Destaques

sábado, novembro 28, 2009

Nojo

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Imagine alguém assinar um artigo, texto, seja que nome isso tem, dizendo que ouviu Otávio Frias Filho, o dono da Folha de S.Paulo, numa mesa de bar dizer que teve relações homossexuais na USP quando estudante ou que gostasse de cheirar cocaína em fechamento do jornal...

Alguém publicaria uma escrotice dessas? A Folha publicaria? Seria ouvido o personagem para que se defendesse?

Agora imagine receber um "artigo" de alguém que diz ter ouvido que o presidente da República, quando preso pela ditadura, tentou estuprar um companheiro de cela. Você publicaria sem consultar o acusado? Você publicaria sem checar isso com pessoas que estavam na mesma cela? Com pessoas que participaram do almoço em que o presidente teria dito isso?

Pois a Folha de S.Paulo, jornal que tenho vergonha de um dia ter assinado e lido por mais de uma década, publicou texto de César Benjamim dizendo isso, sem checar com ninguém.

Aqui não vale a desculpa de que o texto é de responsabilidade de quem escreveu. Como jornalista, já tive a oportunidade de mandar textos para a seção de debates do jornal. Eles leem cada linha e, quando não concordam com algo escrito, pedem para mudar.

Não tenha dúvida de que uma decisão dessas, de publicar algo pessoal em relação ao presidente da República, é tomada pelo próprio dono.

Torpe, sei lá que adjetivo usar. O que ficou claro é que caiu de vez a máscara da Folha e de seu diretor, se é que alguém ainda tivesse dúvida sobre seu caráter.

Piora muito o ato de pôr uma informação dessas na assinatura de um colaborador. É covardia, publica e diz que não tem nada a ver com aquilo. E bota isso de contrabando em três páginas de texto sobre o filme recém-lançado com a biografia do presidente.

Não sei mais o que escrever. Só sinto nojo.

sexta-feira, novembro 27, 2009

Forte pra cachorro

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Agora ouvi conversa: a cervejaria escocesa BrewDog criou o que considera ser "a cerveja mais forte do mundo", a Tactical Nuclear Penguin, com 32% de teor alcoólico - resultado de um processo de produção de 16 meses. No blog da cervejaria, o diretor James Watt alerta que a bebida deve ser consumida em pequenas quantidades, como o uísque. O anúncio de lançamento indica que apenas 500 garrafas de 330 ml foram produzidas (metade será vendida por 35 libras e as demais custarão 250 libras, com direito a uma participação na empresa). Curioso é que, em julho, quando a BrewDog lançou no mercado britânico a Tokyo*, com 18,2% de teor alcoólico, e foi duramente criticada por instituições de combate ao alcoolismo, justificou dizendo que essas cervejas mais fortes vão ajudar a combater a cultura do consumo rápido de grandes quantidades de bebida. Definitivamente, eles subestimam a sede e o fígado dos futepoquenses...

Ps.: Aliás, falando em cervejas britânicas, escrevi esse post degustando uma garrafa da inglesa Christmas Ale, da cervejaria Shepherd Neame, a mesma produtora de outras duas marcas já comentadas por mim neste espaço. Não chega ao exagero de álcool da nova bebida escocesa, mas tem 7%, bem mais que as brasileiras. O que posso dizer é que nunca bebi uma cerveja tão amarga. Tem gosto muito forte de chope e coloração de caramelo. O engraçado é que faz tanto frio aqui em Dublin que tirei a cerveja da prateleira, no supermercado, e, quando cheguei em casa, não precisei botar na geladeira. Tava no ponto. Um brinde!

quinta-feira, novembro 26, 2009

Esse é bambi mesmo!

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Depois da polêmica que causou ao provocar os sãopaulinos, o presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, gravou uma entrevista para o Arena SporTV, pra botar panos quentes. E comentou, bem humorado:

- Um amigo disse que o filho dele estava triste porque havia sido chamado de bambi na escola. Ué, ele não sabe que o filho dele é bambi? O meu é porco.

Realmente, tem toda razão. O menino ter ficado "tristinho" com provocações dos colegas é um verdadeiro atestado de bambi. Toma vergonha, moleque!

