Destaques

sábado, novembro 21, 2009

Morre Pitta. Versão brasileira: Herbert Richers

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Mais morto pra gente beber: Celso Pitta (à esquerda), 63 anos, ex-prefeito de São Paulo, morreu ontem de câncer; no mesmo dia, o produtor de cinema Herbert Richers (abaixo), 86 anos, famoso proprietário da empresa responsável pelas dublagens de quase todos os enlatados estrangeiros no Brasil, de filmes a desenhos animados, também bateu as botas, por problemas renais. O mais curioso nesses necrológios é que descobri que Richers não era estadunidense - nasceu em Araraquara, a 100 quilômetros da minha cidade. Aliás, eu sempre pensei, desde criança, que se tratasse de uma entidade imaginária, tipo David Benner, Peter Parker ou Clark Kent. Richers, paulista, foi velado e cremado no cemitério Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro, enquanto Pitta, carioca, vestiu o pijama de madeira no cemitério Getsêmani, na cidade de São Paulo. Enfim, são informações que não vão alterar em nada o curso da sua vida mas que, no frigir das velas, dão motivo para derrubar uns goles em favor dos ilustres defuntos. Bebamos, pois.

sexta-feira, novembro 20, 2009

Crise? Que crise?

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que o Brasil encerrará o ano com 1 milhão e trezentos mil novos empregos formais. O número é maior que o estimado nesta semana pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi (foto), para quem o país criaria entre 1 milhão e 1,1 milhão de vagas. Para o ano que vem, sua previsão é de 2 milhões. Fala mal, tucanada!

Em tempo

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Ontem, Dia da Bandeira no Brasil, foram completos 40 anos do milésimo gol do Rei Pelé, contra o Vasco da Gama, no Maracanã. Pelo caráter simbólico do que representam Edson Arantes do Nascimento e a hegemonia brasileira no futebol mundial, vale o registro deese momento histórico aqui no Futepoca.

Médico manguaça passa mal e é internado após beber amostra de cachaça envenenada

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Essa foi noticiada pelo jornal O Povo, de Fortaleza, onde já trabalhei: o médico da cidade de Acopiara Francisco Vilmar Félix Martins (foto), 56 anos, foi internado ontem na capital cearense após beber uma amostra de cachaça de fabricação caseira suspeita de ter envenenado duas vítimas há 15 dias. Candidato a prefeito nas últimas eleições e ex-vice-prefeito do município interiorano, o cachaceiro passa bem.

Há duas semanas, Vilmar Félix soube do caso das pessoas que teriam se sentido mal após tomar a cachaça. "Um amigo comum me procurou, dizendo que me entregaria uma porção da cachaça pra eu mandar fazer uma análise", recorda. Na segunda-feira, o amigo lhe entregou a "encomenda". "Veio numa garrafinha tipo celular e eu pus dentro da pasta, mas não lembrei mais da história dele (de que a cachaça fazia mal)", conta o manguaça.

Ao chegar em casa, na hora do jantar, Félix mandou pra goela cerca de 20 mililitros da bebida. "Quando bebi, até disse: -Que cachaça ruim, passou rasgando tudo aqui-. Aquilo devia ter metanol diluído em cachaça ou em água", faz o (tardio) diagnóstico. Não muito tempo depois, o pingão passou a sentir os efeitos de sua trapalhada. "Comecei a suar a camisa, foi uma loucura. Teve um momento que eu não mexia mais os braços nem as pernas", lembra. Na madrugada de ontem, o médico veio de helicóptero para Fortaleza. De acordo com a médica da unidade, Sandra Belém, Félix apresentou sintomas como visão borrada, diarreia, suor frio e fraqueza geral no corpo.

A família do bebum levou a amostra a um laboratório para que seja feita análise (e eu não duvido que outro manguaça, no local, resolva experimentar mais um pouco da dita cuja). "Deve ser daquelas cachaças adulteradas, artesanais, que se fazem em fundo de quintal. É preciso tomar cuidado", alerta Vilmar Félix. "Não devemos ingerir qualquer tipo de bebida em qualquer lugar", arremata o sábio conselheiro. Você faria uma consulta com ele?

quinta-feira, novembro 19, 2009

Lançamento de Tricolor Celeste hoje em São Paulo

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Provavelmente muitos são-paulinos estavam assistindo ao jogo Uruguai e Costa Rica ontem, que decidiu o último classificado para a Copa do Mundo de 2010. Muitos torcendo pela Celeste por uma única razão: Diego Lugano, o "zagueiro do presidente" que se tornou um dos maiores ídolos da torcida tricolor e conquistou o Mundial de 2005 pelo clube do Morumbi.

