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quarta-feira, janeiro 13, 2010

"Alguém sabe por onde andam os militares?"

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A indicação foi feita pelo Twitter do Vi o Mundo. O comentarista José Nêumane Pinto, conhecido pelas suas posições conservadoras, resolveu palpitar sobre a terceira versão do Plano Nacional dos Direitos Humanos, que a grande mídia tem vendido como se fosse uma "reforma constitucional" feita por decreto. Asneira da grossa e que só faz sentido em um ano eleitoral, reverberada por uma fatia da imprensa comercial que parece ter perdido qualquer prurido em mentir.

O plano estabelece diretrizes para se fomentar uma cultura de respeito aos direitos humanos e teve outras duas edições lançadas durante o governo FHC. Tais diretrizes estão aí para serem discutidas pelas instituições e pela própria sociedade, não vão se tornar legislação com um passe de mágica. O ídolo futepoquense Cláudio Lembo, que está longe de ser de esquerda, já deu a dica: vá à fonte, leia o Plano ou confira os pontos que a mídia tem repercutido com o texto.

Abaixo, a inspiração pouco democrática de Nêumane Pinto. Triste sinal.

4 comentários:

Anselmo disse...

a retórica os comentaristas de tv no Brasil são de dar orgulho a qualquer sarah palin, recém contratada pela Fox News.

Achei legal o Carlos Gilberto Pereira, presidente do grupo Tortura Nunca Mais dizendo: "A grande preocupação dos comandantes militares, com certeza pressionados por esses velhinhos de pijama sujo de sangue, é que imagimam que, ao propor uma comissão de veradade e justiça, com punição de torturadores, eles vão receber o que fizeram a nós (...). Não estamos pedindo que sejam torturados, mas que esses, hoje, velhinhos, indiquem onde estão nossos mortos e desaparecidos e onde estão os arquivos da história desse país".

Felizmente ele acredita que as Forças Armadas atuais são muito diferentes daquela ativa durante a Ditadura Militar.

Cheguei a assistir o William Wack abrindo o jornal da Globo com "Quem vai nos proteger dos que dizem defender os direitos humanos".

O Nêumane Pinto parece ter oferecido uma resposta.

Que dá medo.

Marcão disse...

Não consegui abrir o vídeo, mas faço ideia do que seja, por se tratar do Nêumane. Sei que são coisas distintas (mas, num certo ponto de vista, nem tanto), mas essa questão da punição deveria se estender também às vítimas da Polícia Militar, que em São Paulo comandou um verdadeiro grupo de extermínio a partir de 1970, como bem reportou Caco Barcelos no livro "Rota 66". Esta seria uma forma de ampliar o debate para toda a população e não tratar esse assunto apenas como de interesse dos familiares e parentes das vítimas políticas. É um assunto de interesse nacional porque, no meu entendimento, se deixar impune, poderemos deixá-los tranquilos e à vontade para repetir os mesmos métodos no futuro. A impunidade seria a chancela da sociedade para que voltemos a correr o risco de sermos espancados, torturados e mortos. Gente como o Nêumane não vê a vaca, só o bife.

Leandro disse...

Sou um pacifista, mas não me iludo que com gente do caráter de Nêumane, Jabor, Reinaldo Azevedo, Míriam Leitão, Lúcia Hipólito e ratazanas afins seja praticamente impossível defender a justiça social e a democracia sem o uso da violência.
Diante de tais golpistas amplificadores da opinião de gente desavisada e preconceituosa que há por aí aos montes, uma nova intentona reaça, um 1964 do Século XXI não seria um delírio.
Quando isso ocorrer, guerrilha urbana e rural pra cima destes canalhas!

Dárcio Vieira disse...

Posso achar o Nêumane Pinto um idiota completo? O cara é reacionário até a medula. E em 110% das vezes perde a chance de ficar quieto. Se SS ficasse acordado de madrugada, perceberia o quão perigoso é esse senhor