Esqueletos no armário

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O Ministério Público Federal ofereceu hoje denúncia contra o deputado federal Paulo Maluf, do PP (abaixo), e o senador Romeu Tuma, do PTB (ao lado), por ocultação de cadáveres durante a ditadura militar. Além dos dois, foram denunciados o ex-prefeito de São Paulo Miguel Colasuonno, o médico legista e ex-chefe do necrotério do Instituto Médico Legal (IML) local Harry Shibata, e o ex-diretor do Serviço Funerário Municipal Fábio Pereira Bueno. O MPF afirma que desaparecidos políticos foram sepultados nos cemitérios de Perus e Vila Formosa, na capital, de forma "ilegal" e "clandestina", com a participação do IML e da Prefeitura. Segundo a procuradora Eugênia Fávero, Maluf e Tuma contribuíram para que as ossadas permanecessem sem identificação em valas comuns e atestaram falsos motivos de morte a vítimas de tortura. O MPF requer perda de funções públicas e do direito à aposentadoria, além de reparar danos morais coletivos, com indenização de, no mínimo, 10% do patrimônio pessoal de cada um. Por se tratar de ações civis públicas, a iniciativa não ameaça os mandatos dos dois parlamentares, protegidos pela Constituição. A procuradora propôs, então, que as indenizações sejam revertidas em medidas que preservem a memória das vítimas da ditadura (de que forma, não ficou claro). O que acham? Mais um caso pra acabar em pizza?

Glúteos e pés podem gerar eletricidade em estádios

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Deu no Portal Copa 2014. A tal vibração das torcidas em estádios de futebol pode se transformar de fato em energia elétrica. Pelo menos é essa a proposta do escritório de arquitetura londrino Populous, que está desenvolvendo uma alternativa para aproveitar os movimentos dos torcedores para gerar eletricidade nas arenas esportivas.  

O milagre se daria por meio da chamada piezoeletricidade, aproveitando-se cristais que, quando submetidos a uma determinada pressão mecânica, são capazes de gerar correntes elétricas, como esses utilizados em isqueiros e acendedores de fogão. Nos estádios, seriam espalhados em pisos, degraus, assentos e outras áreas milhares dos chamados Piezoelectric Wafer Active Sensors, ou sensores piezoelétricos, em bom português. Assim, a pressão dos passos, pulos, saltos, joelhaços, tombos e também dos glúteos nas cadeiras gerariam eletricidade. 

Para os incrédulos, já há atualmente experiências de locais que utilizam essa forma de energia. O inglês Club4Climate tem hoje 60% da sua energia gerada por uma pista de dança piezoeléctrica, aproveitando os passos de dança de seus alegres e saltitantes frequentadores. Já uma uma estrada na cidade de Haifa, norte de Israel, possui geradores que transformam em eletricidade a força mecânica exercida pela pressão dos pneus dos veículos. Uma faixa de um quilômetro já está fornecendo aos israelenses, segundo testes, 0,5 megawatt por hora, suficiente para iluminar 600 casas durante um mês. Se na estrada passarem mais caminhões ou ônibus, melhor ainda.

A ideia é boa, ecologicamente correta, mas fica a questão: se o jogo for modorrento demais, aquele 0 a 0 de times retrancados e pouco técnicos que não animam ninguém e só produzem bocejos, o estádio vai ficar às escuras?

quarta-feira, novembro 25, 2009

Belluzzo: 'Vamos matar os bambi!'

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Antes mesmo de ter ameaçado dar uns tapas no juiz Carlos Eugênio Simon e ser suspenso pelo STJD, o presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzo, já havia demonstrado seu "instinto selvagem". Um vídeo que circula pela internet mostra o dirigente numa festa de uma das torcidas organizadas do alviverde paulistano, em 17 de outubro, gritando ofensas contra o São Paulo:

- Vamos matar os bambi (sic)! Eles já morreram hoje! (veja o vídeo aqui)

Na época, o Palmeiras era líder, com 54 pontos, e o time do Morumbi estava cinco atrás. No dia seguinte, porém, o time de Belluzzo perdeu para o Flamengo por 2 a 0 em pleno Palestra Itália e, depois disso, degringolou. Hoje, ocupa o quarto lugar, três pontos atrás do líder...São Paulo.

Sou contra esse tipo de policiamento, mas que ele morreu pela boca, morreu. Talvez tenha sido empolgação de cachaça, que sempre rola forte nessas festas de torcidas organizadas. Ele até justificou, mas nem precisava. Deixa o homem, pô! Mas curiosa foi a reação parcimoniosa do superintendente de futebol sãopaulino, Marco Aurélio Cunha:

- Se fosse qualquer outra pessoa, todo mundo estaria descendo a lenha, mas o Belluzzo tem crédito. Cometeu este deslize, mas com o tempo vai aprender e não fará mais isso. Comentei com um amigo: é como vinho, para ficar bom tem de envelhecer. No futebol é assim, a experiência vem com o tempo.

Como se Marco Aurélio, com mais de uma década de cartolagem, não dissesse ou fizesse besteiras similares com vexaminosa frequência...

Corinthians, Lula e 2010

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O Corinthians, que perdeu de 3 a 1 do Avaí, jogando mal, e de 3 a 2 para o Náutico, não muito melhor, dificultou minha vida esse final de ano. Ele e o presidente Lula. Explico.