Os mais velhos, porém, vão lembrar de outros motivos para torcer pelo Uruguai. Pablo Forlán, Pedro Rocha e Darío Pereira também marcaram época e conquistaram a admiração até mesmo de torcedores rivais. E é a história desses quatro ídolos que Luís Augusto Símon, o Menon, conta no livro Tricolor Celeste. Ali é possível saber quem ensinou Lugano a arregalar os olhos e porque Darío Pereyra demorou a se adaptar no Brasil. O lançamento acontece hoje, em São Paulo, no Bar Boleiros, às 19 horas. Fica na rua Mourato Coelho, 1194, na Vila Madalena. Vale a pena pra todo fã de futebol, não apenas os tricolores.    

Falou e disse

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Na polêmica que se avizinha sobre o Corinthians facilitar ou não uma vitória do Flamengo para prejudicar o São Paulo na reta final do Campeonato Brasileiro, o atacante Washington, do tricolor paulista, bateu no ponto principal:

- Se fizermos nosso serviço, o Corinthians pode até perder de dez que seremos campeões, disse o centroavante, que terá toda a responsabilidade de estufar as redes nas próximas duas rodadas, pois Borges e Dagoberto foram suspensos pelo STJD.

O detalhe é que, em 2004, Washington quase foi campeão brasileiro pelo Atlético-PR, mas perdeu a taça para o Santos nas últimas rodadas. O que decidiu a disputa foi uma derrota para o Vasco no Rio de Janeiro. E agora o São Paulo vai até o estado vizinho para enfrentar o Botafogo...

Em queda livre, Palmeiras perde mais uma e dá adeus ao título

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Foi por 2 a 0 a nova derrota do Palmeiras na reta final do Brasileirão. No estádio Olímpico, a partida foi bem diferente no primeiro tempo, antes do primeiro gol do Grêmio, em relação ao que aconteceu na segunda etapa.

A derrota para o Grêmio mostrou que a vizinhança são-paulina estava muito mais confiante no Palmeiras do que eu, tamanha fanfarra provocada por cada tento marcado pelos gaúchos. Teve até fogos de artifício no fim da partida. Não era para tanto.

O resultado mostra também um Palmeiras em queda livre, trabalhando para não se classificar para a Libertadores. O futebol apresentado novamente não seria suficiente para pleitear o título e pode nem ser suficiente para garantir classificação para o torneio continental de mais tradição.

Analisar o futebol apresentado pelo alviverde não resolve, porque a partida foi para lá de peculiar. Mas se o Grêmio tivesse motivo e interesse, poderia ter imposto pressão e emplacado uma goleada sem grande dificuldade.

Na primeira etapa, o jogo não teve grandes desequilíbrios, embora os mandantes tenham criado mais chances. Tudo até os 45 minutos, quando o Grêmio fez um a zero com direito a passo de capoeira do argentino Max Lopes. Ele levantou o pé até a quase dois metros de altura, mostrando toda sua elasticidade. Como o zagueiro Danilo estava longe, o árbitro Heber Roberto Lopes preferiu não marcar. Seria um lance mais polêmico se a infração fosse assinalada.

Aí veio o intervalo. Obina e Maurício discutiram, trombaram, e ameaçaram se estapear. Ameaçaram porque erraram a pontaria. Na volta para a etapa final, o homem do apito mandou ambos para o chuveiro mais cedo.

No sábado, André Dias e Hugo se desentenderam, mas levaram apenas o amarelo diante do Vitória. Wagner Mancini chegou a questionar na entrevista coletiva: "Se fossem dois jogadores do Vitória, será que seria só o amarelo?" Se fosse o Palmeiras, seria o vermelho, respondeu Heber Roberto Lopes na noite desta quarta-feira. E mais errado não está Leandro Pedro Vuaden que apitou a outra partida.

Não é por causa da arbitragem que o Palmeiras está fora da disputa pelo título, mas porque seu futebol se esvaiu pelo ralo durante a competição. No segundo tempo da partida do Olímpico, com dois a menos, mostrou aplicação na marcação e controle emocional que foi mais eficiente pela falta de disposição gremista do que pela eficácia da ação verde. É que com Marcão na defesa a emoção é garantida.

