

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O que será que eles quiseram dizer na edição on-line com "PSDB não vai denunciar nova acusação contra Sarney"?

É só pressa?

domingo, agosto 16, 2009

Corinthians cumpre obrigação e acaba com jejum de 5 jogos

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A torcida do Galo começou a chorar no meio da semana. Mas nem precisava, afinal, a obrigação de vencer em casa era mesmo do Corinthians, e apenas cumpriu seu papel. É verdade que poderia ter sido mais, mas pra respirar um pouco no meio dessa crise do desmanche até que 2 a 0 não está ruim. Um gol de Dentinho, em jogada que começou nos pés de Jucilei, improvisado como lateral direito, e um golaço do Boquita, numa bola roubada no meio-campo. Com isso, encerra o jejum de cinco jogos sem vencer.



Com isso, o Atlético-MG sai da zona de acesso à Libertadores – estará o Galo perdendo o gás, depois de criar tanta esperança na sua torcida? Já o Corinthians galga algumas posições e, principalmente, recupera um pouco da autoconfiança. Afinal, se o time hoje não inspira nenhuma admiração, não é pior que outros tantos neste fraco Brasileirão. Para o Mano Menezes, esse jogo serve pra manter a tranquilidade, para fazer o trabalho mirando mais longe. Este ano, segundo ele, vai servir pra montar o time visando uma campanha decente no ano seguinte. Mais ou menos como no ano passado, disse ele, comparando a série A com a série B, mas ressalvando que isso não era "desprezar o principal campeonato do país". E acho que não é mesmo. O técnico está só sendo sincero, talvez excessivamente sincero, mas não deve ser fácil lidar com a pressão que rola no Corinthians. Na prática, é a garantia de que assistir ao Brasileirão neste ano vai ser mesmo muito chato.

Quando o Palmeiras vai fazer dois gols em um jogo?

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Foi o terceiro empate seguido do Palmeiras no Brasileirão. Mais uma vez por 1 a 1. Desde que Muricy Ramalho chegou, o Palmeiras fez um gol em cada partida, venceu dois empatou três.

Assim, o título do post poderia ser "quando o palmeiras vai deixar de tomar gol em um jogo?". Ou ainda: "Será que Jorginho tem umas dicas?"

Como dois dos empates foram em casa, isso significa que o time encerrou sua participação no primeiro turno com quatro pontos a menos do que deveria, por obrigação, ter alcançado.

O empate contra o Botafogo ainda deixou Wendel e Diego Souza suspensos com o terceiro amarelo.

Tudo bem que a marcação do time do estreante Estevam Soares funcionou e que o camisa 7 do alviverde perdeu um gol feito, mas é melhor o time parar de vacilar no início do segundo turno.

O defunto e o manguaça

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Estavam disputando uma pelada, quando um jogador caiu estatelado no chão.

– O Jão tá morto. Alguém tem que avisar a mulher dele.

Vai você, eu não, vai você. Dois times inteiros desconversando, ninguém queria ir. Olham na beira do campo, tinha um manguaça ali meio distraído, provavelmente esperando acabar o jogo pra beber umas com a comunidade. O capitão vaticina:

– Você aí, vai lá avisar a mulher do Jão que ele morreu.

Tá bom, tá bom, diz o manguaça, e vai.

15 minutos depois volta com um engradado de cerveja no ombro.

– Seu bêbado! Você tinha que avisar a mulher do Jão!!!

– Mas eu fui! Eu toquei a campaínha, apareceu uma mulher e eu perguntei: Você que é a viúva do Jão? Ela respondeu esbaforida, Que viúva que nada! E eu: Quer apostar uma caixa de ceveja?