Ao perder a chance de disputar o Brasileiro com chances até o final, o foco no Timão passou a ser a montagem do time para 2010 e minha cabeça não pára de girar tentando imaginar qual será time do ano que vem. O problema é que ainda não há elementos suficientes para essa análise. As negociações só devem ser anunciadas oficialmente depois do fim do campeonato e só depois disso é que o esquema vai começar a se desenhar.

O mesmo acontece na política, onde Lula e o PT anteciparam o debate eleitoral para dar mais visibilidade à ministra Dilma Roussef. Montagem dos palanques estaduais com o PMDB, Ciro Gomes em São Paulo, Aécio e o DEM atacando o Serra, e minha cabeça fritando tentando montar o cenário da disputa eleitoral, mais uma vez sem os elementos necessários. As definições só vão começar a aparecer no começo do ano, segundo análises que li por aí.

No futebol, não pretendo gastar muitos caracteres com os nomes que vêm sendo especulados – alguns interessantes, como Iarley; úteis, como Tcheco e Alex Silva; e de potencial explosivo (para o bem ou para o mal), casos de Roberto Carlos e Riquelme. Quando as situações se definirem a gente comenta.

Dá pra falar sobre as carências do time? Um pouco, já que isso depende do esquema tático. Com certeza, em qualquer cenário, faltam dois laterais esquerdos. Considerando o esquema vencedor do primeiro semestre, o time precisaria também de um meia que jogue centralizado e cadencie o jogo (Riquelme? Tcheco?).

Alguns dirão que também falta um reserva “à altura” para Ronaldo, mas acho que isso não existe. Quer dizer, não existe pelo salário que o Corinthians parece disposto a pagar por um reserva. O Gordo não só é responsável pelos gols, mas também é o cara das jogadas imprevisíveis da equipe. O drible, o chute de fora da área, o passe diferente, tudo vem dele. Quem é o centroavante que faz tudo isso? Acho que Mano Menezes terá que pensar numa forma de jogar sem Ronaldo, ou seja, sem um atacante centralizado, pouco móvel e com essas qualidades.

Das esfarrapadas

Diante da falta do que falar sobre o Corinthians, o pessoal anda engolindo qualquer historinha. Aproveitando o espaço, os sãopaulinos estão jogando no ventilador esse papo de que o Coritnhians iria entregar o jogo contra o Flamengo para prejudicar o Tricolor. Ora, vamos falar sério. O Corinthians não tem mais nada o que fazer no Brasileirão faz pelo menos um mês. Por mim, tinha mais é que botar os reservas pra treinar e avaliar o time pro ano que vem. Esse Brasileirão, minha gente, já acabou.

É nessa situação que o Timão enfrenta um Flamengo embaladíssimo e disputando título. É apenas razoável supor que o time carioca vai vir com a faca entre os dentes e os paulistas não. Se isso podia ser dito um mês atrás, o que dá pra falar agora, depois do time perder para Avaí e para o provável rebaixado Náutico, esse último no Pacaembu? Estranho seria se o Corinthians desse o sangue contra o Flamengo, não o contrário.

Essa é a realidade dos fatos. O resto é desculpa antecipada dos sãopaulinos, temendo deixar de ganhar esse título que todos os times parecem fazer questão que eles levem. Se não é o juiz, é o STJD; se não é o tribunal, é corpo mole do Timão. Deviam ficar mais tranquilos e preparar o lugar pro caneco. Ah, sim: e ganhar seus dois jogos, já que é o único time que só depende das próprias pernas.

Como entender as respostas escatológicas de Gabeira e Juca Ferreira

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Na terça-feira, 24, a Folha de S.Paulo publicou denúncia de que deputados envolvidos em campanhas eleitorais (como candidatos ou articuladores) teriam usado a verba indenizatória da Câmara dos Deputados para custear a ação política pessoal visando ao pleito.

Foto: Morrison Cavalcante/Agência Câmara
Foram citados na matéria sete parlamentares, entre os quais Fernando Gabeira (PV-RJ), candidato a prefeitura do Rio de Janeiro. Ele teria alugado um carro para seu próprio transporte durante a campanha. O motivo?

– O meu carro, se me permite a expressão, não há cu de peruano que aguente. Os caras andavam comigo em um Gol, não dava para colocar quatro pessoas

A menção às terminações do sistema digestivo do país governado por Alan Garcia parece ser mais comum no Rio de Janeiro do que em São Paulo. Mas mesmo assim, não consigo entender a relação com um carro pequeno de cinco lugares ocupado por quatro pessoas. Como assim?