Mas tivesse mostrado esse nível de disposição em partidas como a contra o Fluminense, no primeiro tempo contra o Sport ou diversos outros jogos, a história poderia ser diferente.

Mas não foi.

A raiva das últimas rodadas já virou só tristeza.

quarta-feira, novembro 18, 2009

Odeio muito tudo isso

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Dentro do ônibus aqui em Dublin, vindo do Centro para a região do Phoenix Park, vi uma propaganda que me chamou a atenção. Uma conhecida cadeia estadunidense de fast food (não é a do palhaço Ronald nem a da cabana de pizza) anuncia um sanduíche com fritas mais refrigerante por 3,95 euros - cerca de 9 reais - com o seguinte slogan:

Make like a bandit! You'll feel like robbered us.
(Faça como um bandido! Você vai se sentir como tendo nos assaltado.)


Vem cá, eu posso ser chato (e sou), mas, levando em conta que as crianças são as principais vítimas dessas propagandas apelativas (e dessas porcarias fast food), isso aí não é glamourização do crime, não? Me parece a mesma lógica canalha do "levar vantagem". Seja ladrão, seja "esperto". Exagero meu?

A cerveja na faculdade e a hipocrisia

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Estou aqui em Londres fazendo um mestrado em Planejamento Urbano na London School of Economics. Antes disso, entre 2001 e 2006, estudei jornalismo na USP. Nas duas faculdades, como é evidente, a busca por uma cerveja pós-aula é imediata, praticamente universal.

Só que enquanto na USP a gente contava com as cervejadas organizadas pelo Centro Acadêmico e pela Atlética uma vez por semana - nao-autorizadas mas toleradas pela direção da unidade, a ECA - e pela venda ilegal de mé na lanchonete (a latinha vinha escondida num saquinho de papel), na LSE as coisas são um tantinho mais fáceis.

Basta sair do prédio e escolher entre o The Three Tuns, bar que financia o CA daqui, ou o George IV, pub que faz parte da lista oficial de lanchonetes e restaurantes da Universidade. Sim, a LSE tem um pub oficial e, olha só, lá os alunos podem tomar cerveja! Isso num país em que o controle à venda de álcool é coisa muito séria. Um dia, eu, do alto dos meus 27 anos, fui comprar whisky pra levar para o Brasil no mercado e não consegui, porque eu não estava com nenhum documento que comprovasse que eu tinha mais de 21 (ódio mortal ao mercado, eternamente).

Por que o consumo de álcool nas universidades - pelo menos em São Paulo, não sei como funciona em outros lugares - não pode ser tratado de maneira um pouquinho mais adulta? Por que quando queríamos organizar festas en USP, coisa que nunca deixamos de fazer, tínhamos que ouvir argumentos do tipo "universidade não é lugar de cerveja".

Sim, universidade é lugar de cerveja. É onde muitos adolescentes se educam para o álcool. Aprendem, num ambiente amigável e familiar (menos na Uniban), quais são os limites para a manguaça, se acostumam ao papel socializador do mé e ainda podem desenvolver suas idéias com mais, digamos assim, liberdade.

Tem como incluir no Manguaça Cidadão o direito sagrado à cerveja depois da aula?

Paulistânia é lançada em São Paulo

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A cerveja Paulistânia chegou ao mercado na terça-feira, 17, licenciada pela Bier & Wein, importadora e distribuidora de bebidas. A Pale Lager, do grupo das pielsen, foi apresentada à imprensa na segunda-feira, 16, em uma coletiva no Terraço Itália, da qual participou o Futepoca.

De cor dourada e amargor médio, é suave e agradável (essa parte eu percebi provando). Entre canapés e dois copos de Paulistânia, ficou claro que a aposta não foi por padrões muito marcantes para poder agradar a um público maior que entende pouco de degustar (como eu), mas mesmo assim ela vai muito bem. É difícil imaginar uma comparação da marca com as do último teste cego do Futepoca, mais ou menos suas concorrentes. Mesmo assim, pelo tipo de produto, deve disputar bem.

