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segunda-feira, abril 05, 2010

Triste fim de Policarpo Quaresma

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Hilário, pra dizer o mínimo, o texto de Dora Kramer no Estadão de hoje. Depois que o jornal deu um passa-moleque em José Serra, chamando-o de "candidato clandestino" em pleno editorial, a "jornalista" faz hoje um "desagravo" ao coitadinho do Fernando Henrique Cardoso, que foi proibido de aparecer no lançamento da candidatura presidencial do PSDB. Sob o título "Gente insolente" (sério, ela escreveu isso mesmo!), Dora reclama que "o tucanatinho acha que ele não fica bem na fotografia do vigoroso partido onde vicejam próceres cuja capacidade de distinguir credibilidade de popularidade é nenhuma". E prossegue, indignada: "Sabe o cunhado que vive dando vexame? Pois é. Os tucanos agora resolveram tratar Fernando Henrique nessa base. Segundo eles, 'pesquisas internas' indicam que FH não é benquisto pelo eleitorado. Atrapalha quando fala" (a mais pura verdade). Injuriada com o tratamento que o sociólogo recebe hoje, Dora Kramer chega a xingar no melhor estilo "bobo, feio e cara de mamão": "Esse pessoal lê umas pesquisas, ou vê um boboca de um analista, se assusta com os arreganhos de meia dúzia de adversários e acha que is só os autoriza a jogar no lixo o respeito devido a quem permitiu que o partido iniciasse sua trajetória de vida pela rampa do Palácio do Planalto". E ainda faz uma comparação absurda com o PT, que nunca quis esconder o Lula (mas por que catzo deveria???), e dá outro puxão de orelha no ex-governador paulista. "Se é sobre esse tipo de caráter que o candidato José Serra falou quando se referiu a brio, índole e solidariedade em seu discurso de despedida do governo de São Paulo, há incoerência no conceito".

Mas o curioso é que, no mesmo dia em que Dora nos empurra esse amontoado de patacoadas, Emir Sader publica na Carta Maior o artigo "O Farol acha que você não tem memória". E vai direto ao assunto: "Triste figura a do FHC. Rejeitado por seus correligionários, considerado como alavanca para a oposição pela rejeição que sofre do povo brasileiro, funciona como clown, como personagem folclórica, lembrança de um passado que o governo luta para terminar de superar e a oposição para tentar esquecer e apagar da recordação dos brasileiros. Escondido pelos seus, repudiado pelos seus adversários, enterrado em vida pelos seus, tomado como anti-exemplo por seus adversários". Não contente, Sader faz questão de dar um recado às "viúvas" como Dora e de jogar a pá de cal no ex-presidente tucano: "Agora FHC tenta novo brilhareco, contra a opinião dos seus correligionários (nas palavras de uma de suas tantas viúvas nas imprensa, tratado como genro que a família quer esconder, porque só comete gafes, que favorecem o inimigo), francamente na onda anticomunista. Já tinha apelado para o 'sub-peronismo', para a denúncia do papel dos sindicatos no governo, agora ataca o desenvolvimento da China. Prefere seu neoliberalismo dos Jardins, aquele que quebrou o país três vezes no seu governo, que levou a taxa de juros – que seu candidato considera que hoje é alta, – a 48%, sem que este tenha protestado. Que fez o Brasil entrar em uma profunda e prolongada crise, de que só saiu no governo Lula". E ponto final. De fato, triste esse fim de Fernando Henrique, o neobobo de Higienópolis. E que papelão, hein, Dora Kramer! Faça o favor...

3 comentários:

Anselmo disse...

neobobo e cara de mamão são xingamentos que marcaram, cada qual, sua época.

Nicolau disse...

Os caras podem estar rachados, mas na hora H todo mundo fala mal mesmo é do PT.

Leandro disse...

Perdão pela grosseria, mas a referência ao mamão certamente tem a ver com a solução que esta fruta representa para um problema de prisão intestinal.
Dentro desta visão, qualquer semelhança com FHC não é mera coincidência, de jeito nenhum.