Foto: Divulgação Ministério da Cultura
Eis que outro integrante do PV, o ministro da Cultura Juca Ferreira, apostou em outra resposta que beira a escatologia.

Deputados da oposição tentaram transformar uma audiência sobre o Vale-Cultura (análogo ao vale-refeição que dá acesso a teatro, cinema, livros etc.) em um palanque de críticas ao governo. Tudo por causa de um folder com os nomes dos parlamentares que apoiam a iniciativa do Ministério.

Juca acusou a imprensa e a oposição de mentirosos:

– Meu pinto, meu estômago, meu coração e meu cérebro são uma linha só. Não são fragmentados. Fui desrespeitado pela imprensa que reverberou sem investigar e por dois ou três deputados – disparou. – Não acredito em pessoas que não têm capacidade de se indignar. Vocês (jornalistas) recebem (dinheiro) para escrever mentira – acusou.

Embora eu não consiga (nem tente) entender bem como usar todos os órgãos em uma mesma linha – a não ser, talvez, numa parrilla argentina – até posso vislumbrar a indignação do ministro da Cultura por ver um momento crucial da tramitação do Vale Cultura na Câmara se diluir em um debate paralelo (ou uma lambança, dependendo do ponto de vista).

Em 1989, o então candidato a Presidência da República, Fernando Collor de Mello, mencionou, em um comício, que tinha "aquilo roxo", afirmando sua própria masculinidade em alguma relação obscura e que é melhor não imaginar entre as duas coisas.

Houve caso recente de bate-boca entre parlamentares com citações a "merda" (ou "de merda", para ser preciso).

Mas como explicar a sequência de escatologias no mundo da política?

Mais uma vez, Urubu e Galo ganham na torcida

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De acordo com o site Globo Esporte, a média de público do Campeonato Brasileiro deste ano, a duas rodadas do final, é de 17.541 torcedores pagantes por partida - a melhor dos últimos 22 anos. E quem tem contribuído mais para isso são as torcidas do Atlético-MG e do Flamengo. O número total de torcedores no Mineirão foi de 730.691, o que dá uma média de 40.594. Já o Flamengo, que teve as melhores médias nas duas edições anteriores, está em segundo, com 682.038 no Maracanã (média de 37.891). Nas dez partidas com maior público no campeonato, o Urubu aparece seis vezes e o Galo, cinco - sendo que uma delas foi um dos confrontos entre as duas equipes:

1) Flamengo 0x0 Goiás (78.639 pagantes)
2) Flamengo 2x0 Fluminense (78.409)
3) Flamengo 1x0 Santos (77.063)
4) Flamengo 2x1 Atlético-PR (68.217)
5) Fluminense 1x0 Palmeiras (64.194)
6) Atlético-MG 1x3 Flamengo (63.385)
7) Atlético-MG 1x0 Vitória (57.901)
8) Flamengo 2x1 São Paulo (57.210)
9) Atlético-MG 2x1 Fluminense (55.713)
10) Atlético-MG 2x0 São Paulo (54.184)


No histórico do Campeonato Brasileiro, a média de público só ultrapassou a marca de 20 mil pessoas por jogo em 1971, 1980 e 1983. Não por acaso, edições em que o título ficou com o Atlético-MG ou o Flamengo. Confira:

1) 1983 (Flamengo campeão) - 22.953 pagantes/jogo
2) 1987 (Flamengo) - 20.877
3) 1980 (Flamengo) - 20.792
4) 1971 (Atlético-MG) - 20.360
5) 1982 (Flamengo) - 19.808
6) 1984 (Fluminense) - 18.523
7) 1972 (Palmeiras) - 17.591
8) 1981 (Grêmio) - 17.545
9) 2007 (São Paulo) - 17.461
10) 1976 (Internacional) - 17.010

terça-feira, novembro 24, 2009

Por que será, hein?

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Consequência daquilo que comentei no post de ontem:

Cúpula do PSDB planeja 'esconder' FHC na campanha
A cúpula do PSDB vai "esconder" o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na campanha presidencial de 2010. Assim como ocorreu na última eleição municipal, em que candidatos tucanos como o prefeito de Curitiba, Beto Richa, até "dispensaram" a participação de FHC no programa eleitoral de televisão, dirigentes do PSDB e do DEM dizem que ele não é candidato e o PT não vai transformá-lo em personagem na eleição.
(O Estado de S. Paulo, 24/11/2009 - Foto: Agência Estado)

Flamengo é a base da seleção do Brasileirão

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Flamengo e Palmeiras são os dois times com mais atletas indicados à Seleção do Brasileirão anunciada nesta terça-feira, 24, em São Paulo.

O rubro negro tem oito indicações entre os melhores incluindo o técnico Andrade, enquanto o alviverde tem seis. Apesar de liderar o campeonato, o São Paulo tem três nomes, igual ao Internacional.