Foto: Divulgação

Os 12 rótulos sortidos com fotos de São Paulo

Produzida pela Di Conti, a mesma que faz o Contini em Cândido Mota (SP), a Paulistânia não quer ser a cerveja apenas dos bebedores de São Paulo, mas traz 12 modelos de rótulos com fotos colhidas nos arquivos do jornal O Estado de S.Paulo que retratam a capital paulista da década de 30 em diante. Da prova de grande prêmio automobilístico no Jardim América em 1936 ao bonde no Viaduto do Chá, chegando até a avenida Paulista de 1983.

As bolachas (ou porta-copos) trazem informações sobre São Paulo. Na que trouxe para casa (ops, nem sei se eu podia ter trazido), o recado é sobre a travessia de 5,5 quilômetros no Tietê entre a ponte da Vila Maria e das Bandeiras que, segundo a nota, poderia ser tão tradicional quanto a corrida de São Silvestre – isso se o rio ainda fosse um rio.

São oferecidas apenas garrafas de 600 ml com custo estimado em R$ 4,90 para mercados e lojas e R$ 7,90 para quem se aventurar a degustá-la em um bar ou restaurante. Diferentemente de outras marcas que apostam em vários tipos de cerveja, a Paulistânia tem apenas a Pale Lager (ou Lager Premium, como consta no rótulo).

O primeiro lote teve 35 mil garrafas produzidas e, em três meses, se a aceitação for a esperada pela empresa e garantir escoamento da produção, a promessa é lançar o chope para ser distribuído em bares.

São dois tipos de malte e dois tipos de lúpulo – Saaz e Hersbrucker, ainda que eu esteja muito longe de saber identificar o que cada um deles faz exatamente.

Segundo explicou Cilene Saorin, mestre cervejeira e beer sommelier, a combinação de lúpulos traz aromas herbais e cítricos, o que é uma inovação no mercado nacional. A especialista ainda concedeu uma breve aula particular sobre cerveja que vai render um post a parte em outra hora.

Para Tatiana Spogis, Gerente de Marketing e Treinamentos da Bier & Wein, as escolhas que levaram a cerveja oferecida levaram em conta a necessidade de se fomentar educação e cultura cervejeira no país. Já a opção dos rótulos sortidos foi a de tornar as garrafas um meio de comunicação e até dar assunto para a mesa do bar.

Marcelo Stein, diretor da empresa, conta que o lançamento de uma marca própria era um projeto desenhado desde a criação da importadora, há 16 anos, mas realizado apenas agora. A opção foi por uma cerveja que tivesse condições de ganhar mercado entre consumidores brasileiros que começam a se aventurar por cervejas mais elaboradas.

terça-feira, novembro 17, 2009

Cansado da vida, cansado de tudo? Tome uma...

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Vitoria, saudosismo e inversão de papéis

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Por Moriti Neto

O comentário chega atrasado, pois não assisti São Paulo x Vitória no sábado. Convidado para um casamento, passando um calor danado e esperando ansiosamente pela festa (que foi regada a muita cerveja, diga-se de passagem) só consegui ouvir alguns lances e saber do resultado por meio de um MP3, que não permitia transmissão de boa qualidade.

Mas como é bom ter amigo fanático por futebol! Pude ver o jogo completo na noite de domingo, pois um camarada “exacerbadamente tricolor” gravou a peleja em VHS (valeu, Marcelinho!). Óbvio que a emoção não foi a mesma, o resultado era conhecido, mas saudosista que sou, tive a chance de contemplar a partida de maneira que lembrava a época dos VT’s completos, tão comuns em outros tempos.

Quanto ao confronto, com a presença de 55 mil pessoas no Morumbi, o São Paulo passou com tranquilidade pelo Vitória. Os 2 x 0 no placar não ilustram o que foi o jogo. O domínio dos donos da casa foi claro. Rogério quase não trabalhou. Hernanes, e principalmente Washington (ô, meu filho, vivo te defendendo como “homem de área” e tu perdes tantas oportunidades?) desperdiçaram vários gols,

O elenco tricolor pode não ser brilhante, mas é forte e equilibrado. O time não depende de super-craques. O conjunto se notabiliza. Para que se tenha ideia, Ricardo Gomes não tinha Dagoberto, Jean, Borges, Rodrigo e Zé Luís à disposição, além de Richarlysson, que estava meia boca, tanto que começou no banco. Hugo entrou no ataque, Adrian González na lateral-direita e Arouca atuou de primeiro volante.

