Destaques

domingo, julho 25, 2010

Santos 1 X 0 São Paulo - aquecimento para afastar o pé-frio

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Se o São Paulo entrou com um time quase todo reserva, o Santos também iniciou o jogo bem modificado em relação aos jogos do primeiro semestre por diversos motivos: contusão, opção tática, preservação de jogadores. Não atuaram Léo, Pará, Arouca, Wesley, Robinho e André no clássico disputado na Vila.

O Alvinegro começou melhor, marcando mais no meio de campo e conseguindo vez ou outra uma saída rápida para o ataque, algo que vem acontecendo pouco nas partidas pós-Copa. Com Ganso na armação, revezando na função com Marquinhos, Rodriguinho como volante e o ala direito Danilo improvisado como meia defensivo, o time ganhou consistência no desarme, mas as trocas de passes perderam aquele ímpeto ofensivo que tanto agrada quem gosta de futebol.

Ainda assim, a maior posse de bola santista – 55% a 45% no tempo inicial - permitiu que a equipe pressionasse mais e chegasse com certo perigo. Contudo, a pontaria estava ruim mais uma vez. Foram 6 finalizações, somente uma a gol, em falta cobrada por Paulo Henrique Ganso. O Tricolor finalizou 3 vezes, sendo duas finalizações de longe que foram no rumo certo, exigindo o goleiro Rafael.

O segundo tempo começou com o São Paulo apertando, mas sem sair da postura defensiva que era a proposta de Ricardo Gomes. Marcando o Peixe no seu próprio campo, o Alvinegro tinha dificuldades para sair jogando. Ainda assim, foi por meio de uma jogada rápida que Maranhão foi derrubado no lado direito do ataque. E, aos 15, por conta dessa falta saiu o gol peixeiro. Como a maré do ataque não é boa, o tento acabou sendo contra. O autor foi Renato Silva, justamente ele que quase saiu do jogo na primeira etapa por conta de um choque em que machucou a cabeça.

O São Paulo foi em busca do empate, Washington, Hernanes e Marlos entraram e o empate quase aconteceu aos 32, quando o Tricolor acertou o travessão com Washington. Mesmo com alguma pressão, graças a faltas tolas feitas próximas à área - principalmente por Rodriguinho, o mais faltoso do Alvinegro -, o Santos teve oportunidades de matar a partida, mas preferiu a “emoção”. Mesmo jogando pior do que na derrota do Fluminense, a vitória é ótima para animar o torcedor. Além de ser o quarto triunfo sobre o Tricolor em quatro pelejas no ano, vitória em clássico sempre vale e afasta de leve as nuvens cinzentas que pairavam sobre a Vila Belmiro. O céu agora se abriu mais um pouco.



Do jogo, é possível tirar algumas lições. Marquinhos, mesmo sem estar na plenitude física, dá outra cadência ao meio de campo santista, ocupa bem os espaços sem a bola e pode ser útil contra o Vitória. Danilo também foi razoavelmente bem improvisado como volante e pode ocupar o lugar que é seu de ofício, o do esforçado Maranhão, que desce bem ao ataque mas finaliza mal quando tem oportunidade. Alex Sandro ainda não convence na esquerda, embora tenha potencial.

Mas essa não é a equipe que vai jogar contra o Vitória na quarta. As características e o estilo também vão ser diferentes. O time que atuou no clássico fez muitos desarmes, 34 contra 23 dos rivais, mas driblou pouco, 6 certos contra 11 tricolores. Com a volta de Arouca, Wesley e Robinho, certamente esse índice de jogadas individuais vai aumentar, ainda mais levando-se em conta que os baianos devem jogar fechados na Vila Belmiro. Mas é preciso dosar o toque com o drible, que era o que o Alvinegro vinha fazendo no primeiro semestre. E resguardar as laterais para evitar surpresas. Que o azar tenha ido embora.

5 comentários:

Bia disse...

Jogo horrível! Deu dó do Ganso atuando no meio de tanto jogador medíocre!
Marcel, que em seus tempos de Coxa era chamado de "mongolóide", faz justiça ao apelido! Muito ruim!
De bom, realmente, só a volta do Marquinhos.
Deu dó do SP também. Só vi que Marcelinho estava em campo no final do primeiro tempo. Sem falar no tal do Casemiro...
Enfim, tive dó do futebol ao assistir a esse jogo...hahah

Anselmo disse...

Impressionante como o time do 1o semestre não era só Ganso e Neymar. Pq os dois sozinhos não resolvem... Ganso parecia jogando meio descompromissado, meio desencanado. Não fosse o gol contra, a minha impressão é de que seria zero a zero.

Eduardo Maretti disse...

Eu costumo discordar de quem critica o Marquinhos. Pelo menos no chamado cômputo geral desse decantado time do Santos do primeiro semestre. Por isso, concordo com o post quando diz que o meia "dá outra cadência ao meio de campo santista". É um jogador que muitas vezes é decisivo... e ninguém nota, ou quer notar.

Por mim, entrava como titular contra o Vitória.

Não acho que tinha "tanto jogador medíocre" no Santos assim, hoje.Eram reservas. Acontece que toda a mídia ressalta que o São Paulo jogou com os reservas, como se o Santos também não tivesse jogado com vários. Só a ausência de Robinho e Arouca (e/ou Pará) já equivale a cerca de metade do time titular do São Paulo.

De bom, tem também o fato de que foi a quarta vitória do SFC sobre o SPFC em 2010 (e isso já é uma escrita) e o fato de que foram 3 pontos a mais no Brasileirão.

abs

Victor disse...

Jogo muito ruim. Os artistss/jogadores dos Santos Futebol Comercial não fizeram nenhum dos malabarismos alegres que os levaram a fama e que foram tão aplaudidos pelos comentaristas que carimbaram nos meninos/artistas a fama de Cirque de Soleil da Vila. Talvez porque o palco deles agora não seja mais este, e sim dos shows na TV, festas badaladas e comerciais `criativos`de presunto e mortadela, ou será que a falta do espetáculo ou do jogar bem tem fundamento no pequeno salário? O time que jogou neste domingo, não é o que vai disputar com o Vitória e espero que o Robinho e sua trupe apareçam em campo, caso contrário somos nós santistas que ficaremos com cara de palhaço. Este jogo como diria o Geraldo Bretas foi LAMENTÁVEL.

Marcão disse...

Sobre o Santos: vence em casa, faz o básico.

Sobre o São Paulo: TUDO ERRADO.