Conca (Fluminense), Hernanes (São Paulo) e Petkovic (Flamengo) concorrem a "craque da galera. Nada de estrelas como Ronaldo, Adriano e Fred – nem Diego Souza – apesar de todos esses citados estarem listados em suas posições. As revelações foram Fernandinho (Barueri), Giuliano (Inter) e Paulo Henrique Ganso (Santos).

A nomeação foi feita por um grupo definido e não divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Jornalistas, jogadores e treinadores integraram o colegiado.

Em 2008, o campeão São Paulo tinha cinco indicados, o Palmeiras oito, o Flamengo cinco e o Inter três. No ano anterior, o tricolor paulista tinha 13, e o Verdão sete e o Flamengo cinco.

Apesar de oscilarem tanto, é curioso o Palmeiras e o Flamengo aparecerem sempre bem na foto nos últimos três anos. Resultado que é bom...

À lista:

Goleiros

Bruno (Flamengo)
Marcos (Palmeiras)
Victor (Grêmio)

Lateral direito

Jonathan (Cruzeiro)
Leo Moura (Flamengo)
Vitor (Goiás)

Zagueiro pela direita

Andre Dias (São Paulo)
Chicão (Corinthians)
Danilo (Palmeiras)

Zagueiro pela esquerda

Miranda (São Paulo)
Réver (Grêmio)
Ronaldo Angelim (Flamengo)

Lateral esquerdo

Armero (Palmeiras)
Júlio César (Goiás)
Kléber (Inter)

Volante pela direita

Hernanes (São Paulo)
Pierre (Palmeiras)
Williams (Flamengo)

Volante pela esquerda

Guinazu (Inter)
Maldonado (Flamengo)
Sandro (Inter)

Meia pela direita

Cleiton Xavier (Palmeiras)
Diego Souza (Palmeiras)
Souza (Grêmio)

Meia pela esquerda

Conca (Fluminense)
Marcelinho Paraíba (Coritiba)
Petkovic (Flamengo)

Primeiro atacante

Diego Tardelli (Atlético-MG)
Fernandinho (Barueri)
Fred (Fluminense)

Segundo atacante

Ronaldo (Corinthians)
Adriano (Flamengo)
Iarley (Goiás)

Técnico

Andrade (Flamengo)
Celso Roth (Atlético-MG)
Silas (Avaí)

Revelação

Fernandinho (Barueri)
Giuliano (Inter)
Paulo Henrique Ganso (Santos)

Árbitro

Heber Roberto Lopes
Paulo Cesar de Oliveira
Leonardo Gaciba

Craque da Galera

Conca (Fluminense)
Hernanes (São Paulo)
Petkovic (Flamengo)

Quem faltou? Quem foi o injustiçado? Por que Hernanes aparece como volante? Como um candidato a rebaixamento pode ter o craque da galera?

Grupo de Marcelo Teixeira usa bairrismo como arma eleitoral

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O panfleto acima (clique na imagem para ver melhor) foi distribuído em frente ao Memorial do Santos na Vila Belmiro no último fim de semana. Assinado por uma dita Torcida Unida Santista, o material é um exemplo acabado do bairrismo defendido e levado ao extremo do preconceito por parte da atual gestão do clube, capitaneada por Marcelo Eterno Teixeira.

Na verdade, é quase um ato de desespero. Ao contrário dos últimos pleitos, desta vez a oposição tem chances reais de vitória contra o mandatário que está há nove anos na Vila Belmiro. O adversário é Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, pela chapa "Santos Pode Mais" que, de acordo com pesquisas feitas pelo grupo, teria  40% das intenções de voto. A chapa da situação, "Rumo Certo", contaria com 22% e restariam 38% de indecisos.


Teixeira tenta, com o tal panfleto, apelar para um sentimento bastante forte entre santistas da Baixada (posso falar com tranquilidade porque sou de lá). O provincianismo foi um dos fatores fundamentais das vitórias anteriores de Teixeira, já que alguns santistas locais nutrem relativa repulsa aos "forasteiros" de São Paulo. Gente que não entende que o Santos não pertence apenas à cidade, mas sim ao mundo e tentam apequenar o time, deixando-o do tamanho das suas ambições.

Esse bairrismo, aliás, não é exclusividade da família Teixeira. Lembro das eleições municipais de 1996, quando o grande e saudoso David Capistrano (foto) foi candidato a prefeito pelo PT. Ex-secretário de Saúde da administração Telma de Souza, pioneiro na elaboração de políticas públicas de prevenção e combate à Aids e criador das policlínicas, a área coordenada por ele era o principal trunfo político da prefeita, que contava com quase 90% de aprovação. Ou seja, era difícil atacá-lo por sua competência.