No primeiro tempo, Hugo deveria jogar mais adiantado, mas insistia em buscar a bola no meio, deixando Washington isolado. A solução foi forçar jogadas ofensivas com os homens de meio e os laterais. Hernanes e Jorge Wagner eram as melhores opções. E com bom volume de jogo, numa sobra de bola, o São Paulo fez o gol com seu camisa 7.

Ainda na etapa inicial, em ato de estupidez cavalar, André Dias e Hugo tomaram cartões por trocarem safanões. Ambos estavam pendurados e ficam fora da próxima rodada. É verdade que saíram abraçados ao final da partida, o que não diminui a irresponsabilidade de desfalcar a equipe na reta final do campeonato.

Veio o segundo tempo e Hernanes, logo no início, criou bela jogada, cruzando na cabeça de Hugo, que definiu o resultado. Depois disso, o Vitória se lançou à frente e os são-paulinos tiveram mais liberdade. André Dias e Miranda puseram o ataque baiano no bolso e o meio campo tocava a bola com eficiência e velocidade. O time até subiu de produção nos 45 finais e só não ampliou pela noite pouco inspirada dos atacantes. Apesar disso, a torcida, que fez festa de dar gosto no Cícero Pompeu de Toledo, apoiou Washington, que saiu de campo aplaudido.

O São Paulo jogou bem, foi convincente. Mais do que isso: parece consciente de que precisa de muita aplicação para ganhar o título, pois Flamengo e Palmeiras estão na cola. O Botafogo, próximo adversário, é sério candidato ao rebaixamento. O Tricolor joga fora de casa e terá desfalques, mas uma equipe que almeja a conquista do sétimo título nacional não pode, nestas alturas, perder pontos para times tão fracos como o Alvinegro da Estrela Solitária.

O mais legal de tudo? O Time da Fé estava mal no começo do certame, chegou até a ficar perto da zona da degola, teve recuperação excelente e só depende das próprias forças para ser campeão, fato que espero ser confirmado pela história no dia 6 de dezembro. E é bom deixar de ser secador e passar a objeto de secação. Desde que as pragas – que são abundantes –, não peguem.


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

segunda-feira, novembro 16, 2009

Ana Paula Oliveira reaparece em A Fazenda

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Recém-formada em jornalismo, a assistente de arbitragem Ana Paula Oliveira volta à mídia em um campo de atuação inédito para ela. Nada de protagonismo feminino no universo machista do futebol, nada de ensaios sensuais, fotos nuas, nem desfiles de moda e muito menos formas dissimuladas de chamar a atenção.

A bandeirinha integra o "elenco" do "programa" de TV da Record A Fazenda. São 14 atletas, cantores, atores ou quase celebridades.

A segunda edição do reality show rural (?!) apresentado por Brito Jr. promete um prêmio de R$ 1 milhão para o vencedor. Para levar a bolada e ficar o maior tempo possível sob holofotes é preciso encarar provas que simulam situações de uma propriedade rural, com direito a futricas, picuínhas e mexericos de toda sorte.

Fernando Scherer, o Xuxa, Sheila Melo, a ex-loira do É o Tchan, e outras figuras mais ou menos conhecidas participam.

Antes de tomar o caminho da roça – ou da fama – a auxiliar de arbitragem lançou um projeto de revista eletrônica esportiva chamada Livresporte. Trata-se, segundo consta, de um trabalho de conclusão de curso (TCC) da faculdade de jornalismo.

Isso quer dizer que o sonho de participar de uma copa do mundo está totalmente abandonado? Segundo ela, não. Em meio à crise por que passa a arbitragem brasileira, uma presepada como essa, que oficialmente remunera quem chama mais atenção do público, pode não ser tão grave. Mas é bem pouco provável que ela volta a bandeirar.

Zebra branquela

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Quando se enfrentam seleções europeias e africanas, a tendência é que a torcida geral caia sobre a representante do "continente negro" (expressão odiosa, mas não encontrei outra melhor). Por conta de todas as dificuldades sócio-econômicas pelas quais passam os africanos, pelo ineditismo de seus triunfos, e por aquele gosto por zebras que todos os amantes do futebol têm (desde que, claro, a vítima da zebra não seja o nosso time).

Fifa
Apesar de tudo isso, foi difícil não celebrar a vitória da Suíça, que ontem venceu a Nigéria por 1x0 e assim se sagrou campeã mundial sub-17.

