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quinta-feira, maio 27, 2010

Vitória com chatices

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"Não vai ser outro 8x1". Esse mantra foi repetido incessantemente por imprensa e jogadores e torcedores de Santos e Guarani antes da partida de ontem. A referência, claro, era ao 8x1 que o Santos impôs ao time campineiro pela Copa do Brasil.

De fato, ninguém esperava outro massacre. Principalmente pelo fato de que o Guarani que joga o Brasileirão atual é completamente diferente da equipe que disputou (e fracassou) a A2 Paulista, e a própria Copa do Brasil.

Ainda assim, quando o Santos fez 1x0 com Neymar a dois minutos de jogo, uma sensação geral de "vai ter goleada de novo" se instalou na Vila.

Mas o Guarani endureceu, endureceu e endureceu, até chegar ao empate com Baiano (em falha de Felipe? Deixo o julgamento para vocês).

No segundo tempo, quando parecia que o empate se confirmaria, Marcel e Wesley fizeram os dois gols que decretaram a vitória santista.


Segunda vitória consecutiva pelo Brasileiro, mais três pontos na conta, e uma confiança maior para o clássico contra o Corinthians, no domingo.



Crise?
E não é que, apesar dos três pontos conquistados, o clima na Vila ontem esteve longe de ser pacífico?

Já havia uma aura tensa no ar, por conta do afastamento dos baladeiros André, Ganso, Neymar e Madson do jogo de sábado passado. Os três primeiros foram reintegrados (e jogaram como titulares) na partida de ontem; já o mini-atleta permaneceria fora do time, com normalização das atividades ainda não definida.

E quando o Santos fez o primeiro gol, o que deveria representar um alívio para time e torcida, veio justamente fazer o efeito oposto, concretizar a tal tensão. Neymar não dançou. Não celebrou, nem pulou. Apenas fez cara de bravo e abraçou os companheiros. No intervalo, quando questionado por um repórter, respondeu dizendo que "não havia clima para dancinhas".

A atuação do jovem foi entre média e ruim. Não se pode dizer que estava sem vontade; pelo contrário, era a vontade excessiva que o prejudicava. A ampla maioria das vezes em que dominou a bola tentou resolver o lance por contra própria, sem servir o companheiro. A ponto de, em um desses lances, a reclamação de Paulo Henrique Ganso (que foi ainda pior ontem) sair nítida na transmissão da Bandeirantes: "ele não passa uma!".

O fato é que o Santos está passando por um momento tão desagradável quanto desnecessário. É inconcebível que o time que joga o melhor futebol no Brasil em 2010, que foi campeão do único torneio já concluído que disputou e que é finalista do outro em curso, encontre tempo para esse tipo de chatice.

Vem agora o clássico contra o Corinthians, que faz a melhor campanha do torneio até agora. É o jogo que definirá o espírito do Santos até a parada para a Copa do Mundo. Vejamos o que acontece.

3 comentários:

Anselmo disse...

na boa... pra criar crise no santos nessa altura, precisa ser bom. bom de criar caso.

tem um monte de gente qualificada no palmeiras que pode ajudar a formar nebulosidade sobre a vila belmiro. precisando de ajuda pra criar lama, eu até ajudo a articular.

agora, ironias à parte, o neymar tomar umas broncas é normal. ficar tão bravo com isso é bizarro.

Glauco disse...

Pelo jeito a bronca é com o Madson/sua situação. O G1 diz que ele se separou, a ex-esposa voltou pro Rio com o filho dele e por aí vai. Enfim, muito mimimi.

Eduardo Maretti disse...

agradecemos a gentileza, Anselmo,valeu aí! Cada um com a sua nebulosidade...

Santos 3 x 1 Guarani: o atípico foi o 8 a 1. O normal contra o Bugre é sempre duro historicamente, como foi na Vila.

O gol do Guarani. Felipe falhou feio já ao arrumar a barreira: com 3 homens, deixou descoberto seu canto esquerdo, e foi onde baiano pôs a bola, que nem forte foi, e o goleiro ainda demorou a ir na bola. O Santos precisa urgente de um goleiro. Acharia legal o Cavalieri, mas, porra, Dida?????? Fala sério.Não!

Ainda a tal punição aos guris: resumindo, acho que o problema todo partiu de um erro: convocar à concentração os solteiros (!) menos de 24h após o time ter feito o oitavo mata-mata (SPFC,S.André,Galo e Gremio), com o saldo de um título e quiçá, dois. Não é só o desgaste físico, mas o mental tb, como se diz no tênis. A exigência (concentrar antes) foi meio descabida, e foi inédita na gestão Dorival. Por quê? Será que ficou com o ego ferido por causa daquele rotundo "Não" do Ganso na final com o Sto. André e depois quis mostrar autoridade? o que diria dr. Sócrates sobre isso? Alex, ex-palmeiras, hj no Fenerbahce,disse que um dos motivos pelos quais gosta de jogar na Turquia é que lá não tem concentração.

Contra o Guarani, os moleques tavam de mau humor, e com razão.

Santos x Corinthians vai ser um jogão. Aliás, a reintegração do Madson terá um efeito positivo. O Corinthians tá mordido e vai querer ganhar; nós também.