Qual a saída? Chamá-lo de "forasteiro", dizer que era um "gringo" que não conhecia a cidade etc e tal. Assim, um dos seus adversários, Oswaldo Justo (PMDB), tinha no seu jingle um trecho que afirmava: "Ele [Justo] nasceu nessa cidade/É santista de verdade", criando o conceito de "santista de mentira". Um apresentador esportivo da TV Santa Cecília (do grupo de Marcelo Teixeira), em campanha desavergonhada a favor de Vicente Cascione (que viria a ser depois diretor jurídico da primeira gestão Teixeira) disse que "tem candidato a prefeito que se largar no Macuco não consegue chegar na praia".

Naquela ocasião, o apelo ao bairrismo não funcionou e Capistrano se elegeu prefeito. Talvez a história se repita agora.

Querem mais motivos para achar ruim?

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Por Moriti Neto

Foi ruim, sim. A derrota do São Paulo para o Botafogo, no Engenhão, pelo placar de 3 x 2, é daquelas duras de engolir e de descrever também (por isso, a demora para a saída deste post).

O Tricolor, com seis desfalques, entrou em campo desfigurado, saiu perdendo, virou o placar, mas tomou dois gols que normalmente não leva. Tudo bem, a defesa estava desmantelada. Sem André Dias na cobertura e Jean combatendo à frente da zaga, o setor, que é o esteio do time, mostrou muita vulnerabilidade. Renato Silva, por exemplo, que sempre é carregado nas costas pelos parceiros, desfilou toda a grossura no Rio de Janeiro. Ofensivamente, Dagoberto fez muita falta. Embora Marlos tenha atuado bem, a experiência do atacante titular provavelmente pesaria em certos momentos.

Consideradas as ausências, contudo, avalio a derrota como fruto da afobação, que deveria ser do rabaixável adversário e não são-paulina. Os paulistas se atrapalharam de todas as maneiras. Esqueceram de jogar nos 20 minutos iniciais, bateram cabeça na defesa e erraram finalizações por falta de inteligência.

O jogo dos afobados: um tinha motivo, o outro não

O Botafogo, lutando para fugir da degola, começou a peleja apertando o São Paulo e o golaço de Jobson, de fora da área, no ângulo de Rogério Ceni, aos 14, foi absolutamente justo. O Tricolor era apático e só depois do susto resolveu sair da letargia. Após o tento botafoguense, Marlos criou boa chance, Miranda mandou bola na trave e Washington, aos 49, de cabeça, empatou.

No segundo tempo, o confronto foi pautado pela imprevisibilidade. Washington, aos 10, fez o pivô e Jorge Vagner estufou as redes do Glorioso. Era a virada e a alegria, mas ambas duraram pouco, pois Jobson – que estava infernal – foi à linha de fundo, o sistema defensivo são-paulino deu bobeira e Renato estabeleceu nova igualdade, aos 15.

Aos 25, Richarlyson, para variar, costumeiramente afobado, foi expulso corretamente ao tomar o segundo amarelo depois de falta em Vitor Simões. Com um a mais, o Botafogo partiu para o tudo ou nada e o Tricolor teve as melhores chances. Hernanes mandou uma paulada no travessão e Marlos, num contra-ataque, tentou o gol ao invés de passar para Washington, que tinha melhores condições de marcar.

Aos 38, Juninho foi excluído e o jogo ficou 10 contra 10. Aos 44, quando o empate parecia definido, Jobson driblou Miranda e fez outro golaço. Em seguida, foi expulso por tirar a camisa na comemoração. E o resultado acabou 3 x 2, ainda que o Fogão tenha ficado com oito, já que Rodrigo Dantas também tomou o vermelho.

Depois de terminada a partida Flamengo 0 x 0 Goiás, que realmente frustrou o Maracanã lotado, ouvi muitos são-paulinos dizerem que o resultado do Tricolor acabou não sendo mau. Apesar do risco de dizer uma obviedade, derrota nunca é boa. Pior ainda em situação como a de domingo, em que a equipe foi atabalhoada e tomou três gols de um time pressionado, abalado psicologicamente pela fraca campanha no certame e com as notícias vindas de Recife, que mostravam o Fluminense goleando o Sport.

Além disso, o São Paulo, fora de casa, com os desfalques já ressaltados e um calor de derreter, chegou a inverter um placar desfavorável. Um pouquinho mais de calma não custava nada e poderia ter deixado o título nas mãos. Alguém quer mais motivos para achar ruim?