Em primeiro lugar, pelo fato de que, nas categorias de base, as potências são os times africanos, e não os europeus. O título suíço de ontem foi apenas o terceiro da história da Europa no Sub-17 (os outros foram da URSS em 1987 e da França em 2001). Como comparação, a África tem cinco taças - é o continente mais bem-sucedido do torneio. A Nigéria é tricampeã, o que a faz como a maior força da categoria, ao lado do Brasil (campeão em 1997, 1999 e 2003).

O segundo elemento que faz com que a vitória suíça seja ainda mais épica foi o lugar da partida. A Suíça venceu a Nigéria jogando... na Nigéria! Sim, superando torcida e pressão de 60 mil nigerianos que lotaram o estádio de Abuja. Quem é campeão em tais circunstâncias merece aplausos.

E a campanha suíça foi irretocável. Três vitórias na primeira fase - inclusive sobre o Brasil - e, nos mata-matas, triunfos sobre Alemanha, Itália, Colômbia e a favoritíssima Nigéria na decisão.

O Mundial Sub-17 de 2011 acontecerá no México. O Sub-20 também se dará em terras latinas: a a Colômbia será a sede.

Adeus, De Nigris

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Uma notícia das mais surpreendentes marcou o início dessa segunda-feira. Morreu Antonio De Nigris, atacante mexicano que jogou no Santos em 2006 e que atualmente defendia o Larissa, da Grécia.

UOL
De Nigris tinha 31 anos e, a princípio, sua causa mortis foi uma parada cardíaca. É surpreendente ver uma pessoa de 31 anos (que não tenha nenhuma doença crônica) falecendo; mais ainda quando se trata de um atleta.

Falando dentro de campo, a passagem de De Nigris pelo Santos foi, no mínimo, folclórica. No português claro: ele não jogou porcaria nenhuma enquanto esteve na Vila. Entrou em campo poucas vezes e fez um gol - daqueles que, como diria Mauro Beting, "até minha vó fazia".


Reza uma lenda que sua contratação foi um equívoco. O Santos, na verdade, tinha como intenção adquirir seu irmão, Aldo de Nigris, que vivia melhor momento na carreira. Acabou trazendo Antonio e o que se viu foi uma piada.

De qualquer modo, força à família de De Nigris - ele deixou esposa e filha. E fica a dúvida de como o Santos repercutirá o falecimento. Será que teremos um minuto de silêncio na partida contra o Coritiba, no próximo domingo?

A hora dos "quase"

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Claro que começo pelo meu time. O Galo já abriu mão do título e está "quase" fora da Libertadores. Na realidade, em quinto, decide a sorte ou o azar contra o Inter no domingo no Mineirão. Depois pega o Palmeiras, no Parque, provavelmente para saber quem perdeu mais chances este ano e disputará apenas a Copa do Brasil e a Sul-americana. Para o título a disputa agora parece ser entre São Paulo e Flamengo.


Do jogo de sábado, contra o Coxa, pouco a falar. Foi uma partida equilibrada, até bonita, com dois times correndo e jogando bola. O Galo tomou o primeiro gol para variar numa falha da defesa, que deixou o Coxa fazer uma linha de passe e achar o atacante Rômulo livre para marcar. Empatou e o jogo foi pau a pau até Benitez fazer um pênalti bizarro e ser expulso. Pontos para o Coxa, que mereceu.

Nada a lamentar. Um time que era cotado pela maioria para o rebaixamento chegou a sonhar com o título, se conseguir uma classificação para a Libertadores pode comemorar. Se nem isso, ficará o estigma de quase de Celso Roth. Quase campeão por dois anos. O técnico mais "quase" dos últimos tempos. Só falta deixar essa vaga para o Cruzeiro. Pelo menos vai me render uma garrafa de uísque, já que alguém apostou comigo que o Galo ficaria atrás do Santos neste campeonato, o que não pode mais acontecer. A diferença de onze pontos não pode mais ser tirada nas três rodadas que faltam.

Outro "quase" é o Palmeiras. Time que mais liderou o campeonato, mas que na reta final amarelou (ou ficou cor verde-limão-siciliano). Quem não consegue ganhar de um rebaixado Sport em casa não merece mesmo...

