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sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Santos 6 X 3 Bragantino - Desta vez, Robinho comandou o show

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Estreia de Robinho na Vila, uma torcida e um time confiantes mas que guardavam ainda na memória as dificuldades enfrentadas contra o Rio Claro, no domingo de carnaval. Claro que o técnico Marcelo Veiga, do Bragantino, assistiu à última partida do Santos e tentou repetir a tática usada pelo outro time interiorano: marcar pressão e dificultar a saída de bola do Santos. Mas, desta vez, o Alvinegro contava com a volta de Wesley, que substituiu Germano como segundo volante, e Dorival Junior também mexeu taticamente na equipe para não cair no erro anterior. Ora Ganso, ora Robinho retornavam para fazer a transição para o ataque, deixando o sistema defensivo do rival perdido.

Aliás, Robinho mostrou versatilidade fazendo as vezes de armador. Claro que alguém vai lembrar que ele não foi bem sucedido nas outras vezes que teve que fazer a função no Real Madrid, mas jogar ao lado de meias e atacantes que se deslocam o tempo todo facilita bastante sua tarefa, como ficou evidente ontem. E o Rei das Pedaladas, solto, deu uma bela assistência de calcanhar para o quarto gol santista, e fez dois, sendo o quinto um gol de classe.

A supremacia peixeira se fez notar em todo o primeiro tempo. A porteira foi aberta por Wesley, e depois ampliada por Robinho e André. Se o duelo era entre os dois melhores ataques do Paulista, no intervalo o Santos já se isolava no quesito e o time de Bragança estava a um gol de ser a defesa mais vazada. Até os erros santistas evidenciavam a superioridade técnica do Peixe, já que decorriam do ímpeto ofensivo e da necessidade do ataque em ser imprevisível e rápido para furar a retranca interiorana. Os 3 a 0 foram pouco tendo em vista a produção peixeira.



Na segunda etapa, o Bragantino volta tentando posicionar a equipe na intermediária santista. Mas, a um minuto, uma bela trama entre Robinho e Neymar resulta em mais um gol de André. O Bragantino desconta em bela cobrança de falta aos 8 e tenta se animar. Mas Robinho marca por cobertura aos 12 e sacramenta a vitória.

Com a saída de Neymar e Robinho para a entrada de Giovanni e Madson - que entrou muito mal -, o Braga ganhou terreno e chegou a marcar dois gols em um Santos bastante relaxado. Se Dorival tivesse colocado o bom Zé Eduardo, que marcou o sexto, antes, talvez a vantagem peixeira ainda fosse mais dilatada. Mas a coleção de momentos brilhantes da noite já estava de bom tamanho.

3 comentários:

Marcão disse...

Quando a câmera foca o Robinho e seus companheiros comemorando o quinto gol (puta golaço!) dá a impressão que, ao fundo (no instante 3:43), um jogador do Bragantino põe a mão na cintura e dá risada, como quem diz: "Fazer o que?"

Desde 2002/2003 que o país não via um time jogar tão "brasileiramente". Será apenas coincidência que o time daquela época também era o Santos?

Espero que os outro técnicos (Ricardo Gomes, principalmente) mirem-se no exemplo e passem a escalar mais moleques das categorias de base. Se todo campeonato tiver quatro ou cinco times que joguem um terço desse espetáculo do Santos, o futebol brasileiro estará salvo.

Nicolau disse...

Só vi os melhores momentos, mas pelo jeito o primeiro tempo foi um massacre do Santos. As trocas de passes, enfiadas, de bola, coisa linda mesmo. Concordo com o Marcão que seria ótimo se os técnicos seguissem o exemplo e botassem os times pra jogar mais pra cima. Mas não sei se é questão apenas de usar o pessoal das categorias de base, mas de montar times mais ofensivos.

Anselmo disse...

impressionante. o incrível que olhando assim, parece tão fácil ganahr os jogos no paulista...