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

Medida preventiva

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Hoje perguntei ao meu professor por que raio de motivo os banheiros aqui na Irlanda não têm tomada nem interruptor de luz (sempre ficam do lado de fora). Ele disse que os bêbados morriam eletrocutados aos montes, daí o governo baixou uma lei (!) proibindo tomadas e interruptores nesses recintos. Meu Deus! Fico imaginando, nesses séculos, quantos desastres os manguaças daqui já provocaram. Agora faz sentido a bandeira de Dublin ter 3 castelos pegando fogo...

segunda-feira, novembro 23, 2009

Contra FHC, qualquer um ganharia para presidente

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O dado mais significativo da pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje não é a diferença de apenas 10 pontos percentuais entre o preferido nas intenções de voto, José Serra, do PSDB (31,8%), para a segunda colocada, Dilma Rousseff, do PT (21,7%). Para mim, o maior aval que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva poderia receber da população é que 49,3% responderam que não votariam de forma alguma em um candidato apoiado pelo ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. Isso significa simplesmente que qualquer um, mas QUALQUER UM mesmo, até o bonecão inflável do posto de gasolina, ganharia em primeiro turno contra um candidato de FHC. Impressionante! Conhecendo o mau gênio do governador de São Paulo, eu temeria pela minha vida se fosse o Fernando Henrique...

Mas o folclórico presidente que falava francês continua dando motivos e mais motivos para amealhar a antipatia popular. Senão, vejamos:

Não fumou e não gostou, mas defende
Incomodado com a popularidade de Lula (segundo a mesma pesquisa CNT/Sensus, 51,7% dos entrevistados votariam ou poderiam votar em candidato apoiado pelo presidente da República, ao mesmo tempo que sua aprovação pessoal subiu para 78,9%), FHC arrumou mais um factóide para voltar à mídia. Como forma de rivalizar com a polêmica criada pelo filme "Lula, o filho do Brasil", que será visto pelo protagonista em São Bernardo do Campo, Cardoso resolveu tocar em um ponto melindroso de sua carreira (ops), a maconha. Mesmo jurando que não fumou e não gostou, o tucano aparece no documentário "Rompendo o silêncio", do xará Fernando Grostein Andrade, defendendo a descriminalização da Canabis sativa, como integrante da Comissão Latino Americana de Drogas e Democracia. Pois é, a democracia permite a circulação de drogas. Prova disso é o próprio FHC, que circula livre por aí.

Um pé na cozinha, outro na cozinheira
Há 15 anos, quando venceu as eleições para presidente da República, o sociólogo Fernando Henrique se enrolou ao responder questões sobre a miscigenação brasileira por afirmar que também tinha "um pé na cozinha" - o que ele tentou negar depois, mas a Falha de S.Paulo garantiu ter a frase gravada. Porém, só agora é que a afirmação ganha sentido, pois, segundo o nefasto Cláudio Humberto, o ex-presidente estaria para reconhecer mais um filho, Leonardo, de 20 anos, que teve fora do casamento, dessa vez com sua ex-cozinheira Maria Helena Pereira. Consta que a mulher teria ameaçado fazer teste de DNA no Programa do Ratinho (mais povão que isso, nem o Lula conseguiria ser!). Neste ano, FHC já havia decidido reconhecer Tomás, de 18 anos, fruto de outra pulada de cerca, com a jornalista da Globo Miriam Dutra (foto). Os reconhecimentos são um gesto nobre, mas pegam mal por acontecerem só agora, após a morte da esposa oficial do tucano, Ruth Cardoso. E pensar que Lula foi avacalhado pela mídia em 1989 por causa de sua filha Lurian...

Pois então: FHC é ou não é um mito? Bota ele na campanha já, Serra!

Síntese sobre Santos e Coritiba

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Pra não repetir muitos dos argumentos já citados aqui anteriormente, um trecho de post de José Roberto Torero, indicado pelo companheiro Olavo, que sintetiza a goleada peixeira contra o time paranaense por 4 a 0:

Luxemburgo: Que idéia brilhante ele teve ao colocar Mádson e Neymar como titulares! Genial! Como ninguém pensou nisso antes?! Só ele mesmo para ter uma idéia dessas! Realmente é um técnico diferenciado.


O original está aqui.

Arthur Virgílio convoca o Cacique Cobra Coral para debater o 'apagão' elétrico em comissão do Senado

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E tem gente que ainda acha exagero classificar nosso Senado como um circo: depois que o Eduardo Suplicy (PT) vestiu uma cueca vermelha, agora foi a vez de Arthur Virgílio (PSDB) convocar Adelaide Scritori, presidente da Fundação Cacique Cobra Coral (FCCC), no último dia 18, para "debater as questões atinentes ao “apagão” elétrico" na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática - confira o Item 2 da pauta aqui. A médium diz incorporar o espírito de um índio (à esquerda) que também foi de Galileu e Lincoln. Em 3 de agosto de 2001, ela teria enviado um e-mail à Casa Branca prevendo tragédias em Nova York e Washington. Dizem que o também tucano José Serra e o DEMoníaco prefeito de São Paulo Gilberto Kassab são seus clientes, tendo fumado no cachimbo da cobra para tentar evitar os seguidos alagamentos na capital paulista. Pelo jeito, sem sucesso...