Agora, o problema é que dos dois com mais chances não torcerei para ninguém. Tenho "quase" ódio do Fla, por conta da roubalheira e os favorecimentos que sempre teve da arbitragem, além de ser péssimo exemplo em matéria de gestão. E tenho uma "quase" torcida para que o São Paulo não monopolize o título nesta década. Triste fim de campeonato.

Do lado dos rebaixados, já foram Sport, Náutico e Santo André. Resta uma disputa enorme entre Flu, Bota e Atlético-PR pela última vaga.

domingo, novembro 15, 2009

Internacional 3 X 1 Santos - Uma derrota que reflete a aposta errada

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O Santos fez um jogo com o Internacional que não surpreendeu nada quem vem acompanhando o time no Brasileiro. O visitante mostrou mais uma vez ser uma equipe desentrosada, sem esquema tático definido, um bando correndo em campo. Luxemburgo não conseguiu dar qualquer padrão ao time, passou o campeonato jogando com formações diferentes, ora com três, ora com dois volantes; com um atacante só, com dois, com três... E isso fica ainda mais evidente quando o adversário tem um padrão mínimo e um elenco com mais qualidade.

Portanto, o fato do Alvinegro ter saído da primeira etapa perdendo por 2 a 0 não foi algo inesperado. Poderia até ter sido uma diferença maior, caso o goleiro Felipe não tivesse feito três defesas difíceis. Antes do intervalo, um dado que revela bem o desarranjo peixeiro. O Internacional fez 17 faltas, enquanto o Santos cometeu apenas duas.

Uma análise apressada pode fazer com que o torcedor entenda que isso é corpo mole ou algo do gênero, impressão que sempre fica reforçada em caso de derrota, como se futebol dependesse apenas de “vontade”. Não foi o que aconteceu. Os alvinegros até correram, se esforçaram, mas quando não tinham a bola dominada sequer viam a cor da redonda. Na partida do primeiro turno entre os dois, aliás, em vários momentos o Peixe foi “colocado na roda” em plena Vila Belmiro e por pouco não saiu derrotado. Desta vez, não conseguiu fazer os gols porque o Colorado marcou em cima os homens mais criativos do Santos, que arriscavam em jogadas individuais e sofriam inúmeras faltas. Ganso quase não conseguiu respirar com Guiñazu na sua cola e Neymar e Madson corriam, invertiam posições, mas também penavam com a marcação adversária.

No começo do segundo tempo, o Santos assustou com uma bela jogada entre Kléber Pereira, Neymar e Ganso, que finalizou mal. O Inter respondeu com uma bola na trave logo no minuto seguinte e outra aos 8 minutos. Ainda assim, o Alvinegro conseguiu criar graças à postura do Inter, que recuou e passou a esperar em seu campo, abandonando a marcação pressão da etapa inicial.

O jogo seguia equilibrado quando aos 18 Luxemburgo colocou Jean no lugar de Pereira e Felipe Azevedo no lugar de Madson. E foi Felipe Azevedo quem tramou a jogada para Neymar fazer o gol aos 19, para assustar o Inter. Alecsandro teve a chance de matar a partida dois minutos depois, e perdeu.

Mas, como se fosse castigo por marcar o gol peixeiro, Neymar foi substituído por André aos 27 e o time voltou a jogar com dois atacantes pelos lados e um mais fixo na área. O resultado é que a equipe passou a render bem menos, criando muito pouco, e o Inter começou a restabelecer um relativo domínio, esfriando o Peixe.

D’Alessandro definiu aos 39, finalizando livre de marcação dentro da área. Exemplo de desorganização: sete jogadores santistas dentro da área e o meia colorado chutou sem problemas. Ainda houve tempo para Jean fazer o que sempre fez em sua carreira, perdendo uma chance incrível frente a Lauro.

No fim, quem jogou melhor a maior parte do tempo venceu. Mas os lampejos de Neymar, Madson e Ganso mostram o tamanho da aposta errada de Marcelo Teixeira no treinador mais caro do Brasil. Mais caro, diga-se, porque só o Santos pagaria o que paga por ele, senão provavelmente estaria desempregado ou recebendo bem menos em outro time. Um técnico que trabalhasse melhor com garotos e que armasse minimamente a equipe faria uma campanha bem melhor, dado que rivais que estão à frente do Santos não têm equipes tão melhores (ou nada melhores em alguns casos) que a de Luxemburgo. Perda de tempo, de dinheiro, apostas erradas e desperdício de talentos. Até quando vamos continuar assim?