Falta competência para o título

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Tá certo, os posts sobre futebol rarearam no Futepoca por esses últimos dias. Sou um dos responsáveis, confesso. Não tenho nenhum motivo para querer escrever, mas vamos lá...


Todos os times que disputam o título para valer estão titubeando. Antes dizia que ninguém queria o título, mas acho que, na verdade, ninguém está demonstrando competência para ganhar. O título ficará para quem amarelar menos.

Fora meu Galo, que há três rodadas abriu mão do Brasileirão, por deficiências próprias e por perder em casa para times melhores, como Flamengo e Inter. Ontem, o Inter fez um a zero em mais uma falha da defesa, aos 15 minutos do primeiro tempo. Depois foi jogo de defesa contra ataque no final do primeiro tempo e em todo o segundo. Mas pressão não adianta, o Inter se defendeu muito bem e o Galo foi incompetente para fazer pelo menos um gol.

Mas, na rodada, o principal amarelão foi o Flamengo. Não vi o jogo, já que estava ocupado em outra partida, mas quem empata com um Goiás sem nenhuma pretensão em pleno Maracanã lotado não merece também ser campeão.

O São Paulo conseguiu perder para um Botafogo desesperado e, no final, com dois jogadores a menos. Também vem falhando em momentos-chave. Está na liderança muito mais por incompetência dos adversários que por mérito.

O Palmeiras, depois de ter empatado com o Sport em casa, conseguiu perder para o Grêmio com briga e expulsão de dois jogadores palestrinos. Sem comentários. Palmeiras e Galo são as maiores decepções deste segundo turno. Decidem, em confronto direto, no próximo domingo quem ficará fora da Libertadores.

O Inter, sempre citado pela maioria como melhor elenco do Brasileirão, decepcionou muito até a metade do segundo turno. Pela incompetência geral de quem está na frente, ainda pode ficar com o título, já que tem adversários frágeis nas rodadas finais.

Obina acaciano

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Questionado pelo site Globo Esporte sobre quem tem mais chance de ganhar o Campeonato Brasileiro, o atacante Obina (foto), recém-dispensado pelo Palmeiras após confusão com o zagueiro Maurício, respondeu de maneira extremamente clara, direta e objetiva:

- Quem vencer as últimas rodadas vai ser o campeão.

Alguém discorda?

domingo, novembro 22, 2009

Errei

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Com o surpreendente empate sem gols entre Flamengo e Goiás no Maracanã, decidi apagar o post que havia feito sobre o título carioca como favas contadas. Agradeço os comentários, que infelizmente foram apagados no processo. E tomara que o Goiás também não apronte para cima do São Paulo.

A fama de um manguaça

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Há momentos em que a gente se dá conta de que está com a imagem de bêbado na família, no trabalho e entre amigos. Não é o caso dos fóruns em que os membros do Futepoca se encontram, já que ninguém aqui toma os outros por ébrios – tomam cachaça, alguém vai dizer.

Cito três episódios que aconteceram com a minha pessoa.

Almoço de terça-feira, saladinha farta, refeição equilibrada, mas zero álcool. Entre folhas de agrião e rodelas de tomate, fico pensando que eu precisava mesmo era de um copo de cerveja. Mas não vai ser hoje. Toca o celular com uma mensagem de texto de uma parente:

– Oi. Vou comprar 1 cxa de cerveja p almoço em q vamos receber 10 pessoas no sábado. Pfavor, dê dicas d marcas boas p eu comprar no mercado hj.

Fico pensando por que será que fui eu o escolhido para a consultoria. Aí me lembrei de outro episódio.

Era um outro evento familiar, mas eu não queria levar goró. Queimaria meu filme, eu pensava. Como suco e refrigerante são proibidos pela minha religião resolvi, diante do tipo de convescote, que só caberia levar um doce. Decidi-me por uma torta qualquer. Na hora da sobremesa, entre os elogios educados, alguém assoprou:

– E tem uma bebidinha no recheio.

Sem tempo para palavras medidas, algum cunhado emendou:

– O que você esperava de um doce feito por ele?

Sem moral.

Só não foi pior do que receber, no trabalho, uma amostra grátis de gel pós-barba de uma marca chamada "Antídoto", de aroma "Tangerina, Rum & Mel".

Como a última vez em que eu fiz a barba foi há quatro anos, acho que o recado foi outro.

Agora, por que "Antídoto"?